domingo, 30 de janeiro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Mato alto, lixo e odores são problemas em local de feira

Daíza Lacerda

É crítica a situação na área da feira livre no Jardim Vista Alegre, na Rua José Antônio Massaro. Mato alto, entulho e cheiro forte do lixo deixado no local impediram que os feirantes Leandro Takada e Marcos Toshi trabalhassem em uma das últimas semanas.
De acordo com Takada, o problema existe há vários meses, e o odor que resulta do acúmulo de lixo tornou inviável o trabalho com alimentos no local. "Havia manutenção, mas há alguns meses a área está abandonada. Já recorremos à associação dos feirantes e ao fiscal da feira, mas não tivemos resultados", declara.
"O argumento da fiscalização da feira por não ter tomado nenhuma providência é a de que, como se trata de um bairro de periferia e pelo local da feira ser ao lado de um córrego, não há como fiscalizar a ação da população, como o descarte de lixo e entulho", completa Toshi.
Eles lembram ainda dos impostos que arcam para poder trabalhar na feira, o que os prejudicam ainda mais com a falta de condições. "Já fomos advertidos pelas faltas, mas com mau cheiro e lixo não há como trabalhar", explicam.
"Na semana passada começamos a montar nossa barraca praticamente no meio da feira, pois não há condições de se estacionar o carro no meio do mato. Entendemos que devido às chuvas, muitos bairros foram alagados, muito asfalto destruído, e vários outros problemas na cidade aconteceram, mas penso que a saúde pública não deve ser deixada para segundo plano".
Os feirantes defendem que, pelo local receber grande circulação e pela quantidade de produtos alimentícios, a atenção à área é urgente. "Em dias de chuva a rua da feira vira um rio. Já imaginou os riscos de doença que nós, não somente os feirantes, mas a população em geral, corremos com essa situação?", indaga Toshi.
Eles relatam ainda que animais mortos como cobras teriam sido encontrados no local, que tem acesso de crianças. Devido ao lixo, mato e animais, os feirantes contornaram a situação com humor e batizaram a área de "safári', com uma placa que lista as "atrações". "É uma forma de protesto que arranjaram para demonstrar a insatisfação com a situação", diz Toshi.
De acordo com o secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos, Celso José Gonçalves, que responde pela pasta da Agricultura, que envolve as feiras, o local está na programação para receber manutenção. O secretário afirma que há poucas semanas foi feita uma reunião com os feirantes e a situação não foi apresentada, mas irá verificar o descarte de lixo e animais próximos ao córrego. Conforme Gonçalves, o serviço será executado com a trégua da chuva.

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