domingo, 14 de agosto de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Em julho, aterro recebeu quase 21 mil toneladas de resíduos

Daíza Lacerda


O lixo de domicílios, indústrias, hospitais e serviços de coleta do município como o Só Cacareco e podas de árvores totalizaram no mês de julho 20.927 toneladas. Este foi o volume recebido pelo aterro municipal.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Domingos Furgione, forneceu o levantamento, a pedido da Gazeta. A pasta é responsável pelo espaço desde junho quando, até então, era comandada pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos.
O item de maior acúmulo foi o entulho, com 12.556,80 toneladas, que representa 60% do total. Neste período foi implantada a Área de Triagem e Transbordo (ATT), específica para este tipo de material, em atendimento à Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que proíbe, desde janeiro, o descarte de entulho nos aterros que recebem lixo doméstico.
O lixo domiciliar é a segunda maior parcela recebida no aterro em julho, com 5.249,62 toneladas, equivalente a 25% do total no mês. Em seguida, vem o lixo industrial classe II (lodo, areia), com 1.969,32 (9,4%). Já o lixo industrial classe III (materiais leves, como de escritório, sem contaminação) totalizou 259,33 toneladas.
Podas de árvores renderam 728,20 toneladas enquanto os materiais do Só Cacareco totalizaram 124,57 toneladas no mês. O item com menor volume é o lixo hospitalar, com 39,16 toneladas. Furgione explica que este material também tem classificações e que a recebida é a permitida ser disposta no aterro.
ATT
De acordo com Furgione, o volume de entulho descartado na ATT em julho corresponde ao esperado, devido às atividades de construção civil na cidade, das quais provém a maior parte do material. "No local são separados os materiais inertes dos recicláveis e reutilizáveis como madeira, que são encaminhados para cooperativas. A demanda é de materiais de ecopontos e também de construções em geral".
Ainda que agora o município ofereça espaço para esse tipo de material (a cidade ficou um período sem local para despejo com a desativação da RL Reciclados, quando aumentou o descarte em áreas irregulares), esta prática, proibida, ainda é um problema. No entanto, o secretário avisa que há dez ficais da pasta atuando para coibir a irregularidade e flagrantes são passíveis de multas. Denúncias também podem ser feitas pelo 0800-773-4100 e não é preciso se identificar.
Empresas pagam R$ 3,80 o metro cúbico para o despejo, mas o rejuste é previsto para a taxa, que deve aumentar. O município ainda planeja a estrutura para reciclagem de materiais da contrução civil, para reutilização. Porém, além de estudos, o projeto também exige licenciamentos.

Publicado na Gazeta de Limeira.




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