domingo, 17 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

A iluminada


Daíza Lacerda
Especial para o Jornal da Mulher

A sala é espaçosa e recebe bastante claridade pelas grandes portas e janelas. Todos se acomodam, no chão ou no sofá, descalços. Jovens, idosos, moças, rapazes, senhores: todos atentos às palavras da interlocutora e seu acompanhante. De cabeças raspadas, se lhe faltam cabelos, lhe sobram sabedoria. E é um pouco deste saber, sobre a vida mas, principalmente, sobre si, que o público foi buscar à monja Coen, numa manhã de sábado, no Surya Centro de Estudos e Qualidade de Vida, em Limeira.
Da busca pela paz, passando pela batalha com os próprios demônios, como os vícios, a missionária da tradição Soto Shu zen-budismo respondeu às dúvidas numa conversa de tom informal, diferentemente da cerimônia à que remetem seus trajes e sua posição religiosa.
Monja Coen não poupa gestos, risos e exemplos. Dá à dificuldade de situações da vida a simplicidade que podemos adotar para derrubar inúmeras barreiras que nos impedem de tornarmos seres melhores. Não que seja fácil. Mas pareceu menos difícil enquanto dividiu a sua luz com os presentes. Após o workshop, ela trouxe um pouco das suas reflexões para os leitores da Gazeta:


Num mundo em que parece faltar tempo, como podemos 'olhar mais para dentro'? 
O maior presente que se pode dar a si mesmo é a presença. Estar no momento de verdade. Procuramos fora o que está em nós. É preciso saber que as coisas são transitórias. Não significa que precisa fazer voto de pobreza, que vai jogar a sua casa, as suas joias. No momento que eu as tenho, devo estar bem, e no momento que não as tiver, também. É você com você mesmo. Por isso deve-se trabalhar com o que se gosta, para fazer bem, com alegria, com o coração. E, às vezes, fazer o que não gosta, mas que o levará ao caminho que quer chegar.

Muitas vezes nos deixamos levar pela correria e até pelas coisas que não gostamos de fazer. Como sair disso?
Respiração consciente. É uma coisa básica e simples, que funciona. Respire, dê pausa. No dia a dia, não vá correndo de uma coisa para outra. Indo de um lugar ao outro, no trânsito, respire conscientemente. Lembre-se da imensidão que é a vida. Às vezes é bom a gente olhar para o céu e lembrar como somos pequeninos.

Tendemos sempre a procurar o caminho mais fácil, evitando os problemas?
Temos que nos abrir às dificuldades. Há um livro do [Roberto] Shinyashiki, que eu não li, mas o título é maravilhoso: "Problemas? Oba!". Manda para mim. Tem coisas difíceis para fazer? Pode contar comigo, porque eu gosto de dificuldade. Nós humanos gostamos, queremos coisas difíceis, que sejam estimulantes. Porque fazer sempre o mesmo que eu já sei, perde a graça. A vida é esse estímulo que vem no dia a dia, quando eu percebo que mesmo numa atividade tão simples como lavar um prato, eu posso fazer arte. O quanto que eu uso o mínimo possível de detergente, de água, como é que eu limpo não deixando lixo na pia. Então você faz disso uma arte, e não pensa que é uma coisa chata!

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NÃO ESTOURE. RESPIRE!
A correria exige pausa. E, entre uma coisa e outra, é preciso respirar. Literalmente. A respiração é a solução também nos momentos de raiva. Com os impulsos das emoções, evitar o primeiro "golpe", ainda que verbal, ajudará a neutralizar mais raiva e violência. "Quando se reconhece o vício, seja raiva ou ciúmes, a mudança começa a acontecer", ensina a monja. Não acolher ofensas, mais deixar passar, é possível, mas exige treinamento. Contra a raiva, respire.
Em seu livro "Viva Zen", ela ensina. "Já tentou fazer isso? Esvaziar os pulmões, esvaziar os pensamentos, esvaziar as emoções? Ao expirar solte todo o ar de dentro do corpo. Todo o que puder. E não pense em nada. Apenas perceba, concentre-se nesse ar saindo. Torne-se seu corpo. Torne-se esse ar. Parece bobagem. Claro que somos nosso próprio corpo. Nem sempre lembramos, sonhamos ou percebemos o ar que respiramos. (...) Acordados em conexão com a vida cósmica, que é a nossa própria vida. A vida do eu sendo vivida pelo eu".
Ela orienta ainda mudar a "fórmula" da vida, até chegarmos à equação certa. "Somos resultado de causas e condições. São nelas que mexemos para obter mudanças".

A PAZ NO CAOS 
Monja Coen vive numa comunidade Zen Budista em São Paulo, a capital do movimento. Perguntada sobre como encontrar a paz no caos, ela sorri. "A gente fala que caos não tem plural. É exatamente o lugar excelente para se praticar a paciência, a temperança, a tolerância, a acolhida ao que é diferente de mim, o respeito às inúmeras maneiras de ser, de pensar e de viver na cidade. É um centro de treinamento intensivo. Se você vai para uma montanha, para a praia, daí é extensivo, não há tantas provocações. Na cidade, você está o tempo todo sendo provocado por situações que você tem que responder. E como é que a gente responde de uma forma iluminada, coerente com os seus princípios? É bem instigador. É bom".

ÉTICA, ACIMA DA RELIGIÃO
"Sua Santidade Dalai Lama diz assim: 'nós temos que educar, e não é educação religiosa. Vocês estranham eu ser um religioso falando isso. Nós temos que educar e formar pessoas éticas, independente se elas têm fé ou não'. Isso para mim é muito importante e eu acredito, por isso repito. A ética não tem nada a ver com ser ou não ser religioso. Pode ser absolutamente ateu e ser maravilhoso. A gente tem que incluir todos os seres. Essa é a diferença. Não é só grupo que pensa como eu, que segue a minha tradição, todas as tradições são acolhidas e essa casa faz isso, por isso é importante", disse, sobre a impressão que teve com o grupo que conheceu em Limeira.


Do jornalismo ao mosteiro

Entrevistas, motos e rock'n'roll faziam parte da rotina da paulistana Cláudia Dias Baptista de Souza. Repórter do recentemente extinto Jornal da Tarde, foi entre uma pauta e outra que ela conheceu o zen-budismo. Mas até ser ordenada e tornar-se a monja Coen, em 1983, foi um longo caminho que passou pelos estudos em Los Angeles (EUA), um convento feminino no Japão e liderança de atividades nas comunidades budistas do Brasil.
"Era uma época bonita, que era romântica com a profissão, acreditava no que estava fazendo. O jornalismo nos obriga a entrevistar tantas pessoas de níveis sociais e pensamentos diferentes, que a mente se expande, a capacidade de percepção se abre. Nos faz pensar se podemos fazer algo diante das diferenças sociais, quando uns passam fome e miséria e outros jogam fora".
Com este pensamento, o zen-budismo aparece numa matéria sobre sociedades alternativas. Foi o início de uma jornada na qual ela nunca pensou em desistir de tornar-se monja. "Os princípios estavam lá, de sair do 'eu', da visão de mundo transformada pelo encontro com o outro, que se torna mais ampla. Questionar quem é esse ser humano, mesmo que seja o pior bandido. Quem é? Por que fez isso, como pensa, como age? É um ser humano como eu. Você rompe barreiras da diferenciação do outro".
Da fase rock'n'roll para a meditação, o foco em superar barreiras. "Foi difícil a vida no mosteiro, não falava japonês, os relacionamentos eram diferentes, de culturas diferentes. Mas não pensava em desistir. Pensava no que fazer para superar, que dificuldades eram aquelas, que karma era aquele meu que tinha que passar por aquelas dificuldades, como lidar. Pegava os sutras, os textos sagrados, procurando encontrar o caminho. E a minha superiora sempre dizia: é o seu coração. As dificuldades que você encontra na sua vida têm a ver com você, a sua mente, o seu coração. Na hora que você abrir o seu coração e abrir a sua mente, tudo se transforma à sua volta. Mas podiam me falar o que fosse, eu não conseguia entender. A mestra dizia: olhe para Buda. Eu olhava para o altar, a imagem, mas não era isso. Olhe para a sabedoria perfeita em você. Você acessando essa sabedoria, as coisas mudam à sua volta. Mas tem um processo de maturação. Cada pessoa tem o seu tempo, mas tem que fazer as práticas. Prática é realização". Ela exemplifica com a profissão que deixou. "Você será melhor quanto mais escrever. Terá mais facilidade, mesmo quando o texto é difícil, delicado, e provocou, estimulou. E é isso que é a nossa vida". (Daíza Lacerda)




Obras pleiteadas no PAC 2 incluem nova rodoviária


Em programa de mobilidade são previstos ainda seis viadutos e subterminais urbanos

Daíza Lacerda

A construção de uma rodoviária intermunicipal próxima da rotatória da Taba do Brasil, nas proximidades da Via Anhanguera, é uma das obras pleiteadas pela Prefeitura ao Ministério das Cidades, pelo PAC 2 da Mobilidade Urbana.
A iniciativa prevê reduzir o tráfego de ônibus na área central e contempla ainda plataformas de embarque e desembarque para o transporte coletivo urbano, rumo à área central. No entanto, a ideia ainda é um estudo preliminar, sem projetos concretos, como explica o secretário de Planejamento, Felipe Penedo. A possibilidade de construção da rodoviária no Parque Egisto Ragazzo, que já foi considerada anteriormente, também não foi descartada.
Nenhum dos projetos, porém, têm prioridade, até o momento. No projeto remodelado enviado pela Prefeitura ao governo federal em dezembro, são previstos seis viadutos, além de subterminais urbanos. A possível contrução da rodoviária seria para uma segunda fase, caso o município seja contemplado.
Em 2012, dois projetos do município foram pré-selecionados para receber a verba. Um deles tratava da construção de subterminais urbanos e o outro, de um rodoanel para suprir o fluxo de caminhões para a Anhangüera e Bandeirantes, de forma que não precisassem trafegar na cidade. Esse segundo não se adequou ao programa e deixou de ser considerado. Já o primeiro, dos subterminais, foi remodelado com a inclusão de outras necessidades viárias.
Qualificação de vias urbanas, como recapeamento e pavimentação, é um dos pontos previstos no projeto de  reestruturação do sistema de transporte urbano, como explicam Giuliano Camargo, superintendente de captação de recursos, e Nadyr Arruda de Paula Eduardo Júnior, superintendente técnico operacional da Prefeitura.
VIADUTOS
O novo viaduto para ligar a Boa Vista ao Centro, pela rua que dá nome ao bairro até a Rua Senador Vergueiro, pode ser um dos primeiros que pode sair do papel. O projeto de ligação, previsto há anos pela Prefeitura, pode ser efetivado por meio de convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Engenheiros do órgão, acompanhados dos representantes da Superintendência de Convênios da Prefeitura, estiveram na área onde será elaborado o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). A construção deve fazer a transposição da Avenida Engenheiro Antonio Eugênio Lucato (Marginal Leste), linha férrea e Rua Capitão Bernardes.
A construção da nova passagem auxiliaria na redução do fluxo de veículos no Viaduto Jânio Quadros, na Boa Vista e no Viaduto Francisco D'Andrea, na Vila Queiroz. O estudo está orçado em R$ 246.472,41.
Por enquanto, esse é o único dos seis viadutos previstos para serem construídos com possível verba do PAC que tem projeto de viabilidade. As outras passagens seriam no Cecap, na Avenida Lauro Corrêa da Silva, duplicação do Viaduto Paulo Natal (anel viário), sobre a rotatória próxima da Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp), e na Avenida Laranjeiras (rotatória do anel viário). A justificativa é a de desafogar o trânsito do anel viário.
SUBTERMINAIS
Parte desses viadutos, como do Cecap e Lauro Corrêa, teria subterminais urbanos próximos, como pontos de transbordo. Haveria um em cada área do município: Urbano Oeste, Urbano Leste, FT/Unicamp, Urbano Laranjeiras e Nossa Senhora das Dores.
É previsto ainda um complexo viário próximo da Unicamp, além do subterminal do Parque Nossa Senhora das Dores, nas proximidades das rodovias Limeira-Iracemápolis e Bandeirantes. Ainda naquela área é prevista a duplicação da Rua Evaristo Olivatto Filho, que receberia um trevo de acesso entre a faculdade Isca e o Morro Azul.
Outra meta é a expansão do anel viário para a implantação do BRT, sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus. Ainda para o transporte coletivo deve ser estudada uma faixa exclusiva, num sistema que dê prioridade aos ônibus, além da implantação de mais pontos. Qualificação da rótula central e recapeamento de vias também são previstos, embora não esteja especificado em quais.
Sobre as medidas em prol da mobilidade em outros meios, como a criação de ciclovias, Penedo explicou que a busca de recursos pelo PAC são mais voltadas ao transporte público, em projetos priorizados pelo governo.




Secretaria quer dar foco em 
projetos para garantir convênios

A lista de necessidades viárias é grande e foi orçada em R$ 500 milhões pela gestão passada. Apesar dos objetivos, faltam, no entanto, projetos e estudos mais criteriosos para que os itens da lista passem a ser viáveis na prática. É o que explica o secretário de Planejamento, Felipe Penedo. "Essas intervenções devem ter impacto significativo diante das necessidades atuais do município. Mas, para obter apoio estadual ou federal, os projetos devem estar prontos. Só se consegue recurso com projeto estruturado".
Com a reestruturação da pasta, a intenção é de fazer estudos de caso, a partir das diretrizes viárias, num plano de mobilidade. "Precisamos definir as necessidades. Tendo um plano, partiremos para as prioridades", disse, sobre a organização necessária para que o município se prepare para pleitear verbas.
Ele lembra que as providências para a moblidade são previstas no Plano Diretor. "É algo que deveria ter sido iniciado há três anos", reforça. Agora, o trabalho deve ser no sistema oposto ao adotado até então. "O que ocorria é que os empreendedores vinham com o projeto e o município se adequava a eles. Agora, a cidade é que realizará os planos e dará as diretrizes para que, a partir delas, se desenvolvolvam as ações". (Daíza Lacerda)


Retomados, convênios 
devem ser agilizados

Mesmo garantindo verba federal ou estadual, o município não está livre de problemas, a exemplo das obras do museu e do novo Fórum. Em ambas a licitação foi desfeita e os contratos passam por revisão para novo certame. Enquanto o museu, com repasse da União, teve a reforma interrompida, o Fórum, de convênio estadual, não chegou a sair do papel.
No que se refere aos convênios, a Prefeitura pretende agilizar o que for possível. É o que garante Giuliano Camargo, superintendente de captação de recursos, e Nadyr Arruda de Paula Eduardo Júnior, superintendente técnico operacional da Prefeitura. "A continuidade depende das análises. Quando essas obras forem retomadas, daremos prioridade", disse Camargo.
O andamento obedece a trâmites, como a liberação da verba pela Caixa Econômica Federal, e fiscalização da etapa da obra em questão. Diante de problemas como repasses fora de datas ou atrasos em vistorias, Camargo avalia que deve-se criar uma rotina, e cumpri-la.
Outros convênios do município seguem normalmente. É o caso da praça de esportes no Bairro da Geada, que começou a ser construída por meio do PAC. Também é feito o projeto do Centro de Informação Turística, na Avenida Costa e Silva, custeado com verba federal por meio de emenda parlamentar. (Daíza Lacerda)

"Antigamente nossa mão cheirava notícia"


Geraldo Luís relembra os tempo de rádio e de repórter policial na Gazeta de Limeira

Daíza Lacerda

Geraldo Luís lembrou com o diretor da Gazeta de Limeira, Roberto Lucato, os tempos em que correu pela cidade e redação como repórter de polícia. Com atuação no rádio, elege a dinâmica do jornal impresso como a sua real faculdade
Feliz com o seu momento profissional à frente do "Balanço Geral", da Rede Record, ele quer mais. "Estou como apresentador, mas sou eternamente jornalista. Vivo momento maravilhoso, tenho uma audiência fantástica com um programa popular, mas almejo mais. Sonho com um programa diferenciado para a TV brasileira. Estou trabalhando para me aprimorar como profissional cada vez mais".
Permanece, no entanto, o "cara do rádio". "A grande pós-graduação do que vivo hoje na TV trago do rádio. E a importância de quem escreve bem, extremamente importante, foi com os textos que aprendi a redigir na Gazeta. Hoje vejo o quanto o texto é importante em televisão e o quanto que um jornalista que escreve bem em televisão é valorizado. Hoje, graças a Deus, tenho a independência de escrever os meus próprios textos, então é um grande presente. Buscando pela origem, passo pelos corredores da rádio e da Gazeta".
Sobre a responsabilidade de falar para telespectadores dos mais diferentes estados brasileiros, e também de outros países, o princípio é a disciplina exigida num programa ao vivo. "Se errar, é uma vez só. A dimensão do erro é muito maior".
Com transmissão da Record em 160 países, ele fala da repercussão de um programa de exibição simultânea em Portugal. "Imediatamente brasileiros que estavam morando lá comentavam a violência em São Paulo, cidade em que moravam poucos anos antes. Essa é a loucura da dimensão do poder da televisão, que traz disciplina. Hoje, o bom profissional está fora. Agora só há espaço para os ótimos. A exigência da rapidez da notícia é outra, o pensamento do redator e do pauteiro são outros", alerta ele, que renovou o contrato com a emissora, onde fica até 2017.
CORRERIAS E LAUDAS
"Infeliz o homem que não tem gratidão. E tenho imensa pelas pessoas que me ajudaram aqui, como Roberto Lucato, Rubens Pinheiro Alves. Sempre fui muito 'peitudo', falava muito, mas não tinha faculdade. Na época na Gazeta, o Roberto teve a paciência de colocar um cara que tinha força nas ruas, captava a notícia, mas precisava colocar tudo em 15 linhas. Isso é muito difícil. Eu falava na rádio por duas horas. Mas aqui não, você tinha uma lauda. Aqui para mim foi a grande faculdade de texto. Ele investiu e ele próprio cobrou que estudasse", conta.
Da rádio para as ocorrências e delas para o Instituto médico Legal (IML), onde lavou corpo com Vicente Metitier, chegou o momento quando não pode mais fugir da faculdade formal. "Foi quando o Beto chegou e disse que eu não poderia mais colocar o meu nome nas laudas. Aquilo foi um tiro no coração. Eu dizia que estava no rádio, mas ele retrucava que rádio era rádio e jornal era jornal, e eu tinha que estudar. Daí fui para a faculdade".
Faltou ajuda das notícias. Que, é claro, aconteciam em momentos inoportunos. "Ninguem sabe, nunca contei, mas eu era tão louco aqui na Gazeta, que tinha que sair às 18h para a faculdade e a notícia, a pior, a mais importante da semana acontecia às 18h30 ou 19h. O tiroteio, o ônibus que caía, o prédio que pegava fogo, e eu não ia para a faculdade. Entre a faculdade e uma boa notícia, eu ficava com a notícia. Com isso, quando eu terminei, eu tinha 23 dependências. Conclusão: mais dois anos estudando. É claro que não ia perder a notícia, brigava pela notícia".
COBERTURA
Roberto Lucato lembra quando Geraldo e o repórter fotográfico Mário Roberto partiram para São Paulo, na cobertura de um acidente aéreo, numa época em que as fotografias precisavam ser reveladas, sem a rapidez do digital. "A Gazeta sempre esteve à frente, e recebia texto e fotos das agências. Mas e se tivesse a nossa foto? O leitor da Gazeta que abriu o jornal no outro dia tinha o fato que estava na Folha e Estadão. Mas coberto pela Gazeta, entrevistado pelo repórter de Limeira, com fotos exclusivas. Foi uma grande cobertura. Quer melhor faculdade do que essa?", declara Geraldo.
Com processos bem mais fáceis para o jornalista de qualquer área atualmente, o encanto da máquina de escrever compunha a notícia. "Antigamente, a nossa mão ficava cheirando notícia. Precisava trocar a fita da maquininha, você pegava no papel. Feliz o jornalista que pegava no papel, ouvia o ronco da máquina, realmente sentia o cheiro da notícia. Era motivado. Então eu dou graças a Deus por esse esse currículo, de ter passado por aqui e ter aprendido"
JORNALISTA
Ele reflete que os grandes textos saem dessa forma, desse ambiente e correria. Para os que estão acostumados com a barulheira da máquina, o texto escrito no notebook não tem graça. "Tem que ter barulho para o jornalista ser consumido por aquele som, e ficar mais rápido, e fazer um bom texto".
Do costume para o texto de jornal contra a narrativa do rádio, teve que lidar com os cortes da editora Fabiana Lucato. "A linguagem do rádio é diferente do texto de jornal. E o Roberto falava que parecia que estava me lendo no rádio. E a Fabiana tinha a mão pesada, cortava tudo que era desnecessário".
Para os aspirantes, a primeira pergunta que faz é por que quer ser jornalista? "Ah por que eu desejo... se começa assim, esquece, não é, não tem competência. Porque quem é jornalista, de alguma forma já foi tocado. Ou porque gostava de escrever ou porque gostava de falar. As redações estão cheias de currículos fantasmas, principalmente na televisão. Todo mundo quer ir para a televisão. Não é fácil você chegar na redação de jornal. Sentar e fazer um texto é muito difícil. Tanto que não existem mais bons redatores".
Não basta escrever bem, mas lidar com a dificuldade de buscar a notícia, o que é mais difícil hoje, em sua avaliação. "A busca da notícia, da fonte, da informação, está mais complicada. Se você tem esse sonho, desista, porque isso não é sonho, com isso já se nasce e a gente consegue ver. Está na pessoa, é dela, nasceu para escrever, para falar".


"Casa da Sopa cumpriu seu ciclo social em Limeira"


Em entrevista à Gazeta, Geraldo Luís fala da mudança do projeto para área vulnerável

Daíza Lacerda

Com quase 350 mil refeições, mais de 8 mil cestas básicas entregues, 115 mil peças de roupas distribuídas, além de banhos, cortes de cabelos e realização de cursos, a Casa da Sopa encerrou os cinco anos de atividades em Limeira. Idealizador e presidente da entidade, o jornalista e apresentador Geraldo Luís vê o trabalho com o ciclo social cumprido, e prepara novo projeto para o Vale do Jequitinhonha, área com maior vulnerabilidade.
Em entrevista à Gazeta, ele fala da missão cumprida como meta social e justifica que Limeira tem, hoje, entidades assistenciais, públicas ou não, e iniciativas, como de igrejas, para atender à demanda de quem está em situação de risco social.
"O ciclo social que a casa implantou durante esse tempo foi realizado, com atendimentos, distribuição de comida e realização de cursos, que chegamos a ter mais de dez, trabalho com moradores de rua, distribuição de cadeiras de rodas. Foram anos nos quais nós vimos que realmente a Casa teve a importância social e humana para a cidade. Agora nos preparamos para outro projeto no Vale do Jequitinhonha, que é considerada a África brasileira, com número de famílias em estado de miséria muito maior. Será um grande desafio e, se não for lá, será em outro lugar. A Casa da Sopa precisa ir onde está o coração da miséria, a dor humana".
Ele salienta que a casa não distribuía apenas comida, mas "investia no ser humano", já que, para receber cestas básicas, as famílias precisavam participar dos cursos. O acompanhamento incluía o trabalho de assistente social.
MORADORES DE RUA
Era desenvolvido trabalho com moradores de rua, iniciativa difícil, como explica Geraldo. "A ressocialização era difícil, mas a Casa da Sopa foi a entidade que mais acreditou e investiu para que tivessem a oportunidade de largar da droga. Havia palestras médicas, filmes. A pessoa chegava quebrada, e comida era a última coisa que queria. Igreja e família não aceitavam mais, então passavam lá a tarde toda. Com isso, alguns acabavam ajudando, participando".
A tentativa foi a de implantar um sistema que o município não teve, no sentido de cuidar. "Grande parte nós não conseguimos, mas alguns deram a volta por cima, tentavam contato com a família. Não comiam e ia embora, eram chamado pelos nomes. O que nos deixa mais feliz é a forma com que a Casa tratou todas essas pessoas, das mães de família aos moradores de rua, num atendimento humano, que marcou".
Os diversos dependentes químicos "não comiam só sopa, mas esperança. Muitos que chegavam não tinham esperança de viver, desistiam da vida. Da fome, só lembravam quando doía".
Idosas que foram alfabetizadas e moradores de rua que entraram fedidos e saíram cheirosos, com banho, cabelo e barba feitos foram resultados que superaram o previsto numa iniciativa que começou na estrada.
O INÍCIO
Geraldo conta que a Casa da Sopa começou na Rodovia Anhangüera, quando ele e o filho, então com sete anos, em 2005, iam todo domingo distribuir de 20 ou 30 marmitas na estrada, para andarilhos. A ideia evoluiu e, com a força do programa de rádio, os pedidos de alimentos foram atendidos. Na época, já era feito o almoço na véspera de Natal, que reunia numa chácara de 400 a 700 pessoas em situação de rua, com comida e bebida o dia todo.
"Ajudamos quem não tinha esperança de conquistar ou mudar de vida. Quando se está no fundo do poço e é ajudado de qualquer forma, você se levanta. A Casa era um farol para quem estava perdido, era um porto seguro. Uns para comer, outros para conversar", salienta.
Atenção que salvou vidas. Ele conta da situação de uma idosa que esteve na entidade só para dizer que pretendia se matar. Com depressão profunda aliada à tendência ao suicídio, de conversa em conversa a mulher ficou e participou de vários eventos. "Evitamos um suicídio. Quem ouve, evita tragédia. Uma boa conversa pode melhorar. A Casa da Sopa ouviu muita gente esquecida, e isso é que me orgulha como limeirense, em ajudar essas pessoas a melhorarem de vida de ânimo. Valeu muito".
VOLUNTARIADO
Com a convicção de que a entidade cumpriu o seu papel, Geraldo acredita que outras pessoas devem continuar o trabalho em outras iniciativas de voluntariado. Foram pessoas assim que contribuíram para o sucesso do trabalho. "Faço questão de agradecer as pessoas que se tornaram voluntárias, por um evento, por um dia. A Casa da Sopa contou com muitos, inclusive fixos. Senhoras que iam num dia, gostavam e acabavam ficando. Foram importantíssimos para a realização dos eventos da casa, sempre envolvida com datas comemorativas aliadas aos assistidos da casa".
Ele lembra que iniciativas de assistência eram mais escassas quando a casa foi aberta. "Hoje, além do Ceprosom, há outras instituições sérias, com as igrejas, que prestam serviço social importante. Essas pessoas terão onde bater. Tem gente muito legal da cidade que vai continuar esse trabalho. Cumprimos nosso papel no atendimento quando a cidade mais precisou, quando havia mais famílias. O nosso trabalho era tão forte e direcionado, que foi concluído".
Ele lembra, no entanto, que não é preciso uma instituição para fazer o bem. "Você já é uma instituição de caridade, pode fazer o bem no seu quarteirão. Torne-se você uma instituição".
SALVAÇÃO NA CARIDADE
Sobre o slogan da Casa da Sopa, "Sem caridade não há salvação", Geraldo explica que vê como uma questão espiritual. "O que você ajuda, volta para você. A caridade da bondade que você fala para a pessoa, de ser educado no trânsito, educado em casa. A caridade é a grande salvação humana. Quando se é caridoso, o primeiro a receber o benefício é você. Quando começa a ser bom com os outros, começa a ser bom com você e você muda".
No uso do trabalho como instrumento para ajudar as pessoas, ele lembrou de campanhas que fez quando trabalhava em rádio e na época que foi repórter de polícia na Gazeta. Lembrou ainda da ampliação do atendimento quando foi trabalhar em São Paulo, diante do receio que deixasse o projeto, naquela época.
"Foi quando mudamos da Rua João Guilherme para uma local dez vezes maior. Fizemos cozinha industrial, colocamos gás subterrâneo, freezer, mesas no refeitório, ar condicionado. Mas a vida é feita de ciclos. E o ciclo da minha vida é continuar servindo. Em Limeira entregamos o que pudemos fazer de melhor, e todos fizemos. Hoje finalizamos com certeza do dever cumprido".







Moradores do Kühl, Degan e José 
Cortez foram os mais assistidos

Entre 2007 e 2012, a Casa da Sopa fez 55 atendimentos sociais por mês, com a frequência de cerca de 500 pessoas por mês. A meta conveniada foi de 8 mil refeições e 110 famílias atendidas com benefícios.
A fonte de financiamento, além do presidente da entidade, Geraldo Luís, foi obtida por meio da realização e participação de eventos. Em 2011, a subvenção do Ceprosom foi de R$ 36 mil e, em 2012, R$ 38.520. Em abril de 2012 foram arrecadados R$ 3.569,72.
Tendo como eixo norteador o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, foram oferecidas nos seis anos 348.390 refeições, com pico de 85 mil nos anos de 2009 e 2010. Em 2006 e 2007 a maioria dos assistidos eram dos bairros Ernesto Kühl e Odécio Degan; em 2008 e 2009, Ernesto Kühl e José Cortez. Em 2010 e 2011, José Cortez.
No início do trabalho, as famílias não recebiam subsídios do governo. A partir de 2008, 20% das cadastradas se integravam a programas de benefícios governamentais que garantiam bolsa-escola, cartão alimentação, auxílio gás, bolsa alimentação e bolsa família. "Nossas assistentes sociais orientavam as famílias a procurar o benefício em que se encaixavam, inclusive para aposentados", lembra Danuza Oliveira do Nascimento, coordenadora da entidade.
Na Casa, para receber benefícios, as famílias precisavam participar dos cursos, como de informática, culinária, artesanato, manicure, teatro e dança, libras, muay thai e capoeira para crianças.
A partir de 2010, o número de participantes começou a cair, com as famílias recebendo benefícios do governo, inclusive para material de construção, leite em casa e auxílio para famílias de presidiários. "Percebemos que, com tantos benefícios hoje, a Casa da Sopa deixou de ajudar e passou a atrapalhar. A partir do momento que acomodamos essas famílias, deixamos de ajudá-las", reflete a coordenadora. "Acreditamos que já cumprimos a nossa missão em Limeira. Ajudamos, encaminhamos e orientamos muitas famílias e necessitados em geral. Agora, nossa missão será em outro local onde nos convencemos da real pobreza", finaliza, referindo-se ao Vale do Jequitinhonha.




terça-feira, 12 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Prefeitura quer reestruturar "porta de entrada" de Limeira


Estacionamento de ônibus e centro de informação ao turista são planejados

Daíza Lacerda

Medidas podem ser adotadas neste ano para mudar a "cara" da Avenida Costa e Silva, no Jardim Glória. A situação da via esteve em discussão na última reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e a construção do Centro de Informação Turística está em projeto pela Prefeitura.
O secretário municipal de Planejamento, Felipe Penedo, informou que o prefeito Paulo Hadich (PSB) pediu um estudo para requalificação da via. Levantamentos para melhorar o fluxo, estacionamento e até a questão visual, como a possível redução de postes, são prioridades para dar nova cara a uma das portas de entrada de Limeira.
Já o vice-prefeito Antonio Carlos Lima explicou na reunião do Conseg que o município prevê articulações para ações no local, como estacionamento de ônibus, antiga reivindicação dos empresários de bijuteria. "Estamos sem uma política de valorização do setor, que exige melhores condições para receber os consumidores", reconheceu. Uma das medidas iniciadas seria a implantação de agências bancárias na avenida.
No que se refere à expansão, um dos entraves estaria previsto no Plano Diretor, que não possibilitaria construções verticais, o que dificultaria a expansão e implantação de hotéis. A iluminação deve ser repensada com a concessionária de energia, a Elektro, mas muitos pontos dependem da iniciativa privada para dar novos ares ao corredor. "Serão necessários contatos comerciais para estabelecimentos que atendam à satisfação dos clientes, como restaurantes", disse Lima, em relação ao fomento do turismo de negócios.
O vice-prefeito citou ainda os planos, sem mais detalhes, da criação de outlet popular na Rodovia Anhanguera, que comporia um centro de compras cujo roteiro passaria também pela Costa e Silva.
Na avenida está em projeto o Centro de Informação Turística, que deve ser contruído com convênio federal a partir de emeda parlamentar. Orçado em R$ 530 mil, R$ 487,5 mil serão custeados pela União, com contrapartida de R$ 43,5 mil da Prefeitura.

Publicado na Gazeta de Limeira.


Na região, Eng. Coelho lidera queda de empregos em 2012


Redução de vagas no município foi de 85%; Iracemápolis se recupera

Daíza Lacerda

Parte das cidades da região acompanhou os números negativos registrados em todo o Brasil no balanço da criação de empregos em 2012. Os índices, que fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregado (Caged), mostraram queda no saldo de empregos do ano passado, em relação a 2011.
A queda foi mais expressiva em Engenheiro Coelho, que fechou 2011 com 317 postos a mais ocupados, enquanto terminou 2012 com apenas 46, o que representa saldo 85% menor. A principal perda foi na indústria (66 vagas negativas), agropecuária (-11), construção civil (-3) e serviços industriais de utilidade pública (-2).
Esses foram setores que ajudaram o bom saldo de vagas no município em 2011, quando Engenheiro Coelho criou 136 vagas na indústria e 78 na agropecuária, que lideraram no número de colocações. No ano passado, se destacou a área de serviços, com 100 novas vagas (ante 74 em 2011). Em seguida, o comércio criou 28 postos (foram 31 em 2011).
Em Cordeirópolis, a queda foi de 34%, com perda de postos na indústria e administração pública. O município fechou o ano com saldo de 447 empregos, enquanto em 2011 foram 679. O setor que mais se destacou foi o do comércio, com a criação de 255 vagas, o dobro das registradas no ano anterior. Cordeirópolis teve, no ano, 4.737 admissões e 4.290 desligamentos. No ano anterior havia sido 4.770 e 4.091, respectivamente.
POSITIVO
Na contramão da tendência dos municípios vizinhos, Iracemápolis se recuperou do saldo de 49 vagas negativas em 2011 com 247 novos postos no ano passado, a maioria deles no comércio (92). Apenas a agropecuária teve número negativo de vagas: 2. O setor de serviços foi o segundo que mais cresceu no município, com 63 vagas. O total de admissões em Iracemápolis foi de 3.174, com 2.927 demissões. Em 2011 a situação da cidade estava pior, com 3.218 desligamentos e 3.169 admissões.

Publicado na Gazeta de Limeira.



domingo, 10 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Câmara aprova convênio para Estação de Esgoto em Cordeirópolis


Projeto foi votado na primeira sessão do Legislativo cordeiropolense

Daíza Lacerda

A Câmara Municipal de Cordeirópolis aprovou, na primeira sessão da nova legislatura, na terça-feira, projeto de lei que autoriza a Prefeitura a firmar convênio com o governo estadual para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). O prefeito Amarildo Zorzo (PV) solicitou que o projeto tramitasse em regime de urgência.
No convênio, o município, que não tem esgoto tratado, é beneficiado pelo Programa Água Limpa, cujas obras serão executadas pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH), por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
A assessoria do DAEE informou à Gazeta que o convênio deverá ser assinado até 15 de março. As obras contemplam a construção do coletor tronco, emissário e ETE. O edital das obras está previsto para ser lançado pelo DAEE até o final de março, com previsão de que as obras iniciem após o mês de julho, com término previsto para o final de 2014. O valor estimado das obras (valor que está sendo reavaliado para preparação da licitação) é de R$ 17 milhões, como informou o órgão.
Diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) do município, Giovane Genezelli explica que o município deve acompanhar a obra, que será fiscalizada pelo Estado. Ele lembra que a área que receberá a estação já possui as licenças necessárias.
A contrapartida do município no custo das obras será de 5%. Genezelli detalhou que a previsão é que o Estado arcará com R$ 16.526.267,46, enquanto o município pagará R$ 869.803,55. "A capacidade de tratamento projetada para a estação deve atender até 2028, considerando uma população de 30 mil habitantes", declarou.
Ele salienta, ainda, a necessidade de conscientização dos moradores, já que muitas ligações de esgoto são feitas nas redes de captação de águas pluviais (das chuvas). "Existem muitos casos desse tipo. Faremos um trabalho de conscientização e, depois, de fiscalização".
NA CÂMARA
O projeto foi avaliado e comentado pelos vereadores. Odair Peruchi (PSDB) lembrou que solicitou junto à assessoria do deputado federal Mendes Thame (PSDB) a liberação de verbas para construção de uma estação compacta de tratamento de água em prol do bairro do Cascalho. Recentemente, Odair e o presidente da Casa, Geraldo Botion (PSDB), participaram de reunião com assessores do deputado, onde pleitearam verbas para o município.


Publicado na Gazeta de Limeira.


Juiz proíbe extração de argila em APP de Cordeirópolis


Defesa alegou paralisação da exploração e recuperação da área, mas pode recorrer

Daíza Lacerda

A Justiça de Cordeirópolis proibiu a extração de argila em área de preservação permanente (APP) pela Argisolo Mineração e Comércio de Argila, sob pena de multa de R$ 10 mil diários, além de reparação de danos. A determinação foi feita pelo juiz Marshal Rodrigues Gonçalves, em janeiro.
O processo foi ajuizado em 2009 pelo Ministério Público (MP) em Cordeirópolis, e pedia que a empresa paralisasse o trabalho na APP próxima da Fazenda Ibicaba, às margens da Rodovia Dr. Cássio de Freitas Levy (Limeira-Piracicaba). À época, eram motivos de questionamento o desacordo com a legislação municipal, já que a área de extração não respeitava a proteção de mananciais e o limite do perímetro de expansão urbana, além das licenças concedidas pela Cetesb. O aval foi considerado irregular e carente de precauções técnicas, devido à expedição sem a exigência prévia do Estudo de Impacto Ambiental (EIA e RIMA). Na defesa, a empresa alegou ter parado a extração, além de providenciado a recuperação da área. Destacou ainda a licença concedida pela Cetesb para extração no local, mas justificou falta de interesse na exploração, sem extrair o material em local proibido.
A empresa apontou ainda "inépcia da petição inicial", por não descrever a área de exploração irregular. A ocupação de solo para atividade de exploração e extração de argila foi situada em parte do Sítio Jequitibá, a oeste da Estrada Municipal Hugo Bacochina, local caracterizado como Zona Especial de Exploração e Extração de Argila.
Considerando elementos de prova documental da defesa, o MP opinou pela procedência parcial da ação, sendo que a empresa deixou de intervir na APP, a não ser para acesso de veículos para  abastecimento e umidificação das estradas de acesso ao empreendimento. Laudo emitido pela Cetesb constatou que no local não havia mais extrações, e que a extração anterior havia sido regenerada. Desta forma, não há, atualmente, desrespeito à área, concluiu o MP.
Resolvida a motivação da ação, no entanto, o juiz determinou que a empresa mantenha a abstenção à extração de argila na área protegida. Se voltar à prática, poderá ser punida com multa diária de R$ 10 mil, além da obrigação de reparação de danos. A empresa pode recorrer ao Tribunal de Justiça.

Publicado na Gazeta de Limeira.


sábado, 9 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Entrega dos carnês do IPTU deve começar em março


Daíza Lacerda

Neste ano a Prefeitura deve entregar cerca de 112 mil carnês do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), 3 mil deles para destinatários de fora da cidade, que possuem imóvel no município.
Com a impressão dos boletos, as remessas devem ser entregues até o final deste mês para os Correios. A primeira parcela vencerá em abril, e a expectativa é de que as entregas sejam concluídas até 25 de março. "Buscamos meios para agilizar a entrega, de forma que o carnê chegue no mínimo com 15 dias de antecedência do primeiro vencimento", explicou o secretário municipal da Fazenda, João Marcos Sanchez Carrasco.
FOTO AÉREA
Não devem ser lançados no exercício deste ano o diferencial de valor do imposto de imóveis cujos proprietários tiveram irregularidades registradas pelas fotos aéreas, em serviço feito em 2011. Conforme Carrasco, deve ser feito novo estudo sobre os imóveis em questão, já que há imagens que não deixam claras as condições de construção, como toldos e garagens. Para maior segurança na cobrança, então, devem ser feitas novas análises. Entre os recursos que podem ser usados está o direcionamento da fiscalização nesses locais.

Publicado na Gazeta de Limeira.


Fazenda fecha as contas de 2012 e prepara audiência


Com estimativa de arrecadação alta, R$ 96 milhões previstos não compuseram receita

Daíza Lacerda

A Prefeitura de Limeira publicou no Jornal Oficial o balancete da receita orçamentária de 2012, que descreve as arrecadações do município por meio de tributos próprios e tranferências federais e estaduais.
Secretário municipal da Fazenda, João Marcos Sanchez Carrasco explica que, apesar de finalizado o balanço das receitas, todo o processo das contas ainda não foi fechado. Com a conclusão, a pasta prepara a audiência pública das metas fiscais, que deve ser realizada no final deste mês.
A receita estimada para o ano passado era de R$ 677,5 milhões, mas o que de fato entrou nos cofres foi o montante de R$ 580,7 milhões. "Foi uma receita superestimada além das condições reais de arrecadação", explicou o secretário, sobre os R$ 96 milhões a menos do que o previsto.
A diferença é percebida em recolhimentos como o do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), que fechou com arrecadação de R$ 49 milhões, quando eram esperados mais de R$ 60 milhões. "Isso não significa que a arrecadação foi menor por conta da inadimplência, mas que a estimativa estava muito além do que poderia ser recolhido".
O IPTU deixou de ser a principal receita municipal, já que o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) arrecadou R$ 59 milhões em 2012. No caso do ISS, a receita esperada era semelhante à alcançada.
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é o mais expressivo não só entre os repasses, mas considerando todas as receitas, como explica a superintentende da Fazenda, Andréa Figueira Barreto Vilas Boas. O imposto que incide em praticamente todos os bens e serviços comercializados rendeu R$ 174,9 milhões a Limeira em 2012, considerando a retenção de 20% para o Fundeb.
Outros repasses tiveram queda devido às condições econômicas. Entre as transferências da União, a cota do Fundo de Participação dos Municípios totalizou R$ 46,5 milhões. Esse repasse considera arrecadações como o Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com a política do governo de cortar este último da comercialização de carros e linha branca, benefício que foi estendido para este ano, o município deixou de arrecadar cerca de R$ 1 milhão, estima Carrasco.
Outra receita transferida foi a do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, o IPVA, que totalizou R$ 42,6 milhões ao município.


Meios judiciais de cobrança pela 
Prefeitura ficarão mais rígidos

Considerando uma expectativa real de valores, Carrasco acredita que este ano a arrecadação deve aumentar. A aposta é na credibilidade do governo. "A pessoa precisa ver o imposto investido no bairro, o que vamos prestar contas", diz ele, considerando que a prática leve à queda da inadimplência.
Embora ainda não tenha sido feito um levantamento aprofundado, o secretário estima que as dívidas acumuladas ao erário público são mais antigas, com inadimplência mais concentrada. "O problema é que a faixa não está caindo, na linha entre 30% e 35%, o que esperamos reverter".
A Prefeitura estuda as formas de se recuperar da inadimplência. Além do protesto, recurso que deve ser adotado, conforme a Gazeta publicou ontem, é cogitado um call center para cobrança. Os meios judiciais devem ser mais duros, porém, nesta linha, ainda não foi decidida a medida a ser implantada. Isso deve ser definido até meados de abril, quando os funcionários dos departamentos da pasta terão passado por treinamentos e capacitações. (Daíza Lacerda)

Publicado na Gazeta de Limeira.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Entre regionais, Limeira fica em 26ª em ranking de exportação


Importações aumentaram, sobretudo da China, Coréia do Sul e Itália

Daíza Lacerda

A Diretoria Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Limeira terminou 2012 com a 26ª posição em ranking sobre a participação de 39 regiões paulistas nas exportações do Estado.
A lista foi elaborada a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A participação no total exportado pelo Estado pela regional, que inclui Cordeirópolis e Engenheiro Coelho, foi de 1% em 2012. O valor das exportações caiu de US$ 640,8 milhões em 2011, para US$ 635,6 milhões no mesmo período de 2012, uma retração de 0,8%. O Estado totalizou US$ 65,2 bilhões em exportações, que equivalem a 26,9% do montante vendido pelo Brasil em 2012.
A corrente de comércio exterior da região aumentou 6,9% no período analisado, indo de US$ 898,8 milhões, em 2011, para US$ 960,4 milhões no ano passado. As importações passaram de US$ 258 milhões para US$ 324,8 milhões, respectivamente, aumento de 25,9%.
O saldo da balança registrou queda de 18,8% no superávit comercial: de US$ 382,8 milhões, em 2011, para US$ 310,9 milhões em 2012.
PARTICIPAÇÃO
Limeira respondeu por 85,6% das vendas externas regionais, com destaque em peças e acessórios para veículos automotores (US$ 132,5 milhões); produtos químicos orgânicos (US$ 108 milhões) e papel, cartolina e papel cartão (US$ 55,9 milhões). Os principais destinos das exportações limeirenses foram os Estados Unidos (23,2% do total exportado), Japão (12,1%) e Argentina (10,7%).
A cidade concentrou 92,9% das importações regionais, com destaque para peças e acessórios para veículos automotores (US$ 60,5 milhões); tratores, máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária (US$ 28,7 milhões) e máquinas e equipamentos de uso geral (US$ 20,6 milhões). A China (16,3% do total importado), a Coréia do Sul (10,7%) e a Itália (10,1%) foram as principais origens dos produtos comprados no mercado internacional por Limeira.
O diretor do Ciesp em Limeira, Wagner Zutin Furlan, analisa que o município teve bom desempenho, já que o montante de exportações foi quase o dobro das importações, diferentemente do total no estado, onde as importações prevaleceram. Ele observa ainda que parte dos produtos comprados de fora compõe a produção que será comercializada com outros países. "Limeira tem a particularidade da diversidade nas indústrias. Mesmo com a maior participação do ramo de autopeças, outras áreas colaboram com o alto nível de exportação".
Ele prevê que, para 2013, a tendência é manter o desempenho com pequena melhora, devido ao câmbio mais favorável. "A expectativa é que as exportações cresçam de 10% a 20%". Furlan também é otimista com a nova administração municipal e os incentivos para a implantação de mais indústrias no município, a exemplo da refinaria Agropalma, que confirmou a instalação em 2014. "As perspectivas são boas, com maior seriedade e credibilidade", avalia.

Publicado na Gazeta de Limeira.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Debate lista necessidades em Limeira para bem-estar animal


Controle da natalidade e providências para zoo e CCZ foram discutidos

Daíza Lacerda

A primeira reunião sobre políticas públicas para animais evidenciou a diversidade de questões a serem tratadas em Limeira. Do fim do zoológico municipal à criação de um conselho do bem-estar animal, diversas necessidades foram levantadas pela população no encontro realizado na Câmara na sexta-feira.
Milena Pacheco, da Associação Limeirense de Proteção aos Animais (Alpa), explicou que entre as providências imediatas estiveram em pauta a castração, adoção e identificação de cães e gatos fêmeas, seguidos da destinação dos animais do Zoo para santuários, deixando assim de existir zoológico no município.
Outra providência sugerida foi em relação ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). "A ideia é de separação dos animais que hoje lá vivem, ficando apenas animais doentes sob a tutela do órgão, que responde à Secretaria da Saúde. Dessa forma, seria criado um canil municipal público dentro da Secretaria do Meio Ambiente, para abrigar os animais saudáveis que estejam sob a tutela da Prefeitura", detalhou Milena.
Outras necessidades a médio e longo prazos foram discutidas, como a criação de um Conselho Municipal de Bem-Estar Animal, implementação de um Hospital Municipal Público e de uma Delegacia de Proteção Animal.
O controle de natalidade dos pombos também foi alvo de preocupação, tanto para evitar que se espalhem no perímetro urbano quanto para protegê-los de envenenamento e alvo de armas de chumbinho ou outras.
A situação dos animais usados em rodeios não ficou de fora. Foi discutida a possibilidade de proibição dos rodeios ou a utilização de animais para qualquer forma de entretenimento humano. "Pode-se continuar com a festa e toda a sua estrutura, proibindo apenas a utilização de animais no evento", complementou.
Além de vereadores e representantes do Executivo, os grupos receberam o apoio do deputado Feliciano Filho (PEN), da União Protetora dos Animais (UPA), ong de Campinas, e do vereador de Indaiatuba, Carlos Alberto Rezende Lopes (PT), que se comprometeu a ajudar na formação do Conselho do Bem-Estar Animal.
A expectativa é positiva para os próximos encontros e possíveis providências. "Sentimos um avanço da questão de políticas públicas para animais em nossa cidade e estamos confiantes e esperançosos que possamos finalmente dialogar com o Poder Político de Limeira e promover o bem-estar daqueles por quem lutamos", avaliou Milena.


Espera para castração 
de animal chega a um ano

Quem não pode ou não quer arcar com os custos da castração de um animal, entra na fila do serviço oferecido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A situação foi discutida na reunião, já que a espera para o serviço chegaria a um ano.
Com uma fila de 700 animais cadastrados para serem castrados no CCZ, o diretor do órgão, Paulo Baraldi, não vê como conveniente medidas para ampliar o atendimento à demanda, mas uma das possíveis soluções seria a terceirização do serviço pelo município. "Para isso, é preciso a criação do departamento de bem-estar animal, em secretaria a ser definida", explicou, já que o CCZ trata de animais doentes ou que oferecem risco aos humanos. Na terceirização, o serviço poderia ser dividido entre as clínicas do município, que fariam o convênio com a Prefeitura.
Tem prioridade para castração no CCZ os animais alojados no órgão e os que serão adotados, que somam 140, além de residências em pontos críticos com grande quantidade de animais.
Os 700 animais em espera acumularam desde que o serviço foi iniciado, há cerca de dois anos. Duas pessoas realizam de seis a sete cirurgias por dia. Além da castração, é oferecida a vacina anti-rábica durante o ano inteiro.
Da estimativa de população de 60 mil animais em Limeira, incluem-se os semi-domiciliados, que não necessariamente têm dono. Outro problema discutido na reunião foi o despejo de animais de outras cidades no município, fato conhecido, porém, não comprovado, conforme os denunciantes.
Já a cultura compõe um desafio importante. "Estamos longe de uma consciência em relação ao bem-estar animal, que vai desde cuidados como vacinação e castração ao abandono. O animal ainda é tratado como produto de descarte, principalmente quando fica velho e começa a dar despesa", disse ele, que avaliou o encontro na Câmara como boa inciativa que deve ter evolução.
O CCZ (Caminho da Servidão, 251, Jardim Campos Elíseos) tem animais para a doação, assim como a Alpa (http://www.facebook.com/ALPA.Limeira). (Daíza Lacerda)

Publicado na Gazeta de Limeira.


Debate lista necessidades em Limeira para bem-estar animal


Controle da natalidade e providências para zoo e CCZ foram discutidos

Daíza Lacerda

A primeira reunião sobre políticas públicas para animais evidenciou a diversidade de questões a serem tratadas em Limeira. Do fim do zoológico municipal à criação de um conselho do bem-estar animal, diversas necessidades foram levantadas pela população no encontro realizado na Câmara na sexta-feira.
Milena Pacheco, da Associação Limeirense de Proteção aos Animais (Alpa), explicou que entre as providências imediatas estiveram em pauta a castração, adoção e identificação de cães e gatos fêmeas, seguidos da destinação dos animais do Zoo para santuários, deixando assim de existir zoológico no município.
Outra providência sugerida foi em relação ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). "A ideia é de separação dos animais que hoje lá vivem, ficando apenas animais doentes sob a tutela do órgão, que responde à Secretaria da Saúde. Dessa forma, seria criado um canil municipal público dentro da Secretaria do Meio Ambiente, para abrigar os animais saudáveis que estejam sob a tutela da Prefeitura", detalhou Milena.
Outras necessidades a médio e longo prazos foram discutidas, como a criação de um Conselho Municipal de Bem-Estar Animal, implementação de um Hospital Municipal Público e de uma Delegacia de Proteção Animal.
O controle de natalidade dos pombos também foi alvo de preocupação, tanto para evitar que se espalhem no perímetro urbano quanto para protegê-los de envenenamento e alvo de armas de chumbinho ou outras.
A situação dos animais usados em rodeios não ficou de fora. Foi discutida a possibilidade de proibição dos rodeios ou a utilização de animais para qualquer forma de entretenimento humano. "Pode-se continuar com a festa e toda a sua estrutura, proibindo apenas a utilização de animais no evento", complementou.
Além de vereadores e representantes do Executivo, os grupos receberam o apoio do deputado Feliciano Filho (PEN), da União Protetora dos Animais (UPA), ong de Campinas, e do vereador de Indaiatuba, Carlos Alberto Rezende Lopes (PT), que se comprometeu a ajudar na formação do Conselho do Bem-Estar Animal.
A expectativa é positiva para os próximos encontros e possíveis providências. "Sentimos um avanço da questão de políticas públicas para animais em nossa cidade e estamos confiantes e esperançosos que possamos finalmente dialogar com o Poder Político de Limeira e promover o bem-estar daqueles por quem lutamos", avaliou Milena.


Espera para castração 
de animal chega a um ano

Quem não pode ou não quer arcar com os custos da castração de um animal, entra na fila do serviço oferecido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A situação foi discutida na reunião, já que a espera para o serviço chegaria a um ano.
Com uma fila de 700 animais cadastrados para serem castrados no CCZ, o diretor do órgão, Paulo Baraldi, não vê como conveniente medidas para ampliar o atendimento à demanda, mas uma das possíveis soluções seria a terceirização do serviço pelo município. "Para isso, é preciso a criação do departamento de bem-estar animal, em secretaria a ser definida", explicou, já que o CCZ trata de animais doentes ou que oferecem risco aos humanos. Na terceirização, o serviço poderia ser dividido entre as clínicas do município, que fariam o convênio com a Prefeitura.
Tem prioridade para castração no CCZ os animais alojados no órgão e os que serão adotados, que somam 140, além de residências em pontos críticos com grande quantidade de animais.
Os 700 animais em espera acumularam desde que o serviço foi iniciado, há cerca de dois anos. Duas pessoas realizam de seis a sete cirurgias por dia. Além da castração, é oferecida a vacina anti-rábica durante o ano inteiro.
Da estimativa de população de 60 mil animais em Limeira, incluem-se os semi-domiciliados, que não necessariamente têm dono. Outro problema discutido na reunião foi o despejo de animais de outras cidades no município, fato conhecido, porém, não comprovado, conforme os denunciantes.
Já a cultura compõe um desafio importante. "Estamos longe de uma consciência em relação ao bem-estar animal, que vai desde cuidados como vacinação e castração ao abandono. O animal ainda é tratado como produto de descarte, principalmente quando fica velho e começa a dar despesa", disse ele, que avaliou o encontro na Câmara como boa inciativa que deve ter evolução.
O CCZ (Caminho da Servidão, 251, Jardim Campos Elíseos) tem animais para a doação, assim como a Alpa (http://www.facebook.com/ALPA.Limeira). (Daíza Lacerda)

Publicado na Gazeta de Limeira.



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Princesa Izabel reina no carnaval de Cordeirópolis


Única escola a desfilar neste ano, preparativos são feitos como se houvesse competição

Daíza Lacerda

Com o legado de única campeã que conquistou nota 10 em todos os quesitos no carnaval de 2012, a escola de samba Princesa Izabel dividirá a avenida apenas com blocos neste ano, em Cordeirópolis. O fato de não haver concorrência com outras escolas, porém, não faz da organização menos caprichada. "Para nós é como se estivéssemos concorrendo, e estamos tão empenhados em fazer um desfile bonito neste ano como nos demais", garantiu o presidente da agremiação, José Antônio Lopes Azevedo, o Zequinha.
Para "voar na imaginação", tema adotado em 2013, são construídos três carros alegóricos. Além do abre-alas, uma réplica do 14-Bis de Santos Dumont irá transitar na avenida, seguido de um dragão e cavalo alado, em alusão à história de Ícaro.
Responsável pelas alegorias, Leilton Machado começou a tirar os projetos do papel há duas semanas. Do metal ao isopor, passando pelos tecidos e adornos, o 14-Bis não deu trabalho só para Dumont, mas também para ele, na réplica, devido as soldas nas alturas. Já o rosto do dragão foi esculpido com menos dificuldade. Tudo a partir das medidas da "passarela do samba", como largura da rua e altura das árvores. Até valetas precisam ser consideradas para não ter imprevisto.
A dedicação no trabalho esperado durante todo o ano poderá ser conferida no sábado, domingo e segunda-feira, dias 9, 10 e 11.
PROGRAMAÇÃO
Devido às obras na Praça Central, neste ano a folia em Cordeirópolis muda de endereço: na Rua Carlos Gomes com início no cruzamento com a Rua Adhemar de Barros, próximo da Câmara Municipal. O desfile se estenderá até o cruzamento com a Rua Guilherme Krauter.
A festa começa na sexta-feira, com o carnaval da melhor idade a partir das 13h e abertura do Carnafolia às 20h30. No sábado, os desfiles começam às 20h30 com o Bloco Escolacho, Leão Dourado, Unidos da Zona Sul, Escola de Samba Princesa Izabel e Gaiola das Loucas.
No domingo, a partir das 14h30, matinês no Ginásio Orestes Quércia (Centro) e Salão de Eventos de Cascalho. Após as 20h30, desfile dos blocos Escolacho, Leão Dourado, Unidos da Zona Sul, Escola de Samba Princesa Izabel e Gaiola das Loucas. Na segunda-feira, a escola Princesa Izabel volta a desfilar às 20h30. A terça-feira de carnaval, dia 12, será com matinê no Ginásio Orestes Quércia.
Todos os dias haverá baile de carnaval com banda e nos desfiles a estrutura terá palanque, arquibancadas cobertas, tendas e praça de alimentação, cabines sanitárias, iluminação e monitoramento do local. Haverá seguranças de apoio com policiais militares e civis.


Blocos devem animar 
foliões com irreverência

Se depender dos blocos carnavalescos, animação não vai faltar em Cordeirópolis. A Gaiola das Loucas, um dos mais irreverentes, planeja caprichar nas fantasias dos 40 participantes. "Devemos caprichar no vestuário feminino. Afinal, mulher feia ninguém quer ver, então iremos o mais engraçado possível", destaca Paulo César Colella, um dos organizadores.
Já o Bloco Escolacho tem como tema "black is beautiful", cujo ícone é o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. "Alguns sairão com as máscaras, mas seu rosto estará em todas as camisetas", conta Márcia Maria Barbosa, diretora do bloco, que pretende juntar 400 pessoas.
O bloco Leão Dourado deve se unir a outros blocos e colocar 200 foliões na avenida. Agora com sede no Ginásio do Jardim Eldorado, talvez no próximo ano o grupo desfile como escola de samba, como explica Sidney Marques Costa, o Bidu.
Já o grupo Unidos da Zona Sul, que desfilou como escola em outros anos, fez o grito de carnaval no último final de semana e mantém o aquecimento para o desfile. Alceu Guimarães explica que a expectativa é de reunir 150 foliões, incluindo figuras tradicionais do carnaval municipal, como Zé Pera e Jean do Cavaco. (Daíza Lacerda)

 Publicado na Gazeta de Limeira, também na capa



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Câmara forma comissões hoje em Cordeirópolis


Daíza Lacerda

Os vereadores eleitos para os próximos quatro anos em Cordeirópolis reúnem-se hoje para a primeira sessão da Câmara Municipal, às 19h, na Centro de Convivência do Idoso (CCI).
Presidente da Casa, Geraldo Botion (PSDB) explicou que na estreia, serão formadas as cinco comissões. Justiça e Redação, Finanças e Orçamento, Urbanismo, Direitos Humanos e Educação, Saúde e Assistência Social terão seus membros definidos para estudos e pareceres de projetos.
Dois projetos do prefeito Amarildo Zorzo (PV) foram enviados à Casa. Um deles propõe mudanças no estatuto dos servidores públicos, nos artigos que regulam licença-prêmio para servidores municipais com cargos em provimento de comissão. A revogação do benefício para servidores nessa condição deve ter parecer jurídico antes do encaminhamento às comissões.
O outro projeto prevê convênio da Prefeitura com a Associação Trevisiana no Mundo - Seção Cascalho, que autorizaria o município a ceder imóvel e servidor, além de custear o funcionamento. A associação atua na aproximação de descendentes italianos.
TRANSMISSÃO
As sessões da Câmara devem ser transmitidas ao vivo pela internet. Conforme Botion, a expectativa é que isso seja possível até o final deste mês, até que os ajustes técnicos e providências legais sejam concluídos.
Também está previsto para as próximas semanas parecer jurídico para as providências em relação à reforma do prédio da Câmara. "Aguardamos liberação da Justiça e, até o fim do mês, acredito que tenhamos uma posição mais clara".

 Publicado na Gazeta de Limeira.





domingo, 3 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Quantos dias de trabalho custa um bem material?


Consumidor deve considerar custos fixos e planejar para evitar endividamento

Daíza Lacerda

Se você não foi um dos sortudos que acertou os números da Mega-Sena da Virada ou de outros sorteios, o jeito foi começar o ano um pouco mais longe de sonhos materiais, como um carro novo ou uma casa. Enquanto o jeito é trabalhar para garantir algum desses bens, o planejemento pode ajudar também nos cálculos de quantos dias de suor são necessários para colocar as mãos num eletrônico de última geração, os pés para o alto numa viagem de férias ou nas chaves do novo lar.
Uma calculadora desenvolvida pelo professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra quantos dias de trabalho são necessários para adquirir produtos, considerando o salário médio do brasileiro de R$ 1.224, estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O cálculo serve como um argumento para evitar as compras por impulso, que facilmente leva ao endividamento, situação que fica mais crítica no início do ano. Múcio Zacharias, docente do MBA em gestão financeira da IBE-FGV, alerta para o fato de as famílias ainda não darem o deivo valor à poupança, e de o cartão de crédito "ajudar" quando falta o dinheiro que não foi controlado.
"Se compararmos a poupança com os juros do crédito pessoal, um ano de aplicação corresponde a 22 dias de cobrança do cartão de crédito", exemplifica.
CAMINHO DAS PEDRAS
As dívidas devem ser prioridade antes da aquisição de um bem, já que, além delas, existem os gastos fixos, como alimentação, educação e saúde, além dos tributos. Zacharias recomenda que o primeiro passo é saber o quanto se deve, o quanto se tem em caixa, e quanto há a receber. "As pessoas sentem-se atentadas a comprar em liquidações, sem se importar se já têm dívida". E, se não há dinheiro na mão, não há tentação que resista ao cartão de crédito. "Mais da metade do crédito disponível no mercado é de cartão de crédito. São contas sem programação, que levam a dívidas e o consumidor a entrar no rotativo". Os juros do cartão chegam a 100% ao ano, considerando-se a redução de juros, que fazia passar dos 200%.
Além de organizar as contas com os gastos e receitas, seja com um rascunho simples ou com planilhas, a segunda orientação é usar a poupança para quitar dívidas, caso o consumidor tenha, já que a "bola de neve" do crédito aumenta muito mais rápido do que a aplicação.
PLANEJAMENTO
A terceira dica é a disciplina. "Todos têm sonhos e o grande ponto é o planejamento. Deve-se programar tendo em vista o quanto ganha". Pode parecer óbvio, mas o economista diz conhecer pessoas com grandes salários, dos quais não sobra nada, enquanto dependentes de salários de R$ 800 conseguem fazer o dinheiro render.
Ele exemplifica com a aquisição de um financiamento imobiliário que, apesar dos juros mais baixos, representam perigo se considerado o cenário da inflação. "Para um financiamento de 35 anos não deve-se considerar só os juros, mas a inflação, já que todos os contratos são corrigidos e a conta pode ficar grande para o mutuário".
Outro erro é ver vantagem em sair do aluguel para pagar altas parcelas numa moradia própria, acrescenta Zacharias. "É um erro analisar dessa maneira, pois a escolha de um imóvel envolve outras questões como a adaptação aos locais, além de mais custos inerentes.
Gerente regional da pessoa física da Caixa Econômica Federal, Francisco Carlos Cavalcante Silva endossa a necessidade de atenção nesse quesito. "O consumidor se atém no valor da prestação e não compara o custo efetivo total, com todos os encargos de um contrato. (com informações da Folhapress)


O custo da tentação de gastar 

Se a vitrine é tão interessante que faz o consumidor esquecer das contas acumuladas, é hora de fazer a distinção entre desejo e necessidade. Se o preço é interessante, e fator psicológico e ambiente são favoráveis, como fugir da tentação?
Francisco Carlos Cavalcante Silva, da Caixa, reconhece que não é uma separação fácil. "Se a pessoa não compra por impulso ou necessidade, mas tem a oportunidade, pode comprometer o orçamento. Isso pode levar o consumidor a restrições que o tiram do mercado bancário". A não ser que o consumidor esteja livre de dívidas e considere o custo de possíveis novas parcelas, o ideal é refletir com as contas na ponta do lápis.
São esses tipos de gastos que ajudam a avançar degraus rumo ao endividamento. Cavalcante salienta que muitos devedores têm vergonha de procurar a instituição no início da dificuldade, mas é o que deve ser feito para que a conta não vire uma bola de neve. "Se procura no primeiro momento, evita mais encargos ao renegociar a dívida".
O gerente avalia que atualmente há uma geração de consumidores que ascenderam de classe, mas passaram por restrições e lidaram com as dificuldades. "Aprenderam pela dor. Por isso, voltam mais conscientes". (Daíza Lacerda)

Aquisição de crédito 
deve virar consultoria

Com informações mais acessíveis do mundo financeiro para o público leigo, os beneficiados serão os próprios clientes, que detêm o poder de escolha. Uma das orientações pertinentes é o uso correto do crédito, que começa a ser incentivado nas instituições. Afinal, para que pagar juros de um crédito direto para construção, se uma linha apropriada para este fim prevê menor custo?
O financiamento ideal para determinada finalidade, como a compra de um imóvel ou de um veículo é apresentada de forma mais clara aos clientes, como explica o gerente regional da pessoa física da Caixa Econômica Federal, Francisco Carlos Cavalcante Silva. Tudo para evitar o endividamento. "A inadimplência é ruim para todos, tanto para a instituição, que quer emprestar e receber, quanto para o cliente, que precisa do crédito. Por isso investimos na educação financeira". Em breve, o banco lançará um portal na internet com informações, cartilhas e planilhas para contribuir no planejamento financeiro.
ASCENSÃO
Ele argumenta que é visível o número de pessoas que adquirem o primeiro crédito, num público ascendendo economicamente, como as classes C e D, que estavam fora do mercado e agora estão incorporadas. Daí a tendência de "transformar o crédito numa consultoria", como define.
Na instituição, o crédito imobiliário movimentou R$ 5 bilhões em 2003. No ano passado, foram R$ 100 bilhões. Tem ganhado força a aquisição de produtos da linha branca e automóveis.
Essa consultoria é bem-vinda pelo consumidor, como avalia Cavalcante. O problema é a disponiblidade da mesma de forma generalizada nas instituições financeiras. "Por isso o cliente precisa saber o que quer e extrair informações do banco para saber se o que oferece é compatível com as necessidade". (Daíza Lacerda)


Publicado na Gazeta de Limeira.



sábado, 2 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Órgãos fecham o cerco contra despejo clandestino de tóxicos


Apesar da queda de lançamentos irregulares, dificuldade é de identificar autores

Daíza Lacerda

O descarte de material tóxico por indústrias na rede de esgoto é um problema que terá maior atenção dos órgãos fiscalizadores neste ano. Concessionária de água e esgoto de Limeira, a Foz do Brasil conta com denúncias, que podem ser anônimas, para fechar o cerco sobretudo a pessoas com atuação clandestina.
O problema foi apresentado ontem na reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) por Mona Lisie Pavan Ribeiro, representante da área de Meio Ambiente da empresa. "O lançamento desses materiais na rede prejudica o tratamento. Teremos uma postura mais severa com as indústrias que não atendem à legislação. Por isso, quem souber de alguma irregularidade ou sentir cheiro forte, pode denunciar pelo site ou direto na sede da Foz, sem precisar se identificar".
Vigilância Sanitária e Secretaria de Meio Ambiente devem compor a fiscalização, além da Polícia Civil. Presente na reunião, o delegado assistente da Seccional de Limeira, Luís Roberto Villela, mostrou o interesse do órgão de segurança acompanhar os casos, já que o uso de alguns produtos são controlados e exigem autorização para manuseio. O uso desautorizado pode levar à prisão.
Mona Lisie explicou ainda que a legislação específica prevê que as indústrias devem atender parâmetros que limitam o lançamento, sendo que as substâncias devem ser tratadas antes disso. Mas o que chega à rede são metais pesados acima desses limites. "Em 2005 detectamos mais de 600 lançamentos irregulares na rede de Limeira. No ano passado, foram 100, redução devido à fiscalização. No entanto, é difícil monitorar o que vem de todos os bairros e o maior desafio são as empresas que atuam clandestinamente", expôs.
O despejo ilegal é mais grave pois, além do uso de tóxicos, são pessoas que não adotam os equipamentos de proteção individual, entre outras irregularidades. Quatro equipes da empresa atuam na identificação: a de meio ambiente, rastreamento, monitoramento e comercial. Com cerca de mil estabelecimentos desse tipo que podem liberar tóxicos se não adotarem os processos corretos, o filtro pode não pegar todos os lançamentos.
Com atuação conjunta da polícia, a ideia é que, com punição dos responsáveis pelos lançamentos ilegais, a prática tenda a ser reduzida. "Às vezes identificamos o problema num lugar, mas a pessoa muda para outro", disse ela, sobre a dificuldade.
Uma das substâncias mais encontradas é o percloreto, produto altamente corrosivo. "A causa do problema varia. Pode ser desde ineficiência da empresa a falha humana. Nem sempre é ma fé", considera ela.
Denúncias podem ser feitas pelo www.fozdobrasil.com.br/, selecionando a cidade de Limeira, ou na sede da empresa, que fica na Rua Tiradentes, 943, Centro. O telefone é 0800-771-0001.

Publicado na Gazeta de Limeira.


Investimentos em segurança podem ser limitados neste ano


Questões orçamentárias podem levar medidas para segundo plano, como câmeras

Daíza Lacerda

Embora controlada onda de roubos e furtos no comércio da Boa Vista, representantes do bairro reiteraram ontem, na reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), o pedido já feito da implantação de câmeras de monitoramento no bairro.
A questão foi levada ao vice-prefeito Antônio Carlos Lima e do secretário municipal de Segurança, Maurício Miranda de Queiroz, que participaram da primeiro encontro do ano. De imediato, Queiroz considerou que para este ano é pouco provável a implantação de novas câmeras no município, devido às restrições orçamentárias. "Há necessidade de investimento para uma cidade digital, mas houve uma superestimação do orçamento para este ano", disse.
O projeto de ampliação existe, mas não deve ser idealizado neste momento. O que já teve início é a manutenção das câmeras existentes, que passam por troca e revisão. Dos 56 equipamentos, 27 estavam em funcionamento no início do ano e durante o mês passado outras sete foram reativadas. O contrato de manutenção dura até dezembro custará R$ 228.
Sobre a gestão da pasta com necessidades de investimento e restrições orçamentárias, o secretário declarou que os custos dos projetos devem ser analisados, assim como a prioridade e viabilidade. "Se for algo prioritário e viável, deve ser feito, mesmo que caro", avaliou.
A questão estrutural da secretaria, que abrange ainda a Defesa Civil será um desafio com menos dinheiro. Questionado sobre a situação das frotas da Guarda Municipal e Defesa Civil, Queiroz informou que já passa de 20 a baixa de viaturas sem condições de uso, recurso fundamental dos agentes, como reconheceu. "A estrutura como um todo está sucateada, inclusive com falta de pessoal e de equipamento". Sem viatura e sem dinheiro, o secretário disse que recorrerá à criatividade para tentar equilibrar a situação.
ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
Uma das ideias que pode ter aplicação simples é a implantação de uma estação meteorológica na Defesa Civil, para previsões de tempestades, por exemplo, o que permitirá ações prévias. Com custo estimado entre R$ 10 mil e 15 mil, o projeto deve ter estudo de viabilidade técnica e orçamentária.


Crescimento econômico é aposta 

Para não ter de cortar investimentos, a Prefeitura conta com a arrecadação municipal e bons ventos na economia que favoreçam repasses federais e estaduais.
Até que os cofres estejam garantidos, a previsão é da discussão de um plano de segurança para monitoramento, que deve envolver as polícias Militar, Civil e Guarda Civil Municipal, como explicou o vice-prefeito Antônio Carlos Lima. Reconhecendo a necessidade de investimentos, ele voltou do encontro de prefeitos em Brasília com o prefeito Paulo Hadich na dependência de crescimento econômico, para incremento nos repasses ao município.
"Entendemos que a segurança é uma questão que precisa de investimentos e para isso devemos articular ações integradas. Serão feitos, mas dependem de como será a arrecadação neste ano, além de repasses do governo federal, estadual e de tributos". (Daíza Lacerda)


Publicado na Gazeta de Limeira.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Políticas para animais serão discutidas hoje na Câmara


Necessidades de conselho, delegacia e hospital devem ser levadas pela Alpa

Daíza Lacerda

Providências no âmbito público para os animais são o foco de reunião hoje, às 18h, na Câmara Municipal, aberta ao público. Com a participação de autoridades como o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Paulo Baraldi, a expectativa é que o evento seja um fórum qualificado e que estimule o debate e a indicação de programas municipais que priorizem o bem-estar animal.
"Esta é uma nova conversa, de outro segmento", diz Baraldi sobre o bem-estar animal, referindo-se à confusão existente em muitos casos com o departamento, que não é responsável, por exemplo, por recolhimento de animais (a não ser que ofereçam risco às pessoas).
Ele avalia que devem ser consideradas propostas do que o setor privado tem a oferecer. Iniciativas como atendimento veterinário acessível e castração gratuita são algumas das necessidades diante da crescente população de animais domésticos.
O encontro de hoje envolverá entidades e grupos independentes ligados à proteção animal. Além de Baraldi, participarão o presidente da Câmara, Ronei Martins, o vereador de Indaiatuba, Carlos Alberto Rezende Lopes (PT) e o deputado estadual Feliciano Filho (PEN), da União Protetora dos Animais (UPA), ong de Campinas.
MICROCHIP
A população de animais em Limeira é estimada em 60 mil animais, mas é pequena a parcela dos que possuem o microchip de identificação, apesar da disponibilidade e gratuidade da colocação em animais domésticos. Conforme o Zoonoses, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012 foram implantados 4.697 microchips, numa média mensal de 76 animais.
A finalidade de localização do animal no caso de sumiço também tem pouca procura. Além da dificuldade de encontrar o animal perdido, pouquíssimas pessoas o levam para busca e identificação no cadastro do Zoonoses.
O serviço é disponível há anos, a cultura ainda é uma barreira para que mais animais sejam cadastrados. "Só tem aumento na procura quando a aplicação é feita nos bairros. Não há contraindicação e pode ser colocado em qualquer tipo de cães e gatos", ressalta Baraldi. Para este ano ainda não foi definido o cronograma do posto itinerante nos bairros.
Para registrar, o interessado deve ser maior de idade, levar RG, CPF e comprovante de endereço. O animal deve ser levado ao CCZ de 2ª a 6ª feira, das 8h às 15h30. O CCZ fica no Caminho da Servidão, 251, Jardim Campos Elíseos.


Conselho e hospital municipal 
são algumas sugestões da Alpa

A Associação Limeirense de Proteção aos Animais (Alpa) estará presente na reunião e levará algumas propostas. A sugestão de mudanças no departamento de Zoonoses e para os cuidados dos animais do zoológico, dos usados em rodeios e para a situação dos pombos são algumas delas, como declarou Milena Pacheco, da instituição. "Devemos deliberar também sobre a criação de um conselho, além de sugerir a criação de um hospital municipal público e uma delegacia de preteção animal, que seriam medidas para longo prazo". (Daíza Lacerda)


Publicado na Gazeta de Limeira.