terça-feira, 6 de abril de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Estrutura quase pronta para início do Festival do Circo

Daíza Lacerda

Pelo menos 100 pessoas trabalham em dois turnos para a conclusão da montagem da estrutura do Festival Paulista de Circo, que começa amanhã ao lado do Parque da Cidade.


“É dia e noite, exceto nas madrugadas. Também haverá a preparação dos espaços entre um espetáculo e outro. É muita gente junta”, diz o diretor de montagem César Guimarães. Representante da 6ª geração de uma família de artistas circenses, ele não reclama do ritmo e volume de trabalho. Pelo contrário. “Há muito tempo o circo não tinha a visão que tem agora pelos órgãos públicos de Cultura”, lembra.
Neste ano o festival ampliou o número de espetáculos, num total de 128, com 422 artistas envolvidos. A abertura será amanhã, às 20h, na lona Piolin (800 lugares) e contará com uma união inédita, da arte do circo com a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.
A área do evento, de 30 mil metros quadrados, terá ainda as lonas Arrelia (550 lugares), Pimentinha (300 lugares) com oficinas para artistas, e a Carequinha, com recreação e oficina de acrobacias para crianças. A parte externa também terá atrações como trapézio e globo da morte, além de demais intervenções artísticas, com área para descanso e alimentação, além de banheiros. Os ingressos começarão a ser distribuídos uma hora antes de cada espetáculo nas tendas, por isso é importante a chegada com antecedência ao local.


Fotos: Renato Silva/Gazeta de Limeira
Confira aqui a programação completa.

Publicado na Gazeta de Limeira, também na capa. Original em pdf aqui.

Páscoa: em dois dias, 7,5 mil vão à Via-Sacra

Daíza Lacerda

A Via-Sacra de Limeira teve 7,5 mil espectadores em seus dois dias de apresentação no Parque da Cidade. Uma das três encenações, programada para o último sábado, foi cancelada devido à chuva.
 
 
Na noite de sexta-feira, o público foi de 5,5 mil, superando a capacidade da arquibancada, de quatro mil pessoas, com expectadores nas laterais e parte alta do Parque. Outras duas mil pessoas assistiram ao espetáculo na quinta-feira.
Na 20ª edição do evento, a produção contou com elenco formado basicamente por frequentadores dos cursos mantidos pela Secretaria Municipal de Cultura na Escola Municipal de Cultura e Artes (Emcea).
“A renovação faz com que o projeto ganhe fôlego para pelo menos mais 20 anos”, disse Adalberto Mansur, secretário da pasta, a respeito dos novos atores.
Nos dois dias de encenação, os quase 120 atores utilizaram quatro palcos, mais próximos do público, para contar a história. Mateus Gonçalves, de 18 anos, estreou no papel de Jesus Cristo. Na cena da ressurreição, uma empilhadeira, escondida junto aos palcos, elevou Jesus. Entre as outras inovações, cavalos levaram parte dos soldados. Já a atriz Creusa dos Santos, que é negra, fez o papel da Maria.
 
MORRO DA PENITÊNCIA
Já no Jardim Olga Veroni, no Morro da Penitência, cerca de 12 mil pessoas acompanharam a procissão do Senhor Morto e encenação da Via-Sacra, na Sexta-feira Santa.
As procissões saíram das Paróquias Santa Luzia (Vista Alegre) e Santa Isabel (Parque Hipólito) e se encontraram no Morro da Penitência. Toda a condução religiosa foi feita pelo Bispo Diocesano, dom Vilson Dias de Oliveira, e pelos padres Ismael e Valdinei. A encenação teve o apoio das secretarias de Turismo e Eventos e de Cultura.
 
Foto: JB Anthero/Gazeta de Limeira
 
Original em pdf aqui.
 

Biblioteca Comunitária do Ernesto Kühl realiza fórum social hoje

A Biblioteca Comunitária Viajando na Leitura, do Jardim Ernesto Kühl, promove hoje a partir das 13h30 o Fórum Social, em parceria com o Programa Educação Para o Trabalho (PET) do Senac.
O evento é organizado pelos alunos da 16ª turma do PET, como encerramento das atividades. São 15 jovens entre 14 e 17 anos. Entre os assuntos a serem abordados pelos integrantes da Rede Social Senac-Limeira, Miltinho e dona Chica, está a participação social da juventude, vida comunitária e cidadania.
Na quinta-feira, 8, será realizado o Fórum Profissional, com Simone Portella, da Academia Limeirense de Letras, e Helena, dentista com participação comunitária no bairro. Será discutida a juventude e o mundo do trabalho. Mais informações pelo telefone 3701-4017.
segunda-feira, 5 de abril de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Laís Bodanzky: "o cinema é nossa memória"

Daíza Lacerda

Usar o audiovisual como forma de expressão da vida, como uma voz às histórias que se deseja contar. Esta é a oportunidade que 20 jovens de Limeira terão com a Oficina Tela Brasil, que está com inscrições abertas e terá início neste mês. A definição é da cineasta Laís Bodanzky, que coordena o programa com o roteirista Luiz Bolognesi, ambos responsáveis pelos filmes "O Bicho de Sete Cabeças" e "Chega de Saudade".

Laís: cinema brasileiro é plural, atende ao todo e aos pequenos grupos

A oficina "nasceu" do cinema itinerante Cine Tela, que passa por cidades de todo o Brasil levando produções nacionais. "Percebemos que depois que o cinema sai, fica um vazio. Daí veio o desejo de fazer a oficina, como uma oportunidade para que o próprio público conte suas histórias através do audiovisual", explicou Laís, em entrevista à Gazeta.
Nas oficinas, patrocinadas pela CCR AutoBAn em parceria com a Fundação Telefônica, mais de 900 jovens de 41 cidades passaram pela experiência de contar suas histórias em roteiro e atuação, o que resultou em 123 curtas-metragens, dezenas deles selecionados em diversos e importantes festivais. "Com instrução e pequena noção, são produzidas histórias surpreendentes", avalia.
Laís frisa que o objetivo é, além de oferecer uma introdução, formar o cidadão, que tem o direito de se expressar, mais do que formar um técnico. No entanto, embora não seja o foco, ela diz que já aconteceu de jovens terem feito outros trabalhos, além de contratações. "É algo muito bacana e estimulante. Mas tudo depende do interesse do próprio aluno", declara.

BRASIL NAS TELAS
Laís avalia que fazer cinema em qualquer lugar é difícil, mesmo fora do Brasil. "É caro e precisa de técnica. É difícil principalmente para estreantes". Para ela, hoje o cinema brasileiro está em situação "mais aconchegante", devido à variedade de cursos, faculdades e concursos, além das políticas cinematográficas, além da criação da Agência Nacional do Cinema (Ancine), como órgão de regulamentação e fiscalização. Por todos esses fatores, ela aponta maior organização desde o tempo em que começou, "o que não quer dizer que seja fácil", completa.
Quanto à concorrência da produção nacional com as estrangeiras, ela lembra que entre os blockbusters sempre há um carro-chefe brasileiro. "O que vem entre os produtos norte-americanos já é um filtro, pois eles têm uma produção enorme, além da verba para marketing para o que é de primeiro interesse. No Brasil é outra proporção, mas estamos em casa, com acesso a toda produção. O cinema brasileiro é bastante plural porque não tem só blockbusters, que são importantes para a cadeia econômica, mas não se pode produzir só disso. Temos ainda o cinema médio, com focos específicos, como os para adolescentes, os romances, os infantis, ou os filmes de gueto, além dos experimentais". Diversidade que enriquece a cinematografia, atendendo não só o todo, mas também os pequenos grupos, afinal, "o cinema é nossa memória", enfatiza.

PRODUÇÕES E ESTREIA
Ela cita que sua estreia em longas, O Bicho de Sete Cabeças (2001), teve como ponto mais difícil o financiamento. "Mas a confecção e retorno do público foram extremamente gratificantes". Hoje, além de lei de audiovisual ter sido reformulada com melhorias, há maior incentivo com concursos e editais para filmes que tornam possíveis as produções, incluindo as de baixo orçamento.
O novo longa, "As Melhores Coisas da Vida", estreia dia 16 em 150 salas de cinema. A história, original, é inspirada série de livros "Mano" de Gilberto Dimenstein e Heloísa Prieto, do qual a cineasta falou da expectativa do lançamento. "No momento é de ansiedade. A Gullane e Warner investiram e acreditaram e estou otimista. Não é um lançamento como de um blockbuster, mas é o maior lançamento da minha carreira", declara.
O filme conta a história de Mano, que aos15 anos sofre com uma série de problemas característicos da idade, entre eles a virgindade e a relação com os pais. "O filme é uma provocação, quando se para para pensar no sentido da vida, o que nos move, nos incomoda, nos faz feliz, contemplando os desejos desde os mais simples até os impossíveis", explica.
Quanto à oficina, ela reforça o convite aos jovens. "É sempre emocionante ver o quanto os participantes se transformam e aproveitam a oportunidade". No final do curso, haverá exibição de curtas aberta ao público, além de um convidado da área para o encerramento.
As incrições seguem até dia 9, na Escola Municipal de Cultura e Arte (Emcea), na Rua Capitão Bernardes Silva, 144, Centro, onde também serão as aulas, ou no endereço http://www.telabr.com.br/oficinas_itinerantes/inscricao.

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domingo, 4 de abril de 2010 | By: Daíza de Carvalho

André Sturm: "Ideia é que Limeira se firme como referência do Festival de Circo"

Daíza Lacerda

Às vésperas do início da terceira edição do Festival Paulista de Circo em Limeira, a intenção é que a cidade se consolide como referência do evento, a exemplo do Festival de Inverno de Campos do Jordão com a música clássica.

A afirmação é de André Sturm, coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural (UFDPC), da Secretaria de Estado da Cultura. Em entrevista à Gazeta, Sturm revela que já recebeu manifestação de prefeitos e deputados pedindo a migração do festival para suas cidades. "Limeira deve ser firmar como o local de realização do Festival de Circo, para o que há contribuições e parcerias. Estamos otimistas, neste ano haverá mais atrações", declara.
Diante da nova geração, cujo entretenimento da infância é, muitas vezes, os games e computadores, Sturm lembra que a relização do festival é uma das medidas para manter viva a cultura do circo, que já passou por tempos de decadência. "É uma festa grande, com visibilidade, que atrai desde jovens aos mais velhos para um ambiente agradável, de diversão", diz. Além disso, a arte se reiventa. "Há uma reciclagem, os artistas se atualizam. Tanto que é da arte do circo que são feitos os espetáculos artísticos mais famosos, do Cirque du Soleil", completa.

ACESSO À CULTURA
Com a concentração das maiores mostras e festivais em grandes centros como São Paulo, moradores de cidades como as do interior nem sempre têm acesso a toda essa arte. Para estão questão, Sturm lembra que vários festivais, ao exempo do de circo, estão sendo descentralizados, com organização em municípios diferentes. "É o mesmo que acontece com o teatro em Salto e o de literatura na [Serra da] Mantiqueira, que são realizados fora da capital para ampliar o acesso a atividades de interesse cultural", explica. Já quanto a algumas exposições, pontua que muitas delas são caras, o que exige seguro e estruturas específicas, o que não permite circulação.
Com carreira no cinema como diretor, Sturm revela ainda novidades neste campo. Enquanto grupos e entidades se organizam na região para exibição e debates de filmes, ele diz que está em projeto pela Secretaria de Estado da Cultura uma coleção para a formação de uma DVDteca, que deverá ser disponibilizada aos municípios. "São diversos títulos, inclusive mais recentes, que poderão ser exibidos em espaços alternativos como bibliotecas ou centros culturais". A ideia é que o material possa ser disponibilizado em dois meses.

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Festival de Circo: Léotard, o 'pai' do trapézio, terá homenagem de artista

Daíza Lacerda

O trapézio, criado há 150 anos pelo francês Jules Léotard, do Cirque d'Hiver, em Paris, terá a comemoração do "aniversário" em número do artista circense André Sabatino, mais conhecido como Deco. A homenagem será feita durante o 3º Festival Paulista de Circo, ao lado do Parque da Cidade, entre 7 e 11 de abril.
O jovem de 27 anos está sempre na piscina, mas não para se refrescar e sim para treinar o número circense trapézio em balanço. Como não existia rede de segurança, Léotard treinava sobre uma piscina, realizando sozinho acrobacias: pirueta, mortal, equilíbrio pelos pés. Tudo no trapézio em movimento.
Aos 7 anos, André entrou na ginástica olímpica. Na Faculdade de Educação Física, conheceu artistas circenses e começou a praticar malabares, perna-de-pau e outros números. Mas foi no trapézio de balanço que se encontrou, incentivado pelo professor Alex Brede, da Cia do Circo, em Campinas. André integra o grupo Ares e criou os Irmãos Sabatino, com seu irmão Martin. A dupla já fez parte de uma trupe de voo na Holanda, no Circo Luis Knee Junior.
“Fui assistir ao Festival de Circo em Deman, na França, e vi um livro sobre a história de Léotard. Comecei a pesquisar e me apaixonei pelo tema. Ele era um exímio trapezista e fazia acrobacias impressionantes sem nenhuma proteção, depois de ensaiar sobre a piscina até o truque ficar perfeito. Eu uso uma corda de segurança, claro”, conta André.
Ele se apresentará no espetáculo de abertura, dia 7, a partir das 20h, em show solo, e também no sábado, 10, no fim da tarde.

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Projetos de Turismo contemplam Pires, Av. Costa e Silva e Centro de Eventos

Daíza Lacerda

Na primeira semana à frente da Secretaria Municipal de Turismo e Eventos, Marcos Camargo dará continuidade aos projetos da Prefeitura. O setor de turismo deverá ter maior ênfase na melhoria de espaços da pasta, enquanto o calendário de festas será centralizado no Centro Municipal de Eventos.

Entre as primeiras mudanças, está o funcionamento da secretaria, que migrará em breve para as dependências do Museu da Joia. "As ações de Turismo deverão ser feitas de lá, onde o departamento estará melhor instalado, com maior dinamismo", diz o novo secretário.
Como novos projetos, estão a construção de um portal alemão no Bairro dos Pires, que deverá ser visto da Anhangüera, além da reforma do portal de entrada da cidade. "O local deverá, além de fornecer informações, oferecer folderes e mapas, além de sinalizar os pontos turísticos da cidade", diz Camargo, listando o Museu da Joia, Parque da Cidade, Horto Florestal e os futuros Jardim Botânico e Zoológico. Nos Pires, está nos planos de turismo para a região o fomento da comida típica alemã, além da recuperação do cemitério, a ser estudada com moradores.
Mudanças também serão estão previstas para a Avenida Costa e Silva, como um centro de apoio ao turista, no sentido de oferecer maior estrutura aos visitantes e compradores, como roteiro de visitas, recinto para alimentação e banheiros. "A ideia desenvolver algo como é feito na feira do Brás, em São Paulo. As lojas não abrem no final de semana porque não tem compradores, que não vêm porque os locais não abrem. É preciso pensar nisso", declara. Segundo ele, a fórmula para o local deverá ser discutida e decidida com os lojistas e entidades do ramo.
Além de manter o calendário de eventos, como o tradicional Domingo de Relíquias e as festas anuais como a das Nações, Camargo lembra que entre as comemorações a serem retomadas está o carnaval de rua. "Estudamos um local apropriado, possivelmente na região das marginais. Haverá uma comissão para isso, incluindo os grupos interessados", diz.
Outros projetos que continuam em andamento é o da Maria Fumaça, cujo projeto da linha férrea deverá ser feito neste ano, e o da Vila das Nacões, no Morro Azul.
As medidas visam fomentar a visitação, de forma que a cidade seja incluída em roteiros. Entre os objetivos está a transformação do município estância turística, denominação que garantiria também verba diferenciada do governo.

CENTRO MUNICIPAL DE EVENTOS
Camargo aponta a deterioração do do Centro Municipal de Eventos, que deverá ter reparos na estrutura para continuar a receber grandes eventos, como as feiras Abril Fashion e Aljoias. Entre outras festas previstas para o local, estão a Japonesa e da Laranja, que deverá ser reformulada neste ano. "A ideia é transformar a área no principal local de grandes festas e atividades da secretaria", enfatiza.
Para a carência de locais destinados aos jovens, que usam áreas como o entorno do shopping ou postos de gasolina para aglomeração, Camargo cita o projeto "embrionário" de domingueiras com DJs no pavilhão de eventos. "Será uma atração que os jovens gostam, num local onde podemos controlar questões da idade, além de som que não atrapalhe vizinhos. É melhor do que ficarem na rua", afirma, lembrando que não há pretensão de tirar jovens dos locais citados, mas sim de dar opção. A estimativa é que projeto tenha início neste ano, após formalização do Conselho da Juventude, com o qual será formulado.
Ainda como opção aos jovens, estão os planos de parceria com a Secretaria Municipal da Educação para o prédio do Centro de Ciência, onde poderá funcionar o Espaço Jovem, que ofererece lan house e oficinas gratuitamente.

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Oficina Carlos Gomes abre inscrições para 12 cursos

Daíza Lacerda

A Oficina Cultural Carlos Gomes, que fica no Palacete Levy, abre nesta segunda-feira, 5, incrições para as oficinas do semestre. Coordenador na unidade, Robson Trento lembra que as linguagens foram mantidas, mas houve inclusão de novas vertentes entre os cursos. 

Continuam contemplados os campos de Artes Plásticas, Teatro e Fotografia, os mais procurados, segundo Trento. "As novidades são as oficinas de Serigrafia e Toy Art, que é uma nova concepção de brinquedos", cita. Além disso há cursos que contemplam Audiovisual, Jornalismo e Música.
Limeira atende 32 municípios da região, mas há atividades direcionadas a algumas cidades, como Iracemápolis (com oficina de iniciação teatral) e Cordeirópolis (dança contemporânea). Há cursos voltados para iniciantes, a partir de sete anos de idade, além de temas que exigem conhecimento na área, em nível intermediário ou avançado.
A procura geralmente extrapola o número de vagas. "Neste semestre são 350 vagas. Há cursos que possuem 30 e chegam a ter 100 inscritos. Por isso é importante a variação do nível, para que possamos atender diversos públicos.
Ao fim do curso, com 80% de frequência, o aluno recebe certificado. O candidato deve estar atento, já que para cada curso há data definida para inscrição, assim como os dias das aulas.

OFICINAS
As inscrições serão as as atividades de: Iniciação ao Desenho Artístico, Serigrafia, Toy Art, apresentação do Lançamento do DVD de Animação “Sossega Leão”, Ciclo de Estudos “50 anos da Construção de Brasília”, Jornalismo com “Os Bastidores da TV”, Iniciação à Linguagem Fotográfica, Fotografia Cultural, Canto Coral “Gospel Spirit”, “Voz e Criatividade”, apresentação do Espetáculo “Désir” e Processo de Criação e Teatro de Rua - Dramaturgia e Encenação. A descrição completa, vagas e prazo de inscrição estão no site http://www.assaoc.org.br/programacao/regionais/carlos-gomes.php.

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Páscoa exige cautela no consumo de chocolate

Daíza Lacerda

Na última semana de corrida para a compra dos ovos de Páscoa, enquanto a preocupação dos consumidores é com a variedade de produtos a escolher, o alerta fica por conta do exagero na hora do consumo. Além do ganho de peso, o excesso de chocolate pode elevar o índice de glicemia.

Segundo o nutrólogo Renato Salibe Gullo, o chocolate não é "contraindicado", até porque tem propriedades benéficas como o estímulo aos neurônios e à produção de serotonina, que melhora o humor e disposição, além de proteger o coração, quando ingerido moderadamente.
Além dos diabéticos e pessoas que tentam controlar o peso, os produtos diet são indicados para quem tem triglicérides, cujo problema vem do açúcar e massas. No entanto, o chocolate dietético tem uma quantidade maior de gordura e por isso não é indicado para as dietas de emagrecimento. O consumo é recomendado para os portadores de diabetes por ser isento de açúcar.
Devem estar atentas pessoas com colesterol alto, devido ao excesso de gordura. "Desde que estejam se tratando e não haja abuso, podem ingerir", diz Gullo. Outro alerta é para quem tem intolerância à lactose. "Há no mercado produto específico para essas pessoas", lembra.
O ideal que o chocolate não seja consumido mais do que duas vezes na semana, ainda sim, em pequenas doses. As crianças são as mais suscetíveis a terem distúrbios gastrintestinais.
A indicação é o consumo de ovos ricos em cacau, de 50% a 70%, os "meio amargos". Rico em flavonóides, o cacau é um potente antioxidante, ajuda a combater os radicais livres e retarda o envelhecimento. Alguns estudos mostram que também melhora o funcionamento dos vasos sanguíneos. O chocolate ao leite e o branco, que dominam as gôndolas dos supermercados na Páscoa, não oferecem os mesmos benefícios que o chocolate amargo, além de serem ricos em açúcares e gorduras.
Para quem não tem restrições médicas, a parcimônia é o melhor conselho. "O ideal é que os ovos de Páscoa não sejam ingeridos em excesso. Para quem ganha vários, deve dividir com a família para evitar o consumo excessivo em curto período. Além disso, deve-se fazer atividades físicas para compensar", diz.

Publicado na Gazeta de Limeira. Original em pdf aqui.

Em comemoração da Páscoa, crianças têm visitas solidárias

Daíza Lacerda

Da rua já era possível ouvir a agitação das crianças do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren). Durante a festa de Páscoa, alegria e expectativa não faltaram às 50 crianças da entidade, que receberam na terça-feira passada ovos de chocolate da Casa da Amizade, do Rotary Limeira Sul.
“Eles ficam na expectativa da festa, já que sabem da chegada das datas nas atividades com as professoras. É uma alegria muito grande, já que a maioria, se não fosse por esse gesto, não receberia ovos na Páscoa”, diz Sueli Aparecida Santino Cotrim, coordenadora do Cren.
Com máscaras de coelhos, as crianças, de 0 a 5 anos, tiveram a festa completa com bolo, guaraná e salgadinhos, além dos ovos. “O trabalho surgiu com a necessidade de fazer algo para as crianças, quando escolhemos o Cren. A festa é promovida há 15 anos e o mais gratificante é ver o desenvolvimento delas ano a ano”, explica Maria Regina Ortolan Calderari, presidente da Casa da Amizade. Além da Páscoa, a comemoração é feita também no Dia das Crianças e Natal.

DE CRIANÇA A CRIANÇA
Os alunos do maternal e pré das escolas Van Gogh, Pequeno Príncipe e Grilo Falante também entregaram a encomenda do coelhinho, mas na Associação de Reabilitação Infantil Limeirense (Aril). Segundo a diretora das unidades, Cláudia Zaros, o projeto Páscoa Solidária envolve alunos de 3 a 5 anos, pais, professores e funcionários que fazem a arrecadação dos ovos e bombons e preparam o pacote para presentear as crianças da entidade.
Média de 150 crianças de oito meses a 13 anos receberam o presente dos alunos. Para a coordenadora da estimulação básica da Aril, Caroline Vicentini Soares, a ação representa a socialização e inclusão das crianças. “Os que visitam têm a oportunidade de conhecer as dificuldades vividas por outras crianças que, acima de tudo, são como elas. É uma integração sadia, porque não há discriminação entre as crianças, ao contrário dos adultos. É um momento de troca, de aproximação”, declara.

Publicado na Gazeta de Limeira. Original em pdf aqui.


sexta-feira, 2 de abril de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Judas: entre esquecimento e tradição, comunidade retoma malhação

Daíza Lacerda

A cultura de malhação do Judas no sábado que antecede a Páscoa tem hoje menos adeptos em Limeira. Comunidades que promoviam o evento, que agregavam ainda outras brincadeiras, já não o realizam mais.

Na Vila São João, a malhação já não acontece há 15 anos na Praça General Salgado, conforme o aposentado José Otávio Nogueira, 75. “O Alcides Segatti, antigo dono do Bar do Cabelo, era quem patrocinava. Depois que ele vendeu, não houve mais colaboração”, diz, lembrando que a organização, que contava com cerca de 50 pessoas, era bastante trabalhosa para garantir comes e bebes, além das prendas.
Outro motivo que evitou a retomada foi o avanço da idade dos antigos organizadores. “A malhação foi promovida por uns 20 anos. Depois, muitos se afastaram por idade ou doença. Dos organizadores, a maioria já não está mais aqui”, diz Nogueira. Ele lembra que o dia da malhação tinha ainda a corrida do ovo, da colher e do saco, além da leitoa ensebada.
Entre as lembranças da “Banda do Judas”, que percorria o bairro e tocava no asilo, o aposentado diz que a comemoração não interessa mais aos jovens. “Há quem nem saiba o que é isso. Mas, no passado, era movimentado, com bons prêmios em dinheiro para quem subisse até o Judas. As várzeas de eucalipto alcançavam de 12 a 15 metros”, recorda.
Em outro bar, no Jardim Ouro Verde, o Judas do ano passado, que permanece no tronco, estará a salvo neste ano, também devido à mudança da direção, que promovia a malhação. No local onde a rua chegava a ser interditada para a folia das crianças, o Judas deve continuar no alto, mas intocável.

RETOMADA

Nos dois últimos anos, a comunidade do Jardim São Francisco fazia uma pausa na tradição de pelo menos 17 anos de malhação de Judas. Nilson Damião dos Santos, o “Nilsão”, que era o morador que mais se dedicava ao evento, faleceu há quatro anos. “Me lembro bem, eu o ajudava desde pequeno a organizar”, diz o filho Alexsandro Damião dos Santos, 17. No ano seguinte à morte, os moradores, também com apoio de um bar, organizaram o evento em sua homenagem, que antecedeu a pausa.
“Vamos retomar, pelas crianças”, diz Sebastião Ferreira Godói, que trabalha no bar. Ele e o proprietário do estabelecimento, José Ferreira Alves, ajudaram com a organização da festa. “Queremos retornar à tradição. Tudo é feito pela comunidade, como sempre foi. Haverá corrida do saco, do ovo e até som para criançada, se conseguirmos”, garante Godói, preparando com demais moradores o tronco que fará amanhã a alegria da criançada na praça de esportes do bairro, em frente da Rua Mário Camargo Aranha.











Publicado na Gazeta de Limeira. Íntegra em pdf aqui.