quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Autoridades preveem medidas emergenciais durante chuvas

Daíza Lacerda

Secretários discutem questão em reunião; preocupação prevalece em áreas de risco

Representantes de secretarias e autarquias reuniram-se nesta semana para discutir soluções emergenciais para locais atingidos por chuvas torrenciais em Limeira, que registraram prejuízos e danos.
Ruas dos bairros Santo André, Santa Catarina, Limeirânea, Nova Europa, Santa Cecília, São Simão, Boa Vista, Parque das Nações, Barroca Funda, Granja Machado, Colina Verde e Portal São Clemente são consideradas prioritárias, conforme o secretário de Obras, Celso José Gonçalves.
“As obras emergenciais são, em alguns casos, recuperação de aterro, guias e passeio público; em outros, recuperação de galeria pluvial, pavimento asfáltico, recuperação de gabiões. São serviços que precisam ser feitos com urgência, para que sejam evitados danos à população”, informou o secretário.
Nos bairros, se a geografia não assusta, novas incidências casos de verões anteriores assustam. A empregada doméstica Vilma Aparecida Vieira, de 50 anos, passará o primeiro verão na casa que alugou há menos de um ano no Jardim Santa Catarina, que fica numa encosta. "Por enquanto não tive problemas com a chuva e até onde sei o imóvel está bem fundado e com bom encanamento", disse ela, considerando tomar providências caso haja surpresas com as chuvas deste verão.
Já na Boa Vista, o clima é de preocupação entre os moradores do fim da Rua General Osório. "A água da chuva corre das outras ruas para cá, onde não há vazão. Na última chuva forte, o córrego encheu bastante", considerou a dona de casa Simone Cristina Barbato, de 30 anos.
Seu vizinho, o aposentado João Pereira Maldonado, de 65 anos, já teve despesas com seu imóvel, que tem limite na área do córrego. "Já tive muro derrubado e também trincas", conta ele sobre as consequências do descarte de entulho no córrego, que contribui com os alagamentos. Com as chuvas fortes, a área enche rapidamente e o excesso de água vai para a rua e casas.

MEDIDAS
“A Prefeitura está ciente dos problemas e necessidades, porém, muitas vezes, há atraso na realização das obras por motivo dos procedimentos que devem ser seguidos, como as licenças ambientais, as licitações e os trâmites legais”, explicou Gonçalves.
“Em Limeira há oito mil bocas-de-lobo. Com as chuvas atípicas é esperado que o volume de água seja alto e o lixo jogado nas ruas ocasiona o entupimento das mesmas e aumenta o risco de enchentes. É importante que a população evite jogar lixo nas ruas, mesmo em pontos mais altos, o que colabora para que a água escoe sem problemas", orientam os técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Armando Cecato e Israel das Neves.
Também participaram desta reunião o chefe de Gabinete, José Carlos Pejon, o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, e Daniela Scognamiglio Almeida, do Departamento de Gestão de Suprimentos (DGS).

HISTÓRICO
No ano passado, áreas do Jardim Ipiranga e Glória tiveram grandes estragos, sanados em obras de conclusão recentes. Além desses, os tradicionais pontos de alagamento, como a rotatória de acesso à Avenida Laranjeiras, ainda é um dos 17 pontos sujeitos a enchentes. Moradores do entorno do Mercado Modelo já tiveram transtornos neste ano com o excesso de água. Problemas de galeria também são enfrentados por moradores de uma das ruas do Jardim Adélia Cavichia, intensificados durante a chuva quando o asfalto cede por falta de estrutura subterrânea.
Conforme a Gazeta publicou no domingo, as chuvas torrenciais de verão aumentam a preocupação de moradores, que recorrem à Defesa Civil para vistorias em imóveis. Porém, o órgão, um dos primeiros a ser acionados, nessas ocasiões, está com a frota defasada e depende de empréstimo de veículos de outras secretarias.



Próximo do Jardim Granja Machado, residências ficam em encostas
Próximo do Jardim Granja Machado, residências ficam em encostas

Publicado na Gazeta de Limeira.



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