domingo, 15 de janeiro de 2012 | By: Daíza de Carvalho

Até junho, limeirense terá nova biblioteca, museu e Palacete

Daíza Lacerda

Pacote de obras da Cultura, iniciadas mais de dois anos, soma quase R$ 7 mi

No primeiro semestre de 2012 Limeira terá de volta o Museu Histórico-Pedagógico Major José Levy Sobrinho, um novo prédio para as bibliotecas municipais e o Palacete Levy restaurado. A previsão é dos secretários municipais de Cultura, José Farid Zaine, e de Obras e Serviços Urbanos, Celso José Gonçalves.
A primeira obra prevista para ser entregue é a do museu, que começou em outubro de 2009 e custa R$ 1.660 milhão. Feita com recursos federais, do Ministério do Turismo, Gonçalves explica que a demora deve-se a vários motivos. Um deles é o processo de liberação dos recursos, gerenciado pela Caixa Econônomica Federal, que faz o pagamento por fases. Outro é o vandalismo durante as obras e as alterações não previstas no projeto inicial, como a climatização específica para as obras do museu, e também adaptações para acessibilidade.
Há ainda o impasse da Praça Coronel Flamínio Ferreira, onde fica o museu, cuja reforma está incluída no pacote. Mais do que o prédio, os serviços iniciados e não concluídos na praça são os mais criticados pela população, devido à grande concentração de pessoas no local. "As obras só podem começar efetivamente na praça após o dia 15 de janeiro, quando todas as linhas de ônibus forem remanejadas do local", diz Gonçalves. Além do piso, a arborização será refeita.

BIBLIOTECA
Inspirada na Biblioteca de São Paulo, recentemente inaugurada pelo governo estadual na capital, a nova biblioteca de Limeira será no antigo Ceprosom, no Parque Cidade. O barracão passa por readaptação em projeto moderno que prevê forro termoacústico e um auditório, além de espaço para ampliação do acervo. Com novo conceito de espaço cultural, deverá ter funcionamento em horários diferenciados, com atividades.
O custo é de R$ 2.205 milhões, com conclusão prevista para junho de 2012. 



Novo prédio das bibliotecas municipais, no Parque, permitirá ampliação do acervo
Novo prédio das bibliotecas municipais, no Parque, permitirá ampliação do acervo

Prédio do museu já sofre vandalismo; obra na praça ficará para a segunda quinzena de janeiro
Prédio do museu já sofre vandalismo; obra na praça ficará para a segunda quinzena de janeiro

Cultura volta para o Palacete até abril

Quase vencido pelos cupins e infiltrações, além de intervenções que danificaram a estrutura, o Palacete Levy será entregue ao município após a intervenção de um Salvador. Tendo no nome o próprio ofício, o especialista em preservação Salvador de Cápua está à frente, com outros profissionais, da restauração do centenário imóvel. O trabalho, que inclui a peregrinação atrás de peças originais da época, custará R$ 2.990 milhões aos cofres do município.
Pelo menos quatro camadas de tinta foram retiradas das paredes, o que levou à descoberta de pinturas originais. Onde foram detectadas, serão mantidos os desenhos originais. Toda a pintura será com acrílico pigmentado fosco, como explica Cápua.
O processo começa a ser finalizado. Praticamente pronto para receber nova pintura na parte interna, algumas relíquias estão sendo trabalhadas, como as peças de nove lustres, que estão no local há mais de um século. Do latão ao bronze, além de cristais, serão polidas e reconstituídas por um artista plástico. As portas de madeira que não puderam ser recuperadas, foram feitas no mesmo modelo e material. O local teve que receber adaptações, como de acessibilidade (com um elevador), além da construção de banheiros. A calçada também será demolida e feita uma nova.
Liberado por etapas, o prédio poderá ser novamente ocupado a partir de fevereiro, apesar da previsão de reabertura até abril. "É para onde voltará a sede da Secretaria da Cultura, além da Oficina Carlos Gomes e Orquestra Sinfônica", lembra Farid.
No porão havia um estábulo, onde houve escavação. Sob o chão havia pedras, que não podem ser usadas como piso, mas ficarão expostas numa moldura de vidro.
A recuperação do Palacete é uma luta antiga, como relembra Farid. "Em 2005, tentamos angariar fundos para a restauração por meio da Lei Rouanet. Fizemos um concerto, convidamos as empresas, mas não arrecadamos sequer R$ 1".
Com a maior parte da verba das três obras bancada pelo município, apesar dos recursos e longo prazo para a conclusão, Farid e Gonçalves avaliam os benefícios. "Será um ganho cultural para a cidade", concordam.




Gonçalves, Cápua e Farid: lustres do Palacete também fazem parte da restauração
Gonçalves, Cápua e Farid: lustres do Palacete também fazem parte da restauração

Na reta final da restauração, o Palacete Levy poderá ser reaberto ao público até abril de 2012
Na reta final da restauração, o Palacete Levy poderá ser reaberto ao público até abril de 2012

Publicado na Gazeta de Limeira.


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