domingo, 29 de maio de 2016 | By: Daíza de Carvalho

Cooperativa avança para a casa própria de 740 famílias

Assinatura com a Caixa formalizou Minha Casa, Minha Vida Entidades em Limeira

Daíza Lacerda

Há cerca de dois anos, a possibilidade da casa própria ainda era uma promessa para as famílias da Associação Habitacional de Limeira (AHL). À época, elas arcaram com um aporte financeiro para segurar um terreno no Jardim Manacá. Passados anos de trabalho e trâmites, a assinatura com a Caixa Econômica Federal para o Minha Casa, Minha Vida Entidades selou que ali será erguida a residência de 740 famílias. O convênio foi formalizado na quarta-feira.
É a primeira vez que o projeto acontece em Limeira, no modelo de autogestão, como explica Josué Gregório, presidente da AHL. Devido às exigências para pleitear o convênio, como registros e pontuação, o grupo limeirense se uniu à Cooperativa Nacional de Habitação e Construção (Cooperteto), que atua na região há décadas e foi a titular do pedido. O apoio técnico para os projetos é da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Habitação.
Os 740 apartamentos previstos na área serão divididos em duas etapas, que terão comissões de fiscalização e de finanças. Os cooperados participarão de todo o processo, como os projetos e medições, sendo responsáveis inclusive pela escolha da construtora.
Com a assinatura do contrato com a Caixa, serão liberados R$ 7,7 milhões de investimentos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), que serão usados na compra da área de 71 mil metros quadrados, além de elaboração de projeto, trabalho social e legalização dos empreendimentos. Nos próximos 12 meses, a Cooperteto vai elaborar os projetos, orçamentos detalhados, legalizações e aprovações referentes ao empreendimento, além de atividades sociais com as famílias selecionadas.
PROCESSO
Segundo Gregório, a triagem das famílias já teve início. Mesmo ajudando na entrada para garantir o terreno, todos os cooperados devem atender às exigências da Caixa para o programa, como renda até R$ 1,8 mil por família e não ter imóvel no nome. Conforme o presidente, todos os cooperados são de Limeira, e vivem de aluguel ou casas cedidas. Parte conseguiu moradias em outros programas, além da participação no processo para o Residencial Rubi, saindo dessa fila. Para pleitear a moradia, novos cooperados entrarão numa espécie de fila de espera, caso um dos atuais desista ou seja viabilizado novo projeto.
O presidente salienta que a saga da busca de moradia remonta à atuação de Nelson Caldeiras, morto há um ano e meio. Ele era presidente da AHL e liderou o movimento pela habitação em Limeira. "É uma realização que devemos a ele. Foi uma honra continuar esse projeto e realizar esse sonho".

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