terça-feira, 31 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Vigas metálicas de viaduto começam a ser montadas

Começaram a ser montadas as vigas metálicas do viaduto que ligará a Avenida Comendador Agostinho Prada à Via Guilherme Dibbern. Esta etapa deve demorar cerca de 20 dias, se a chuva não atrapalhar. A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos prevê interdições parciais na área nos próximos finais de semana, como forma de garantir a segurança na operação com guindastes. A obra está prevista para ser concluída entre junho e julho. (Daíza Lacerda)



Vigas começaram a ser montadas nesta semana
Vigas começaram a ser montadas nesta semana

Publicado na capa da Gazeta de Limeira.


domingo, 29 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Teatro Vitória compõe agenda para 2012

Daíza Lacerda


Peças teatrais serão marcadas; espetáculos de música têm datas certas

O Teatro Vitória já tem atrações confirmadas até o final do ano. Embora a agenda das peças teatrais comece a ser definida a partir do fim deste mês, os eventos preparados pela Secretaria da Cultura já têm data definida. "O Departamento de Projetos da Secretaria já fechou as datas de espetáculos como os concertos da Orquestra Sinfônica no teatro, além de outras atrações gratuitas", explicou o secretário municipal de Cultura, José Farid Zaine. O concerto de abertura da temporada 2012 está previsto para o dia 29 de março.

"O Departamento de Projetos da Secretaria já fechou as datas de espetáculos como os concertos da Orquestra Sinfônica no teatro, além de outras atrações gratuitas", explicou o secretáriomunicipal de Cultura, José Farid Zaine. O concerto de abertura 2012 está previsto para o dia 29 de março.
A agenda tem início em fevereiro, após o carnaval, com a apresentação de Adriana Cozza no dia 25. Em março, "Um show de mulher" acontece no dia 8. Ainda não há espetáculos teatrais confirmados. "Nesta época é que começam as solicitações para as peças de teatro, para saber quais espetáculos voltam para a temporada", salienta Farid. Foram solicitadas atrações como Terça Insana e Alvin e os Esquilos.
Embora sem data de estreia fechada, o teatro trará uma novidade neste ano: um piano de cauda. Ainda passa por definição quem irá estrear o equipamento, que terá lugar próprio no teatro. O evento está previsto para março, quando acontecerá ainda a segunda edição do Festival Mix de Cinema da Diversidade, ampliado para três dias de exibição de longas e curtametragens sobre o tema. Ainda no quesito Cinema, o Cine Cultura, com exibição gratuita, continua fixo na agenda, mensalmente.
Em março ainda haverá a Mostra de Teatro de Comunidades, que levará pela primeira vez ao palco do Vitória o trabalho desenvolvido em diversos bairros. O espetáculo "A vida é sonho", protagonizado pelos alunos de Teatro da Emcea, também acontece nesse mês.
Para abril é preparada a Via Sacra, que novamente acontece no Parque Cidade. Em maio, além do festival Viola de Todos os Cantos, acontece a Mostra Municipal de Teatro, com início dia 26.
Para junho e julho estão marcados a Mostra de Dança (de 16 a 24) e Festival Canta Limeira, respectivamente.
 "O Festival Nacional de Teatro continua realizado em agosto. Neste ano será entre os dias 15 e 16. Já setembro será bastante movimentado devido ao aniversário de Limeira, dia 15", garante Farid. Segundo ele, há possibilidade de nova edição do "Vira Virou", a Virada Cultural Limeirense, inspirada no evento da Secretaria de Cultura do Estado e realizada em 2010.

ESTRUTURA
O prédio do teatro passou por várias mudanças no ano passado. Agora, deve funcionar em breve a nova bilheteria, na galeria. "Com essa mudança, o ingresso será impresso na hora e não será mais necessária a impressão em gráfica", lembra Fábio Pentagrama, diretor do teatro. A venda pela internet também é prevista, mas não neste primeiro momento. "A mudança da bilheteria para dentro do teatro aumentará a comodidade e segurança", reitera.
O funcionamento do espaço para café também depende de processos licitatórios, e a concorrência para quem assumirá os trabalhos no local. Isso é previsto para este ano. "A ideia é que seja um espaço cultural. Quem assumir pode torná-lo um ambiente temático, com displays ou livros", diz Pentagrama.
A venda de ingressos com cadeira numerada já está em vigor nos espetáculos, e a rigidez nas regras de entrada também têm dado resultado. "Melhorou bastante. Mas seguimos o que é feito em todos os locais", diz ele, sobre o controle da entrada após os espetáculos, que acaba atrapalhando os eventos.
Pentagrama e Farid estão otimistas com os espetáculos deste ano. "Fizemos em 2010 um trabalho para formação de público, que correspondeu às expectativas. Só no Festival Nacional de teatro recebemos mais de 10 mil pessoas", salienta Farid. A presença inclui pessoas que não costumavam frequentar o teatro, fato comemorado por eles.



Fábio e Farid explicam que mostras e festivais continuam na programação
Fábio e Farid explicam que mostras e festivais continuam na programação

Publicado na Gazeta de Limeira. Original em pdf aqui.








Carga de carne é roubada em posto da Anhangüera

Daíza Lacerda


O entregador T.V.G., de 20 anos, foi surpreendido logo nos primeiros dias de serviço numa empresa frigorífica. Ele descansava com o motorista R.A.O., de 35 anos, na noite de anteontem, no caminhão da empresa, carregado com cerca de três toneladas de carne, quando foram abordados por pelo menos cinco indivíduos num posto do quilômetro 146 da Anhangüera.
"Saímos de Araraquara com 31 entregas. Ainda faltavam 19. Estavam encapuzados e passaram toda a carga para um caminhão. Só ficou o que estava preso", relatou T., que acompanhava o motorista em experiência para ocupar uma possível vaga na empresa.
Segundo o lombador J.G.S., de 44 anos, as entregas são feitas diariamente em Limeira e é a primeira vez que sofrem um assalto. Ele dormia em um hotel, quando foi avisado da ocorrência.
O total da carga era de 4.631,22 quilos, que valiam cerca de R$ 22 mil. Eles dormiam na cabine quando abordados e ficam sob a mira de armas durante a ação, além de amarrados.

PROCURADO
O motorista R. foi detido na Delegacia Seccional de Limeira, pois contra ele constava procura judicial. O motivo seria o não pagamento de pensão. O mandado de prisão havia sido expedido em maio de 2011 pela 2ª Vara da Família da Araraquara.



Funcionários da empresa: apenas carga presa ao caminhão não foi levada
Funcionários da empresa: apenas carga presa ao caminhão não foi levada

Publicado na Gazeta de Limeira.



Vários tipos de veículos são furtados na noite de sexta-feira


O Plantão policial registrou diversas ocorrências de furto de veículos na noite de sexta-feira. O operador de máquinas A.M.F., de 32 anos, teve a sua moto CG 125 Fan KS, placa EKF-0058, de Limeira, levada de dentro da garagem de sua residência, no Jardim Boa Esperança. Ele deu falta do veículo na noite de sexta-feira, quando voltou para casa. Antes de sair, porém, o veículo estava na residência.
Já o encarregado P.L.A., de 29 anos, teve furtada na noite de sexta-feira sua caminhonete Ford F1000, placas BPH-0821, de Limeira. O veículo estava na Rua Rui Corte Brilho, no Jardim Morro Azul, próximo de um campo de futebol. O documento do veículo e a carteira com documentos pessoais da vítima estavam na caminhotete.
Já a caminhonete Montana Sport foi furtada na Rua Barão de Campinas, próximo de uma pizzaria na Rua São Benedito. O veículo, de placas EVC-6665, de Limeira, era do mecânico L.S.A, de 22 anos. Apesar de ter alarme, o dono não notou que o mesmo tenha sido acionado.
Na Vila Queiroz, o empresário M.H.B., de 27 anos, teve furtado o Gol BPH-0108, próximo da Praça Epifânio Prado. O veículo tinha alarme, mas estava com defeito. (DL)



Publicado na Gazeta de Limeira.

Jovem é estuprada e roubada na Limeira-Iracemápolis


Uma vendedora de 23 anos foi abordada por volta das 6h de ontem na Rua Manoel Gomes, no Parque Residencial Abílio Pedro. Ela ia para o trabalho com uma Honda Biz, quando um desconhecido de pele parda e cerca de 1.80 metro, armado, a parou e sentou em sua garupa, guiando-a até a Rodovia Limeira-Iracemápolis (SP-151) pelo Parque Residencial Belinha Ometto.
A ocorrência foi atendida pelo PM Garcia. Segundo ele, conforme o relato da vítima, o acusado parou em área rural próxima da rodovia e a estuprou. Depois, fugiu com a sua moto, celular e pequena quantia em dinheiro.
A vítima foi a pé até uma empresa próxima, onde pediu ajuda. A ação teria levado meia hora entre a abordagem e a fuga. Ela descreveu o fugitivo com fisício médio, trajando bermuda jeans e blusa de moletom escura. A vítima foi internada na Santa Casa, onde recebeu medicação. (DL) 

Publicado na Gazeta de Limeira.


Menores são apreendidos com mais de 600 CDs e DVDs piratas


Dois adolescentes, de 14 e 16 anos, foram abordados ontem por PMs no Jardim Ernesto Khül, portando mochilas com 140 CDs e 490 DVDs aparentemente piratas. Os jovens alegaram trabalhar para os traficantes do bairro, que não estavam tendo lucro com a venda de drogas, devido às frequentes operações no local. Além das mídias em duas mochilas, foram encontrados R$ 80 com cada um dos adolescentes, provenientes da venda do material. Os adolescentes foram entregues aos responsáveis legais, mediante compromisso de apresentação à Vara da Infância e da Juventude. (DL)


Publicado na Gazeta de Limeira.




Notebook é roubado de carro em estacionamento do shopping


A nutricionista E.C.E., de 33 anos, teve roubado um notebook Dell de dentro de seu Renault Logan, enquanto o carro permaneceu no estacionamento do Shopping Pátio Limeira, na noite de ontem. A vítima ficou cerca de três horas no local e, quando voltou ao veículo, notou que a porta traseira esquerda havia sido aberta. Além do notebook foram levados um modem 3G e um aparelho Nextel. Segundo ela, o eveículo estava trancado, mas não possuía alarme. A coordenadoria de segurança do shopping foi comunicada e orientou a vítima a registrar boletim de ocorrência. (DL)



Originais em pdf aqui.





sábado, 28 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Moradores de Engenheiro Coelho se unem e clamam por segurança

Daíza Lacerda


Passeata ontem reivindicou a criação da Guarda Municipal no município

Assaltos à mão armada, furtos no interior de casa e sequestro. Parte dos moradores de Engenheiro Coelho tem sua história de trauma para contar em ocorrências frequentes no município. A mais recente delas, que indignou a população, foi o assalto à casa do agricultor Adilson Hermann, de 63 anos, quando sua família foi feita refém, na última semana.
Hermann foi o porta-voz na cobrança à prefeita Rosemeire Guidotti Scholl para a criação da corporação que zele pela segurança na cidade. "Fui salvo por um homem pilotando uma motocicleta, que eu e meus vizinhos o pagamos para fazer a ronda na rua. Ele é quem chamou a polícia. Por que a Prefeitura não pode colocar motos e pessoas para fazer o mesmo, além de usar as viaturas ociosas da prefeitura em rondas noturnas?", sugeriu.
O comerciante Evandro Rocha, de 46 anos, também já foi vítima de assaltos e é um dos que mobilizaram a passeata realizada na tarde de ontem, que saiu da igreja matriz até a Prefeitura. "Não somos e nem defendemos partido algum. Cobramos algo de que a cidade precisa. Há 25 anos havia guarda aqui, a partir de contribuição dos moradores. Depois que deixou de ser distrito de Artur Nogueira, caiu no esquecimento. E quando cobramos, são várias as desculpas", justifica.
Rocha opina que a única delegacia de polícia do município é precária e reconhece que uma agravante é o número de habitantes (15 mil), parâmetro para o efetivo de policiais, que são 15. "Somos a única cidade da Região Metropolitana de Campinas que não tem guarda municipal, e todos os municípios vizinhos têm. Assim, nos tornamos alvo fácil dos bandidos", considera.
"Não estamos pedindo, mas exigindo a criação da guarda e instalação de câmeras de monitoramento na cidade. O tempo de pedir já passou", frisou Hermann.

MEDO E ADESÃO
Centenas de moradores participaram do movimento, que foi pacífico. "É uma iniciativa importantíssima. Nunca sofri nenhum roubo ou furto, mas não podemos esperar acontecer. A cidade é muito pequena para viver um momento de medo como esse", disse a professora Ângela Maria Correia, de 45 anos. A advogada Fernanda Paola Correia, de 30 anos, concorda. "Dessa maneira, a população mostra que se sente insegura e que não quer ficar sem resposta".
A resposta da prefeita foi a de estar trabalhando na questão da segurança. "A criação da guarda é também um anseio da prefeitura", disse à Gazeta. "Aumentamos recentemente o efetivo de policiais de 11 para 15, com apoio da Secretaria da Segurança do Estado, além da construção da nova delegacia. Não estamos de braços cruzados", justificou.
Segundo ela, serão viabilizados por meio da Agência Metropolitana de Campinas recursos para o monitoramento, com verba de cerca de R$ 600 mil. Ela garantiu a criação da guarda municipal, com processo a ser iniciado ainda neste ano. Não estimou prazos, mas disse que a medida teria início o mais breve possível.
Questionada sobre o processo ter início agora, a partir da mobilização da população, que alega cobrar a criação da guarda há tempos, Rosemeire disse que optou por prioridades, como a educação. Sobre como será a guarda, ela não estimou detalhes. "Se não tiver prédio, vamos alugar. E será preciso fazer concurso e treinamento", disse ela, sem revelar um provável número do futuro contingente.

NO PALANQUE
Carros de som e faixas erguidas por populares sugeriam que a prefeita transformasse carros oficiais em viaturas e lembrou que a manutenção da guarda é cara, porém, a vida humana não tem preço. Ela foi convidada a se unir aos moradores que organizavam a passeata no palanque improvisado num caminhão. Na oportunidade, Hermann deixou claro que não daria palavra a parlamentares, mas apenas a uma única autoridade, a prefeita. Ilustrou a parcela da população vítima da falta de segurança. "Se no carnaval criarmos o bloco dos assaltados, vamos lotar um quarteirão". Colocou seu voto "à venda". Mas não vão me comprar com caixas de cerveja ou tapinha nas costas. Meu preço são 48 meses de trabalho com afinco no município", disse o porta-voz.
Em resposta, a prefeita defendeu o direito à democracia do movimento e prometeu que neste ano dará início ao processo de criação da guarda.



Hermann dirige-se à prefeita na reivindicação da guarda municipal na cidade
Hermann dirige-se à prefeita na reivindicação da guarda municipal na cidade


Moradores se uniram ontem e, em passeata, resolveram cobrar da prefeitura a criação de uma guarda municipal no município
Moradores se uniram ontem e, em passeata, resolveram cobrar da prefeitura a criação de uma guarda municipal no município



Furtos aumentam 50%
em um ano no município

A reportagem ouviu o PM Augusto, e este nos informou que a maioria das ocorrências é de furto em área rural e de miudezas no comércio, além de desentendimentos. Ele informou que o município possui uma viatura para patrulhamento normal, mas quando necessário, recebe reforço de outras cidades.
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado, a quantidade de furtos em geral (excetuando-se o de veículos), aumentou cerca de 50% de 2010 para 2011. Os 159 registros subiram para 240. Furto e roubo de veículos somaram 14 e 18, de um ano a outro.
Diferentemente de 2011, a partir de 2011 a Secretaria de Estado fornece as ocorrências de forma mais detalhada e mostra que Engenheiro Coelho fechou 2011 com 134 casos de lesões dolosas, segundo item mais numeroso depois dos roubos. Em seguida está a lesão culposa por acidente de trânsito, com 34 ocorrências.
Entre os homicídios, foram dois dolosos e seis culposos por acidente de trânsito. Foram registrados ainda cinco casos de estupro e um de tráfico. (DL)

Publicado na Gazeta de Limeira, também na capa.



Cordeirópolis usará sacolas plásticas até 12 de fevereiro

Daíza Lacerda


Os supermercados de Cordeirópolis devem parar o uso das sacolas plásticas a partir do dia 13 de fevereiro. A proposta foi definida nesta semana, em reunião da Associação Comercial e Industrial de Cordeirópolis (ACIAC) entre proprietários e diretores de supermercados locais.
A partir dessa data, os estabelecimentos não poderão mais distribuir sacolas plásticas que não sejam reutilizáveis. A obrigatoriedade faz parte de um projeto (Lei N° 2703/2011) do vereador Alceu Guimarães (PPS). "Além do atendimento à determinação da Associação Paulista de Supermercados (Apas), fomos procurados pelos comerciantes, que se mobilizaram em relação à lei municipal", explica Cliciane Savoy, da ACIAC.
De acordo com ela, a prorrogação do prazo de extinção das sacolas plásticas foi pedido dos comerciantes, para que se adaptem às novas regras. "Será um gasto a menos para os comerciantes, mas também a ideia é que não haja lucro na venda das novas sacolas. As biodegradáveis serão vendidas a R$ 0,19, e as reutilizáveis, até R$ 3", esclarece.
Para o comerciante do município, Vanderlei Rodrigues Pereira, a medida irá beneficiar a todos. "Já temos as sacolas retornáveis e providenciamos as biodegradáveis. Alguns clientes já trazem a própria sacola. Acredito que todos devam aderir", declara ele que, por outro lado, preocupa-se com o custo do novo material. As sacolas normais custavam R$ 32 o milheiro, enquanto as biodegradáveis custam R$ 190.

FISCALIZAÇÃO
A fiscalização será feita por fiscais da Prefeitura. De acordo com o vereador autor da lei, durante a reunião foram esclarecidas dúvidas sobre a nova medida, que entrará em vigor no próximo mês. “Os donos de supermercados viram de forma positiva a iniciativa, afinal é uma tendência que ocorre no Brasil todo”, avaliou o vereador Wilson Diório (PSDB), que participou da reunião junto com o presidente da Câmara.
Ainda segundo ele, o departamento de Fiscalização da Prefeitura irá iniciar autuações após essa data e fará também acompanhamento do processo na cidade. Dessa maneira, os supermercados poderão vender sacolas biodegradáveis ou oferecer caixas de papelão para os clientes. “A lei, que é autorregulamentada, foi aprovada em 2011. Os donos de supermercados tiveram tempo razoável para adequação à nova regra”, pontuou.
A lei na íntegra pode ser acessada no arquivo de leis da Câmara Municipal, pelo site www.camaracordeiropolis.sp.gov.br.

Publicado na Gazeta de Limeira. Original em pdf aqui.



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Padre Arlindo: "Sempre vivi em função do sacerdócio"


Daíza Lacerda

De vigário a pároco, padre Arlindo conta a sua história ao completar Jubileu de Ouro

"Ainda me lembro bem daquele dia, na catedral, às seis da tarde...". Pensativo, um pouco saudosista até, este foi o comentário do padre Arlindo De Gaspari, após recordar momentos marcantes dos seus 50 anos de ordenação sacerdotal, completados hoje. A lembrança do dia de sua ordenação é tão presente quanto à solidez da paróquia que assumiu desde o início, a Santa Terezinha, então com poucos anos de atuação como padre.
Aos 76 anos, padre Arlindo tem a Paróquia São Benedito como origem, local em que fez uma de suas primeiras missas. Na preferência do limeirense, que iniciou os estudos religiosos aos 12 anos, entre o seminário e o gosto pelas piscinas, a batina ganhou. Confira essas e outras histórias de sua trajetória, que o pároco relatou à Gazeta.



Publicado na Gazeta de Limeira, também na capa. Original em pdf aqui

Padre Arlindo: a devoção por Santa Terezinha é desde o seminário
Padre Arlindo: a devoção por Santa Terezinha é desde o seminário



Como começou a preparação do senhor para ser padre?
Fui ordenado em Limeira, na Catedral. Na época, era Nossa Senhora das Dores. Fiz o colegial em Campinas, no Colégio Diocesano. Comecei aos 12 anos, época em que era entusiasmado também pelas piscinas. É uma idade em que não há definição. Mas comecei o seminário com outros colegas. De cinco, dois tornaram-se padres. Fiz Filosofia e com o tempo fui amadurecendo. Não é uma vocação que existe desde criança, os caminhos levaram à escolha.

E como a sua família lidou com a escolha?
Todos respeitaram e incentivaram. Somos sete irmãos, duas mulheres. Entre eles há advogado, contador e professor.

Após a ordenação, por onde passou até chegar à Paróquia Santa Terezinha?
Estou na paróquia há 46 anos. Antes disso, fiquei no Cambuí, em Campinas. Em Limeira, substituí o padre Gustavo na São Benedito, por seis meses, quando ele foi para um curso em Roma. E fui vigário do cônego Rossi, na Catedral, por um ano e meio. Ele criou a paróquia, e me cedeu.

Como foi o tempo em que conviveu com o cônego Rossi?
Como vigário, eu não tinha muita iniciativa. O cônego era muito pacífico. Mas o que eu sabia que não agradava, não tocava. E ele tinha uma experiência de vida que eu não tinha. É preciso aprender com os mais velhos.

E como foi o início na paróquia?
Começamos do zero. Cônego Rossi me deu a posse num sábado, dia 3 de outubro de 1964. E, quando fui fechar a igreja, não havia porta. Improvisamos com tábuas. A igreja estava em construção, não tinha forro ou piso.

Ainda assim eram feitas as missas? E como a comunidade recebeu a nova igreja?
Sim, eram feitas as celebrações e encontros. A comunidade ficou feliz, pois facilitava. Não precisariam ir até a Catedral. Mas, no início, havia um muro muito alto, e nem todos sabiam que era a igreja. Com a criação da paróquia, esse muro foi derrubado. Também não havia escada para entrar na igreja. O degrau era feito com um caixote.

Qual foi o maior desafio do senhor na paróquia?
Foi formar a comunidade, os grupos de trabalho. Quando foi construída, a igreja tinha apenas uma porta. Nas missas de domingo, a chegada era tranquila, pois os fiéis chegavam devagar. Mas, para sair todos de uma vez, amontoavam-se na saída.  Para facilitar, foram construídas mais duas portas. Também precisamos criar os grupos de evangelização. São desafios de toda nova paróquia.

E como foi para o senhor ser o responsável por uma paróquia, pouco tempo após a ordenação?
Eu estava havia três anos como padre, daí vim como pároco. Fui aprendendo a ser padre, a conhecer, administrar. Na época, a comunidade Santa Ana pertencia à paróquia. Ajudamos a formar as comunidades Beato de Anchieta, Bom Pastor. Tivemos a ajuda de um padre de Rio Claro, e fomos compartilhando.

Além da vida religiosa, o senhor teve outros desafios em sua vida pessoal?
Sempre vivi em função do sacerdócio. Fiz Filosofia e na época não havia uma graduação específica. Poderia lecionar se fosse preciso, o que fiz por alguns anos. Dei aulas de doutrina religiosa no Trajano Camargo, nos anos de 1964 e 1965.

E como era o trabalho na paróquia?
No início era muito concorrido. Precisava de vários para dar conta e atender todos. Hoje a paróquia está mais reduzida. A Santa Terezinha foi a quinta paróquia de Limeira. Até então só havia a Catedral, São Sebastião, São Benedito e São Cristóvão. Hoje a cidade e as paróquias se expandiram. Atualmente temos 16 ou 17.

E a participação da comunidade?
Para o povo é uma facilidade ter a igreja por perto, o que possibilita uma participação maior. Na zona rural as pessoas chegam a percorrer dois quilômetros para assistir a uma missa. Aqui basta andar 200 metros e há vários horários.

Como foi a celebração da primeira missa?
Foi no cemitério, três meses após a morte de minha mãe. Ofereci a ela, com oração em seu túmulo. A segunda foi na São Benedito, minha paróquia de origem, já que eu morava por perto. A terceira foi na Catedral, quando não estava terminada.

Como foi para o senhor fazer uma missa na comunidade em que nasceu?
Tudo era emocionante.

Quem o senhor tem como incentivador?
Meus pais incentivavam. A gente é que tinha que decidir. Escolhi e eles apoiavam.

O que é ser padre?
Ser ministro de Deus, celebrar os sacramentos.

É difícil ser padre?
Hoje não é difícil. Muita gente continua tendo fé, atendemos o público.

Hoje é grande o número de igrejas de outras religiões. Como o senhor vê isso?
É evidente que os indecisos acabam por optar por outras. O que é muito bom, pois pelo menos professam alguma fé. Mas é uma pena deixar uma igreja que não nasceu ontem, mas há dois mil anos. Quando a pessoa não tem convicção, corre-se o risco de se afastar da igreja. Mas não se pode ficar sem rumo de fé. Todos os seres humanos têm uma ligação diante de Deus.

Nesses 50 anos, há algum momento em que o senhor guarda recordação especial?
Quando fui para Israel, foi um momento forte, passar por onde Jesus viveu, pisar onde Ele passou. Fiz um curso em Roma e tivemos uma passagem de 15 dias por Belém, Jerusalém, Jericó. Voltei cinco anos depois, mas com outro espírito, com menor curiosidade. Fui convidado a voltar outras vezes, para catequizar. É emocionante, marca a vida.

No início da vida como padre, o senhor já planejava um dia ir até lá?
A gente sonha. Muitos colegas também sonham.

O senhor ainda pretende voltar a Israel?
É uma viagem muito cansativa. Na última vez, o grupo tinha 50 pessoas, e era dividido em dois. Saíamos muito cedo sem previsão de voltar, o que acontecia à noite. Mas havia visitantes até mais velhos, com 80 anos, que davam exemplo. Quem vai, quer aproveitar de todo jeito. Mas lembro-me de certa vez dar uma bronca num guia. Em Jerusalém, passamos por um pico, onde ele disse que Jesus teria subido para se atirar. Mais que depressa chamei atenção e disse que isso era besteira. Ele disse que era uma brincadeira, mas isso não se fala.

Por quais outros locais inesquecíveis o senhor passou?
Além de Israel e Roma, Lisieux, na França, onde Santa Terezinha viveu. Guadalupe, o Santuário de Fátima e de Aparecida, é claro. Passei pelos grandes santuário marianos, como o de Lourdes, na França.

O que o senhor pôde perceber sobre a fé das pessoas nesses diferentes locais?
Alguns locais impressionam, existe um carinho muito grande. O santuário de Lourdes é o que concentra mais gente. Porém, o comércio fica longe. Há outro ambiente para comprar. Há velas, mas não há ninguém vendendo. Cada um dá a sua oferta. Não haverá ninguém olhando, é a sua consciência. Infelizmente aqui há comércio até dentro da igreja, o que faz perder o espírito.

Hoje há uma concorrência muito grande entre a igreja com outras atividades e, principalmente, o apelo por coisas materiais. Muitas vezes as pessoas se preocupam mais com esse aspecto, do que com o espiritual. Como o senhor avalia essa situação?
Tudo tem o seu tempo. Quem se afasta, sentirá falta de algo mais, além do material, e voltará a pensar na relação diante de Deus. E voltará para a igreja.

Muitas pessoas também justificam a descrença devido às mazelas do mundo, como as guerras, violência e desigualdade. O que o senhor diria sobre isso?
Deus não fez o homem pobre. Se há diferenças, a culpa é nossa, dos homens. Por que eu posso ter em excesso e o outro nem sequer tem o pão de cada dia? Todos devem ter o direito à oportunidade.

O senhor acompanhou o desenvolvimento não só da comunidade, como de Limeira. Como reflete o momento pelo qual o município passa?
Espero que os políticos correspondam com honestidade e dignidade. O povo precisa participar mais, pois no que se refere à política, é muito falho. Escolhe e depois deixa correr o barco. É politicamente limitado. Acha que, depois que vota, o problema é deles. Mas é nosso. Hoje, de fato, há maior cobrança e mais conscientização. Mas não total.

Que balanço o senhor faz desses 50 anos de sacerdócio?
Cinquenta anos... Acho que Deus deu um apelo e correspondi, na maioria das vezes. Mas tenho certeza de que escolhi o caminho certo. Houve prós e contras, vitórias e fracassos. Mas, apesar de tudo, estamos aqui. Agradeço a Deus e espero que nos acompanhe até o fim, que não sei quanto tempo será.

O senhor imaginava completar esta marca no tempo de ordenação?
Caminhei, estudei, fui ordenado, trabalhei. Lá se vão 50 anos, sem previsão. Tive os contratempos vencidos. E caí na paróquia certa.

Por quê?
Esta era para ser a Paróquia Pio X. Quando foi criada, o processo era feito por Campinas, e não sabiam qual santo seria o titular. Daí informaram que ficava ao lado da Casa da Criança Santa Terezinha. E assim ficou. Eu gostei. Mas tenho uma dívida com o papa Pio, ainda preciso fazer uma capela para ele [risos].

Por que o senhor ficou tão contente de Santa Terezinha ser a padroeira?
Já tinha devoção por ela desde o seminário. Lá havia uma capela com vários altares, com São José, Nossa Senhora das Dores. Mas Santa Terezinha tinha o seu "fã-clube". Por isso gostei. Ela está protegendo.

O que o senhor aconselharia a novos padres?
Viver bem o ministério para o qual foram chamados, ter dedicação, não ser preguiçoso.

A igreja católica tem sido muito reconhecida por padres que se destacaram na mídia, tanto com livros quanto com músicas. O que o senhor acha disso?
Alguns têm o dom de escrever, outros de cantar. Outros padres são melhores em lidar com jovens. É preciso desenvolver o que se tem mais facilidade.

E qual elege como a maior facilidade para o senhor?
Assumir o trabalho paroquial. Evangelizar. Na catequese também há um trabalho de destaque. No ensinar como vivenciar. Temos uma equipe boa, na liturgia e serviço social, como as visitas às famílias carentes. Quem faz é o povo de Deus, com iniciativa da igreja. É o alimento espiritual.

O senhor já pensa em se aposentar?
Hoje tenho 76 anos. Enquanto puder fazer algo, vou fazer. Senão, chamamos outro para ajudar.

Quais os planos do senhor agora, a partir do Jubileu de Ouro?
Continuar correspondendo ao que Deus nos designa. Em algumas situações poderia ter feito melhor, não por limitações, mas por fraqueza física.

Que mensagem o senhor deixa para os limeirenses, nesta data tão especial? 
Que cada um viva bem a sua vida e cumpra a sua tarefa. Agradeço a todos que ajudam, cumprem o papel e me ajudam a cumprir.

Dom Vilson celebra missa em
homenagem ao jubileu de ouro

As comemorações de 50 anos do padre Arlindo De Gaspari encerram hoje. Durante a semana, foi realizada tríduo com participação de várias comunidades e padres convidados de outras paróquias. Hoje, às 10h, será celebrada missa pelo bispo diocesano, dom Vilson Dias de Oliveira, com presença de presbíteros, seminaristas e comunidade. À noite, às 19h30, também haverá missa com padre Arlindo. O encerramento acontecerá às 20h30, após a missa, com exibição de um documentário sobre a trajetória do padre. (Vanessa Osava)


Vivaldo Kühl, o "Xá", será sepultado hoje

Daíza Lacerda


Lembrado pelo ativismo esportivo, tendo jogado nos dois times de Limeira, Vivaldo Kühl, mais conhecido como "Xá", morreu ontem de insuficiência renal e respiratória. Ele será sepultado hoje, às 10h, no cemitério Saudades II, saindo do velório municipal.
Xá inaugurou na Gazeta de Limeira a seção "Nossa História Esportiva", no início dos anos 80. "Resgatava fotos de jogadores e de torneios, como o 1º de Maio. Era disciplinado e ótimo jogador, embora nunca tivesse seguido a carreira profissional. Era um craque em campo, no futebol de salão, e como ser humano. Estava sempre sorrindo e de bem com todos", declara Walfrido Salvi, que o acompanhou nos anos de Gazeta numa amizade que se estreitou além do trabalho.
Paralelo à vida dedicada ao esporte, Xá trabalhou por mais de 30 anos na Machinas Zaccaria. "Minha lembrança é de uma pessoa muito alegre e entusiasmada. Para ele não havia tempo ruim", relata o sobrinho Décio Alexandre Kühl.
"Era um grande amigo, de quem sentiremos muito a perda", diz Antonino Alcântara Teixeira Martins, da Liga Desportiva Limeirense.
"Quem o via jogando, dizia que ele caberia em qualquer time profissional. Estava sempre de bem com todos, algo muito raro hoje. Fazia uma coluna fantástica, que circulava todos os domingos, e assinou por cerca de 20 anos", lembra Salvi, sobre o espaço agora escrito por João Valdir de Moraes na Gazeta.
Xá era solteiro e, nos últimos três anos, teve intensificados os problemas com o diabetes. No último mês foi internado e se recuperou, porém, voltou pouco depois para a UTI, onde morreu. O sepultamento ocorre hoje, às 10h, sob os cuidados da Funerária Gullo.



Xá tinha 78 anos e se destacou no futebol e crônica esportiva, inaugurando coluna na Gazeta
Xá tinha 78 anos e se destacou no futebol e crônica esportiva, inaugurando coluna na Gazeta

Publicado na Gazeta de Limeira, também na capa.




sábado, 21 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Trânsito lidera ocorrências atendidas pelo Samu em Cordeirópolis

Daíza Lacerda


Serviço teve 282 atendimentos nos três primeiros meses de funcionamento

Acidentes de trânsito foram a maior motivação de chamados ao Samu nos três primeiros meses do serviço em Cordeirópolis, que teve início ao mesmo tempo que em Limeira, em 1º de outubro de 2010.
"Recebemos de três a quatro chamados por dia e, dos 40 traumas registrados nas ocrrências de acidente de trânsito, pelo menos metade é com motos", disse a secretária de Saúde do município, Kelen Cristina Rampo Carandina.
No primeiro mês foram 87 atendimentos. Em novembro, 93, e dezembro fechou com 102, embora para este último a secretaria ainda não tenha o balanço de causas e perfil dos atendidos.
Antes do Samu, o município atendia com uma UTI móvel, usada principalmente para fazer remoções de pacientes. "Os mesmos profissionais continuam com o Samu. Porém, temos a segurança da regulação com um médico na retaguarda", diz ela.
Os casos de maior complexidade são encaminhados para Limeira.

MAPA DOS ATENDIMENTOS
A maioria dos atendimentos foram no Jardim Progresso, Bela Vista, São José e Santa Luzia, que são áreas maiores. No período, foram 32 ocorrências nesses locais. No Bairro do Cascalho foram 14, enquanto a zona rural registrou 9 e as rodovias, 12.
Adultos de 21 a 40 anos predominam no perfil de atendidos, com 66 pessoas. Em seguida vem a população de 41 a 60 anos (35) e de 0 a 20 anos (24).
Entre os idosos, as emergências são devido a acidente vascular cerebral (AVC) e enfarto. Entre as crianças, queimaduras. Acidentes de trabalho, quedas, convulsões, emergências clínicas e casos de hipo e hipertensão também são registrados. Os atendimentos incluem ainda casos psiquiátricos e de agressão física. No período, foram atendidas 92 mulheres e 63 homens.
Kelen avalia que a população sente maior segurança com o serviço, que é muito usado. O técnico de enfermagem Bruno Proni Bonfanti e o condutor Valdemir Augusto dos Santos, alguns dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, também têm a mesma impressão, e trabalham para manter essa segurança para as vítimas, mesmo quando a situação não é das melhores. "O nosso trabalho é fazer o melhor para que dê tudo certo no atendimento. Se a pessoa teve um trauma, faremos o possível para que não não haja consequências maiores. Tentamos minimizar os riscos", explicam.



Kelen mostra o balanço dos primeiros meses: trânsito lidera entre as ocorrências
Kelen mostra o balanço dos primeiros meses: trânsito lidera entre as ocorrências



População pode - e deve - contribuir
com otimização do atendimento

Apesar de toda a preparação, a prática pode ser prejudicada na falta de colaboração da população, como salientam o técnico de enfermagem Bruno Proni Bonfanti e o condutor Valdemir Augusto dos Santos. Aglomerações e chamados que não são de urgência, além da falta de compreensão no trânsito, são entraves no trabalho. "Quem não atrapalha, ajuda muito. Lidamos recentemente com um familiar desesperado que ia em direção à vítima. É um estresse emocional e compreensível. Porém, a área já estava isolada", diz Bonfanti.
"No trânsito, mesmo com sirene e giroflex, as pessoas não dão passagem. Já teve motorista na minha frente parado conversando com outro na calçada, enquanto estávamos em atendimento de urgência. Por outro lado, um civil parou seu carro num canteiro e começou a sinalizar aos outros motoristas para ajudar em nossa passagem", compara Santos.
O chamado para situações não emergenciais também atrapalha e já precisaram orientar pacientes neste sentido já que, enquanto foram chamados para cuidar de um corte pequeno, onde a vítima poderia ser levado ao hospital em veículo comum, do outro lado da cidade poderiam necessitar de atendimento rápido, de fato, o que prejudicaria. "As pessoas precisam ter consciência do que é urgente. Resfriados, febre e enxaqueca são coisas para ambulâncias simples. Enquanto isso, outros podem ter convulsão ou enfarto, além da dos acidentes e os chamados irregulares prejudicam esse atendimento", esclarecem.
Embora haja caso isolado de trote no atendimento, Kelen diz que isso não é um problema, mas ainda lidam com os chamados não urgentes. "O que pedimos é que a população colabore. Principalmente porque há um protocolo e quem pede o socorro deve responder todas as perguntas", frisa. O momento, crítico para quem pede a assistência, é essencial para determinar para que tipo de atendimento os profissionais devem se preparar. (DL)



Samu de Cordeirópolis tem quase 300 atendimentos nos 3 primeiros meses de funcionamento
Samu de Cordeirópolis tem quase 300 atendimentos nos 3 primeiros meses de funcionamento

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Romeiros iniciam em fevereiro obra para lazer de idosos

Daíza Lacerda


Almoço servido na Casa de Apoio será exclusivo para este público a partir de julho

Em décadas de romaria a pé, os fiéis que caminham até Aparecida do Norte sabem, sobretudo, dos desafios para se locomover, um dos problemas enfrentados quando a idade começa a avançar. "Quem caminha conhece essa dificuldade. Por isso, além do empréstimo de equipamentos como muletas e cadeiras de rodas, a associação já tinha desde o início a ideia de uma estrutura de amparo ao idoso", explica o presidente da Casa de Apoio aos Romeiros de Nossa Senhora Aparecida, Valdevino Vieira.
O projeto, já feito pela Unicamp, começa a tomar forma. A fundação do terreno começa no próximo mês e, confiante no ritmo de doações para a obra, o presidente estima que a conclusão será em 2013.
"Serão feitos quiosques, campo de bocha e campo de malha. Queremos que os idosos venham para ter lazer, se enturmar. Afinal, isolados já ficam em casa", diz Valdevino, sobre a prioridade da associação no momento.
Serão 750 m² de construção, orçada entre R$ 1 milhão e R$ 1,3 milhão. "Temos uma agenda de eventos para o ano todo, e contamos com isso para dar andamento na construção", explica.
A creche será erguida ao lado do refeitório, que também será usado nas refeições oferecidas aos idosos. O público acima de 60 anos será também o principal a quem se destina as refeições servidas diariamente no local. "Hoje atendemos famílias e várias faixas etárias. No entanto, esse público poderá ser assistido por outros locais, que também recebem refeição. A partir de 1º de julho, o almoço será exclusivamente para os idosos", anuncia.
O projeto da creche do idoso prevê também área de descanso, embora a ideia seja a ocupação com atividades. "Na creche, o familiar trará o idoso, que receberá café e almoço. O café deve ser com a família, para manter os vínculos. Haverá também a convivência, em que idosos poderão ir até o espaço e participar de aulas e oficinas, como música ou pintura.
Jogos lúdicos, TV e biblioteca são previstos para que entre 80 e 100 idosos passem o dia no local.
Além do calendário de eventos, a associação conta com a mobilização em prol do projeto. Doações em dinheiro ou de materiais (construção básica, acabamento, elétrico, hidráulico e mobília) podem ser feitas. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone 3445-7325.


Valdevino, na área onde será construída a creche: lazer para idosos
Valdevino, na área onde será construída a creche: lazer para idosos

Publicado na Gazeta de Limeira.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

RPM apresenta bom e velho rock com novas composições

Daíza Lacerda


Tecladista fala sobre nova turnê e o que público pode esperar do show amanhã, no Gran

Nos anos 80 Limeira vibrou ao som ao vivo de "Olhar 43", "Alvorada Voraz" e "Revoluções por minuto" na passagem da banda RPM. Após anos longe dos palcos - e das gravadoras - na década de 90, a formação original com Paulo Ricardo (vocal e baixo), Luiz Schiavon (teclados), Fernando Deluqui (guitarra) e Paulo P.A. Pagni (bateria) está de volta com os clássicos da carreira e as novas composições do recém-lançado "Elektra", nome que dá o tom do que os fãs podem esperar do show de amanhã, no Gran São João.

É o que garante Schiavon, que falou à Gazeta. "Começamos a compor no final de 2010 e sabíamos que a possibilidade da volta dependeria de um trabalho inédito bacana", explica. A dose foi repetida na união que deu tão certo no início da banda, na "maneira particular" em que ele Paulo Ricardo fazem as composições e arranjos, que dá ao novo álbum a sonoridade característica da banda, assegura o tecladista.
Dirigido pelo diretor teatral e de musicais Ulysses Cruz, a produção do show teve cuidado especial na iluminação, cenografia, e projeções. "O laser, caracterizado em nossos shows, realça o clima das canções, mas a motivação é a música", completa.

MÚSICA E PÚBLICO
Se não pode contra a tecnologia, una-se a ela. Foi o que a banda fez ao lançar os primeiros singles de "Elektra" no site do grupo. Apesar de o CD duplo chegar ao mercado há pouco tempo, o retorno já pode ser medido. "A primeira música lançada do álbum está entre os 20 primeiros lugares nas rádios do País, o que não é fácil para quem ficou dez anos parado", considera Schiavon.
E as faixas que apontam como novos hits está na boca do público. "Nos shows, a moçada têm cantado as músicas novas. Quando liberadas para downloads, as faixas tiveram muitos acessos", comemora.
Além da nova geração conectada, a que acompanhou o estouro do rock nacional dos anos 80 também é fiel nos shows e ambas têm aprovado o novo material. "Essa é a nossa turnê mais divertida, com um pessoal novo e plateias ótimas. Estamos mais maduros como músicos e como pessoas, então curtimos muito, e isso se estende ao público".

ROCK BRAZUCA E PIRATARIA
Sobre fazer rock no Brasil nos anos 80 e agora, Schiavon reflete que atualmente há pouca gente em cena, com menor participação do estilo e muito pop adolescente, se comparada à participação e preocupação política e social refletidas nas composições daquela época.
Se o velho público novo não deixa de prestigiar a banda nos novos tempos, foram necessárias algumas mudanças no que se refere ao mercado. E, nisso, não há prejuízo. "Apesar dessa menor participação, por outro lado, o mercado da música está aquecido", considera.
E, quem toca a "pirataria nas onda do rádio" emenda em outra questão que divide os músicos. "Dizem que a pirataria, os downloads ilegais, prejudicam as bandas. Isso prejudica a indústria fonográfica. Porque os shows vão muito bem, obrigado!", atesta, defendendo maneiras mais eficientes de vender a música como mídia. Em vez de ver a internet como inimiga, usaram o seu poder de divulgação - ou de fazer revolução.
O último álbum inédito foi lançado em 1989. Em 2002 voltaram à estrada com o projeto Acústico MTV, com seis músicas novas e regravações. Para que ninguém fique entre a cruz e a espada, Schiavon lembra que nenhum hit ficará de fora, e a plateia vai vibrar também com o que há de novo. "Será um show divertido", finaliza. Confira onde garantir o ingresso no Caderno de Lazer.



RPM, formado por P.A., Fernando Deluqui, Luiz Schiavon e Paulo Ricardo, toca amanhã no Gran
RPM, formado por P.A., Fernando Deluqui, Luiz Schiavon e Paulo Ricardo, toca amanhã no Gran

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Limeira está em estado de observação, devido à chuva

Renata Reis
Daíza Lacerda

Boletim divulgado anteontem pela Coordenadoria Regional de Defesa Civil informa que Limeira e Engenheiro Coelho estão entre os 12 municípios da região em estado de observação por causa das chuvas ininterruptas. Outros 19 estão em estado de atenção.
Segundo os critérios adotados pela Defesa Civil, o estado de atenção é automaticamente adotado quando o acumulado das chuvas nos três últimos dias atinge a marca de 80 milímetros (mm). Em Limeira, conforme levantamento do órgão local, choveu 74mm desde terça-feira. Desde domingo, chove todos os dias na cidade. Foram 101,5mm, volume considerado normal para a época, mas, conforme o coordenador Miquéas Balmant, quando as chuvas são constantes, é preciso cuidado.
"Chuvas ininterruptas exigem atenção das pessoas aonde estiverem. Em casa, devem observar o comportamento da estrutura, ficar atentos com rachaduras e umidade, por exemplo. Se estiverem fora, permanecer em locais seguros durante fortes chuvas; evitar baixadas", orienta.
Na tarde de ontem, Balmant fazia vistorias nas imediações da Estrada da Balsa, após o Jardim do Lago, onde moradores sofrem em todo início de ano. O problema começa no Sistema Cantareira, que tem o rio Atibaia como um dos afluentes. Este liga ao rio Piracicaba, que passa pelos bairros ao fim da Estrada da Balsa.
Outros pontos que podem oferecer riscos, como numa encosta no Jardim Granja Machado, também são observados constantemente. "Apesar que, num período chuvoso como esse, locais que normalmente não tem problema podem passar a ter", conta. Por isso, segundo ele, a observação deve ser geral.
Desde o primeiro dia deste ano, conforme a Defesa Civil local, choveu, até a tarde de ontem, 253,5mm.

ENGENHEIRO COELHO
Engenheiro Coelho foi inicialmente listada com o acúmulo de 75,8 mm de chuva em três dias. No entanto, segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Antônio Tadeu Mulla, entre segunda e quarta-feira, o índice chegou a 85 mm, que caracteriza estado de atenção. O município começa a estruturar a Defesa Civil, recém criada. O órgão foi incluído no sistema de Defesa Civil da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Os últimos verões não registraram alagamentos ou desmoronamentos na cidade. Porém, a equipe que começa a ser formada conta com ajuda de técnicos experientes para iniciar a capacitação em serviços no município, tanto nas épocas de chuva, quanto nas estiagens. "Não temos conhecimento de áreas de risco, mas podem existir e não sabemos. Por isso pretendemos mapear possíveis áreas vulneráveis, com pessoal técnico da Secretaria de Estado", explica o coordenador.
Para iniciar o trabalho, faltam os equipamentos, cuja aquisição depende de financiamento da Agência Metropolitana de Campinas, que tem o projeto para os municípios da RMC.
Com a aquisição de uma caminhonete, computador, impressora e máquina fotográfica para a montagem da estação de trabalho, o órgão começará a carregar um sistema de dados interligados entre as cidades da RMC, com informações sobre os eventos, como chuvas. "Estamos começando e temos tudo o que aprender. Por isso a ideia é que trabalhemos junto com os outros órgãos da região e Estado".

ESTADO DE OBSERVAÇÃO: quando não há mudanças significativas nas condições do tempo
ESTADO DE ATENÇÃO: quando a chuva tem potencial suficiente para provocar alagamentos
ESTADO DE ALERTA: quando já existe a constatação do transbordamento de rios e córregos
ESTADO DE ALERTA MÁXIMO: calamidade pública. Somente o prefeito pode decretar este estado de criticidade. Neste caso, é necessária a intervenção do governo estadual ou federal.

Publicado na Gazeta de Limeira

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Autoridades preveem medidas emergenciais durante chuvas

Daíza Lacerda

Secretários discutem questão em reunião; preocupação prevalece em áreas de risco

Representantes de secretarias e autarquias reuniram-se nesta semana para discutir soluções emergenciais para locais atingidos por chuvas torrenciais em Limeira, que registraram prejuízos e danos.
Ruas dos bairros Santo André, Santa Catarina, Limeirânea, Nova Europa, Santa Cecília, São Simão, Boa Vista, Parque das Nações, Barroca Funda, Granja Machado, Colina Verde e Portal São Clemente são consideradas prioritárias, conforme o secretário de Obras, Celso José Gonçalves.
“As obras emergenciais são, em alguns casos, recuperação de aterro, guias e passeio público; em outros, recuperação de galeria pluvial, pavimento asfáltico, recuperação de gabiões. São serviços que precisam ser feitos com urgência, para que sejam evitados danos à população”, informou o secretário.
Nos bairros, se a geografia não assusta, novas incidências casos de verões anteriores assustam. A empregada doméstica Vilma Aparecida Vieira, de 50 anos, passará o primeiro verão na casa que alugou há menos de um ano no Jardim Santa Catarina, que fica numa encosta. "Por enquanto não tive problemas com a chuva e até onde sei o imóvel está bem fundado e com bom encanamento", disse ela, considerando tomar providências caso haja surpresas com as chuvas deste verão.
Já na Boa Vista, o clima é de preocupação entre os moradores do fim da Rua General Osório. "A água da chuva corre das outras ruas para cá, onde não há vazão. Na última chuva forte, o córrego encheu bastante", considerou a dona de casa Simone Cristina Barbato, de 30 anos.
Seu vizinho, o aposentado João Pereira Maldonado, de 65 anos, já teve despesas com seu imóvel, que tem limite na área do córrego. "Já tive muro derrubado e também trincas", conta ele sobre as consequências do descarte de entulho no córrego, que contribui com os alagamentos. Com as chuvas fortes, a área enche rapidamente e o excesso de água vai para a rua e casas.

MEDIDAS
“A Prefeitura está ciente dos problemas e necessidades, porém, muitas vezes, há atraso na realização das obras por motivo dos procedimentos que devem ser seguidos, como as licenças ambientais, as licitações e os trâmites legais”, explicou Gonçalves.
“Em Limeira há oito mil bocas-de-lobo. Com as chuvas atípicas é esperado que o volume de água seja alto e o lixo jogado nas ruas ocasiona o entupimento das mesmas e aumenta o risco de enchentes. É importante que a população evite jogar lixo nas ruas, mesmo em pontos mais altos, o que colabora para que a água escoe sem problemas", orientam os técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Armando Cecato e Israel das Neves.
Também participaram desta reunião o chefe de Gabinete, José Carlos Pejon, o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, e Daniela Scognamiglio Almeida, do Departamento de Gestão de Suprimentos (DGS).

HISTÓRICO
No ano passado, áreas do Jardim Ipiranga e Glória tiveram grandes estragos, sanados em obras de conclusão recentes. Além desses, os tradicionais pontos de alagamento, como a rotatória de acesso à Avenida Laranjeiras, ainda é um dos 17 pontos sujeitos a enchentes. Moradores do entorno do Mercado Modelo já tiveram transtornos neste ano com o excesso de água. Problemas de galeria também são enfrentados por moradores de uma das ruas do Jardim Adélia Cavichia, intensificados durante a chuva quando o asfalto cede por falta de estrutura subterrânea.
Conforme a Gazeta publicou no domingo, as chuvas torrenciais de verão aumentam a preocupação de moradores, que recorrem à Defesa Civil para vistorias em imóveis. Porém, o órgão, um dos primeiros a ser acionados, nessas ocasiões, está com a frota defasada e depende de empréstimo de veículos de outras secretarias.



Próximo do Jardim Granja Machado, residências ficam em encostas
Próximo do Jardim Granja Machado, residências ficam em encostas

Publicado na Gazeta de Limeira.