domingo, 31 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Da África ao Brasil, o "caminho sem retorno"

Daíza Lacerda

Fotógrafo visita, na Nigéria, local de saída dos escravos rumo a Salvador (BA)

Parceria da Ciesp e FT prevê otimizar processos em empresas

Daíza Lacerda


A união entre estudantes e empresas, de forma que o aprendizado de um complemente a melhoria de processos de outro é o objetivo da nova parceria entre o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp) para uma produção mais limpa (P+L).
De acordo Flamínio de Lima Neto, um dos diretores do Ciesp, a ideia é aproximar a geração de conhecimento com a de utilização de conhecimento. "É um meio de fomentar o conhecimento na área de produção mais limpa. Antes, produzia-se poluição e posteriormente se recolhia. Hoje isso pode ser feito com menor consumo, além da conexão entre empresas e estudantes, sob orientação de professores e doutores da faculdade, explica.
Ele cita como exemplo um caso premiado pelo Ciesp, em uma fábrica de cerâmica em Limeira. Na retífica de pisos, o pó produzido era descartado, resultando em poluição. Foi feito um estudo para utilizar este pó que sobrava na fabricação de lajes pré-moldadas. "Pela matéria-prima ser um tipo de argila, o uso proporcionou ainda economia na quantidade de cimento na produção das vigas, o que reduziu ainda mais a necessidade de material", complementa Lima.
Com a iniciativa, as empresas poderão utilizar o conhecimento desenvolvido na faculdade e, em contrapartida, reduzir não só a poluição na produção, como também os custos.
O projeto já foi apresentado às empresas, mas haverá na terça-feira, dia 2, uma palestra com Carmenlucia Santos, coordenadora do curso de Tecnologia Ambiental da FT, para explicar como funcionará o projeto. "Conforme a demanda, podemos programar novos eventos. A expectativa é grande, principalmente com as pequenas empresas que não têm condições de fazer grandes contratações. A parceria terá baixo custo para elas", ressalta Lima.
Além da melhora de resultados nas empresas, o ponto forte da iniciativa é o conhecimento adquirido pelos alunos, que poderão futuramente ser contratados pelos trabalhos desenvolvidos. "A ideia é de criar uma cultura que o aluno não só se forme em Limeira, mas também atue aqui profissionalmente", reitera.
O projeto já existe em outras cidades e, embora comece agora em Limeira, Lima lembra que o vínculo do empresariado com as faculdades já é bastante forte na cidade. "Estamos todos empenhados", conclui.




Novo zoo pode ser inaugurado no aniversário de Limeira

Daíza Lacerda


O novo Zoológico Municipal, que fica junto ao Horto Florestal, está praticamente pronto para receber os animais. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, toda a ambientação interna já está pronta.
Da estrutura, só faltam as placas e alguns bancos. No entanto, ainda estão pendentes a vistoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o parecer técnico da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
"Possivelmente isso será feito no início de agosto. Caso a vistoria e parecer saiam na próxima semana, haverá tempo hábil para abertura ao público no dia 15 de setembro. Mas, se passar muito disso, já não dá para garantir a inauguração nesta data", declarou.
A nova área tem 44 metros quadrados, enquanto a antiga tem dez mil. São 250 animais, de cerca de 50 espécies.
Após a mudança dos animais para o novo local é que o zoológico antigo, no Centro, começará a receber as obras para ser transformado no Jardim Botânico.



sexta-feira, 29 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Em convênio, Iracemápolis recebe quatro novos ônibus escolares

Daíza Lacerda

Veículos substituirão parte da frota usada para transporte escolar de alunos da zona rural

Foram entregues ontem à Prefeitura de Iracemápolis quatro ônibus escolares adquiridos por meio do programa Caminho da Escola e destinados a alunos da educação básica, prioritariamente da zona rural.
O convênio do município é com a Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
"O município já tem frota própria, mas os carros já têm mais de 10 anos de uso, tendo passado por reformas. Além disso, é preciso reforço nas linhas superlotadas", explicou o secretário de Educação José Zanardo.
Dos seis ônibus existentes, ele estima que quatro serão leiloados, assim que forem substituídos pelos quatro novos recebidos no convênio, que têm adaptação para deficientes e são movidos a biodiesel.
A maior parte da demanda de alunos mora em Limeira e também em Santa Bárbara D'Oeste, próxima das divisas das cidades. "Pelo menos metade é dessas cidades, já que Iracemápolis é o distrito mais próximo. São famílias que votam aqui", disse Zanardo, que estima que a frota rode cerca de 700 quilômetros por dia, no total. Os novos ônibus devem começar a ser usados em até três semanas.
Somados, os novos veículos têm capacidade para abrigar até 150 adultos ou 206 crianças, o que atende à demanda do município, que não está prevista para crescer. Serão atendidos alunos das redes municipal e estadual.
O prefeito de Iracemápolis, Fábio Zuza, salientou o investimento em segurança para os alunos com a aquisição e anunciou ainda que enviará projeto de lei à Câmara para abertura de vagas de monitores para acompanhar os alunos nos ônibus. "Isso seria viabilizado em convênio entre a Prefeitura e Estado", ressaltou Zuza.

CONVÊNIO
O investimento total é de R$ 820 mil, sendo R$ 785.850 de financiamento e R$ 34.150 de contrapartida do município. Os recursos financiados são subsidiados pela Caixa e BNDES, com participação do FNDE. A operação é de baixo custo, com taxa de juros de 4% ao ano, mais TJLP.
“Esperamos, dessa forma, contribuir para a melhora das condições de acesso das crianças de baixa renda à educação formal, evitando a evasão escolar na rede pública”, informa o gerente regional da Caixa, Celso Endres.
O convênio é o primeiro do ano efetivado na regional da Caixa. A cidade de Santa Gertrudes também está com contrato em análise.


Nebulosidade é prevista para a próxima semana

 Nebulosidade é prevista para a próxima semana by daizalacerda
quinta-feira, 28 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Jd. do Lago e Plano Diretor foram pauta de reunião do Comdema

Daíza Lacerda


Encontro reuniu entidades para decisões relacionadas ao meio ambiente

As nascentes da lagoa do Jardim do Lago, o Plano Diretor de Cordeirópolis e o projeto "Município VerdeAzul" foram alguns dos assuntos discutidos ontem, na 21ª reunião ordinária do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema).
O evento teve participação de representantes da Cetesb, Cati, secretarias municipais da Educação, Planejamento e Urbanismo, Saúde, Superintendência Jurídica, SAAE, Ceprosom, Secretaria Estadual da Educação, Acil, Aeal, ONG PreservAção, Foz do Brasil, Elektro, Unicamp, Alie.
De acordo com Domingos Furgione Filho, secretário municipal de Meio Ambiente e presidente do Comdema, o objetivo do encontro foi informar aos presentes sobre os assuntos em andamento e apuração de denúncias relacionadas ao meio ambiente.
O aterro sanitário esteve em pauta, com discussão sobre a recente mudança de gestão do espaço, que passou da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos para a de Meio Ambiente. O novo diretor do local é Rui Barbosa, que já atuava em Obras.
Já para o Plano Diretor de Cordeirópolis foi definido um calendário que se estende até o próximo mês e prevê audiência pública, para que os moradores da cidade conheçam o projeto. A primeira reunião será na primeira semana de agosto.
Em relação ao "Município VerdeAzul", em que as cidades participam de uma espécie de ranking no qual devem acumular pontuações (e também pode perder se deixar de atender itens), o projeto foi explicado e teve aprovação do conselho, o que é um pré-requisito para a participação do município - e também garante pontos.
O projeto é uma iniciativa do governo do Estado e pelo terceiro ano Limeira participa e tenta melhorar sua colocação no ranking ambiental do Estado, com ações voltadas para o meio ambiente. “Melhorando a posição do município no ranking, passamos a ter prioridade na captação de recursos do governo estadual”, destacou Furgione.

JARDIM DO LAGO
Júlio César do Amaral, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Aeroporto, acompanhou a reunião e se disse "frustrado" em relação à abordagem sobre o problema das nascentes da lagoa do Jardim do Lago. A comunidade reivindica o desvio de águas pluviais do Residencial São Miguel e Jardim Aeroporto, de forma a preservar as nascentes e evitar o assoreamento, que foi denunciado.
"A informação que tínhamos, é de que o SAAE já tinha um projeto que estaria em fase de licitação. Com isso, pressupomos que existe verba para a obra. Mas fomos informados que o município aguarda verba federal para obras na qual a lagoa será contemplada. Existe projeto, mas não verba. Estamos há seis anos nessa luta e nada foi feito ainda", lamentou.
Furgione garante que nunca foi informado de que a obra estava sendo licitada e que o foco de discussão na reunião tinha sido a denúncia de assoreamento, o que foi comprovado, e o questionamento se havia projeto para o local, o que ele também confirmou.
O impasse já foi levado ao Ministério Público e Furgione acrescenta que a existência do projeto já foi informada à promotoria. Quanto à verba, informou que a obra consta no Projeto de Macrodrenagem do Município, para o qual foi pedida verba do governo federal. A partir da liberação é que será iniciado o processo de licitação, com os prazos legais.



Secretário Furgione é também presidente do Conselho, que cumpriu pauta do dia
Secretário Furgione é também presidente do Conselho, que cumpriu pauta do dia


Publicado na Gazeta de Limeira



Próxima rua a ser interditada para obras de esgoto será a Cunha Bastos

 Próxima rua a ser interditada para obras de esgoto será a Cunha Bastos by daizalacerda
quarta-feira, 27 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

O presente


Hoje não fui a posto algum ou padaria para tomar um capuccino com pão de queijo, como gosto de fazer [bem acompanhada] sobre rodas. Também não pilotei na estrada para curtir o sol ou simplesmente fazer parte da paisagem.
Apesar de não ter comprado um par de luvas, botas ou capacete novo como gostaria (embora tenha recebido, coincidentemente hoje, a doação de uma jaqueta linda de couro de uma pessoa que estimo muito!), ganhei um presente e tanto neste Dia do Motociclista. No fim de um dia puxado, voltei para casa, para minha família. Sei que muitos não têm essa mesma bênção que eu e hoje, ontem (possivelmente amanhã) deixam suas famílias órfãs e com a vida tão fria quanto a estatística que todos estamos sujeitos a nos tranformar no uso da moto.
Hoje eu ganhei os parabéns da minha mãe, do meu pai, mas dei um presente pra eles. Ainda ouvi da minha mãe que só quando ela ouve o barulho da moto dobrando a esquina é que ela fica aliviada.
Gostaria que todos os malucos do trânsito pensassem mais em suas famílias, e não nos segundos que se adiantarão para chegar em seus destinos a custo do risco para eles e para os outros. É utópico, eu sei.
Não ando otimista com o trânsito. Mas também não perco a esperança.

Limeirenses de 1,7 mil casas estão em situação de miséria

Daíza Lacerda


Dado se refere a domicílios em que pessoas ganham até ¼ de salário mínimo

A faixa de 1/4 de salário mínimo per capita é considerada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) pobreza extrema ou miséria. Os moradores de Limeira nesta condição, que recebiam até R$ 127,50 no ano passado, ocupavam 1.749 residências. É o que apontam os resultados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo 2010, considerando o salário mínimo de R$ 510.
Porém, a maioria dos domicílios particulares permanentes de Limeira tem moradores com renda entre meio e um salário mínimo. O Censo, que considera 84.441 domicílios no município, revela que, dos ocupantes, 28,68% (24.356 residências) recebem entre meio e um salário mínimo per capita. Os que recebem entre 1/4 e meio salário (R$ 127,51 a R$ 255) somam 18,48% (8.659). Limeira tem ainda 2.312 domicílios (4,27%) cujos ocupantes não têm rendimento e a renda per capita é somente em benefícios . Esse universo de pessoas que recebiam, em 2010, até R$ 510, representa 60,59% das residências particulares permanentes de Limeira.
Nos domicílios em que o rendimento passa de um salário mínimo per capita, em 28.624 a renda é de até dois (R$ 1.020). Esta é a maior parcela em número total, mas, proporcionalmente, este público fica em segundo lugar (21,9%). A renda per capita de 2 a 3 salários (R$1.020,01 a R$ 1.530) está em 8.861 domicílios e, de 3 a 5 salários (até R$ 2.550), em 5.925 residências. Em 3.938 domicílios (5,13%) a renda per capita é maior do que 5 salários mínimos.

PROGRAMAS SOCIAIS
Por meio do Cadastro Único, gerido pelo Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), pessoas de baixa ou nenhuma renda podem aderir a três modalidades de programas. "Dependendo da carência, a família pode acumular dois benefícios", explica Cíntia Araújo de Sá, coordenadora do Cadastro Único.
Além do Bolsa Família, do governo federal, que pode pagar de R$ 32 a R$ 242 por família que recebe de R$ 71 e R$ 140, existe o Renda Cidadã, em que o Estado paga R$ 80 para 165 famílias limeirenses que ganham até meio salário mínimo. O Renda Mínima, municipal, paga R$ 130 para 488 famílias inscritas cuja renda é de até 1/4 de salário.
Até junho, 9.042 famílias da cidade recebiam o Bolsa Família. "Este número oscila mês a mês, pois caso a família não cumpra itens, como frequência escolar e peso ideal dos filhos ou mantenha o cadastro atualizado, o benefício é suspenso", explica Cíntia.
Vinculadas aos benefícios estadual e municipal, as famílias se comprometem ainda a participar de reuniões socioeducativas.
Esses dois programas permitem renovação de até três anos.
Após esse tempo, a família tem de esperar pelo mesmo tempo que foi beneficiada para voltar a receber. Para o Bolsa Família não existe esta regra e, caso a pessoa não consiga colocação profissional ou aumento da renda, pode recebê-la por tempo indefinido, desde que atendidas as exigências.

Maioria dos beneficiados vive de "bicos"

Segundo Cíntia, a situação de carência existe em famílias residentes em toda a cidade, mas predomina em bairros como Odécio Degan, Ernesto Khül e Belinha Ometto. "A maioria é de autônomos, que vivem de 'bicos', como trabalho com joias, além de funções como pedreiro ou empregada doméstica, sem registro", diz.
É o caso da dona de casa Isabel Cristina Camargo, 38, que tem uma filha de 14 anos. "Esporadicamente faço algumas faxinas, porque a pensão da minha filha é de valor muito baixo. Recebo cesta básica do Ceprosom e tenho ajuda da minha mãe às vezes, mas minha renda não chega a R$ 100", declara ela, que tenta o cadastro em benefícios.
A maior parte das famílias tem até quatro filhos, mas há mães com até 10 crianças que vão requerer benefícios. Há ainda pedidos individuais, como idosos que vivem sozinhos. Sirça Pereira Querubim, 56, com os filhos já casados, não recebia pensão quando separou do ex-marido e faz "bicos". “Às vezes vendo coisas na rua ou faço faxina, mas a principal renda é o Bolsa Família", diz.
 "O que predomina é a mãe chefe de família, com os filhos", ilustra Cíntia. Esta é a situação de Soraia Antunes, 32, que tem três filhos entre 13 e 2 anos. Separada, recebe R$ 100 do Bolsa Família. (DL)



Soraia e um dos três filhos: família depende do Bolsa Família
Soraia e um dos três filhos: família depende do Bolsa Família



Educação e emprego são soluções
para miséria, avalia sociólogo

"Não me espanta a maioria ter baixa renda num País em que 90% da população é assalariada e não tem acesso aos meios de produção. Para mudar isso, é preciso criar frentes de empregos, estimular o desenvolvimento e a reforma agrária". Esta é a avaliação de Emílio Carlos Asbahr, que leciona no curso de Ciências Sociais do Isca Faculdades e é diretor da EE José Marciliano.
Para ele, o fomento de parques industriais e tecnológicos pode, com o aumento de vagas, melhorar a renda da população. Já para as classes cujo rendimento é considerado como situação de miséria, a raiz da mudança está na educação. "É preciso exigir mais enquanto aluno, numa cobrança mais expressiva para aprender. Há alunos que chegam à 8ª série analfabetos, o que é fruto da progressão continuada", declara.
Por meio da educação é que a pessoa poderá alcançar ascensão social, já que a escolaridade é requisito para a colocação profissional. "Os programas de benefícios sociais exigem atestado de frequência escolar das crianças, mas isso não está atrelado ao efetivo aprendizado. É preciso comprovar que a criança vai à escola, mas não necessariamente se ela sabe ler ou escrever. Por isso é preciso mudar a cobrança que se faz para o indivíduo". (DL)

Publicado na Gazeta de Limeira, também no novo siteManchete da edição. 




A razão da condição - uma reflexão no Dia do Motociclista

Daíza Lacerda


Boa parte dos motociclistas (ou motoqueiros) vai se achar eternamente injustiçada no trânsito. Mesmo aqueles que usam vias públicas para fazer manobras perigosas como empinar a motocicleta. Motoristas também nunca perdem a razão, nem mesmo aqueles que têm no retrovisor e setas meros adornos em seu veículo e, nas ultrapassagens perigosas, um hábito.
De bicicleta é difícil importunar alguém, pensa o ciclista, mesmo que esteja trafegando na contramão ou na calçada - que é lugar de pedestre. Já o pedestre, este sempre tem razão. Principalmente quando faz travessia arriscada fora de sua faixa ou entre os veículos mesmo, na confiança do "vai que dá".
Nas ruas, todos têm a consciência dos seus direitos, sempre prontos a atacar a "navalhada" alheia. Sem (quase) nunca admitir as próprias, é claro. Isso acontece por um motivo muito simples: as pessoas não veem as vias como de uso COLETIVO. E, com cada vez mais gente e veículos, esse espaço será cada vez mais disputado. Efetivamente, ninguém terá uma faixa para chamar de sua em todo lugar. Ainda que se derrube metade das residências para construir vias de acesso. Falta "semancol"? Falta. E tolerância também.
O dia é do motociclista, mas não há razão para abordar apenas a sua condição, o seu papel (de exemplo ou vergonha) no trânsito. A invasão de motos é motivo de comemoração para o mercado. Fabricantes e revendas festejam, e usa-se o discurso de acesso e oportunidade de ter esses veículos como se fosse a maior das dádivas. Não é. Não, pelo menos, em sua totalidade.
Na raiz de muitos dos inúmeros motivos que levam alguém a comprar uma moto está a falta de planejamento e estrutura urbanos, além do custo-benefício. Seria lindo se todos deixassem seus carros em casa e não precisassem de motos porque o transporte público funcionaria de forma limpa, barata e eficiente. Só que, com o gasto mensal financeiro em passagens e de tempo com espera dos coletivos, paga-se uma moto tranquilamente. Ruim para os motoristas que vão conviver com elas no tráfego. Ótimo para o mercado. Péssimo para a Saúde, que tem chances enormes de precisar socorrer essa demanda, se a situação continuar como está (o que cu$ta para todos).
Os recordes de produção, importação e vendas são reluzentes para a economia e desenvolvimento nacionais (o que se aplica também aos carros). Mas são manchados pelo sangue das estatísticas que nunca apontam redução nos acidentes e mortes envolvendo estes veículos. A culpa é de quem? Do Estado, que não tem rigor na hora de habilitar motociclistas (e fiscalizá-los) ou do condutor inconsciente, que não pensa na segurança de seus atos, que dirá nas atitudes que prejudicam o próximo?
As vendas não vão parar. E os acidentes... Bem, o trânsito é cada dia mais "cada um por si". Mesmo sendo um espaço coletivo, ironicamente. É uma via de dois sentidos. Em um, confia-se em São Cristóvão (sua proteção lá e a nossa sensatez aqui). Na outra, só lástima. É o que resta.
Quando se discute a questão não só das motos, mas do trânsito, cada um defende a sua razão. Todos tem algo a atacar contra o próximo e a defender a seu favor. Sou "eu contra o trânsito". Nunca "eu E o trânsito". É lutar contra algo que só vai piorar, certamente, em termos "físicos". No que diz respeito à convivência, depende de cada um uma efetiva mudança no todo. Não é apenas caso de polícia ou de política, mas além: é questão de cidadania. Seja de carro, moto, a pé ou de bicicleta.



Publicado na Gazeta de Limeira, no Motonauta e LideBrasil.


domingo, 24 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Linguagem do corpo: o que o "desenho" de cada um diz sobre nossa vida





Publicado na Gazeta de Limeira

Ao reescrever histórias, Casa da Criança completa 70 anos

Daíza Lacerda


Entidade atende 55 crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, encaminhadas pela Justiça

A Casa da Criança Santa Terezinha comemora hoje 70 anos de atendimento, data de inauguração do prédio “Plácido Hipólyto Ribeiro”, onde são atendidas, hoje, 55 crianças e adolescentes.
Em setembro de 1941, o local começou a receber as primeiras crianças transferidas do Orfanato Santa Terezinha de Jesus, sediado no terreno da antiga Casa de Saúde, localizada na Rua Alferes Franco (atual Unimed).
Major José Levy Sobrinho era presidente do orfanato e a mudança teve contribuição do empresário Hypólito Pinto Ribeiro, proprietário da indústria de papelão Ribeiro & Parada.
Atual presidente da casa, Isabel Cristina Covaes Santos explica que no local são atendidos meninos de 0 a 2 anos (que depois são transferidos ao Lar do Moço) e meninas de 0 a 18 anos. As crianças chegam ao local devido a várias situações. Falta de condições, negligência familiar, situação de risco ou abandono são algumas delas. “Já chegamos a atender em nossa capacidade máxima, que é de 70 crianças e jovens”, diz ela, reiterando que todo encaminhamento é feito pelo Conselho Tutelar e Vara da Infância e Juventude. Ela estima, que em todos esses anos, devem ter passado pela casa cerca de 3,5 mil crianças.

VIDA NOVA
Apesar das dificuldades familiares que levam as jovens ao local, na casa elas recebem todo tipo de assistência, principalmente estudos. “Há suporte psicológico, assistência médica e social. Programamos também vários eventos das quais participam, além do encaminhamento ao trabalho, quando completam 16 anos”, lista Isabel.
De fato, tristeza não combina com a “cara” do prédio. A ocupação e o “jeitinho” feminino é visível nos quartos, divididos por faixas etárias. Bonecas, ursos e, claro, um pouco de bagunça. “Hoje elas saíram para um passeio e não deu tempo de arrumar muita coisa”, justificou a coordenadora Marta Puzzi Moreno. Ela explica que a saída das meninas é inconstante e relativa. “Há anos em que predominam as adoções. Em outros, é o retorno para a família, quando são atestadas as condições de retomar a guarda”.

DEMANDA E RECEITA
Nas primeiras décadas, o local contava com a própria escola, além dos cuidados de freira, até os anos 1980. Atualmente, dos atendidos, 16 tem até 4 anos, 18 têm de 4 a 10 anos e 21 meninas têm de 10 a 18 anos.
A receita é 40% de verbas municipal, estadual e federal, e o restante é por conta da própria entidade. “Desde 2008 contamos com associados, que contribuem mensalmente. A receita da Nota Fiscal Paulista também ajudou muito. Somos a 8ª intituição no Estado que mais arrecada com cupons fiscais. Também promovemos eventos para arrecadação”, explica a presidente.
Apesar das contas em dia, dificuldades sempre aparecem. “Agora, por exemplo, estamos precisando de móveis, como camas e guarda-roupas, porque nossa clientela cresceu”. Mas mesmo com alguns percalços, ressalta a presidente, a Casa da Criança se mantém forte no intuito de oferecer uma vida digna e feliz para suas crianças e jovens.
A comemoração do aniversário será em evento marcado para o dia 13 de agosto, às 9h, na sede. Haverá missa, seguida de uma cerimônia, em que serão homenageados ex-presidentes e outros voluntários que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento e a manutenção da instituição.

Jovem divide sonho de trabalhar em empresa com a vida artística

Uma das jovens contou à reportagem as suas percepções sobre o seu lar atual. Ela tem 14 anos e mora na casa desde os 11, com outros três irmãos mais novos.
“Quem está do lado de fora, imagina que é uma prisão, um bicho de sete cabeças. Eu também pensava e não queria vir no começo. Mas, agora, quero ficar aqui e só sair quando estiver preparada para a vida. Sinto-me em casa, como se a equipe fosse a minha mãe e as meninas, minhas irmãs”.
Ela fala ainda do companheirismo entre as meninas, tanto quando uma chega à casa quanto uma dessas irmãs de consideração deixam o local para começar uma nova história. “Quando chega alguém, mostramos que podem contar conosco. Quando alguém vai embora, choramos bastante. Mas ficamos felizes quando são acolhidas por novas famílias”, declara.
Ela, que prefere não ser adotada, imagina um dia trabalhar numa empresa. Sonho este dividido com a vida artística, da qual pegou gosto participando de oficinas culturais em uma das parcerias da instituição. Teatro, dança, arte circense, música, ética e cidadania e encaminhamento ao mercado de trabalho são algumas das atividades que preenchem os seus dias.
A assistente social Ana Lúcia Massari explica que familiares podem visitar as crianças no local e que a saída também depende de ordem judicial. “Há um trabalho na tentativa de reorganização da família, mas a maioria é de casos difíceis com dependência química e alcoólica. Aqui prestamos atendimento mais próximo possível de uma casa, um verdadeiro lar. (DL)


Tia To: 27 anos de dedicação no voluntariado

No fundo da sala pequena, cheia de livros e cadernos, entre carteiras e estudantes terminando exercícios, fica Maria Jacon Dibbern, conhecida como Tia To. Prestes a completar 80 anos de idade, a professora aposentada se dedica há 27 anos na Casa da Criança. “Dei aula em várias escolas de Limeira e, quando aposentei, com 49 anos, a assistente social, na época em que Dalva Ragazzo era a presidente, falou da necessidade de uma professora aqui. Aceitei, afinal, o que iria fazer em casa?”.
Tia To, que ensinou o be-a-bá a inúmeras crianças, não se imagina sem o expediente diário e, às vezes, ao final de semana, dedicado às meninas. “Gosto muito dessas crianças. Não teria coragem de sair daqui. Sempre fui bem recebida por todos, inclusive os funcionários. O que posso fazer, faço, como a parte da mãe no reforço dos estudos. Também arrumo suas coisas, deixo as bolsas e cadernos em ordem, lápis apontados”.
Ela não dá moleza para a tristeza e alega ser enérgica nas aulas, o que se tornou marca própria com os alunos. “Mostro a elas que é preciso ser forte para que amanhã estejam bem, tenham um bom futuro. Elas têm de sair daqui fortes”.
Apesar da reunião na sala, o reforço é dado individualmente, já que cada criança está numa série e, mesmo as que estão no mesmo ano, ficam em classes diferentes, com atividades variadas. Para Tia To, o trabalho se mostra como uma verdadeira missão. “É gratificante. Já encontrei muitas que saíram daqui e vi que o trabalho não foi em vão”. (DL)


Publicado na Gazeta de Limeira.


Construído pelo Rotary, imóvel de escola que perdeu demanda tem destino incerto

Daíza Lacerda


Vidros quebrados, teto danificado, portas e trancas arrancadas são alguns dos sinais de vandalismo na Escola do Rotary, a Emeief Sebastião Pereira, que fica no Bairro dos Pereiras, às margens da Rodovia Anhangüera.
Qualquer um pode entrar no local, já que o portão fica aberto, e, para chegar aos brinquedos do playground, é preciso andar no mato alto. O descuido não é de hoje. “Há meses foram roubados fios e tudo foi depredado. As invasões tiraram o nosso sossego”, disse um dos moradores da área rural. Seu filho chegou a estudar na escola há mais de 20 anos, mas aulas ali não acontecem há bastante tempo, que não soube estimar. “Depois dos roubos, não houve mais aula”, acredita.
O medo é de o lugar continuar servindo de refúgio de desconhecidos. “Local abandonado coisa boa é que não atrai. Já sofremos muito com roubos neste bairro”, declarou.
Segundo o morador, teria sido cogitado que o local se tornasse uma base da Polícia Militar. Procurada, a PM alegou desconhecer projetos do tipo para o local.
A Prefeitura informou, por meio da Secretaria de Comunicações, que a escola foi desativada por não haver demanda de alunos naquela região. “A Secretaria da Educação está estudando se haverá destinação para o prédio. Não há definição por enquanto”.
Não foi informado quando a escola parou de funcionar. Apesar do cenário de abandono, a pintura resistiu bem ao tempo. No local ainda há uma placa da inauguração de uma reforma, datada de setembro de 2002.

Entidade fez prédio em terreno doado por fazendeiro

A escola tem pelo menos 50 anos e a construção foi feita pelo Rotary Limeira Centro, após doação da área pelo fazendeiro que era proprietário das terras. “Ganhamos o terreno, mas chegou uma época em que ficaram raros os alunos. Estava pronto para fechar, o que tentamos combater. No fim, por não ter número suficiente de alunos, achamos justo o fechamento”, resumiu Benedito Carlos Toledo Lima, do Rotary Centro.
De acordo com ele, a área foi trocada com o município no governo de Paulo D’Andrea, em meados dos anos 1980. “Com todos os registros, como escritura, o Município assumiu a escola e nos cedeu imóvel na Rua Duque de Caxias, onde é a nossa sede”, explicou.
Sob a condição de manter o símbolo e nome do Rotary, responsável pela construção, a escola ganhou o nome do fazendeiro que doou as terras: Sebastião Pereira. (DL)

Publicado na Gazeta de Limeira



sábado, 23 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Rotatória é palco de abusos de motoristas no Morro Azul

Daíza Lacerda


Prefeitura promete reforçar a sinalização de solo em trecho perigoso

Os carros já derrubaram lixeira, deixaram marcas na guia da calçada e no portão, devido às rodas que se soltaram, e desta vez, uma árvore foi derrubada na Avenida Cônego Manoel Alves, altura do número 1.200, no Jardim Morro Azul.
“O motorista passou por cima da árvore e a quebrou, antes de fugir. Desde quando fizeram esta rotatória, não temos paz. É um transtorno também para guardarmos nossos carros na garagem”, disse o comerciante Guillermo Seelig, 53, diante da nova ocorrência em frente à sua casa, na tarde de ontem.
Ele alega ter chamado a Secretaria de Transportes várias vezes diante dos inúmeros problemas de sinalização no local, sem sucesso. “Os motoristas passam pela rotatória correndo, por isso vêm parar em cima da calçada e, agora, derrubaram a árvore. A sinalização de parada de quem vem pela avenida no sentido Centro também são insuficientes. É preciso colocar placas com luzes, porque o caminho é praticamente continuação da avenida e muitos não param. Prevejo tragédias neste local”, desabafa o morador.
“Tenho medo de acidentes piores e os carros irem parar dentro de casa”, disse a professora Regina Barbosa, 45. “Não podemos nem pensar em deixar o carro na rua. Pra entrar na garagem é difícil porque o movimento não para. Perdemos a nossa liberdade aqui”, relata.
Seelig avalia a rotatória como desnecessária, já que observa a maior parte do fluxo na direção do Morro Azul. “À noite, isso aqui vira uma pista de corrida. Alguém ainda vai morrer com esses abusos”, diz ele, lembrando que na rua há muitas crianças.
A Secretaria dos Transportes informou que um engenheiro esteve no local fazendo vistoria. “Será realizado um reforço da sinalização de solo e também pintura para novas adequações.
Com relação à fiscalização de trânsito, no que se refere à velocidade, há radar estático (móvel) periodicamente na via”, informou a Prefeitura.


Futuros moradores de loteamento se 
preocupam com segurança na área

Na mesma avenida foi iniciada a venda de lotes e começaram as construções de residências na Cidade Universitária. A situação da segurança no local já começa a preocupar moradores, como Anderson Bueno, 31. “Já tive materiais de minha obra furtados duas vezes, e o mesmo já aconteceu com outros vizinhos”, alega. Uma praça recém-concluída no local também teria se transformado em área para consumo de drogas e refúgio de pessoas mal intencionadas. “Alguns guardas fazem ronda, mas os ladrões passam antes. Já levaram fios e materiais de construção”, disse.
Em relação a este problema, a Prefeitura informou que “a Guarda Municipal foi acionada para intensificar as rondas no local”. No entanto, ressaltou que a competência de rondas no local, que é particular, é da Polícia Militar. (DL)

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sexta-feira, 22 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Movimentação de jovens “fecha” rua e atrapalha trânsito

Daíza Lacerda


Às quartas-feiras à noite, os moradores da Rua Vereador João Kuntz Busch e imediações, no final da Rua Tiradentes, ficam “ilhados”. A presença de jovens é tão massiva que chega a fechar a rua e prejudicar a passagem de veículos.
“Ninguém passa e, quando amanhece, a rua está cheia de lixo, como papéis, bitucas de cigarro e garrafas de bebidas”, disse um morador que preferiu não se identificar. Segundo ele, o consumo de drogas também é frequente nessas ocasiões. “Há seis meses que vivo aqui e esta é a situação. São pelo menos mil jovens, que devem ter no máximo 15 anos de idade”, estima. Ele acrescenta, ainda, que a Polícia Militar vai ao local algumas vezes, mas o problema persiste.
A área, que já era problemática às sextas-feiras, teve o problema intensificado às quartas, sobretudo desde o início das férias. “Começa às 20h30 e vai até depois das 22h. Atrapalha muito a passagem, os moradores ficam num verdadeiro cárcere privado, pois não têm como passar. Isso intervém no direito de ir e vir, pois o meu direito começa quando acaba o do outro. O local dessas pessoas é na calçada, e não na rua. E não há fiscalização”, disse M.M.J., 30, que passa diariamente pelo local.
Sabendo da situação, o aposentado Antônio Carlos Massaro, 74, já evita passar pelo local. “Dou a volta pelo posto, mas evito sempre que possível, porque a passagem é difícil”, declarou.
Em relação ao problema a Prefeitura explicou, por meio da Secretaria de Comunicações, que “a responsabilidade principal é da Polícia Militar, pois envolve pessoas e não tanto os veículos”. Já em relação ao tráfego, “a Secretaria dos Transportes informou que fiscaliza irregularidades de veículos em trânsito ou estacionados, mas não compete a ela fiscalizar o comportamento dos jovens, uma vez que não é possível aplicar multas aos pedestres”. Já a Guarda Municipal (GM) explicou que “realiza rondas no local, mas quanto ao trânsito não compete a ela”.




Via, próxima do final da Rua Tiradentes, fica intrasitável com presença de jovens
Via, próxima do final da Rua Tiradentes, fica intrasitável com presença de jovens


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quinta-feira, 21 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Baixa umidade do ar é alerta para cuidados com a saúde

Daíza Lacerda


Tendência é que situação fique mais crítica em agosto e setembro


O tempo seco já deixou em situação de atenção diversas cidades do Estado. A umidade relativa do ar, que está em queda, é motivo de preocupação, principalmente durante a época em que aumenta a incidência de queimadas.
Em Limeira, o índice mínimo de umidade passou da faixa de 60% no início do mês para 31% registrados anteontem, conforme medição da Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp). No entanto, chegou a 25% no dia 12. A máxima foi de 91% e 82%, respectivamente.
Diante da situação, a prevenção é o principal tratamento, alerta o otorrinolaringologista Luís Francisco de Oliveira. “O clima seco e frio é propício para desenvolver resfriados e com as mudanças bruscas as pessoas ficam mais suscetíveis”.
Ele orienta, além de manter os ambientes limpos e bem ventilados, a fazer lavagens nasais com soro fisiológico. Outra alternativa é a inalação com soro fisiológico.
Ele considera controverso o costume “caseiro” de umidificar o ar com bacias de água ou toalhas. “É válido, mas não é comprovada a eficácia”, diz. O uso exige atenção sobretudo em casas com idosos devido ao risco de tropeço e quedas.
Em relação aos aparelhos umidificadores, estes também podem oferecer riscos, dependendo do uso. “Em ambientes muito pequenos, fechados e úmidos, pode aumentar o número de fungos. Já num local amplo e aberto, não terá efeito”, explica. Por isso deve ser procurado equilíbrio e solução de acordo com o local, como deixar aberto e bem ventilado em determinadas horas do dia.
Oliveira também lembra que é importante manter-se hidratado nesta época, com a ingestão regular de água. E, em locais onde há condicionadores de ar e ventiladores, os equipamentos devem ser limpos, caso contrário podem difundir fungos e manter a poeira no ar. “O ideal é que pessoas muito alérgicas não fiquem em ambientes com ar condicionado”, orienta. Locais com aquecedores e umidificadores, na simulação de um verdadeiro verão, devem se atentar aos riscos de proliferação de fungos.

MAIS SECO

A previsão é de que a umidade relativa do ar tenha queda, sobretudo em agosto e setembro, como explica o professor Hiroshi Paulo Yoshizane, da FT. “Esta é a característica de nossa região, a época em que o estado fica mais crítico”, diz.
Embora haja a previsão da chegada de uma frente fria amanhã, Hiroshi acredita que, devido à força da massa de ar seca presente, esta frente não deve atingir a região. Portanto, a tendência é que nos próximos dias sejam como os já registrados nesta semana, com temperatura entre 14ºC e 30ºC.

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Rabino ministra hoje palestra sobre cabala

Daíza Lacerda


Recém chegado de Israel, o rabino Meir Botton falará hoje sobre a cabala. O encontro será no Departamento de Cultura Afro descendente e da Integração Étnica (Decadie), as 19h30, com entrada gratuita.
Galdino Clemente, diretor do Decadie, explica que o evento faz parte das ações da instituição no intuito de promover a integração entre etnias e culturas, como a judaica, no caso. “Queremos dialogar com vários setores para uma relação de igualdade”, diz ele, reiterando sobre o trabalho em conjunto que vem sendo desenvolvido com representantes da cultura judaica no município e região.
Elisha Morelli é um deles e lembra que o evento de hoje é o primeiro de outros que a comunidade pretende desenvolver. “Possivelmente serão ministradas aulas semanais de cabala e hebraico. Mas o primeiro passo é dar ciência às pessoas, pois muitas têm interesse embora não encontrem muita divulgação”, avalia.
A cabala é um dos principais temas do judaísmo e o intuito é dar assistência a quem necessitar, seja a partir de problemas de saúde quanto sociais. “Limeira tem muitos praticantes da doutrina judaica que estão na invisibilidade. Além da busca da igualdade, queremos resgatar esses descendentes”, diz Morelli.
“É um trabalho de conscientização, pois há riqueza no judaísmo tanto quanto na cultura afro e que desconhecemos. Queremos dialogar com todas as vertentes para que a cidade se desenvolva de forma evolutiva, com compreensão e respeito”, destaca Galdino.
Entre os pontos a serem discutidos está o que é a cabala, como transmiti-la e sua finalidade. O povo de Israel como luz do mundo; a construção de uma nova sociedade e os preceitos dados aos judeus também serão abordados.
Mais informações podem ser obtidas no Decadie pelo telefone 3453-9009. A entidade fica junto à Secretaria Municipal de Cultura, na Rua Senador Vergueiro, 122, na antiga escola Einstein.

Publicado na Gazeta de Limeira. Original em pdf aqui.



Deficientes podem se inscrever para aulas gratuitas de hidroterapia

Daíza Lacerda


A Associação de Deficientes Físicos e Idosos de Limeira (Adefil) conseguiu parceria com o grupo de voluntários de uma empresa de Limeira para oferecer aulas de hidroterapia, que proporcionam melhora no desenvolvimento motor. “O treinamento permite melhor recuperação. Sentimos os avanços no tato e sensibilidade”, atesta Anderson Brasil, presidente da entidade.
O patrocínio foi formalizado ontem, mas a negociação teve início após publicação de matéria na Gazeta abordando a necessidade da instituição de ampliar o atendimento, cujas aulas acontecem na academia Aquação.
As aulas, que já acontecem às terças e quintas-feiras, agora serão ampliadas para as segundas e sextas-feiras, sempre no período da tarde, das 13h30 às 15h. “Podemos atender no mínimo mais 40 pessoas com esses novos horários. Podem se inscrever pessoas com qualquer idade e qualquer deficiência, tanto física quanto intelectual”, explica Brasil.
Os interessados devem entrar em contato com a academia, pelo telefone 3451-1710.


Publicado na Gazeta de Limeira. Original em pdf aqui.



sexta-feira, 15 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Sobre vínculos - com pessoas e lugares



Bono canta que "a house still doesn't make a home". E tenho pensado: o fato de morar num lugar te faz pertencer a ele? O que nos faz sentir em casa, num lar?
Gosto de quando "tenho a oportunidade" de andar pelo bairro. Faço isso com curiosidade e um certo espanto, porque muito pouco me parece familiar, embora eu tenha nascido e crescido na mesma casa. Quando saio, boa parte das pessoas são desconhecidas minhas e não aquelas com as quais eu convivia há alguns (muitos!) anos. O próprio lugar já não tem a mesma cara. Este era o meu lar. Era?
Esse sentimento ficou mais marcante hoje. No acaso de chegar mais cedo em casa (coisa rara) encontrei um colega quando ele ia atravessar a rua que eu cruzaria, de moto. Encostei por ali mesmo e o mote do quanto tudo mudou foi inevitável na breve e bem-vinda conversa. Estudamos juntos no pré (lá se vão quase 20 anos!), ginásio e "colegial", na época em que todo mundo "estava ali", era só andar alguns quarteirões. Ou se falar amanhã na escola. O que era corriqueiro, hoje é quase utopia, afinal, o tempo e o vento cumpriram suas funções e levaram cada um para um canto, para a sua rotina, o cuidar da vida. Alguns mais longe, outros não. Perto, mas não necessariamente acessíveis.
O que mais me assustou foi ter a consciência de que isso acontece no ciclo familiar. De repente, há dias não vejo minhas irmãs, ou meu pai, senão por conversas rápidas ou na troca de mensagens eletrônicas. E o que é que a gente fez da nossa vida?
Esse é um dos aspectos do "deixar a vida nos levar". E ela nos leva para o trabalho, e para casa. Para o trabalho, e para casa. Me leva pra longe, mas nunca me mantém perto o bastante. Por isso perdi o vínculo com o meu meio, o meu ambiente, a minha área. Isso porque, diz a lenda (pai e mãe!), que fui o segundo bebê a nascer nessas quebradas no pós-loteamento...
Não é novidade o quanto me sinto em casa quando vou a Sampa e quantas críticas ferrenhas guardo ao lugar em que nasci. Ainda que haja coisas terrivelmente incompreensíveis e intoleráveis em SP e lindas em Limeira. Há diferença entre morar em um lugar e ser de um lugar. Mas, por que isso acontece?
Acho que, se os vínculos mudam, a nossa preferência também. E o pertencimento, por consequência. Todos querem ficar perto de quem e do que lhe faz bem. O que fazia me sentir em casa aqui parece perdido, em sua maioria. Círculo de amigos cultivados em fases e fases da vida que parecem ter desaparecido como fumaça que se dissipa, que era história viva e agora é só lembrança. Deixou de ser a minha área, para ser de outros que chegaram, que vão passar - ou não. Onde é a minha área?
Que as coisas mudam e vão mudar, é óbvio. Mas nem sempre parece tão claro até refletirmos sobre isso, depois que a situação é estampada em nossa (no caso, na minha!) fuça. Parece que a vida se tornou superficial. Não temos mais tempo para as pessoas, mesmo as mais próximas e queridas. Até que um dia elas passam e não damos conta, porque estamos ocupados demais com... Com o quê?

terça-feira, 5 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho
segunda-feira, 4 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Juiz explica principais alterações no Código de Processo Penal

Confira entrevista com o juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Luiz Augusto Barrichello Neto, sobre as mudanças na lei:

domingo, 3 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Escola do Trabalho abre 500 vagas nesta terça-feira

Daíza Lacerda


Por meio do Ceprosom, local oferece 13 cursos em três áreas de atuação

A Escola do Trabalho abre nesta terça-feira cerca de 500 vagas gratuitas para diversos cursos em três modalidades. As incrições são oportunidade para quem deseja se profissionalizar em uma das áreas ou aperfeiçoar os conhecimentos.
São 13 cursos nas áreas de atuação administrativa, gastronômica, beleza e estética, paisagismo e idiomas. As inscrições serão realizadas nos dias 5, 6 e 7 de julho, das 8h às 17h.
Leandro Zovico, coordenador da Escola do Trabalho, explica que essas novas vagas foram criadas para atender à demanda dos cursos. “No final do mês de maio abrimos 582 vagas e 95% delas foram preenchidas. Recebemos então muitos pedidos para novas vagas e elas vieram para atender essa grande procura da população, objetivando uma capacitação de qualidade com rápida inserção no mercado de trabalho”.

PROFISSIONALIZAÇÃO
Zovico lembra que os cursos são ministrados por profissionais do Senac, o que garante a qualificação das aulas. Os cursos na área de gastronomia, como o de barista, têm participação de profissionais do Hotel da escola, que fica em Águas de São Pedro.
A escola oferece dois novos cursos: "A arte de encantar o cliente" e "Noções de Administração para pequenas e médias empresas". "Eles se devem à demanda de comerciantes preocupados com o relacionamento e atendimento ao clientes. Alguns já trabalham com comércio, mas por falta de noção acabam fechando", revela.
Entre as opções, a área mais procurada é a de estética. "Estimamos que 90% dos alunos de estética saem empregados. Em outras áreas, este índice é de 60%, mas há muitos que já atuam no segmento e procuram os cursos para aperfeiçoamento".
É o caso de Maria Sileide Neres da Silva, 38. Aluna do curso de cabeleireiro. "Já fiz curso particular e agora tenho um complemento ao que aprendi. Muitos têm preconceito pelo curso ser gratuito, mas é tão bom quanto o particular", defende.
Nas aulas ela conheceu Zuleide Maria dos Santos, 37, quando esta era chefe de cozinha. Há três meses as duas se associaram e abriram um salão no Cecap. "Deixei o emprego para investir neste trabalho. Cortamos e escovamos, num trabalho que gostamos. Estamos conquistando a nossa clientela", declara Zuleide.
Apesar de ganharem espaço na profissão que escolheram, não negam a dificuldade do início, principalmente no quesito investimento. "São aparelhos e produtos caros, por isso o trabalho desses meses é para cobrir essas despesas. Mas é um ramo que tem demanda para todos, então acreditamos que teremos um bom retorno, fazendo um trabalho", analisa Sileide.
Para complementar os serviços, as duas fazem também o curso de maquiagem, além do de depilação, e o serviço de manicure é outro oferecido no salão.
"O aproveitamento das aulas depende da vontade do aluno", reitera Zuleide. "A prática é bem desenvolvida, porque temos aulas também nos bairros", lembra Sileide, sobre a diversificação proporcionada no treinamento.

INOVAÇÕES
A faixa etária dos participantes é diversificada, dos 20 aos 50 anos, mas a idade predominante é entre 25 e 35 anos. Um dos cursos que teve inovações com ótimos resultados é o de pedreiro. "A evasão era muito grande, por diversos motivos. A sala começa com 20 e terminava com três. Então o Senac propôs um curso motivacional que acontece em todos os dias durante 15 minutos antes das aulas, com dinâmicas". Com isso, não houve desistência e os 40 alunos da última turma permanecem matriculados. "É uma vitória, pois são pessoas mais fechadas e o mercado precisa delas. São vagas que não podem ficar em aberto no curso", diz Zovico.
São 240 vagas para a área de estética, 100 para administrativa e o restante para idiomas e gastronomia. Os cursos têm entre 40 e 80 horas, exceto pelo de cabeleireiro, que dura cerca de um ano, com 260 horas. O de barista, por exemplo, tem 48 horas, e por ser de uma das áreas diferenciadas de atuação, o local de aulas está sendo reformado, assim como o de massagem, com as características do local de trabalho. A cozinha e sala de massagem estão em obras, com projeto dos alunos de Design do Senac, como trabalho de conclusão de curso.
A Escola do Trabalho funciona desde agosto de 2007 com o objetivo de atender a população limeirense, gratuitamente, com cursos profissionalizantes, modernos e com oficinas práticas, que levam os alunos a desenvolver seu talento, estando aptos a trabalhar num mercado de trabalho cada dia mais competitivo.


Cursos e documentos necessários para inscrição
Para a realização das inscrições serão distribuídas senhas conforme ordem de chegada e cada candidato poderá realizar a inscrição para um curso. Os interessados devem comparecer na Escola do Trabalho, à Avenida Campinas, 115, Cidade Jardim, das 8h às 17h, com os documentos originais RG, CPF e comprovante de residência, além da cópia e original do comprovante de renda e carteira de trabalho, foto e registro atual ou holerite. Caso o candidato não esteja com todos estes documentos, a inscrição são será efetuada. Mais informações pelo telefone 3445-6697. Confira abaixo os cursos e dias de inscrição:
5 de julho - Área administrativa e paisagismo
- A arte de encantar o cliente
- Chefia e liderança
- Jardinagem e Paisagismo
- Logística de transporte
- Noções de como administrar pequeno e médias empresas
6 de julho - Beleza e Estética
- Cabeleireiro
- Maquiagem
- Depilação
- Manicure
- Massagem
7 de julho - Área Gastronômica e idiomas
- Formação de Barista
- Inglês básico
- Espanhol básico



Jovens deixam emprego para se dedicar à vida missionária

Daíza Lacerda


Missão que tira moradores das ruas tem jovens que veem na religiosidade uma vocação

Aos 72 anos, seu João mostra habilidade para montar um barco com palitos de fósforo e papel. Ele diz que aprendeu a arte quando passou um tempo num seminário em Santa Catarina. Ele, que é limeirense, mas andou por vários Estados, está há um mês na comunidade São Judas Tadeu, atendido pela missão Anjos da Noite. "Fiquei um tempo nocauteado. Mas estou melhorando", diz ele, que é o mais velho da casa.
A Gazeta mostrou nas duas últimas semanas a situação de moradores de rua e a iniciativa da missão, que busca dar alternativas aos que não têm casa, proporcionando refeições, local para ficar e regularização de documentos, para encaminhamento ao trabalho. O projeto é apoiado pela Paróquia Santa Isabel. "Quando os encontramos, eles estão perdidos, e para conseguirmos aproximação, leva um tempo. Sentem-se muito machucados, têm falta de cuidado humano", diz o padre Valdinei Antônio da Silva, da paróquia.

VOCAÇÃO
Deixar o emprego para se dedicar a uma causa não foi atitude tomada apenas por Albert Henrique Neves, o Betinho, que coordena os trabalhos, mas também por William Semprebom, 22, um dos fundadores da missão. Aos 20 anos, Anderson Euzébio Bonfim é outro voluntário que até tentou ficar longe do projeto, mas a vocação em ajudar venceu.
Há quatro anos ele estava indeciso sobre qual caminho seguir, enquanto a pastoral de assistência aos moradores de rua se estruturava. "Aprendemos como agir com ele, fazer a abordagem de maneira certa. O principal é que somos iguais, sem jamais colocá-los abaixo ou nos acharmos superiores", declara Bonfim.
Ele começou a trabalhar e passou por vários trabalhos até que, em um retiro vocacional percebeu que deveria mesmo se dedicar à vida missionária. "Tive bons empregos, mas não estava feliz", revela.
Ele elege como a maior dificuldade da missão o trabalho com os vícios. "Continuar a luta dentro da igreja é possível, mas e lá fora? Dos que encontramos, o que bebia menos ingeria três corotes", exemplifica.
A dedicação causou mudança em todos no trabalho de tirar as pessoas da rua e recolocá-las na sociedade, com recuperação física e espiritual. "Tudo acontece aos poucos, enquanto o corpo se acostuma sem as drogas ou a bebida. Os que querem mudança continuam conosco".

VOLUNTÁRIOS
O cabo Francisco Alves tem colaborado com a recuperação do grupo de abrigados, por meio de palestras abordando o lado psicanalítico. "Tentamos mostrar os valores que devem resgatar, e que perderam por decepções na infância ou na juventude. Passaram pela missão pessoas que estudaram bastante, mas que tiveram desilusões amorosas e abandonaram tudo e posteriormente se renderam ao álcool ou drogas", explica.
São valores novos, mas que já está dentro de cada um, acredita Alves, e que os ajudarão a conviver em uma nova sociedade. "O álcool e as drogas se tornaram fuga de um problema que não souberam resolver. Mas percebemos a vontade de muitos em ser resgatados".
Enquanto muitos perdem a referência no dia a dia da rua, nem todos tiveram oportunidade anterior de mudança e, na acolhida da missão, buscam a religiosidade. "Precisamos chamar atenção da sociedade que nas ruas há pessoas muito boas, mas que perderam o sentido da vida. Estão embaixo das pontes, mas são dignas", atesta.
Enquanto muitos ainda mostram resistência à ressocialização, outros já voltaram aos seus lares. Quem resiste passou por problemas familiares como traição, e, ao perder tudo ao ex-cônjuge temem criar novos bens e perdê-los novamente. "É preciso mostrar uma direção e, principalmente, enaltecer o trabalho da missão. Quantos jovens abrem mão de coisas como o emprego para se dedicar a quem sequer conhece?".


Missão cresce, mas precisa de apoio para ampliar atendimento
Padre Valdinei ressalta que o bonito é o que inspira a missão, ao revigorar a solidariedade. "A atualidade é de grandes desafios e nela encontramos campo para a missão, ao cuidar dos que mais precisam, ir ao encontro dos que sofrem mais. Neste trabalho, estende-se a mão para ajudar a cuidar dessa ferida social".
Ele avalia o trabalho como ainda pequeno, mas com um reflexo importante. "Cada vida que conseguimos ajudar é de valor incalculável. Vemos que muitas pessoas que chegam a essa situação têm formação acadêmica, bastante estudo".
O condicionamento à rua e suas ameaças e necessidades leva muitas pessoas a perderem a representação do "normal". O padre conta o caso de uma pessoa abordada que não aceitou comida de uma das pastorais da missão. O morador de rua dizia que, enquanto houvesse lixo em Limeira, não passaria fome. O último alimento que havia recebido de alguém era um sanduíche, entregue após o "doador" cuspir no lanche, contou o homem.
Depois do passo inicial da adaptação para dar prosseguimento ao projeto, que começou há quatro anos com a entrega de comida nas ruas, o que continua sendo feito aos domingos à noite, até o acolhimento, que teve início neste ano, a missão vem crescendo, e as necessidades também. "A sociedade civil e algumas empresas têm nos ajudado, mas o nosso grande desafio é um local adequado, já que o atual é adaptado", lembra o padre. Apesar de o acolhimento estar praticamente no limite do imóvel da comunidade São Judas Tadeu, que fica na Vista Alegre, ele garante dá-se um jeito, mas o apoio é certo. No entanto, a iniciativa precisa de mais ajuda, tanto da sociedade civil quanto das empresas, inclusive as grandes. "Agradecemos aos voluntários e todos que nos apóiam. Toda ajuda é bem-vinda para que possamos dar continuidade a proposta do trabalho". (DL)