terça-feira, 2 de agosto de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Cratera impede acesso a residência em rua sem asfalto

Daíza Lacerda


Família deixa de receber correspondência devido a buraco que colocou parte da rua abaixo

"Carteiro não passa aqui. Carro também não entra, então não posso sequer receber visitas. A Prefeitura jogou pedras, mas depois veio a chuva e ficou por isso mesmo". É assim que a diarista Josefa da Silva Francisco Carvalho, 42, explica a dificuldade de morar na Rua C, da Estância Aquarius, que fica entre os bairros Santa Eulália, Gustavo Peccinini e Regina Bastelli.
"O problema começou no ano passado, e foi a mesma coisa nas chuvas deste verão. A água corre rua abaixo e escoa de outras chácaras até vir tudo abaixo e levar também o entulho jogado", diz João Carvalho Neto, 20, filho de Josefa. No entanto, os problemas com chuva acontecem desde que moram no local, há seis anos. "Mas chegaram num estado crítico", acrescenta ele.
A via era usada como caminho de um bairro a outro, rumo à Emeief José Justino Castilho, que fica num dos extremos do terreno além da casa, em área verde da Prefeitura. No local era usada uma ponte de madeira, também precária.
Parte do muro do imóvel já caiu (é possível vê-lo na cratera), e outras partes ameaçam cair, além de duas árvores. "Se continuar assim, no próximo verão a chuva levará a casa", declarou Josefa, que diz não requerer nem o asfaltamento, mas ao menos uma resolução definitiva do problema. "É preciso fazer o manilhamento; não adianta encher de pedra ou barro, porque o problema volta. Na última chuva forte a força da água derrubou o muro de uma das chácaras vizinhas", diz ela.
De acordo com ela, mensalmente a família precisa procurar saber das contas da casa, pois já não há entrega na residência. Ela relata que já chegaram a ficar não só sem a conta, mas também sem o serviço, devido à fiação e rede danificadas no período crítico de chuvas. "Até para isso foi preciso improvisar, para não ficarmos sem abastecimento", disse a moradora.
O funileiro aposentado Otaíde Soares Madureira, 73, é dono do imóvel, que aluga para a família de Josefa. Proprietário da área desde 1897, ele disse que anteriormente não havia esses problemas. "Agora, a cidade cresceu, cuidam das outras áreas, mas esta ficou esquecida. A Prefeitura já conhece o problema há tempo. Mas quando haverá solução?", questiona.

OUTRO LADO
De acordo com a Secretaria de Comunicações da Prefeitura, as reclamações foram encaminhadas às Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, que informou que fiscais farão uma vistoria no local para verificar os problemas apresentados e definir quais medidas serão adotadas. Conforme a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as árvores com risco de queda, atingidas pela erosão, são de propriedade particular e o proprietário deverá ser identificado, para que sejam viabilizadas as soluções possíveis.

Cratera está em estado crítico desde as chuvas de verão, após soluções paliativas 

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