domingo, 25 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Dalai Lama: o pacificador fala aos brasileiros

Daíza Lacerda
Especial para o Jornal da Mulher

Nada de sermão ou de pregação, nem mesmo para defesa de religião. Muito pelo contrário. Com a calma e sutileza de quem está sentado tomando um cafezinho (ainda que preferisse ficar de pé), Dalai Lama conversou no sábado, dia 17, com algumas milhares de pessoas no Anhembi, em São Paulo, em sua quarta passagem pelo Brasil. Com riso de sobra e sem espaço para o siso, o jeito cativante de Tenzin Gyatso, líder espiritual do Tibete, provocou as melhores reações para quem foi ouvi-lo falar sobre convivência responsável e solidária.

GUERRA E PAZ
O Nobel da Paz discursou sobre os efeitos das guerras e por quê temos que, de fato, deixar para trás o passado no qual o que valia era "nós aqui de um lado e o outro", e não "todos nós juntos". "A economia é global, além das questões ecológicas. O interesse de um país está ligado aos demais, assim como os continentes. Mesmo São Paulo não se desenvolve sem recursos de outros locais. É preciso a compreensão de unidade". As diferenças de nacionalidade ou de crença religiosa existem, mas são secundárias, salientou. "A importância da classe social cria discriminação e infelicidade, na medida em que somos todos iguais enquanto seres humanos".
Ele defendeu o uso das experiências do passado como aprendizado para conduzir o futuro de forma diferente, com soluções por meio do diálogo, e não pela violência. "No passado a derrota do inimigo representava a nossa vitória. Mas a destruição do vizinho representa a nossa própria destruição". Como sugestão, o Nobel da Paz disse que banir o arsenal nuclear seria um bom começo. Mas pontuou o que, de fato, temos a ver com isso. "Nós também temos uma tarefa a cumprir, que é o desarmamento interno. Livrar-nos da raiva, do medo, do ódio, da ganância e violência. Temos de prestar mais atenção ao nosso mundo interno, para o desarmamamento externo acontecer".
Dalai Lama deu uma incumbência a parte expressiva dos espectadores. "Vejo que há muitos jovens aqui. Faço parte da geração do século passado, que já está se despedindo, mas os que estão entre 20 e 30 anos é que farão o século 21. A nova geração precisa ter responsabilidade para moldar o mundo, criar um mundo pacífico. Para isso é preciso visão, mas não basta olhar o que está à volta. É preciso de uma perspectiva que abarque o mundo todo, de forma global". A receita? "A educação é um instrumento que pode ser usado de forma construtiva e destrutiva, dependendo da orientação. Mas é preciso cultivar o calor no coração, para benefício próprio. Para uma vida mais feliz, com autoconfiança e paz interior. É importante prestar atenção nos valores internos". 

PARA TODOS OS CREDOS (OU NENHUM) 
Se os valores internos são o que impulsionam o ser humano, inicialmente dois caminhos são propostos. Um é o da religião teísta "um instrumento poderoso para lidar com o egoísmo e arrogância, pois submete-se ao seu criador, Deus, que é compaixão infinita e amor, quando segue-se de forma sincera a fé". 
O segundo caminho são religiões não teístas, como o hinduísmo antigo, que seguem um sistema filosófico sem a ideia de um criador, a exemplo do próprio budismo. "Bons atos de felicidade ao semelhante retornam como benefício próprio. Se causar sofrimento, destruição, isso trará consequência negativa para si".
Mas, se as "opções" não parecem agradar... "Somos sete bilhões de seres humanos e uma grande parcela sem interesse sério pela fé religiosa", considerou. "A fé cabe a cada um decidir, mas os não crentes também fazem parte da humanidade, para quem a paz interior e alegria também são valores importantes. A base de uma vida feliz está em não negligenciar valores internos. A religião promove esses valores, mas quem não tem interesse religioso também os desenvolve". O líder defendeu ainda um legado de secularismo para cultivo dos bons valores morais, exceto pelo "secularismo comunista" da China, que ocupa o Tibete. 

CORRUPÇÃO E MISÉRIA
"Em todo o mundo, assim como em São Paulo, erguem-se prédios cada vez mais e mais altos. Mas as perspectivas e valores internos estão declinando mais e mais. Com isso acontecem as divisões e injustiças sociais, acontecimentos que denotam a falta de valores morais e tradições éticas, em nível internacional, evidenciada pela conduta autoritária de países mais poderosos. E no Brasil? Como é essa divisão no Brasil? Pequena? Grande?". Grande, muito grande, com direito a abrir os dois braços para exprimir o quanto, foi a reação da plateia. "E vocês estão contentes com essa divisão?", perguntou, recebendo a negativa em uníssono.
A corrupção também foi abordada pelo líder tibetano. "Esta é uma nova forma de câncer que ataca a humanidade e se alastra pelo mundo. Se olharmos para a situação da Índia, lá existe um governo plenamente democrático, poder judiciário independente e liberdade de imprensa. Diferente da China. Os governantes são responsáveis pela população".

PACIÊNCIA E TOLERÂNCIA
Indagado sobre como cultivar a paciência numa sociedade de urgências, Dalai Lama propôs atitude que se mostra como um desafio. "O mundo é de ambição, e quando não se alcança os planos, vêm a raiva e frustração. É preciso enxergar a realidade de forma objetiva, examinar a meta. A realidade tem muitas facetas e se olhar apenas por um prisma sem enxergar o todo, não se consegue chegar ao que quer. A paciência é um valor importante para cultivar e isso acontece apenas nas situações de adversidade. Quando vemos o outro como inimigo, como aquele que nos perturba a vida, temos de apreciá-lo, pois é alguém que nos dá a chance de cultivar a paciência. Não é preciso se submeter, mas se esforçar. Em quantas vezes fracassar, novamente se coloque de pé nos obstáculos. Paciência é fundamental para fortalecer os valores internos".
Tolerância é não cultivar a raiva em relação às pessoas que querem nos prejudicar. "Não quer dizer que devemos nos submeter à ação e à pessoa que a pratica. Ser tolerante é não ter ódio ou perder o respeito pelo malfeitor, mas não precisa aceitar a ação ou se opor ao que acredita. Deus não perdoa o pecado, mas perdoa o pecador. Não se deve curvar à ação negativa, mas no sentido de se preocupar com quem faz o mal. Se o malfeitor é livre para a maldade e vê sucesso nela, fica propenso a repetir, o que o levará ao sofrimento". 
Na abordagem do "mercado da espiritualidade" existente hoje, Dalai Lama deu um exemplo simples para orientação. "Quando se vai à quitanda comprar frutas ou verduras, você presta atenção, examina, pede opiniões. A espiritualidade é muito séria, então é preciso investigar e examinar de forma completa antes de se engajar. É uma tarefa que leva anos. No fim, chegará à convicção, ao sistema que se adeque". 
Para isso, ele aconselha a leitura de livros, mais até do que a consulta de pessoas. No entanto, contrariando os eventos com participação de celebridades e autoridades, quem saiu do Anhembi após duas horas de risos, aplausos e reflexões com o 14º Dalai Lama, não encontrou nenhum estande para comprar livros ou souvenirs daquele reconhecido como um dos mestres da arte da paz. A lembrança, levada na consciência e coração, pode sim se tornar presente. Por meio de atos. Ainda que seja no futuro.



Mudanças no Bolsa Família vão ampliar beneficiados em Limeira

Daíza Lacerda


O governo federal anunciou nesta semana nova me  dida entre as ações do programa de erradicação da miséria, com mudanças no Bolsa Família. A partir deste mês, cada família cadastrada passa a receber até cinco benefícios variáveis referentes aos menores de 15 anos, cada um no valor de R$ 32. Antes, o limite era três crianças cadastradas.
Em Limeira, 9.002 famílias receberam o benefício em agosto. De acordo com o Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), responsável pelo Cadastro Único em Limeira, a autarquia recebeu ontem um novo informe que propõe novas mudanças, que estão sendo avaliadas, mas que ainda não entraram em vigor no município e podem beneficiar mais famílias.
Neste ano as mudanças se restringiram ao reajuste de valores pagos. O benefício básico subiu de R$ 68 para R$ 70; o variável, de R$ 22 para R$ 32; e o valor do benefício jovem passou de R$ 33 para R$ 38.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, informou que o benefício registrou uma expansão de 180 mil famílias entre junho e setembro. Segundo ela, a expectativa é positiva em relação ao cumprimento da meta de inclusão de 320 mil famílias até o final do ano e de 800 mil famílias até dezembro de 2013. De acordo com o balanço da pasta, mais 1,2 milhão de crianças serão beneficiadas pelo programa com a mudança neste mês.
“A maior parte da população extremamente pobre é formada por crianças e isso terá um impacto muito grande na extrema pobreza. É um benefício fácil, barato e que tem um impacto grande na população extremamente pobre”, destacou a ministra.
Além dos cinco benefícios pagos às crianças, cada família pode receber até dois por adolescentes com 16 e 17 anos. Com isso, o valor máximo pago por família passou de R$ 242 para R$ 306.
Ao todo, 22,6 milhões de benefícios serão pagos apenas para jovens até 15 anos. Dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, dos 16,2 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza, 40% têm até 14 anos. (Com informações Agência Brasil)




sexta-feira, 23 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Dia Mundial sem Carro: sobre pessoas e veículos

Daíza Lacerda


As cidades nasceram a partir da união das pessoas. Hoje, a organização do espaço para abrigar seres humanos parece ter perdido sentido, já que a preferência agora é dos veículos. Essa foi uma das considerações apresentadas no fórum “Cidades, bicicletas e o futuro da mobilidade”, evento que trouxe David Byrne ao Brasil para discutir o assunto, em julho. Quem se recorda de hits dos anos 80 como “Psycho Killer” e “Burnin’ Down the House”, lembrará que Byrne foi o líder do Talking Heads. O músico viajou o mundo de bicicleta, em experiências que deram origem a um livro. A partir de São Paulo, percorreu países da América Latina para mostrar desde sistemas falidos (como o espaço ‘morto’ que representa um estacionamento) a medidas possíveis a médio e longo prazos com o incentivo ao transporte público e uso das bicicletas para a mobilidade urbana.
Se na capital é grande a mobilização para levar a cidade de volta às pessoas, Limeira vai na contramão. A calma interiorana creditada a nós e cidades vizinhas é ficção há muito tempo. Basta tentar passar por uma das inúmeras rotatórias em horário de pico para testar a paciência do motorista. E vale observar também quantos carros tem mais de uma pessoa.
É absolutamente possível usar a bicicleta como transporte em Limeira. Mas se é um desafio a tentativa de passagem por uma rotatória motorizado, a pé ou de bicicleta é pior ainda. Ciclofaixas? Temos! Que levam de nada a lugar nenhum. Para cruzar regiões opostas, não existem faixas específicas ou alternativas ao perigo das rotatórias. Será por falta de “espaço”?
Como a preferência é para os carros, e não para as pessoas, é mais fácil reduzir calçadas e eliminar árvores para aumentar as ruas do que pensar em medidas para reduzir ou organizar a circulação. Planejamento zero, em uma situação que não é privilégio de Limeira. Mas não é preciso ir longe para se inspirar em alternativas, ainda que seja o início de uma discussão. Piracicaba movimenta nesta semana atividades e debates no Dia Mundial Sem Carro. E sua população não é tão maior quanto a de Limeira.
Se é difícil deixar o conforto do carro para pedalar, mais improvável será optar por um ônibus, que na situação atual vai na contramão do custo-benefício. Melhorar o transporte público é alternativa para reduzir engarrafamentos. Mas quem vai pagar caro pelo atraso, demora de itinerário e carros superlotados, a não ser pela extrema necessidade? Nem eu.
O fórum em São Paulo reuniu autoridades e ativistas, como o sociólogo Eduardo Vasconcellos, que fez observações interessantes que se aplicam a toda cidade que tem a frota de carros crescendo em detrimento da presença humana nas ruas. “Uma coisa que me impressiona demais em São Paulo e no Brasil todo é o pedestre que cruza a via em cima da faixa de pedestre e agradece o motorista que para. Esse é o sinal mais claro da ausência total de cidadania. É uma coisa trágica”.
Também comentou o que chama de “privatização do espaço público”. Uma família de baixa de renda ocupa menor espaço e consome menos energia do que as de classe média de quatro pessoas, que usam dois carros. Um pedestre ocupa 1 m², o mesmo que cada passageiro dentro de um ônibus. Motos, de 8 a 10 m², e bicicletas, 2,5 m². Automóveis ocupam 50 m² para rodar numa via pública. O sociólogo vai além. “É um enorme investimento social num sistema viário gigantesco, que na verdade é apropriado por uma parte pequena da sociedade que anda de automóvel. Isso constitui uma violência que sustentou muitos prefeitos da cidade, baseada num mito de que construir vias é democrático. Não é. Construir vias, numa sociedade como a nossa, é altamente antidemocrático”. Simplesmente porque jamais haverá espaço suficiente para comportar a demanda de veículos, no ritmo atual. “Se o automóvel necessita de 50 m² para conseguir circular numa velocidade de 25 km/h, é impossível acomodar todos os automóveis na cidade. Nenhuma sociedade no mundo conseguiu, nem a mais motorizada e mais rica do mundo, que são o Estados Unidos. Devemos lutar contra o mito de que o aumento das vias vai acabar com o congestionamento. Temos que tirar automóveis da rua em vez de fazer vias”, defendeu. A discussão completa pode ser assistida no link http://bit.ly/n9uW8R.
Limeira ainda não sinaliza o colapso. Mas exemplos não faltam, mostrando que não é difícil chegar a ele. Por isso o debate é necessário, não em detrimento dos veículos, mas a favor da vida, já que os maiores impactos são acidentes de trânsito, contaminação do ar e congestionamentos. Vale o conforto do motor, quando se perde tempo ilhado num mar de metal, enquanto a vida passa? É só refletir, no próximo congestionamento.



quarta-feira, 21 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Horto, parque e área urbana terão plantio de árvores hoje

Daíza Lacerda


No Dia da Árvore, secretário pede que população pense em plantar, não em retirar

Hoje é celebrado o Dia da Árvore, e diversos locais em Limeira receberão plantio de mudas. O município tem cerca de 60 mil árvores na área urbana, quantidade considerada "de razoável para boa".
Para manter e aumentar o número de mudas, o secretário municipal de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, declara que plantios são realizados todas as sextas-feiras, além dos mutirões do dia a dia. "Muitas são arrancadas e os fiscais saem com a relação de locais para replantar. Procuramos plantar 10% a mais do que foi removido", salienta.
Hoje serão plantadas espécies de essência nativa em locais como o Horto Florestal, Parque da Cidade e área urbana, como a central, que receberá 100 mudas.
O secretário pede que a população reflita, neste dia, pela conservação das árvores, e não a retirada. Pedidos de poda e de remoção são comuns, vindos de vários bairros. "O ideal é não retirar, podar ou cortar a raiz, mas preservar. Há uma cultura de que tudo é 'culpa' da árvore, seja a sujeira ou galhos caídos. Será que é mesmo? Não terá problema se o cidadão desentupir a calha, varrer e consertar a calçada sem retirar a árvore", defende.
Ele lembra que as árvores melhoram a qualidade do ar e de vida, além de embelezar as ruas, como os ipês amarelos, que são símbolo nacional. "Muitos pensam que o símbolo é o pau-brasil, por ter dado nome ao país, mas é o ipê", conta.
Furgione ressalta que há casos de emergência, nos quais a Secretaria deve ser contatada. "É claro que o primordial é preservar a vida humana e também os patrimônios. Em casos de emergência os engenheiros fazem uma vistoria no local para definir a medida apropriada", explica.
O cultivo e plantio é defendido, como um bem não do proprietário de uma residência, mas de todos. "Quanto mais árvores, melhor, porque elas reduzem a temperatura ambiente e aumentam o oxigênio e sombra".
Furgione avalia que há um longo caminho para que o município chegue à quantidade ideal de árvores, sem estimar um número. "Não é necessário estabelecer uma meta, desde que cresça a conscientização ambiental".

PROGRAMAÇÃO
Com o Dia da Árvore a Secretaria inicia a “Semana do Verde”. No Parque Cidade, das 7h30 às 10h30 e das 13h às 15h, alunos de escolas municipais, visitantes e comunidade participarão de palestra, trilha ecológica, “Abraço Verde”, plantio de mudas e apresentação da Banda Arthur Giambelli.
Outros plantios de mudas de árvores de essência nativa (adequadas para a arborização urbana) serão realizados nos bairros Boa Vista, Jardim América, Jardim Brasil, Jardim Caieira, Jardim do Lago, Jardim Dr. João Levy, Jardim Esteves, Jardim Mercedes, Jardim Nova Itália, Jardim Nova Suíça, Jardim Piratininga, Jardim Santo André, Jardim São Paulo, Parque Abílio Pedro, Parque Anavec, Parque das Nações, Parque Nossa Senhora das Dores, Jardim Santa Fé, Vila Camargo, Vila Castelar, Vila Cláudia, Vila Independência, Vila Piza, Vila Queiroz, Vila São João, Vila Santa Lina, Vila Rosália e Centro.
A programação hoje começa as 7h45 no parque, com a Roda de Conversa, seguida da Trilha Ecológica as 8h. Às 8h30 acontece o Abraço Verde, quando será escolhida uma árvore antiga, de grande porte, onde será proposto um abraço ao seu entorno com todos os participantes, tendo como objetivo o contato direto com a natureza e o compromisso em preservar o meio ambiente.
Às 8h45 acontece o plantio de mudas de Ipê-branco (Tabebuia roseoalba) e as 9h os alunos serão divididos em grupos, para participarem de atividades do Circuito Lúdico.

AÇÕES
A Foz do Brasil promoverá hoje a Ação de Recuperação Ambiental na Bacia do Ribeirão Pinhal, como comemoração da data. O evento será as 10h, com acesso pela Rodovia SP-147 (Limeira-Mogi Mirim), próximo ao km 103.
Serão plantadas 750 mudas de espécies nativas em uma Área de Preservação Permanente (APP) de 4.500 m2. O plantio contará com a participação de alunos do 5º ano da escola Sesi.
Hoje o comitê de sustentabilidade do Enxuto, em parceria com a Semea Engenharia Ambiental fará plantio de árvores em áreas verdes, além da distribuição de material de conscientização aos clientes do supermercado. A ação será no Parque Residencial Abílio Pedro.



terça-feira, 20 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Criada comissão para discussão do Código Ambiental do Município

Daíza Lacerda


O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) formou na última reunião ordinária, dia 13, a comissão que inicia os trabalhos para a criação do Código Ambiental do Município.
"Foram nomeadas sete pessoas para estudo da proposta, para qual já iniciam os trabalhos com análises e sugestões", explicou o secretário de Meio Ambiente Domingos Furgione Filho, que é também presidente do conselho.
A comissão especial é formada por representantes da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos, Ciesp/Fiesp, Secretaria Municipal da Saúde, ONG PreservAção, Secretaria de Planejamento e Urbanismo e Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, além de um representante da sociedade civil que atuará como ouvinte, sem poder de voto.
A primeira reunião para discussão dos itens do Código já está marcada para o dia 22, as 15h, no auditório da Cati, no Parque Cidade.
COMDEMA
De acordo com Furgione, a 22ª reunião do conselho teve a pauta integralmente cumprida, com bom quórum de conselheiros. Além da aprovação da comissão para o Código Ambiental, foi discutido o Plano Diretor de Cordeirópolis, que já passou por audiências públicas e teve as propostas discutidas. "Foram passadas informações e preocupações, e o conselho se mostrou satisfeito. Há representantes monitorando e a iniciativa é da sociedade civil", lembra Furgione.
Entre os itens que não estavam em pauta mas foram citados estão a situação de chácaras irregulares e a lagoa do Jardim do Lago, na qual ocorreu uma morte no mês passado. "Abordamos esta questão e a maneira como ocorreu, além de expor as providências tomadas, a título de conhecimento", disse o secretário. Em relação aos loteamentos irregulares, há a preocupação com as áreas de Proteção Permanente (APP) que não podem receber construções, que será um item de pauta futuro.
Formado por 21 membros e seus suplentes, o conselho tem reuniões ordinárias a cada 60 dias. Além de secretarias municipais, instituições também têm representantes. "Agradeço a colaboração dos membros e a ajuda na gestão do meio ambiente no município", finaliza Furgione.



Percepções - Dalai Lama

Coluna Percepções cita reportagem sobre passagem do Dalai Lama no Brasil


domingo, 18 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Cetesb propõe inspeção veicular em Limeira e região

Daíza Lacerda

Plano da Cetesb prevê vistoria em carros e motos na região, além de veículos a diesel

A macrometrópole paulista, formada pela região de Piracicaba, na qual estão incluídas as cidades de Limeira, Iracemápolis, Cordeirópolis e Engenheiro Coelho, tem previsto o serviço de inspeção veicular como medida de contenção da poluição.
A medida é uma das previstas pelo Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV) do Estado, elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e apresentado na quarta-feira ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
Previstas para os anos de 2011 a 2013, as diretrizes foram elaboradas a partir da resolução 418/2009 do Conama, que prevê que os Estados façam o planejamento.
Marcelo Pereira Bales, gerente do setor de Avaliação de Programas de Transporte da Cetesb, explica que foram pesquisadas a qualidade do ar e frota circulante e feitas projeções para o controle da poluição. "Uma das açõe sprevistas é a inspeção veicular em todo o Estado para veículos a diesel. Já na Área 1, da macrometrópole paulista, além desses, a inspeção será para toda a frota, incluindo carros e motocicletas", afirma.
As ações têm prazo de 18 meses para serem implementadas a partir da publicação do PCPV, mas dependem ainda da aprovação do Projeto de Lei 1.187/2009, que tramita na Assembleia Legislativa, e regulamenta o serviço de inspeção veicular em todo o Estado, o que até o momento só é realizado em São Paulo.

POSSÍVEIS CONDIÇÕES
Com a apresentação do plano e espera da aprovação da lei, que já passou por várias comissões mas ainda pode ter alterações pedidas, detalhes de como o serviço funcionará ainda serão divulgados. Itens como custo para o proprietário de veículo, frequência da inspeção e veículos que precisam ser submetidos ainda não foram definidos, o que depende da aprovação da lei.
Em São Paulo os proprietários tiveram isenção durante um ano, com direito a serem reembolsados após o pagamento da tarifa de inspeção. Mas ainda não é possível afirmar que o mesmo ocorrerá nas 124 cidades previstas para receber o serviço. "O modelo de inspeção que é operado em São Paulo responde a regulamentos técnicos do Conama. De uma forma geral as demais cidades poderão ter o serviço baseado no da capital", diz Bales, ressaltando que não há definições concretas para as cidades do interior e também do litoral, que entram na nova lista de inspeção.
Também está indefinido se o serviço será feito por empresas terceirizadas. Na capital, a inspeção é pré-requisito para o licenciamento do veículo, com a recomendação de ser providenciada pelo menos 60 dias antes do vencimento do documento. "Há auditoria prévia visual, na qual podem ser detectados furos no escapamento, vazamentos ou falta de peças, que podem levar à reprovação", explica o gerente.
Se reprovado, o proprietário tem 30 dias para procurar um mecânico e regularizar a situação do veículo e, em São Paulo, não paga nova tarifa para a segunda inspeção. Enquanto não é aprovado, não pode renovar o licenciamento e fica em débito com as autoridades ambientais e de trânsito.

OUTRAS AÇÕES
De acordo com Bales, a expectativa é de que a lei seja aprovada neste ano, para que no prazo de alguns meses sejam feitas as definições e trâmites para o início da inspeção nos municípios. Além das possibilidades de o Estado operar ou fazer a concessão do programa a empresas privadas, as prefeituras podem fazer uma operação conjunta, desde que conveniadas à Cetesb.
Outras propostas do PCPV são a fiscalização do excesso de fumaça preta e de grandes frotistas. "A alta concentração de caminhões é responsável  pela poluição nos centros urbanos, além das mudanças climáticas. A substituição do transporte rodoviário por alternativas que emitem menos poluentes favorecem a qualidade do ar com ganhos expressivos", declara o gerente, se referindo aos meios hidroviários e ferroviários.
Ele lembra que iniciativas neste sentido já estão em pauta, com o convênio entre governo estadual e federal para a construção de um "ferroanel", ligação ferroviária para o transporte de cargas do interior e região metropolitana de São Paulo até o litoral, além da expansão da hidrovia Tietê-Paraná. "Em São Paulo os trens de carga compartilham as linhas do transporte urbano e funcionam em horário limitado. Com a ligação ferroviária, poderão circular o dia todo", complementa.

Manchete de hoje da Gazeta de Limeira.





Plano municipal contra desastres das chuvas começa a ser licitado

Daíza Lacerda

Estudo deverá apontar áreas críticas e níveis de gravidade para planejamento

Para identificar áreas e planejar ações em relação aos riscos das chuvas, sobretudo as de verão, Limeira prevê a elaboração de um Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). A tomada de preços para contratação de empresa para desenvolver o estudo foi publicada no Jornal Oficial do dia 10.
De acordo com Miquéas Balmant, coordenador da Defesa Civil, o trabalho consiste em levantamento das áreas de riscos diversos, mas, nesta etapa, prioriza os relacionados a intempéries. "Será feito um diagnóstico técnico com levantamento de todas as circunstâncias relacionadas à chuva", explica.
O plano deverá apontar ainda uma hierarquia dos riscos, para planejamento do município de acordo com a gravidade. É prevista também a capacitação de pessoal para agir nessas ocasiões.
A contratação obedece aos prazos legais, mas a expectativa de Balmant é de que os trabalhos sejam iniciados até o fim do ano. "Isso envolverá pelo menos oito tipos de profissionais, como geólogos e engenheiros civis", acrescenta.
A Defesa Civil do Estado prevê que todos os municípios tenham o plano. No entanto, a execução obedece à ordem de necessidade, em critérios estabelecidos pelo Ministério das Cidades. "O projeto é previsto para todos os municípios do Estado, mas para Limeira levaria uns três anos para ter início, já que a prioridade são cidades com ocupações desordenadas em encostas, o que não é o nosso caso", justifica Balmant.

MEDIDA INDEPENDENTE
Como a cidade não estava elencada pelo Ministério das Cidades, a Procuradoria Geral do Estado adotou a medida de incentivar os planos municipais, explica o secretário municipal de Segurança Pública, Siddhartha Carneiro Leão. "Devido aos acontecimentos dos últimos verões, Limeira foi cobrada pela 6ª Promotoria, dada a ausência do município entre as cidades elegíveis ao plano pelo Estado".
Para dar início ao projeto de forma independente, vários órgãos e secretarias, como Corpo de Bombeiros, Polícia, Planejamento, Segurança Pública, Serviço Autônomo de Água de Esgoto (SAAE), e Obras se reuniram para elaboração das diretrizes do plano. "Foi feito um memorial descritivo antes da cotação e processo licitatório", diz Siddharta. Depois de pronto, o município deverá implantar o plano, que exigirá administração contínua.
O secretário ressalta que o trabalho é complexo e o procedimento, demorado. No entanto, lembra que já existem obras em andamento para prevenção de enchentes, como o plano de macrodrenagem. Em agosto o município teve empenhados cerca de R$ 25 milhões pelo Ministério das Cidades, junto ao Orçamento Geral da União. A verba financiará uma bacia de contenção de águas pluviais na região do Tiro de Guerra e de outras áreas, como as avenidas Cônego Manoel Alves e Piracicaba, Vila São João e Praça da Bíblia.
Siddharta salienta o lado positivo de Limeira não estar entre os municípios elegíveis para o plano de riscos pelo Estado. "São cidades com problemas muito mais sérios. Apesar das ocorrências que tivemos, felizmente o nível de gravidade não é tão alto como em outros locais, que registram muitas mortes a cada verão".
Enquanto o plano não tem início e o planejamento específico não é definido de acordo com as necessidades, a Defesa Civil começa a pensar no verão de 2012. "Estamos definindo uma comissão para tratar do assunto", disse Balmant.

Publicado na Gazeta de Limeira.



quinta-feira, 15 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Jovens pedem diálogo para aumento das opções de lazer

Daíza Lacerda


Falta de meios de entretenimento é queixa também de adultos que migram para a região

"A gente não quer só comida / A gente quer bebida, diversão, balé / A gente não quer só comida / A gente quer a vida / Como a vida quer". A célebre música dos Titãs ilustra o anseio de jovens limeirenses que, como frequentemente registrado pela Gazeta, pedem mais opções de lazer na cidade. Satisfazer esse público, diante com a concorrência da oferta de opções na região, é um dos desafios da próxima administração.
Para Guilherme Barbosa Nogueira, 15 anos, o novo prefeito deve preocupar-se, de fato, com esta questão. Ele reclama que, agora que pode sair mais de casa, não tem aonde ir, e sugere a criação de um espaço fixo e que tenha eventos frequentes, que interessem para o público jovem. "Eles não sabem e não perguntam o queremos", diz.
A necessidade afeta as demais faixas etárias. O professor de Educação Física Rodrigo Jerônimo, 31, lembra que muitas vezes é preciso recorrer às cidades da região para se divertir. A deficiência se mostra também na disponibilidade de locais para atividades físicas. "Temos poucas opções de parques para as pessoas praticarem esportes. O Parque Cidade é ótimo, mas Limeira precisa de mais parques", avalia.
Para André Ribeiro Bontorim, 16, falta variedade de entretenimento nos finais de semana. "Há alguns bares e ocasionalmente festas, mas na maioria das vezes os adolescentes são forçados a irem pra o mesmo local várias semanas seguidas, por falta de opção", reclama.

OUVIR E FAZER
"Acredito que o primeiro passo é abrir canais de comunicação e adotar uma forma de trabalhar o que faz diferença para o jovem. Educação, esporte e lazer não são acessórios, mas de importância para a formação básica. Na correria diária, o lazer o fundamental", expõe Roberlei Cidade, empresário do ramo de eventos.
Diante de reclamações de tumultos provocados por jovens, Roberlei pondera que o jovem tem energia para gastar. Devido a essa necessidade de extravasar é que é preciso ouvir dele o que é importante. "Skate, música, dança, poesia, arte? Entretenimento não é só balada. Se houvessem mais opções, os jovens não estariam em points, sem rumo. É um desperdício de energia para eles e para a comunidade. Sem opções, é uma energia mal utilizada".
Ele defende que Executivo e Legislativo devem estar afinados para a destinação do orçamento e também com parcerias junto ao governo estadual e federal, quesito no qual Limeira vem perdendo em relação às outras cidades. "Falta uma unidade cultural, o orgulho da cidade. Na época de ouro da Inter, por exemplo, a cidade se mobilizava e isso era reconhecido no Brasil inteiro", exemplifica.
Vestir a camisa e buscar alternativas para manter movimentada a rotina dos jovens, como eles querem, passa pelo estímulo ao esporte e artes. "A questão não é só verba, mas ter ideias e vontade de fazer acontecer, unir esforços. Há muitos centros comunitários parados, e dá para fazer mais com o pessoal disponível".
Em relação aos atos de vandalismo realizado nesses mesmos locais, Roberlei reflete que, com maior proximidade, a comunidade dá mais valor. "Para que serve? Se tem grafite, dança ou outra atividade, a pessoa não vai pichar. As pessoas dão valor ao que é bom para elas, embora sempre haverá vândalos, o que muitas vezes não é questão de escola, mas da forma que a pessoa foi criada, por falta de orientação ou oportunidade. Ainda assim os espaços devem ter um plano de manutenção. Construir e manter, o que não acontece". Assim, se o jovem precisa extravasar, que seja com coisas boas.
"Se o poder público tiver vontade, pode arrumar um espaço adequado para eventos sem pertubação do sossego. É preciso ter em vista o que é bom para todas as pessoas, não só para os jovens, em termos de qualidade de vida", afirma. (DL)

Mais opções dependem
de fatores econômicos

Quanto a situação do poder do município de atrair novos empreendimentos na área, Roberlei avalia que isso remete ao panorama econômico do município e, consequentemente, da população. "Se a cidade não estivesse tão inchada, talvez os moradores tivessem uma renda melhor, com recursos para gastar em lazer. A questão é desenvolvimento e não só crescimento", ilustra. Embora a maioria da população possa estar empregada, muitos desses trabalhos proporcionam salários muito baixos, também devido à baixa qualificação profissional, o que leva a serviços informais. "Educação de qualidade em todos os níveis e incentivo a empregos que agreguem bons salários são medidas que proporcionariam maior renda, com sobra para o lazer".
Esta seria a situação favorável para que empresários investissem em estabelecimentos na área do entretenimento na cidade.
"A questão da renda, mais cedo ou mais tarde, a cidade irá alcançar. Grandes fábricas não vêm sempre ao município, mas a instalação delas na região traz outras, satélites, com demanda de mão de obra. Mas é preciso trabalhar o outro lado. Projetos proibindo determinados tipos de festa não são o caminho. Deve-se disciplinar, mas não proibir", defende Roberlei. (DL)

"Fator Unicamp" sinaliza
mudanças e exige atenção  

Para Roberlei Cidade, o fato de o munícipio ter agora duas unidades da Unicamp deve levar à mudança do perfil de festas, com a demanda universitária.
Os campi atraem mais jovens à cidade, que não necessariamente está pronta para recebê-los. Natural do Acre, o estudante Kleiton Bueno Bezerra da Silva, 22, adotou Limeira como sua cidade há cinco anos, mas observa que alunos de outros locais não interagem com o município, pela questão da falta de abertura. "A cidade não está pronta para que a população universitária chegue sem impacto", analisa.
Kleiton é membro do Conselho Municipal da Juventude como representante do Movimento da Juventude Ambientalista e Movimento Universitário. Ele lista a necessidade não só de moradia, mas de um espaço de convivência entre os jovens e organização dos estudantes - que deve atrair a comunidade em geral.
"Falta oportunidade para que qualquer pessoa possa aproveitar um espaço para coisas diferentes que não estejam institucionalizadas. É discutida a questão de espaços de lazer, mas existe a necessidade de onde cada um poderá fazer o próprio lazer, seja andar de skate ou tocar violão", reflete.
Além da vida cultural, ele acredita que falta do poder público incentivo à dos próprios monumentos e história locais, além de espaços de lazer adequados. "Estereotipar jovens como 'moleques' é muito prejudicial. Não há espaço ou disposição para ouvir. Tentativas de 'normalizar' as noites da juventude são ações pouco efetivas, como fechar locais. A aglomeração existe em locais que não são adequados, mas que são usados por falta de opção".
Ele também aponta a falta de diálogo como uma dificuldade, e vê a descentralização de áreas de lazer como uma necessidade.
"O Centro deveria ser reocupado para atividades, mas outros locais também devem recebê-las. Muitos jovens de bairros mais distantes às vezes deixam de ir a um evento por falta de transporte na hora de voltar. Isso também é uma dificuldade de acesso para o lazer e cultura". (DL)

Município pode aumentar apoio a
artistas para estímulo de projetos

Para o presidente da Associação Cultural dos Artistas e Técnicos de Limeira (Acarte), Marcos Lima, o desafio na troca de administração é que os secretários sejam da área da pasta em que irão atuar. "Mesmo conhecendo a área, é preciso envolvimento, além do entendimento para administrar bem", salienta. Ele exemplifica com os diversos editais de captação de recursos para projetos disponíveis na área cultural e que a Prefeitura poderia aderir, como forma de oportunidade à movimentação artística na cidade. "É preciso ouvir mais e entender os novos processos.Ideias antigas prejudicam a adesão ao novo sistema", explica ele, se referindo às mudanças nas leis de incentivo fiscal que garantem recursos para os projetos.



quarta-feira, 14 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Rapaz ataca ônibus, ameaça motorista e quase fere jovem

Daíza Lacerda


Seria mais um itinerário normal no fim da tarde de ontem para o motorista V.J.S., 42, da linha 02-Belinha Ometto, antes de o ônibus que dirigia ser atacado por um rapaz, no Centro. "Estava saindo do ponto atrás da Catedral, e ele chegou chutando e batendo na porta", explicou. Diante da atitude, ele preferiu não abrir a porta e seguiu viagem. "É preciso ter respeito. Mas, como não parei, ele disse que me encontraria no ponto final para me matar", relatou o motorista.
Não contente, o rapaz, identificado apenas como de pele morena e aparentando ter 25 anos, correu atrás do coletivo e atirou uma pedra no vidro traseiro na parada do ponto seguinte, em frente à escola Brasil. Com isso, o motorista parou o carro no quarteirão seguinte. Os estilhaços caíram sobre uma jovem de 14 anos, que estava em assento abaixo do vidro no local atingido. Ainda assustada e chorando, a menina disse que não estava acompanhada e iria para a sua casa. Diante da ocorrência, aguardou um familiar ir buscá-la. Ela não chegou a ficar ferida.
O acusado foi reconhecido também como frequentador dos arredores da escola Sesi, no Morro Azul, e seria morador do Parque Residencial Belinha Ometto.

INSEGURANÇA
O motorista estima que pelo menos 50 passageiros estavam no coletivo. Ele chegou a chamar a polícia, mas deixou o local após cerca de meia hora de espera, para levar o carro à garagem da empresa e fazer o boletim de ocorrência. Ele declarou não se sentir ameaçado pelo atacante, mas teme pela segurança no seu dia a dia profissional. "Está difícil trabalhar sério. Precisamos de segurança para trabalhar, e também para oferecer a quem usa o transporte", pondera.
A cobradora também se preocupa com o vandalismo. "Poderia ser eu ferida, se tivesse jogado na janela. Temos medo e agora fica a insegurança", diz.



GM terá curso de aprimoramento para ações em áreas de risco

Daíza Lacerda


Aulas preveem ações preventivas em época de chuvas fortes, como o verão

A Guarda Municipal (GM) e Defesa Civil iniciam neste mês curso de aprimoramento para o período crítico de chuvas no verão. A iniciativa foi sugerida pelo governo estadual, e acatada pelo secretário municipal de Segurança Pública, Siddharta Carneiro Leão.
A orientação prevê organização e preparação principalmente em relação a ocupação em locais de risco, com incentivo ao voluntariado. "De caráter preventivo, é uma forma de incrementar as ações em épocas de chuva e melhorar a assitência junto a Defesa Civil. Tanto que quem ministrará o curso será o diretor do órgão, que possui larga experiência no assunto", disse Siddhartha, se referindo a Miquéas Balmant.
A capacitação começa dia 20, com aulas nas terças e quintas-feira de manhã e seguirá até que todos os GMs tenham participado. O efetivo conta atualmente com 319 oficiais.
A preparação é justamente devido às situações imprevisíveis que podem ser causadas pelos temporais. "Bom seria se pudéssemos nos antecipar, mas como não é possível dimensionar, a intenção é que a partir do curso as consequências possam ser mitigadas", declarou Balmant.
Ele ressalta que a capacitação é um aproveitamento de potencial para ações da Defesa Civil. Entre os tópicos que serão abordados estão o gerenciamento de riscos geológicos, estrutura do Sistema Municipal de Defesa Civil, produtos perigosos, legislação e gerenciamento de emergências.

VERÃO 2012
Paralelo ao curso, o planejamento para lidar com as chuvas do próximo verão também começa neste mês, com a reunião de uma comissão para tratar assunto. "Haverá uma atualização da comissão, com representantes das secretarias municipais, polícias Militar e Civil e Bombeiros. Haverá envolvimento de todos na preparação para um momento de instabilidade", diz Balmant.
Ele enumera as ações previstas em quatro eferas de necessidade. A primeira é a preventiva, seguida do socorro, assistência e recuperação de área. "Nas três primeiras a GM é imprescindível, enquanto a última envolve várias frentes", acrescenta o diretor.
As consequências podem envolver tanto proteção de patrimônio como desalojados ou desabrigados. "Por isso é preciso planejar o que fazer e como, para manutenção da ordem", finaliza Balmant.



domingo, 11 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

"O terror não está dominado", avalia cientista político

Daíza Lacerda

Apesar de aperfeiçoamento na segurança, mundo não está imune a ataques

Há dez anos os norte-americanos presenciaram ao vivo cenas até então imagináveis para os roteiros de suas superproduções. Mas a destruição real "em casa" culminou não só com a caça implacável a terroristas e consequente aperfeiçoamento na segurança. Para o cientista político Roberto Gonçalves, foram três as consequências mais expressivas para os Estados Unidos da América (EUA) e para o mundo.
"A primeira delas é que o atentado abalou a arrogância americana. Os EUA agiam de forma unilateral como a polícia do mundo, sem ouvir aliados europeus e sem saber administrar as alianças árabes", pontua.
Como reflexo, o governo saiu das mãos dos republicanos para os democratas e mudou o tom. "Agora ouvem mais e estão mais cuidadosos, ainda que não deixem de lado os cuidados com os árabes", explica Gonçalves.
Outra consequência, positiva, foi o refluxo do terrorismo, que abalou também a comunidade islâmica. "Depois do ataque, as ações da Al-Qaeda foram coisas muito menores". O "espírito justiceiro" dos EUA, um pretexto para a caça que deu origem às guerras no Iraque e queda de Saddam Husseim, freou e enfraqueceu o terrorismo, tanto que culminou com a morte de Osama Bin Laden neste ano.
Apesar disso, a "calmaria" não remete necessariamente à tranquilidade. "Ainda assim o fanatismo religioso não deixou de ser uma arma muçulmana, que secularmente é uma religião associada à guerra", pondera.
O último dos principais desdobramentos na análise de Gonçalves é o resgate democrático da humanidade. "Nos setores mais organizados, a democracia teve um avanço significativo. Um bom exemplo é a Primavera Árabe", ostenta, se referindo às manifestações que questionam regimes autoritários em países do Oriente Médio e ocorrem desde o fim do ano passado.

SEGURO, MAS NEM TANTO
O ataque às torres gêmeas deu abertura para o avanço nos sistemas de segurança, sobretudo em aeroportos. Embora tenha alcançado um nível de paranoia, sobretudo nos EUA, o contexto atual também merece preocupação com possíveis ataques nos moldes do 11/09. "É raríssimo ocorrer desvios de aviões, e isso em nível mundial. Mas o mundo ainda está sujeito a grandes ataques. Temos a Líbia com a disputa do poder e as ações dos talibãs que podem extrapolar os princípios de racionalidade. O Paquistão saiu humilhado e o Irã tem a bomba atômica. O terror não está dominado".

Entre mocinho e bandido, piedade mundial 
oculta "rótulo" dos EUA como vilão 

Para o cientista político Roberto Gonçalves, além de a destruição e morte causados nos ataques ao World Trade Center terem abalado junto o orgulho americano, por outro lado isso criou uma piedade mundial ao país. "Os EUA eram os vilões do mundo, mas o sofrimento despertou a piedade. Quando se fala dos EUA contra o terror, a associação é do mocinho contra o bandido", explica Gonçalves.
A imagem de vilania herdada desde a Guerra Fria caiu principalmente por força da mídia, pontua Gonçalves. Outro "lobby" foi a da indústria cinematográfica, cujas produções com a temática do terrorismo totalizou 79 filmes na década, ilustrando as guerras do bem contra o mal.
Mas outra arma mais letal do que aviões foi "esquecida" pela mídia, na avaliação do cientista. "A bomba atômica no Japão matou mais de 300 mil pessoas, além das que vivem com sequelas. O que é o 11 de setembro diante disso? É um 'troco' que não tem a mesma dimensão e o ataque de Hiroshima fica À margem da pauta de crimes da humanidade". (DL)

"Ninguém cede ao terrorismo"

A ideia de espalhar o pânico é a única forma de atacar uma potência. "O terrorismo se mostrou como um inimigo mundial e não focado. No terror, qualquer um é alvo, o que causa a instabilidade a um país. No entanto, nunca na história nenhum grupo conseguiu alcançar os objetivos com ataques, como derrubar governos. Ninguém cede ao terrorismo", afirma Frederico Czar, professor de História do Colégio Acadêmico.
Ele avalia que o número de radicais tende a aumentar. E, embora seja estimado que 98% dos ataques terroristas estejam ligados a grupos muçulmanos, não quer dizer que todos da religião sejam terroristas. "No terror, o alvo é a questão ideológica, o que não justifica a ameaça contra civis inocentes. Até mesmo porque no World Trade Center havia muitos muçulmanos trabalhando", explica.
O medo e o reforço da segurança foram as principais mudanças na rotina de todos na avaliação de Diego Lopes Silva, professor de História da Pandora Vestibulares. "Os anos de 2001 a 2011 foram a pior década da história dos Estados Unidos, como uma década perdida. Aumentou ostensivamente a segurança em aeroportos, além das dificuldades de imigração nos EUA e investigação e atuação da CIA".
Outra questão é o financiamento da guerra contra o terror. "Os EUA investiram um dinheiro absurdo na guerra. E agora estão sentindo falta". (DL)

Escombros em museus
O ataque transformou as torres gêmeas em milhões que quilos de escombros. Além de se transformarem em registros históricos e peças de museus pelos mundo, parte das estruturas foram reaproveitadas. O aço, por exemplo, foi revendido para países como China e reutilizado na fabricação de itens como talheres. Parte do entulho foi entregue também a soldados que serviram na Guerra do Afeganistão, como uma forma de "lembrete" do motivo da luta.


Aterro recebeu 200 toneladas a mais de lixo domiciliar em agosto

Daíza Lacerda

Coleta de careco e poda, além de descarte de entulho, reduziram no mês

A população limeirense produziu 222 toneladas a mais de lixo doméstico no mês de agosto, em relação a julho, considerando o volume do aterro sanitário municipal. Além deste, o lixo industrial classe III (materiais leves, como de escritório, sem contaminação) foi o único item entre os recebidos no aterro com coleta maior durante o mês (15 toneladas, 5% a mais), conforme números fornecidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Em julho, o lixo domiciliar totalizou 5.249,62 toneladas, enquanto em agosto foram 5.471,81, numa queda de cerca de 4%.
A coleta do Só Cacareco, que busca móveis velhos e similares nos bairros, caiu 16% (103,78 toneladas), assim como o volume de podas de árvores, que contabiliza 63 toneladas a menos (665 no total). Já o entulho, que representa a maior parte de todo o volume que chega ao aterro (59%), fechou o mês com 12.300 toneladas, 256 a menos do que em julho.
A classificação II do lixo industrial (lodo, areia) também teve redução de 58 toneladas em relação a julho, com 1.911,83.
O lixo hospitalar, em classificação que é permitida no aterro, é a menor parcela de todo o volume, com 39,62 toneladas, equivalentes às do mês anterior.
O secretário da pasta, Domingos Furgione Filho, lembra que é natural que haja oscilações a cada mês. "Isso acontece devido ao número de dias ou de feriados prolongados, quando a coleta pode acontecer em menos dias", explica.
Em relação ao entulho, ele acredita que uma das causas da redução possa ser o reajuste da tarifa para o descarte, ocorrida também em agosto. Eram cobrados R$ 4 por m³, que subiu para R$ 5,60 até 1m³ e R$ 8 acima disso. Os valores continuam abaixo do preço praticado por empresas, cujas taxas chegam a R$ 18 o m³, lembra o secretário.

CIDADE LIMPA
Além do que vai para o aterro, o foco da Secretaria é manter a cidade limpa, de forma a mobilizar e conscientizar a população. Uma ação neste sentido foi feita mês passado, e deve ser repetida a cada semana, em que um mutirão com estudantes da rede municipal e empresas percorreu os corredores da cidade para coletar olixo jogado nessas vias. "São latas de cerveja e refrigerante, garrafa pet, pacotes de salgadinhos, de sorvete, que o motorista consome e joga na rua. Com este trabalho foram coletados 52 m³ de lixo", diz Furgione.
Ele alerta que, embora não medida pelo pelo, já que são materiais leves, é m volume grande e exige consciência da população para manter a cidade limpa. "A pessoa deve consumir e guardar para jogar em local apropriado", orienta.
O secretário salienta que a pasta desenvolve trabalho de limpeza e pintura das praças, também para melhorar o aspecto dos espaços públicos. "Já fizemos isso na Buzolin, Praça da Bíblia e São Benedito, o que será estendido para as demais praças da cidade".


sábado, 10 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Projeto prevê punição mais dura para irregularidades com caçambas

Daíza Lacerda

Empresas de caçambas estáticas que trabalharem de maneira incorreta terão novas punições previstas se aprovado projeto de lei que unifica as regulamentações para o serviço. "O município tinha várias legislações sobre isso e unimos numa só, que prevê desde cores e refletivos até como e onde pode ser colocada", explica o secretário municipal do Meio Ambiente, Domingos Furgione.
Vários órgãos foram consultados para a formulação da lei, como Ministério Público e Cetesb. A ideia é coibir práticas como descarte e transporte irregular de entulho. "Muitas empresas trabalham de maneira correta, mas outras cobram o preço real do serviço como se fossem jogar no aterro e pagar as devidas taxas, mas são flagradas descartando em locais públicos ou proibidos".
Embora multas já sejam aplicadas quando as empresas são flagradas ou identificadas pelas placas do veículo, as irregularidades continuariam devido a punição branda. "A nova lei prevê que a empresa pode ter a licença de funcionamento supensa por até 60 dias. No caso de reincidência, poderá ter o registro cancelado e ser impedida de atuar", disse o secretário.
Outra regulamentação é em relação ao transporte. "É obrigatório o uso de lona sobre as caçambas porque, além do risco do entulho cair e ferir alguém, deixa a cidade suja. Há caminhões que deixam rastro de sujeira até o aterro", ilustra.
O projeto de lei já entrou em pauta, mas teve apresentada uma amenda e está em estudo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Meio Ambiente planeja decreto para boa convivência no Parque Cidade

Daíza Lacerda

Regras para evitar atrito se faz necessária com aumento de usuários

Cachorros soltos, pedestre na ciclovia (ou vice-versa) e prática de esportes em gramado de forma irregular são algumas das condutas que começam a se mostrar como potenciais problemas no Parque Cidade. Apesar da sinalização, o fluxo crescente de pessoas no amplo espaço motivou Domingos Furgione Filho, secretário municipal de Meio Ambiente, a formular proposta de regulamentação, que deve ser tranformada em decreto.
"São algumas sugestões enviadas à Prefeitura, que devem passar pelo Jurídico, e preveem questões sobre o uso do espaço, como estacionamento, caminhada, ciclismo, animais, uso das entradas e horários", explica.
Sem citar números, ele estima que o público do parque aumentou quatro vezes em pouco mais de um ano, principalmente nas primeiras horas da manhã e da tarde. Também são previstas diretrizes para a ocupação do espaço para eventos como quais podem ser feitos e em quais horários.
"Muita gente tem usado o parque e acontece de pedestre andar na faixa do ciclista, mesmo com sinalização", exemplifica, acrescentando que o contrário é mais raro. "Isso pode terminar em atrito entre os usuários, o que queremos evitar", justifica.

CONDUTAS
O porte de animais também é alvo de regras, devido ao risco de deixar cachorros soltos no local. Além de usar a guia para os animais, os de maior porte devem estar com focinheira. Os donos também devem andar com um saquinho e luvas, para que os animais não defequem no espaço onde os outros vão passar. "Um cachorro solto, por mais que o dono confie, pode assustar ou até derrubar uma criança. Não queremos proibir nada, apenas garantir a convivência em harmonia", frisa.
Num dos canteiros ao lado da Secretaria, dentro do parque, foi proibida a passagem de pedestres. "As pessoas começaram a jogar bola e virou terra. Depois que a grama crescer novamente, poderá ser usado, mas não para jogos".
Por enquanto sobra espaço para estacionamento e Furgione afirma que o uso para veículos da Prefeitura é mínimo, além de otimizado para deixar mais áreas livres nos finais de semana.
Furgione lembra que a manutenção do parque, que funciona diariamente das 6h às 22h, é frequente, com limpeza, segurança e pessoal. "Também estamos substituindo os brinquedos, que foram alvo de vândalos", acrescenta. Após levarem o nariz da bruxa e o braço da Branca de Neve, além dos pés de anões, os bonecos foram retirados do local e outros novos foram encomendados. Um novo cavalo de fibra já está no local.

Estagiários farão reforço na 
conscientização no parque

A previsão é de que as regras sejam formalizadas antes do final do ano e período de férias. Enquanto isso, a pasta prevê trabalho de conscientização e reforço na sinalização. "Apesar das placas do lugar do pedestre e do ciclista, teremos maior sinalização, principalmente no solo. Pode até se tornar uma poluição visual, mas pecaremos pelo excesso".
Por enquanto, dois estagiários do Horto Florestal atuarão no parque duas vezes por semana para início do trabalho de conscientização. Outros dois estão em processo de contratação e ficarão no local de quarta-feira a domingo no horário de maior fluxo, que será definido após pesquisa da Secretaria. No caso de irregularidades, os estagiários, devidamente identificados, irão abordar e orientar o usuário, trabalho que deve iniciar até o fim deste mês.
A analista de recursos humanos Vaneska Benedetti, 31, concorda com a medida para evitar conflitos de espaço. "Mas é preciso consciência e que as pessoas sejam educadas. Vai da cultura de cada um", avalia.
O carpinteiro Jesus João Cicelini, 35, frequenta o local pelo menos uma vez por semana e leva os filhos de 8 e 10 anos. "Se for para melhoria, acho válido. Embora não identifique problemas, ele cita a cena que já acompanhou. "Já vi ciclistas freando para pedestres. Mas isso é necessário por estarem caminhando no espaço errado".




sexta-feira, 9 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Advertências de queimadas já superam as de 2010

Daíza Lacerda

Maioria das autuações é resultado de reclamações; neste ano não houve multas

Na tarde de ontem, fumaça de longa extensão pôde ser vista de diversas partes de Limeira, vinda das proximidades da Rodovia Anhangüera. Provável queima da palha da cana-de-açúcar, a prática é uma das que mais prejudicam a qualidade do ar, sobretudo nos dias em que a umidade relativa do ar tem ficado em níveis críticos.
Sobre a ocorrência, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) de Limeira ainda não tinha informações precisas sobre as causas ou localidade exata, mas, de acordo com o gerente interino agência, Carlos Roberto Lopes, o município já soma nove advertências de queima da palha de cana de forma irregular, o que supera as ocorrências de 2010. Antes da ocorrência de ontem, ainda em apuração, a última notificação havia sido feita dia 29 de agosto.
No ano passado foram sete autuações: duas advertências e cinco multas, medida usada no caso de reincidência ou desrespeito das usinas à lei, que prevê paralisação total da queima quando a umidade relativa do ar está inferior a 20%. Quando esta não é a situação, durante a safra, entre junho e novembro, a queima é proibida das 6h às 20h.
Durante a safra de 2010, os meses mais críticos foram agosto e setembro. A fumaça vista ontem, que pode ser proveniente da primeira queima registrada neste mês, é motivo para novo alerta para a conscientização da população, já que a maioria das advertências foi devido a incêndios criminosos. "Das advertências registradas até então, apenas uma era autorizada, mas também foi notificada devido à reclamação. É preciso que a população esteja ciente do quanto isso faz mal já que, além da queima em canaviais, há a queima urbana", adverte.
A Cetesb tem como base a medição da umidade relativa do ar em estações próprias, na qual é considerada a média da região de Pirassununga.

QUEIMADA URBANA
Conforme informações da Defesa Civil, a incidência de incêndios provocados em áreas verdes da zona urbana tem caído nos últimos dias. O Corpo de Bombeiros registrou, desde o dia 29, o atendimento a oito ocorrências. A média estava entre 10 e 12 incidências por semana.
Depois do nível mínimo de 13% na umidade relativa do ar registrado no domingo, em Limeira, no feriado o índice foi de 16%, na medição feita pela Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp), com temperatura máxima de 33,4ºC. De acordo com o professor Hiroshi Yoshizane, da FT, de sábado para domingo é prevista ocorrência de chuva, o que pode melhorar as condições do ar. No entanto, não é prevista queda na temperatura, que deve ficar entre 15ºC e 30ºC.

Publicado na Gazeta de Limeira.


Rodovia Limeira-Mogi Mirim receberá faixas adicionais

Daíza Lacerda

Retirada de árvores para início das obras começou há duas semanas

A Rodovia Engenheiro João Tosello (SP-147/Limeira-Mogi Mirim) receberá faixas adicionais. Na via, próximo das entradas para o bairro do Pinhal, árvores começaram a ser tiradas para o início da obra.
De acordo com trabalhadores do local, a remoção teve início há duas semanas e pelo menos quatro quilômetros da via receberiam a nova faixa.
Conforme a assessoria da Intervias, concessionária responsável pela rodovia, a construção das faixas adicionais fazem parte de um cronograma de obras e não se trata da duplicação da rodovia.
"A duplicação dessa rodovia está vinculada ao que chamamos de VDM, que é a média diária de veículos, e no momento tem previsão para 2017. A possibilidade de antecipação dessa obra está sendo discutida com a Agência Reguladora dos Transportes de São Paulo (Artesp), mas, no momento, trata-se apenas de discussões sobre o assunto", reitera a empresa.
A estimativa para 2017 é de que o trecho atinja receba quatro mil veículos diariamente, em pelo menos um dos sentidos da rodovia, embora atualmente esteja abaixo do necessário, informou a assessoria. "Esse crescimento, que é monitorado pela Artesp, depende do desenvolvimento da região, do crescimento da economia e de uma série de outros fatores externos".

ÁRVORES 
Usuário da rodovia, o vendedor Aloísio Arruda De Lucca, 69, lamentou o corte das árvores. "Passo frequentemente na via e foi com dor no coração que vi isso", disse ele, classificando a medida como "falta de amor às coisas naturais".
Sobre a remoção das árvores na margem da rodovia para dar lugar à nova faixa, a concessionária esclareceu que a medida está autorizada por todos os órgãos ambientais e que a Intervias mantêm um programa de compensação ambiental. No local não há nenhuma área de preservação permanente (APP).

Publicado na Gazeta de Limeira.

Moradores sofrem com descarte irregular ao lado de ecoponto

Daíza Lacerda

Mau odor e animais peçonhentos pelas residências são algumas consequências sofridas por moradores da Rua Augusto Guilherme Tolle, no Jardim Lagoa Nova, desde que um ecoponto foi construído no local. "O problema é que jogam todo o lixo fora. Animais mortos, óleo de cozinha e entulho são deixados por caminhões ao lado do ecoponto", explica a dona de casa Maria Janice dos Santos, 47.
Ela mostra alguns dos bichos capturados em sua casa, como uma cobra e pelo menos cinco escorpiões. "Isso porque o Zoonoses já levou outros. Uma das vizinhas e sua filha já foram picadas", relata.
Embora haja funcionário da Prefeitura no local, os moradores alegam que a pessoa permite no ecoponto apenas despejo de material que pode ser vendido. "Nós que estamos mais perto somos os que mais sofremos. Há dias na hora do almoço que o cheiro é insuportável com o calor", diz Catiene Rocha, 25.
A reclamação já foi feita também para vereadores, sem surtir efeito, acrescentam. "Caminhões aparecem sempre e descarregam grande quantidade, fora do ecoponto", denunciam, com fotos e vídeos. Comércios próximos seriam alguns dos responsáveis pelo despejo irregular. "É muito feio isso na entrada do bairro. Virou um aterro", reclamam.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o local deverá receber limpeza hoje. Devido ao feriado houve acúmulo de resíduos em alguns locais, situação que deverá ser restabelecida no decorrer dos próximos dias, informa a pasta.
Em relação ao despejo irregular, a Secretaria lembra que existe trabalho de fiscalização para coibir esta prática. No entanto, a população pode ajudar anotando a placa do veículo para que o responsável seja identificado, a exemplo do que já resultou em autuações.
Segundo a pasta, o ecocoletor presente no ecoponto também foi orientado sobre a função correta do local.

Publicado na Gazeta de Limeira




terça-feira, 6 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Em estado de alerta, umidade do ar chega a 13%

Daíza Lacerda

Índice é o mais baixo de 2011 e calor deve continuar até o final de semana

O limeirense lidou, no último domingo, com o índice de 13% da umidade relativa do ar, o mais baixo do ano, em pleno inverno. O número caracteriza estado de alerta, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando a umidade fica entre 13% e 20%. O município já estava há mais de uma semana em estado de atenção, situação quando a umidade fica entre 21% e 30%. Níveis de umidade iguais ou abaixo de 12% colocam uma região em situação de emergência.
O domingo registrou ainda temperatura máxima de 33,6ºC, e mínima de 7,9ºC, em medição da Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp). Apesar do frio seguido de uma frente fria que trouxe chuva na última quarta-feira, a tendência é que o calor continue, pelo menos até o final de semana, conforme o professor Hiroshi Paulo Yoshizane, da FT. "O tempo quente deve continuar em recuperação, até sexta-feira ou sábado, quando poderá haver nova instabilidade e chuva", explica. A temperatura deve ficar entre 17ºC e 32ºC.
Na capital São Paulo, a Defesa Civil colocaou a cidade em estado de alerta, devido a umidade entre 13% e 15% registrada durante a tarde.

OSCILAÇÕES
Durante o mês de agosto o índice mínimo da umidade do ar foi de 15%, nos dias 18 e 30. Nem mesmo durante o verão, neste ano, a umidade foi tão baixa, quando foi registrada a temperatura máxima de 39,1ºC, dia 7 de fevereiro.
Os números, da medição diária da FT/Unicamp, apontam ainda as oscilações sofridas na última semana. O inverno registrou a temperatura mais alta em Limeira também no dia 30, com 37,3ºC. No dia seguinte, um frente fria derrubou a temperatura com mínima de 8,1ºC (ante 17,8ºC da véspera). A máxima do dia 31 de agosto foi 19,9ºC, que antecedeu mais dias frios, mesmo sem chuva. Os dias quentes já são uma tendência da aproximação da primavera, de acordo com Yoshizane.

CONSEQUÊNCIAS E CUIDADOS
Miquéas Balmant, da Defesa Civil de Limeira, confirma o estado de alerta no município e lembra das medidas necessárias em relação à saúde.
A consequência do tempo seco vai desde a ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz até ao agravamento de doenças respiratórias. Nessas condições, mais partículas de diversos tipos ficam em suspensão no ar e são inaladas pelas pessoas, como os ácaros, o enxofre que sai do escapamento de veículos, poeira e restos de materiais queimados. Além disso, o clima também pode favorecer a ocorrência de problemas respiratórios e infecções. Por isso é necessário redobrar os cuidados com a saúde. (DL)

Cuidados durante o tempo seco

- Ingerir bastante líquido;
- Não fazer exercícios físicos entre as 10h e 17h, quando a umidade do ar estiver baixa;
- Deixe um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir;
- Não use o umidificador elétrico por muitas horas seguidas. O ambiente pode ficar muito úmido e causar mofo e bolor;
- Lave as narinas com soro fisiológico e/ou faça inalações com o mesmo produto;
- Mantenha os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira;
- Evite frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas, como shoppings centers, supermercados e cinemas.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde

Publicado na Gazeta de Limeira.  



Com obra de esgoto, motorista deve optar por rotas alternativas

Daíza Lacerda

Trecho da Rua Sete de Setembro foi interditado ontem para obras na rede de esgoto

Desde ontem a Rua Sete de Setembro, no quarteirão entre a Cunha Bastos e Barão de Cascalho, está interditada para a obra de colocação de interceptores de esgoto, realizada pela concessionária Foz do Brasil.
Com a interdição do novo trecho, a Rua Cunha Bastos, entre a Sete de Setembro e Presidente Roosevelt, foi liberada.
Os motoristas que vêm do Viaduto Francisco D´Andréa (continuação da Avenida Laranjeiras), com destino à região do Largo São Benedito ou hospital Medical, devem virar à direita na Rua Capitão Bernardes e Silva. Já os motoristas que desejam ir à região central ou rodoviária devem virar à esquerda e usar a Rua Cunha Bastos, já liberada. Outra alternativa para quem está na Avenida Laranjeiras e deseja ir à região central é acessar o Viaduto Jânio Quadros, na Boa Vista, evitando o Viaduto Francisco D´Andréa.

ÔNIBUS, TÁXI E ESTACIONAMENTO
O trecho interditado tinha um ponto de ônibus, por onde passavam as linhas 15, 110 e 107. Conforme informado pelo Sistema Integrado de Transporte (SIT), essas linhas agora passarão pela Rua Cunha Bastos, seguindo pela Alferes Franco, de onde seguirão para a Barão de Campinas. Durante as obras, o ponto de parada em substituição ao da Rua Sete de Setembro será na Rua Barão de Campinas, na esquina com a Carlos Gomes, em frente ao banco Santander.
Em relação ao ponto de táxi e estacionamento existentes no local, será permitido o acesso pela contramão, num primeiro momento. A obra começa no ponto oposto do quarteirão e, quando chegar ao local do ponto de táxi, este passará a funcionar na Rua Barão de Cascalho, entre as ruas Presidente Roosevelt e Sete de Setembro. Quatro vagas de estacionamento serão usadas para o funcionamento da base. Em relação ao estacionamento, o acesso será liberado pelo lado oposto do andamento da obra e a entrada não será interditada. (DL)

Publicado na Gazeta de Limeira


domingo, 4 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Estudante de jornalismo de Limeira conquista 1º lugar em concurso da CNN

Daíza Lacerda


Com a reportagem em vídeo sobre uma banda que faz os intrumentos funcionarem com a força de pedaladas, o jornalista de Limeira Carlos Giannoni foi premiado com o primeiro lugar no 7º Concurso Universitário de Jornalismo da CNN.
Giannoni, que cursa o último semestre do curso de Jornalismo do Isca Faculades e trabalha na TV Jornal, optou por um assunto diferente sobre o tema "energia renovável", proposto na edição deste ano. "Não queria falar de energia eólica ou solar, porque são assuntos bastante abordados. Sabia de uma banda que produzia energia para o funcionamento dos próprios instrumentos e fui procurá-la".
A banda, CO² Zero, é de Santa Bárbara D'Oeste, e leva mensagens sobre a sustentabilidade tendo, como exemplo, o próprio jeito de fazer música, transformando energia mecânica em energia elétrica, como explica Giannoni. A produção, porém, não foi tão fácil quanto pedalar. "Fizemos uma hora de gravação para dois minutos de matéria", disse o jornalista, sobre a edição.
Para a escolha do vencedor, a primeira triagem elegeu os dez melhores trabalhos, de cerca de 180 inscritos no concurso. Esse júri contou com jornalistas da área de veículos como Estadão, ESPN e revista Superinteressante. Os três melhores trabalhos foram eleitos pelos jornalistas Sônia Bridi (TV Globo), Marcelo Tas (Band), Lúcia Araújo (Canal Futura) e André Trigueiro (GloboNews/CBN).
Além de trazer a estatueta para Limeira, na premiação que aconteceu na semana passada em São Paulo, Giannoni considera as conquistas para incrementar seu currículo, além da viagem para Atlanta, a fim de conhecer os estúdios da sede da CNN. "Não esperava ganhar, mas o melhor  é poder levar o trabalho desenvolvido aqui no interior para fora", diz ele, que tem objetivos profissionais na capital.
O vídeo que rendeu o prêmio pode ser conferido no YouTube: http://bit.ly/nufJOH.

Publicado na Gazeta de Limeira