domingo, 30 de maio de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Centro de Eventos será reformado; aluguel com permuta completa 5 anos

Daíza Lacerda

O Centro Municipal de Eventos, que recebe feiras como Facil e Aljoias, será reformado. A licitação para as obras no local, cujo imóvel abriga ainda a sede da Secretaria de Turismo e Eventos, foi vencida pela empresa Leite de Barros Construtora, que executará reparos gerais, pelo valor de R$ 132.829,15, conforme publicação de sábado no Jornal Oficial.

A manutenção envolverá pintura interna, reparos elétricos e no sistema de segurança e alarmes, troca de telhas e das portas de vidro. Além do pavilhão, a casa, onde funciona a secretaria, também receberá serviços de elétrica e hidráulica, segundo o secretário da pasta, Marcos Camargo.
Embora o prédio seja alugado, ele justifica que a reforma pode ser executada, já que o uso do prédio tem levado à degradação da estrutura, com o passar dos anos. “São infiltrações, goteiras e instalações elétricas. O imóvel necessita urgente desses reparos, para darmos continuidade à agenda de eventos”, disse, exemplificando com a Festa Japonesa, prevista para ocorrer no local no final de junho.
As obras devem levar no mínimo 20 dias para começar no local, que possui 4,1 mil metros quadrados, com capacidade para 17 mil pessoas na parte interna e externa, 10 mil só na interna.

FUNDO
Camargo explica que o aluguel cobrado pelos eventos no local é fonte de renda para o Fundo Pró-Turismo, cujo saldo estima-se que esteja entre R$ 300 e R$ 400 mil. Dependendo do evento (feiras, feirões/exposições ou shows musicais), o custo do aluguel pode ser de R$ 1.190, R$ 2.380 ou R$ 3.570 por dia de realização. Para os dias de montagem e desmontagem, o aluguel oscila entre R$ 595 e R$ 1.190.
“Estamos montando um conselho gestor para esse fundo, com representantes de entidades, o que não existe desde março de 2009. Este conselho irá direcionar o uso desse dinheiro”, explicou. Ele diz que a verba até poderia ser usada para a reforma, mas, devido à urgência, não poderia aguardar a composição do conselho. “Além disso, é preferível que os reparos sejam feitos com verba própria da secretaria, enquanto os recursos do fundo poderão ser aplicados na execução de projetos”, sugere.

HISTÓRICO
O uso do local pela Prefeitura completará cinco anos, fruto de um acordo de compensação com o proprietário. A Secretaria Municipal de Turismo está no local desde setembro de 2005, quando o contrato teve início. Anteriormente, funcionava no Palacete Levy, junto à Secretaria Municipal de Cultura.
Conforme registros da época, o acordo previa que a Prefeitura não pagasse pelo aluguel, de forma a compensar a dívida de IPTU do proprietário. Era previsto o valor mensal de R$ 20 mil nos dois primeiros anos, R$ 23 mil no terceiro, e R$ 25 mil no quarto e quinto anos, corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A permuta estaria amparada pelo artigo 144 do Código Tributário Municipal, em que o município “poderá autorizar a compensação de crédito tributário com crédito líquido, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Municipal mediante estipulação de condições e garantias para cada caso”.
Questionada quanto ao valor vigente atual, o total da dívida e o quanto teria sido abatido até agora, além de planos com o término do acordo (se haverá novo contrato de aluguel), a Prefeitura respondeu que “o contrato de aluguel teve início em 2005 e tem prazo de um ano, sendo renovado até hoje”, além de explicar as condições noticiadas na época do início do contrato. No entanto, não citou valores.

Publicado na Gazeta de Limeira.

Museu, que já pertence ao município, passa por processo de “atualização”

Daíza Lacerda

Fechado para visitação bem antes do início da reforma do prédio Coronel Flamínio Ferreira, o Museu Histórico-Pedagógico Major José Levy Sobrinho não está em processo de municipalização. O local, já pertencente ao município, passa agora por um processo de atualização com o governo estadual.
A situação foi explicada por Cecília Machado, diretora do Sistema Estadual de Museus (Sisem), em entrevista à Gazeta. Segundo ela, o processo foi concretizado, e o município já assumiu a administração do museu. A situação na qual a instituição está, agora, é de atualização no Estado.
“O Estado teve duas levas de criação de museus, em 1956 e 1974. Parte deles nunca foi implantada e outra foi municipalizada por decretos entre outubro de 2000 e março de 2001. Nesta situação estavam 44 instituições, inclusive a de Limeira”, disse ela.
Outra lei estadual, 13.209/2008, no entanto, diz respeito às adequações que devem ser feitas nos processos de municipalização, de onde partiu a necessidade da atualização de documentos e processos. “Na verdade, sempre haverá supervisão do Estado, de forma a assessorar tecnicamente”, lembra. A medida exige ainda uma audiência pública para legitimar a passagem do Estado para Prefeitura.
Em Limeira, embora o prédio do museu esteja em fase de restauração, o local foi fechado para visitas em 16 de janeiro de 2007. Teve algumas exposições itinerantes até o acervo passar por catalogação e condicionamento supervisionados pelo Sisem. Segundo Cecília, em prosseguimento à atualização, para a reabertura, deverá ser feito, além de readequação do espaço, novo plano museológico, realinhamento de perfil e missão à comunidade, infraestrutura moderna, dinâmica e de interatividade, acessibilidade e ação educacional que valorize a instituição em nível regional.
Ela afirma que, quando recebeu a primeira visita da entidade, o local estava em situação “complicada”. “Era uma intervenção que precisava ser feita com urgência e administração acatou. Era preciso desocupar o ambiente, que era um espaço não apropriado para as peças, com excesso de coisas, precisando de restauração emergencial”, diz.
O novo projeto com os itens citados deverá atender todas as normas técnicas museológicas. “O Sisem apenas dá orientações ao município, mas não executa. Para isso, possivelmente deverá ser feita alguma licitação para o trabalho, via empresa com museólogo. Para o funcionamento, seguramente o município terá que fazer contratação de museólogo via concurso público”, explica Cecília.
Embora a estação ferroviária tenha sido cogitada para exposição das peças, o local foi descartado e não houve novas propostas de outros que pudessem receber adequadamente o acervo. O local propício para abrigar os materiais precisa, além de segurança, cooperar na conservação da peças, além de possuir acessibilidade. Segurança e limpeza são itens primordiais.
O museu possui 1.450 peças que pertenceram ao Estado, que fazem parte do processo de atualização, além de cerca de mil peças do município.
Cecília afirma que não há pedidos de trabalho parecido para o Museu da Joia, embora tenha sido pedida uma visita de profissionais da entidade ao local.

O QUE ESTÁ SENDO FEITO
Segundo o secretário municipal de Cultura, Adalberto Mansur, a ideia, com a reabertura, é que o público não somente receba as obras, mas que haja interação. “Planejamos ações culturais, mas ouviremos a população para um projeto mais focado. Vamos repensar projeto de museu, mas não com visão acadêmica”, diz.
Ele lembra que ainda não foi pensada uma audiência pública, o que possivelmente seria feito com os trabalhos da secretaria, não apenas do museu.
Quanto às orientações do Sisem, pontua que a parceria visa condicionar o acervo da forma mais correta do ponto de vista técnico.
Entre medidas no sentido das atualizações que a entidade propõe, o secretário destacou a participação, neste mês, de membros da Cultura em seminário da 8ª Semana de Museus, em Nova Odessa, que teve Cecília entre os palestrantes.
A obra no prédio para o qual o acervo deverá voltar teve prorrogação de quatro meses e deve durar pelo menos até julho. No entanto, o secretário informa que o projeto passa por alterações e revisões. A execução tem R$ 1,2 milhão de recursos federais, com estimativa de valor total de R$ 1,5 milhão, cuja diferença será arcada pelo município. 

Memórias do museu
“O museu de Limeira foi criado pelo decreto estadual 42.987, de 26 de janeiro 1964. A municipalização foi feita pelo decreto 44.735, de 3 de março de 2000”. As informações exatas são lembradas e descritas com detalhes pela museóloga Ariadne Francisca Carrera Miguel, que trabalhou por anos no local. Todo o histórico do museu de Limeira é contado por ela no livro “Memórias do Museu Major José Levy Sobrinho”, que está em fase de edição.
Ariadne, que é integrante do Conselho Regional de Museologia (Corem IV Região), teve o livro avaliado por editoras que indicaram o material como didático.
Publicado na Gazeta de Limeira.

Limeira recebe hoje o humor das “Olívias” no teatro

Daíza Lacerda

Hoje o Teatro Vitória será palco do riso com “As Olívias Palitam”, em performances das “magrelas” Cristiane Wersom, Marianna Armellini, Renata Augusto e Sheila Friedhofer. O quarteto já levou sua irreverência a mais de 30 mil espectadores.

Com a peça em cartaz desde 2005, o grupo se uniu em 2004, quando todas eram alunas da Escola de Arte Dramática da USP. “Tínhamos muito em comum, o mesmo tipo de humor e modo de olhar para a vida”, diz Sheila, em entrevista à Gazeta. Trabalhariam com humor, mas, até então, sem saber o formato.
Altas e magrelas (todas medem pelo menos 1,70 metro), a sugestão de se intitularem como “Olívias” veio do diretor Victor Bittow, o que, de início, não foi visto com bons olhos. “Até que vimos que era mesmo a nossa cara, mais pelo conceito do que o tipo de corpo. Na adolescência até sofremos traumas com apelidos maldosos, mas hoje todas têm mais de 30 anos e esse tipo de preocupação passa longe”, diz, lembrando que a graça não é feita em cima do padrão, já que “se consideram mais desengonçadas do que bonitas”. O espetáculo conta ainda com a dramaturgia de Andréa Martins.
Os espectadores poderão ver hoje as Olívias estudando regras de futebol, além da paródia “Longilíneas demais”, já considerada um clássico que não pode faltar na apresentação. O espetáculo conta ainda com o improviso, com performance a partir de temas sugeridos pela plateia. “É um momento até arriscado. É uma conversa viva, acontece na hora, temos de estar ligadas em tudo”, diz Sheila, que considera o improviso essencial para quem faz teatro, algo que, apesar de antigo, está em voga atualmente.
Por serem muito amigas, ela conta que, no palco, a afinidade contribui, como na sensibilidade entre elas na hora de uma ou outra falar. O resultado é humor rápido e inteligente, com muita improvisação. “Convidamos todos a se divertirem conosco, é um show super pra cima, todos vão gostar”, enfatiza.
O espetáculo começa às 19h. A bilheteria do Teatro estará aberta entre as 13h e 17h, reabrindo às 18h. Os ingressos custam R$ 40, R$ 30 com bônus da Gazeta de Limeira e Clube GT, e R$ 20 para meia-entrada e clientes Porto Seguro.

TRABALHOS
As atrizes Cristiane Wersom e Marianna Armellini estão no elenco do programa “É Tudo Improviso”, da Band. Participam ainda, como convidadas, do espetáculo Improvável, com a Cia Barbixas de Humor.
O trabalho do quarteto pode ser conferido ainda na websérie “As Olívias Queimam o Filme”, que pode ser acessada em www.youtube.com.br/asolivias. Sheila diz que esta é a primeira incursão do grupo fora dos palcos, ponto de partida para o projeto para TV. São oito episódios, com cerca de três minutos cada, que foram postados no final de 2009. Outra temporada será gravada neste ano. “É um projeto que demorou para sair do papel, mas teve um resultado muito legal. Ajuda ainda a nos levar a vários lugares em que ainda não pudemos estar fisicamente”, diz ela. A série registra grande acesso na internet e conta com participações de Rafinha Bastos e Rafael Cortez, do CQC.

Bares se preparam para exibição de jogos da Copa

Daíza Lacerda

A menos de duas semanas para o início da Copa, bares e restaurantes começam a preparação para receber torcedores. Embora a produção seja grande, alguns ainda optam por assistir aos jogos em casa. A exibição foi liberada em acordo de fevereiro entre a Fifa e Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão.
O Hard Chopp III já está decorado para os jogos, que serão exibidos também no H1. “Com base na Copa de 2006, que o público compareceu em peso, estimamos mais de 500 pessoas por jogo”, diz Mariana Marini, coordenadora de eventos do local. A expectativa é ainda maior dependendo do dia de exibição e da dispensa de funcionários pelas empresas ou comércio. A cozinha permanecerá aberta, com um cardápio mais informal. “Além da exibição do jogo, haverá festa antes, no intervalo e depois, com apresentação de bandas de pagode e sertanejo”, acrescenta.
No que se refere às regras de exibição, Mariana lembra que não haverá cobrança de portaria, mas de couvert artístico, devido às atrações.
Já para o público que prefere pop e rock, o Bar da Montanha também exibirá os jogos, com promoções e bolões, com a banda Pandemya tocando nos intervalos, antes e depois dos jogos. “Encomendamos um superprojetor, que garante boas imagens mesmo de dia, além do telão e TVs que já temos no bar”, disse o proprietário Vando. Esta é a terceira Copa em que haverá transmissão no local, que já costuma exibir outros jogos, como os do Paulistão e Brasileirão. O bar terá promoções no preço dos produtos e a entrada será gratuita. “A perspectiva de público é boa, já que temos uma clientela cativa”, aposta.
A movimentação na Rua Treze de Maio, no Centro, já começou há dias. No Bar 13, a expectativa também é grande. “Como todos os anos, recebemos média de 200 pessoas, com previsão de mais ainda neste ano”, disse a proprietária Zenilda Silva Reis de Paula. Os comerciantes se preparam para a reunião durante os jogos, inclusive com torcida uniformizada. “Encomendamos cerca de 100 camisetas. Até moradores, vizinhos do comércio, quiseram, e depois do primeiro jogo a tendência é aumentar”, disse José Renato Santos, da Tabacaria.

QUEM QUER SOSSEGO
Embora a produção seja grande, a sala de casa continua sendo opção. “Vou ficar em casa mesmo, os parentes estão longe. Além disso, quero tranquilidade para assistir, sem discutir com ninguém”, diz o torneiro-mecânico José Rodrigues, 60. A dona de casa Eliane Cicotti, 39 e a amiga Cristiane Cordola, 32, operadora de loja, concordam. “Não há nada melhor do que assistir em casa, com sossego”, dizem.
O vendedor Rodrigo Ferreira, 20, está indeciso. A família não liga para futebol, assim como ele, mas os amigos gostam e vão para bares. “Não estou preocupado. Embora tenhamos que ser patriotas, eles estão ganhando e nós perdendo tempo”, opina.
Também vendedores, Alex Rodrigues, 29, e Thiago Oliveira, 20, vão assistir a algumas partidas no trabalho e outras em casa. Já a auxiliar de limpeza Leonir da Silva, 42, vai se reunir com a família para assistir em casa. No entanto, a filha Thaila, 11, não está animada para a exibição. “Faltam Neymar e Adriano”, reclama. 



Publicado na Gazeta de Limeira.
sexta-feira, 28 de maio de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Limeira já possui sinal de TV digital da Globo; transmissão será oficializada nesta segunda

Daíza Lacerda

A era da imagem de alta definição já chegou a Limeira. Em correção à informação publicada ontem sobre a transmissão digital, o sinal já existe na cidade, e em área bastante extensa, partindo da antena da EPTV, retransmissora da TV Globo.

A transmissão em caráter definitivo e oficial acontecerá nesta segunda-feira, mas quem possui TV com o receptor do sinal ou conversor digital acoplado ao aparelho já pode conferir novelas, telejornais, alguns filmes e até jogos de futebol em alta definição, na programação aberta.
O engenheiro técnico de projetos da EPTV, Paulo Beghini, responsável pela implementação, explica que o sinal está em fase de testes, mas já está no ar. “Até segunda-feira, está sujeito a cortes, mas abrange toda a cidade, podendo até alcançar outras localidades”, afirma. Caso contrário, serão posteriormente instalados reforçadores de sinais nessas cidades. Algumas regiões, devido à topografia, poderão também ter falhas, o que será trabalhado. “As áreas de sombra serão estudadas, mas, a princípio, todas que recebem o sinal analógico com antena UHF também terão alcance do digital”, diz Beghini.
Além de Limeira, a implantação oficial do sinal será feita ainda em Piracicaba, Amparo, Indaiatuba e Mogi Guaçu. Informações sobre o sistema e mapa de abrangência da região podem ser conferidos no site www.eptv.com/tvdigital

42, 43 e 20
A transmissão digital da TV Globo funciona no canal 42, enquanto o analógico funcionará no 43, em substituição ao 20, conforme testes iniciados neste mês. “Tivemos alguns problemas técnicos inesperados durante a implementação desse novo canal, que foram solucionados.
Para evitar alguma outra falha, funcionará paralelamente ao canal 20, até este ser desativado”, explica o engenheiro.
A previsão é de que o canal 20 seja desligado após a Copa. A alteração de canais, que será feita em todo o Estado, foi solicitada pelo Ministério das Comunicações, como adequação à implementação dos canais digitais.
Embora o canal digital “físico” da Globo seja o 42, Beghini lembra que poderá aparecer na exibição referência como canal 12.1 EPTV HD, que é o canal “virtual.

DEFINIÇÃO
O cinegrafista Márcio Magrin, 39, tem pesquisado há meses sobre o sinal na cidade, através de um fórum de limeirenses na internet.
Há cerca de um mês, soube dos testes de transmissão e, munido do conversor digital há duas semanas, já pode conferir a mudança na programação de alta definição. “Tinha um nível de sinal alto, ainda por Campinas, mas [ante]ontem o sinal estava mais forte, quando nos assustamos com o salto na qualidade”, diz.
A esposa também atesta a diferença. “É outra coisa assistir novela, jornal e jogo de futebol.
Dá pra ver os poros dos apresentadores. É qualidade sem precisar pagar”, diz a fotógrafa Ivone Magrin.
Os conversores em geral possuem o mesmo “sistema”, comum na programação fechada, com exibição de informações sobre o programa em exibição, como descrição e horários de início e término.
O casal, que mora próximo à antena retransmissora, conferiu ainda alguns programas da TVB (canal digital 16) e Bandeirantes (28, no sistema digital), com direcionamento de Campinas.

Publicado na Gazeta de Limeira.

Sem condições de dirigir, homem causa confusão

Daíza Lacerda

Além da confusão no trânsito, L.R.M., 33, chamou atenção de pedestres e trabalhadores na tarde de ontem, no Centro. Aparentemente embriagado, o homem trafegou por várias ruas movimentadas da área, até ser detido pela Polícia Militar.
O condutor foi abordado no início da Rua Senador Vergueiro, mas só parou próximo ao cruzamento com a Barão de Cascalho, prejudicando o trânsito na via. O carro, que não funcionava, foi empurrado pelos policiais para desobstruir o fluxo.
Sem saber dizer sua profissão, ou mesmo qualquer outra informação, M. estava com a documentação em ordem, mas não conseguia sequer ficar de pé, dependendo da ajuda dos policiais para isso. Ele, que dirigia a Pampa placas BZU-5034, tinha a fala desconexa e choramingava, remetendo a nomes e parentes.
De acordo com o funcionário de um estacionamento em que o homem havia deixado o carro, M. já estava em condições deploráveis ao deixar o veículo, mesma situação quando foi buscá-lo. O soldado Fabbri informou que, além da autuação do veículo, M. terá de responder pelo crime de condução sob substâncias alcoólicas. O caso foi registrado como embriaguez ao volante no 1º Distrito Policial.

Publicado na Gazeta de Limeira.
quinta-feira, 27 de maio de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Enquanto TV digital se estabelece, transmissão em 3D ainda engatinha

Daíza Lacerda

A transmissão experimental em três dimensões (3D) no último domingo do programa Pânico, da Rede TV, contribuiu com a especulação da mais nova tecnologia, mal o mercado se habituou às exibições digitais e infinidade de aparelhos (LCD, LED, plasma).

Cultuada como a primeira transmissão de TV aberta mundial do tipo, os testes são feitos por outras emissoras, com planos de exibição para a Copa. O que há de concreto, no entanto, é que até esta tecnologia se tornar comum nas salas domésticas, as emissoras ainda terão trabalho e os interessados devem preparar o bolso.
A estimativa é do professor Rangel Arthur, do curso em Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações da Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp). Doutor em TV Digital, ele explica que a exibição em 3D reproduz duas imagens que, filtradas pelos óculos, dão o efeito de profundidade. Para essa "transmissão dupla", as emissoras precisariam driblar o limite da faixa de sinal, o que a banda suporta: a exibição em alta definição ou a 3D, que seria a "duplicada", sem a mesma qualidade, mas que exige o espaço.
"É o que foi feito na exibição do programa. Dividiram o mesmo canal em duas partes e abriram mão de maior qualidade de imagem", explica. Os sinais, sobrepostos para o efeito 3D, tinham a qualidade de DVD, que é inferior ao de alta definição. A transmissão plena deve demorar até a mudança de tecnologia do atual padrão de compressão.
São dois modelos de óculos para assistir em 3D. Os passivos, com uma das "lentes" azul e a outra vermelha, funcionam como os dois sensores (assim como cada olho para o que enxergamos), cujos sinais combinados refletem a imagem tridimensional. "Sem os óculos, vemos a imagem borrada. Há ainda os óculos ativos, que proporcionam melhor sensação, já que funcionam em sincronia com as cenas do filme. Mas o custo também é mais alto", lembra.

CINEMA EM CASA
Se a situação parece muito complicada para as transmissões, é, de certa forma, mais acessível para assistir filmes em blu-ray na sala com a tecnologia dos cinemas avançados. A TV para isso já existe, mas, no Brasil, só por encomenda e a módicos R$ 10 mil para modelos de 46 polegadas. Ou seja: existe, mas ainda é caro.
O conjunto, também necessário para receber as futuras transmissões de canais em 3D, vem com a TV, o aparelho que permite o efeito e reproduz a mídia, o óculos, além de um filme de demonstração. Só o aparelho de TV custa em média R$ 8 mil.
"Não é qualquer TV que pode reproduzir. O equipamento deverá ter uma capacidade especial, suportando as duas faixas de exibição", explica.
Embora a popularização da tecnologia tenha se dado sobretudo com produções atuais, como Avatar, em que produtoras investem em softwares para os efeitos, a ideia de filmes em 3D é de longa data. O primeiro, "The power of love", é de 1922, época em que o formato não se mostrava interessante para a indústria.
Com o desenvolvimento tecnológico, além de o 3D ser o filão e foco dos investimentos nos cinema, Arthur sugere que pode ser bem aproveitado na educação. "Pode ajudar no aprendizado se imaginarmos a inserção do aluno no mundo da matemática, por exemplo, com maior interação através das formas e conceitos", diz.

TV DIGITAL
Até a imagem 3D virar realidade, outro processo ainda engatinha: o da implantação da transmissão digital, que ainda não chegou a Limeira. "A estimativa é de que a transmissão analógica termine até 2016, quando a digital abranger as residências por completo. Quando isso acontecer, os canais analógicos concedidos às emissoras serão devolvidos ao governo", diz.
Um dos entraves do processo era o custo que, assim com as TVs mais finas, tiveram queda. Os transmissores, que custavam média de R$ 500 mil, já estão entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, conforme o professor.


Publicado na Gazeta de Limeira.
quarta-feira, 19 de maio de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Transplantados alertam riscos da descoberta tardia da Hepatite

Daíza Lacerda

Hoje é o Dia Mundial de Combate às Hepatites, causa que mobiliza vários grupos para alertar e conscientizar sobre a doença. Um deles é o grupo de apoio Revendo a Vida, que atua de forma a melhorar a qualidade de vida do portador e sua família. A descoberta tardia da doença levou portadores a precisarem de transplante.
A doença viral, que não apresenta sintomas, causa inflamação no fígado, e pode evoluir para uma cirrose ou câncer, se o diagnóstico for tardio. Segundo a psicóloga Solange Dantas Ferrari, coordenadora do grupo, que foi criado em 2003, cerca de 20% dos portadores podem ter cura espontânea, enquanto o restante desenvolverá a doença, que tem progressão lenta até tornar-se crônica. "Alguns levam até 25 anos para chegar à cirrose, que é o dano maior que a doença causa, ou então a um câncer hepático, onde há necessidade de se fazer um transplante de fígado", explica.
Exame de sangue determina a presença ou não do vírus. Para a Hepatite C não há vacina, daí a importância da prevenção, como o não compartilhamento do uso de seringas e agulhas, escovas de dentes, aparelhos de barbear e alicates de unha. É recomendado ainda o uso de preservativos nas relações, além de material descartável ao fazer tatuagens ou colocação de piercing.

TRANSPLANTES
A aposentada Terezinha Cavinato, 63, fez transplante de fígado há oito anos e meio. Tinha 46 quando recebeu o diagnóstico de Hepatite C, dois anos após iniciar tratamento, após cirrose hepática. "Com o resultado, os médicos acreditavam que eu tinha a doença há pelo menos 10 anos. Possivelmente fui infectada por agulha ou material não descartável, pois havia feito várias cirurgias", lembra.
O diagnóstico evoluiu para câncer, o qual ela tratou por um ano e meio, enquanto estava na fila do transplante, feito em dezembro de 2001. "Foi um verdadeiro presente de Natal. Usei medicameto contra rejeição e evito tudo o que pode causar algum tipo de infecção, já que o organismo fica mais frágil após o transplante. Nunca mais tive internação, mas faço exame de rotina a cada três meses", conta.
A doença também já estava em estágio avançado quando o analista de confiabilidade Jorge Cristóvão, 47, a descobriu. "Fiz tratamento com medicação, que não teve resultado, até chegar em complicações que exigiam o transplante", diz. Até lá, sofreu cãibras, dores de cabeça, barriga d'água, inchaço e fraqueza. Embora nem todos os sintomas tenham sido totalmente erradicados, está melhor após a cirurgia, mantendo o tratamento com medicação, com a doença negativada.
Ele faz um apelo à prevenção. "Para quem descobre cedo, há grandes chances de cura. É preciso que as pessoas se atentem aos exames, para que não passem pelo mesmo que passei", enfatiza.
O grupo Revendo a Vida tem reuniões todas as quintas-feiras, às 19h30, na Rua Alferes Franco, 1.241. A entrada é franca.