quarta-feira, 16 de junho de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Alunos aprendem sobre a África com nativo que vive no Brasil

Daíza Lacerda

Uma visita ilustre despertou a curiosidade de alunos do ensino fundamental da Emeief Benedicta de Toledo. Num projeto de atividades sobre a Copa, os alunos tiveram uma palestra sobre a África do Sul com depoimentos do africano Johnson Ogundairo, nascido na Nigéria. 

Johnson, que mora no Brasil há 18 anos, respondeu
perguntas das crianças. Foto: Renato Silva/Gazeta de Limeira


Frutas típicas, religião, sistema de educação e geografia das regiões foram os temas das perguntas dos alunos ao economista, que há 18 anos veio via intercâmbio estudar na USP e criou raízes no Brasil. 
O encontro foi promovido pelo Centro de Difusão da Cultura Afro-Brasileira, ligado à Secretaria Municipal da Educação.
“Abordamos também o hino do país e o significado da bandeira, de forma a enfatizar o projeto da escola sobre a Copa, mas com foco na África do Sul”, explica Ane Caroline do Prado, representante do órgão. Além da informação e curiosidade, o projeto atende a uma lei. “A implementação da cultura afro-brasileira nos currículos escolares é prevista pela lei 10.639/03”, lembra Eliza Gabriel da Costa.
Johnson conta que há muitos equívocos em relação à África, o que ele procurou esclarecer às crianças. “A ideia que se tem é de que é um país, mas é um continente, formado por vários países, um tanto diferentes entre si”, explica, com um sotaque forte.
Outro mito apontado por ele é “a pobreza mostrada na TV, que não se estende a todos os países, como muitos pensam”. “O Brasil tem infraestrutura que muitos países de lá não têm, mas não é algo generalizado. Na Nigéria, as cidades são tão bonitas quanto as daqui. Por outro lado, sobre a Etiópia, onde as pessoas passam fome, muitos desconhecem ser um lugar em que não há terra boa para agricultura”, diz.
O economista, que é casado com uma mineira, tem dois filhos e vive em São Paulo, retorna frequentemente ao seu país de origem e vai assistir à Copa na África do Sul. Perguntado por um dos alunos para que time torceria, respondeu que seria a Nigéria. Embora habituado ao Brasil, não descarta a possibilidade de voltar a viver na África. “Mas se isso acontecer, voltarei para o Brasil frequentemente. O País já faz parte de mim”, completa.
terça-feira, 15 de junho de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Alimentação: na hora da partida, nutricionistas dão cartão vermelho para o exagero

Daíza Lacerda

Entre petiscos e churrasco, torcedores já preparam o cardápio para o primeiro jogo do Brasil na Copa. Para "beliscar" entre um lance e outro, no entanto, a nutricionista Magali Rogge Mugnaini recomenda não abusar para evitar mal-estar, afinal, não só o dia continua, como a semana.

Pipoca, principalmente light, é opção às frituras; apesar das
calorias produto é menos nocivo. Foto: Arquivo Gazeta de Limeira


"Há pessoas que ainda vão trabalhar após o jogo, ou estudar à noite, mas, no geral, deve-se evitar frituras e bebidas alcoólicas", orienta Magali.
A família da dona de casa Daniela Ferreira, 30, já escolheu o menu da tarde de hoje. "Vamos apelar para o churrasco", diz. Já na casa de Márcia Rodrigues, 49, não haverá tempo para assar carnes. "O petisco será a velha pipoca de microondas. Todos sairão do trabalho em cima da hora e ninguém vai querer perder o início do jogo para ficar na churrasqueira", afirma, lembrando que a opção da carne fica para os jogos em final de semana.
O horário do jogo equivale à hora do lanche da tarde, para o qual Magali sugere, além dos tradicionais amendoim e pipoca (que, apesar de calóricos, não são nocivos como as frituras), petiscos mais leves, como baguetes frias, picles, azeitona e queijo branco em cubos, além de palmito e ovo de codorna. Calabresa e batata frita devem ser evitados, mas a batatinha com vinagrete é outra opção. "Torradinhas com patê de legumes também vão bem para a ocasião. Até mesmo bolos, desde que sem coberturas gordurosas", lembra ela.
Se a reunião familiar para assistir a estreia pender para o churrasco, carnes vermelha e branca devem ser intercaladas - ao contrário da bebida. "Além da moderação, não é bom misturar vários tipos de bebidas. Já a água é recomendável sempre", diz.
O nutrólogo Renato Salibe Gullo também atenta ao exagero para todos, sobretudo quem tem problemas cardiológicos. "Além do ganho de peso, aumento de colesterol e triglicérides são perigos do excesso de gordura", diz ele. O descuido também pode interferir no funcionamento do fígado e digestão com a alimentação fora de costume na semana. A ressaca é outro fator, já que a semana ainda está no início.
No churrasco, a moderação fica por conta das carnes gordas. "Em vez de picanha, prefira contra-filé ou alcatra, além carnes mais leves como frango ou peixe, após salada". Pães e cerveja também são vilões, devido ao excesso de carboidrato.
A época é propícia ainda a intoxicações alimentares, segundo Gullo, devido à exposição dos alimentos. Embutidos como salame e mortadela são aguns dos "contraindicados". Doces, massas e bebidas destiladas também, devido à grande quantidade de calorias. "As pessoas engordam nesta época, não só pelo consumo durante os jogos, mas pelo frio, quando o corpo necessita de mais energia, e a prática de exercícios físicos, que fica de lado", explica.
Batatas fritas, salgadinhos e salsichas caracterizam o tipo de mistura que se torna uma bomba-relógio para o estômago. Embora as frutas sejam um item pouco lembrado como opção durante os jogos, elas são recomendadas no sentido de preservar o estômago e a saúde, já que além do resto da semana é só o primeiro jogo do Brasil na Copa. "Só não vale exagerar e depois pedir atestado para o trabalho", observa Gullo.

Publicado na Gazeta de Limeira.
domingo, 6 de junho de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Atividades voltadas ao ambiente reúnem mais de mil no Jardim do Lago

Daíza Lacerda


O Parque Ecológico do Jardim do Lago recebeu ontem a 7ª edição do Ecoatividade, que teve a visita de pelo menos 1,5 mil pessoas. Além de apresentações de música, dança, recitação de poemas e teatro, o evento contou com orientação do Departamento de Zoonoses contra a dengue e barracas de doces, com venda em prol da Associação de Moradores do Jardim Aeroporto e projeto Viva Melhor.
O público pode conferir cerca de 20 apresentações de alunos dos projetos Aprendiz e Educação Para o Trabalho, do Senac, e das escolas municipais Aracy Nogueira Guimarães, Caroline Pardo, José Justino e Maria Aparecida de Luca Moore, além da estadual Dom Tarcísio Ariovaldo Amaral e igrejas São Marcos e Filadélfia. 
Alunos da 5ª, 6ª e 8ª série da EE Dom Tarcísio expuseram maquetes com materiais recicláveis. “O trabalho envolveu cerca de 300 alunos de três períodos, que tiveram aulas explicativas sobre meio ambiente antes de confeccionar os trabalhos, que transpuseram a discussão na prática”, diz coordenador pedagógico da escola, Luiz Carlos Zacharias. A montagem envolveu as disciplinas de Ciências, Geografia, História e Inglês. 
“Hoje [ontem] foi o dia de confirmar se a população está mesmo mobilizada e vimos que está, já que compareceram mesmo após a chuva”, disse a coordenadora da Rede Social Senac, Alexandra Joana Nicolau. “A cada ano é possível constatar o pertencimento da comunidade, com um público cada vez maior”, completa. 
Entre voluntários e alunos que se apresentaram, o evento mobilizou 900 pessoas. Eliana Cristina dos Santos, 41, além de aluna de supletivo, ensaiou outras nove estudantes para a apresentação de ontem. “Foi um trabalho gratificante, nós mesmas fizemos as coreografias voltadas ao tema. Já vamos nos preparar para o próximo ano”, disse. A aluna Ruth Cristina da Silva, 12, que participou da dança, também gostou da experiência. “Pudemos aprender mais sobre a preservação da natureza e expressar a importância através da dança”, disse.


Publicada na Gazeta de Limeira.





Crianças também aprenderam como evitar criadouros do
 mosquito da dengue. Foto: Mário Roberto/Gazeta de Limeira





Fotos: Mário Roberto/Gazeta de Limeira



sábado, 5 de junho de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Vila das Nações: Licitação de moinho é prolongada devido à falta de documentos

Daíza Lacerda
Embora a base do moinho que comporá a Vila das Nações já esteja licitada, a torre em si tem o processo prolongado devido à falta de documentos das empresas participantes.
As duas únicas empresas que concorrem ao certame não atenderam a todos os itens. A Secretaria Municipal de Administração informou que elas deixaram de apresentar informações fiscais, técnicas e econômicas. Conforme publicação do dia 31 no Jornal Oficial, o prazo para regularização é de oito dias. “Se uma delas apresentar os documentos no prazo, o processo licitatório continua. Caso nenhuma apresente, a licitação terá que ser feita novamente (desde a abertura e retirada do edital por qualquer empresa que queira participar)”, informou a pasta.
O moinho a ser construído é holandês, tipo Standermolen, com 26 m de altura, além da base de 9 metros de altura, de madeira. Além do moinho, o projeto da vila prevê colônias japonesa, africana e portuguesa, com rede de gastronomia com a culinária de todos os países envolvidos.

Publicado na Gazeta de Limeira.
quarta-feira, 2 de junho de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Boa Morte: reforma emergencial para reabertura tem prazo de quatro meses

Daíza Lacerda



Em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado ontem com o Ministério Público, a Confraria da Igreja Boa Morte deve concluir a fase preliminar de obras emergenciais no prazo de quatro meses para poder reabrir o local ao público.


Fechada desde dezembro de 2007, reabertura da igreja pode
acontecer em quatro meses. Foto: Renato Silva/Gazeta de Limeira


Os trabalhos da primeira fase serão de revisão geral no forro da igreja, para que o local possa ser reaberto sem risco aos frequentadores, após laudo da Defesa Civil. Na segunda e terceira etapas, de médio e longo prazo, que têm prazo de até dois anos, estão previstas as medidas restantes. Estas poderão ser feitas com igreja em funcionamento, desde que não haja riscos e não atrasem o cumprimento do termo. 
Na prática, o prazo pode ser ampliado, já que o termo passa a valer após homologação do Conselho Superior do Ministério Público, o que pode demorar até três meses. No entanto, o prazo considerado pelas partes é de quatro meses. “Não há impedimento para começar. O que não pode é oferecer risco”, enfatizou o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua.
Outro item que pode esticar o prazo são “situações de força maior” que possam ser conhecidas apenas com o início dos trabalhos, mesmo caso justificável para evitar aplicação de multa por atraso, de R$ 30 mil por mês. Os membros da Confraria lembram que o laudo feito pela Unicamp, usado como base para o TAC, é parcial e não aponta os possíveis problemas que podem ser encontrados ao mexer na estrutura do forro e, consequentemente, demandar mais tempo. 
Eles preveem que, com o levantamento das obras emergenciais e se houver fôlego financeiro, a igreja pode reabrir até antes. A Prefeitura e Unicamp teriam sinalizado ajuda para a primeira fase.
“Contamos com o povo para nos ajudar a angariar fundos para reabrir o quanto antes e acredito que teremos essa ajuda. Para o restante das obras, teremos dois anos para a conclusão. Até lá poderemos continuar as atividades, como a realização de casamentos”, disse Francisco Bellão, que substituiu Benedito Iaquinta na representação da Confraria.
Segundo Iaquinta, ainda não há perspectiva do quanto em dinheiro será necessário, enquanto Bevilacqua lembra que, com o termo em mãos, orçamentos já podem ser solicitados. “Vamos criar uma comissão de obras, com adesão de cidadãos, para orçamento e execução da primeira etapa. As medidas para arrecadar dinheiro também serão discutidas. Dia 14 será feita uma reunião para definir estes itens”, declarou Iaquinta.
Juliana Binotti, do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Município de Limeira (Condephali), confirmou que a Prefeitura deve apoiar a reforma, mas, a princípio, com acompanhamento técnico da Secretaria de Planejamento. Até o fechamento da edição a reportagem não obteve resposta da Unicamp, confirmando ou não o possível apoio.
Bevilacqua lembra que as obras devem ser conduzidas com a metodologia descrita no termo. A segunda etapa, que deve ser concluída em um ano, prevê revisão elétrica e hidráulica, além de verificação completa do telhado. Descupinização e vedação de madeiras, manutenção nas calhas e catalogação das peças históricas também são previstas neste prazo. As providências de longo prazo (dois anos) são a proteção contra descargas elétricas e limpeza da área de acesso à Torre Sineira.


HISTÓRICO
A Confraria foi fundada em 13 de janeiro de 1856 mas, até a inauguração da igreja, em 15 de agosto de 1867, funcionava como Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte. A igreja possui hoje cerca de mil contribuintes, com o dízimo de R$ 20 anuais. 
A igreja está fechada desde dezembro de 2007, e as obras de restauração foram paralisadas em fevereiro de 2009. Segundo o Condephali, havia irregularidades que afetariam as características originais do patrimônio histórico.

Publicado na Gazeta de Limeira.



Com assinatura do Termo, Confraria espera apoio da população
para financiar obras. Foto: Mário Roberto/Gazeta de Limeira