domingo, 23 de outubro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Zoonoses atenta para a prevenção contra a incidência de carrapatos

Daíza Lacerda


Área no Jardim Odécio Degan teria infestação do ácaro há pelo menos dois meses

Moradores da Rua Maria Talarico de Muno, no Jardim Odécio Degan, reclamam da presença de carrapatos em diversas residências. Embora nem todos tenham cachorros, a preocupação maior é em relação às crianças.
"A situação é essa há mais de dois meses, com carrapatos vindos da rua. Hoje [ontem] tem menos porque coloquei remédio em vários cantos da casa", disse a dona de casa Maria do Carmo Nascimento, 46.
Pelo menos duas crianças teriam sido picadas e os moradores alegam já ter levado o problema ao Depatamento de Zoonoses. "Sempre que chamamos a pessoa só anota e diz que mandará alguém para verificar e fazer aplicação de remédio, o que não acontece", disse a dona de casa Amarilda do Nascimento, 47. "Carrapato é a primeira vez que aparece, mas aqui tem muitas baratas e ratos", complementou ela, que mora em outra rua onde não havia carrapatos.
PREVENÇÃO
Coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Paulo Baraldi informou que áreas no bairro foram vistoriadas sem, porém, terem encontrado reclamantes, ou mesmo carrapatos. "Isso não significa que não existam carrapatos em fase de larvas. Foram constatadas muitas criações de bovinos e equinos nas imediações, já que há muitas áreas rurais em volta do bairro. O controle nessas áreas depende de outros departamentos, inclusive estaduais", explicou.
Ele salienta ainda que nesta época começa o ciclo de reprodução do carrapato, que é um aracnídeo, e a tendência é de aumento da população do ácaro. Daí a necessidade de prevenção com aplicação de remédios de ação prolongada nos animais. "Além disso, soltar o cachorro para dar uma volta ou mesmo deixá-lo na rua pode contribuir para a infestação. Muitos locais têm também cachorros sem dono andando pelas ruas, dos quais não se pode fazer apreensão".
Baraldi afirmou que o departamento não teve registrado nenhum chamado do local para vistoria. No entanto, ressaltou que o CCZ está à disposição da população para orientar as medidas certas para o controle de carrapatos. "A infestação pode prejudicar as cadeias produtivas, no caso das criações de gado e equinos, por isso quem cria deve preocupar-se em conter. A carga parasitária é um problema, já que um carrapato pode ter de três mil a quatro mil filhotes", ilustra.
Entre as medidas, ele explica que é ineficaz, por exemplo, apenas limpar o chão, já que o acracnídeo pode refugiar-se em paredes e frestas, com a maioria da população escondida. O controle nos animais também deve ser feito de forma adequada, com remédios, e não com soluções caseiras.
Comunidades podem acionar o departamento para reuniões de grupo em escolas ou centros comunitários para orientação de como prevenir o problema. O telefone de contato é 3441-3548, ou pelo 156.




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