Secretários discutem questão em reunião; preocupação prevalece em áreas de risco
Representantes de secretarias e autarquias reuniram-se nesta semana para discutir soluções emergenciais para locais atingidos por chuvas torrenciais em Limeira, que registraram prejuízos e danos.
Ruas dos bairros Santo André, Santa Catarina, Limeirânea, Nova Europa, Santa Cecília, São Simão, Boa Vista, Parque das Nações, Barroca Funda, Granja Machado, Colina Verde e Portal São Clemente são consideradas prioritárias, conforme o secretário de Obras, Celso José Gonçalves.
“As obras emergenciais são, em alguns casos, recuperação de aterro, guias e passeio público; em outros, recuperação de galeria pluvial, pavimento asfáltico, recuperação de gabiões. São serviços que precisam ser feitos com urgência, para que sejam evitados danos à população”, informou o secretário.
Nos bairros, se a geografia não assusta, novas incidências casos de verões anteriores assustam. A empregada doméstica Vilma Aparecida Vieira, de 50 anos, passará o primeiro verão na casa que alugou há menos de um ano no Jardim Santa Catarina, que fica numa encosta. "Por enquanto não tive problemas com a chuva e até onde sei o imóvel está bem fundado e com bom encanamento", disse ela, considerando tomar providências caso haja surpresas com as chuvas deste verão.
Já na Boa Vista, o clima é de preocupação entre os moradores do fim da Rua General Osório. "A água da chuva corre das outras ruas para cá, onde não há vazão. Na última chuva forte, o córrego encheu bastante", considerou a dona de casa Simone Cristina Barbato, de 30 anos.
Seu vizinho, o aposentado João Pereira Maldonado, de 65 anos, já teve despesas com seu imóvel, que tem limite na área do córrego. "Já tive muro derrubado e também trincas", conta ele sobre as consequências do descarte de entulho no córrego, que contribui com os alagamentos. Com as chuvas fortes, a área enche rapidamente e o excesso de água vai para a rua e casas.
MEDIDAS
“A Prefeitura está ciente dos problemas e necessidades, porém, muitas vezes, há atraso na realização das obras por motivo dos procedimentos que devem ser seguidos, como as licenças ambientais, as licitações e os trâmites legais”, explicou Gonçalves.
“Em Limeira há oito mil bocas-de-lobo. Com as chuvas atípicas é esperado que o volume de água seja alto e o lixo jogado nas ruas ocasiona o entupimento das mesmas e aumenta o risco de enchentes. É importante que a população evite jogar lixo nas ruas, mesmo em pontos mais altos, o que colabora para que a água escoe sem problemas", orientam os técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Armando Cecato e Israel das Neves.
Também participaram desta reunião o chefe de Gabinete, José Carlos Pejon, o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, e Daniela Scognamiglio Almeida, do Departamento de Gestão de Suprimentos (DGS).
HISTÓRICO
No ano passado, áreas do Jardim Ipiranga e Glória tiveram grandes estragos, sanados em obras de conclusão recentes. Além desses, os tradicionais pontos de alagamento, como a rotatória de acesso à Avenida Laranjeiras, ainda é um dos 17 pontos sujeitos a enchentes. Moradores do entorno do Mercado Modelo já tiveram transtornos neste ano com o excesso de água. Problemas de galeria também são enfrentados por moradores de uma das ruas do Jardim Adélia Cavichia, intensificados durante a chuva quando o asfalto cede por falta de estrutura subterrânea.
Conforme a Gazeta publicou no domingo, as chuvas torrenciais de verão aumentam a preocupação de moradores, que recorrem à Defesa Civil para vistorias em imóveis. Porém, o órgão, um dos primeiros a ser acionados, nessas ocasiões, está com a frota defasada e depende de empréstimo de veículos de outras secretarias.
Publicado na Gazeta de Limeira.
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