domingo, 17 de abril de 2011 | By: Daíza de Carvalho

SAMU: Iracemápolis não confirma unidade e Limeira poderá pagar mais por serviço

Daíza Lacerda


Enquanto continuam as obras da Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Limeira, com data para terminar até dia 2 de junho, em Iracemápolis, cidade da região prevista para sediar uma unidade descentralizadora, assim como Cordeirópolis, surge impasse sobre a implantação do serviço. As três cidades já receberam ambulâncias para o serviço.
De acordo com a secretária da Saúde de Iracemápolis Maria Margareth Capobianco Degaspari, o custo mensal para manter o serviço estaria muito alto para o orçamento da cidade. “Ainda não há nada oficial, mas estamos tentando negociar com a Secretaria Estadual um repasse para ajudar a manter”, explicou, acrescentando que várias reuniões têm sido realizadas para tratar do assunto.
Margareth explica que a estimativa de custo mensal será na faixa de R$ 40 mil. “É um valor muito alto e as urgências são poucas na cidade. Embora não com a mesma excelência do SAMU, ainda é possível ter suporte em Limeira, se necessário, para atendê-las”, citou.
Caso o município resolva, de fato, não oferecer o serviço, terá que devolver a ambulância recebida para tal. Caso seja decidido levar o projeto adiante, o local para funcionamento da unidade descentralizada, que cada cidade deve providenciar, seria um local adaptado no Hospital Municipal.

CORDEIRÓPOLIS
Já em Cordeirópolis, a secretária municipal de Saúde Kellen Rampo, informou que a cidade utilizará um espaço já existente, que será adequado conforme prevê a portaria para o serviço, com cobertura e alojamento para enfermeira e motorista.
As obras ainda não começaram, mas ela garante que serão feitas e concluídas na mesma previsão de término adotada em Limeira. “Um engenheiro já viu o espaço onde será preciso fazer adequação das acomodações e pintura, além da construção de um banheiro, o que é coisa rápida”, disse ela. O local é onde funciona o Transporte Sanitário, no hospital do município.

CONSEQUÊNCIAS
Gerson Hansen Martins, secretário da Saúde de Limeira, alerta que os três municípios assumiram compromisso com o Ministério da Saúde e que, no caso de desistência do serviço, “cada um terá que arcar com o ônus da não implantação do serviço de urgência, que é de ponta e altamente necessário”.
Ele salienta que os custos para os municípios eram conhecidos, um dos itens, inclusive, que levou ao acordo, assinado em agosto de 2010. Caso Iracemápolis efetivamente desista da implantação, o custo para Limeira, que será de pelo menos R$ 85 mil mensais, deverá subir. “Mas nem por isso deixaremos de fazer. O município já investiu R$ 700 mil na construção da base central”.


Publicado na Gazeta de Limeira.



0 comentários:

Postar um comentário