sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Limeira está em estado de observação, devido à chuva

Renata Reis
Daíza Lacerda

Boletim divulgado anteontem pela Coordenadoria Regional de Defesa Civil informa que Limeira e Engenheiro Coelho estão entre os 12 municípios da região em estado de observação por causa das chuvas ininterruptas. Outros 19 estão em estado de atenção.
Segundo os critérios adotados pela Defesa Civil, o estado de atenção é automaticamente adotado quando o acumulado das chuvas nos três últimos dias atinge a marca de 80 milímetros (mm). Em Limeira, conforme levantamento do órgão local, choveu 74mm desde terça-feira. Desde domingo, chove todos os dias na cidade. Foram 101,5mm, volume considerado normal para a época, mas, conforme o coordenador Miquéas Balmant, quando as chuvas são constantes, é preciso cuidado.
"Chuvas ininterruptas exigem atenção das pessoas aonde estiverem. Em casa, devem observar o comportamento da estrutura, ficar atentos com rachaduras e umidade, por exemplo. Se estiverem fora, permanecer em locais seguros durante fortes chuvas; evitar baixadas", orienta.
Na tarde de ontem, Balmant fazia vistorias nas imediações da Estrada da Balsa, após o Jardim do Lago, onde moradores sofrem em todo início de ano. O problema começa no Sistema Cantareira, que tem o rio Atibaia como um dos afluentes. Este liga ao rio Piracicaba, que passa pelos bairros ao fim da Estrada da Balsa.
Outros pontos que podem oferecer riscos, como numa encosta no Jardim Granja Machado, também são observados constantemente. "Apesar que, num período chuvoso como esse, locais que normalmente não tem problema podem passar a ter", conta. Por isso, segundo ele, a observação deve ser geral.
Desde o primeiro dia deste ano, conforme a Defesa Civil local, choveu, até a tarde de ontem, 253,5mm.

ENGENHEIRO COELHO
Engenheiro Coelho foi inicialmente listada com o acúmulo de 75,8 mm de chuva em três dias. No entanto, segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Antônio Tadeu Mulla, entre segunda e quarta-feira, o índice chegou a 85 mm, que caracteriza estado de atenção. O município começa a estruturar a Defesa Civil, recém criada. O órgão foi incluído no sistema de Defesa Civil da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Os últimos verões não registraram alagamentos ou desmoronamentos na cidade. Porém, a equipe que começa a ser formada conta com ajuda de técnicos experientes para iniciar a capacitação em serviços no município, tanto nas épocas de chuva, quanto nas estiagens. "Não temos conhecimento de áreas de risco, mas podem existir e não sabemos. Por isso pretendemos mapear possíveis áreas vulneráveis, com pessoal técnico da Secretaria de Estado", explica o coordenador.
Para iniciar o trabalho, faltam os equipamentos, cuja aquisição depende de financiamento da Agência Metropolitana de Campinas, que tem o projeto para os municípios da RMC.
Com a aquisição de uma caminhonete, computador, impressora e máquina fotográfica para a montagem da estação de trabalho, o órgão começará a carregar um sistema de dados interligados entre as cidades da RMC, com informações sobre os eventos, como chuvas. "Estamos começando e temos tudo o que aprender. Por isso a ideia é que trabalhemos junto com os outros órgãos da região e Estado".

ESTADO DE OBSERVAÇÃO: quando não há mudanças significativas nas condições do tempo
ESTADO DE ATENÇÃO: quando a chuva tem potencial suficiente para provocar alagamentos
ESTADO DE ALERTA: quando já existe a constatação do transbordamento de rios e córregos
ESTADO DE ALERTA MÁXIMO: calamidade pública. Somente o prefeito pode decretar este estado de criticidade. Neste caso, é necessária a intervenção do governo estadual ou federal.

Publicado na Gazeta de Limeira

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