terça-feira, 18 de outubro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Consumidor prejudicado por greves ainda pode recorrer ao Procon

Daíza Lacerda


Casos variam e contribuinte deve portar comprovantes de tentativa de atendimento

O consumidor tem novamente disponíveis integralmente os serviços dos Correios e bancos, mas, no caso de danos durante as greves, ainda pode recorrer. "Cada caso será avaliado, mas facilita se o consumidor tiver comprovantes de que tentou alternativas de atendimento", explica Reinaldo de Campos Junior, do Procon de Limeira, exemplificando com o não pagamento de contas.
Na unidade de Limeira, em relação à greve dos Correios, Campos disse que a procura por informações não teve alteração. Para os bancos, que já estão entre os estabelecimentos com mais queixas, a procura aumentou, também devido à época de pagamento. "Em geral foram casos de contas recém-abertas, em que o cliente ainda não tinha o cartão, ou cartões que foram bloqueados e o consumidor não conseguia recadastrar senhas", declara. Com a greve, o órgão teve dificuldade de contatar as agências para resolver os problemas.
Campos lembra que o consumidor foi orientado a não esperar a data de vencimento para tentar conseguir as faturas e pagar as contas. "Para recorrer de juros, o consumidor deve ter provas de que tentou resolver antes, seja com protocolos de atendimento ou outros comprovantes".
Ele argumenta que hoje há maior facilidade para conseguir segundas vias, com a internet. No entanto, em caso de encomendas que não foram recebidas ou não chegaram a tempo durante a greve dos Correios, o consumidor pode recorrer por prejuízos materiais ou morais. "O material é mais fácil de constatar. Já o moral pode variar, como alguém que precisaria receber uma receita médica ou algo do tipo", ilustra.
ATENDIMENTO
Campos lembra que, a princípio, o atendimento dos bancos deve obedecer as leis municipais que preveem até 20 minutos de espera em dias normais e até 40 em véspera ou após feriados. "A lei não excetua outras situações, como a de greve. Uma opção seria as agências fazerem mutirão", sugere. Mas o bom senso ajuda a desafogar a procura, que deve ser grande nos primeiros dias. "Quem puder, deve esperar mais um pouco ou optar por outros canais, como a internet".
Para quem não tem alternativa a ir para a agência, os cuidados contra golpes devem ser redobrados devido ao volume de pessoas e de dinheiro.
A greve dos Correios interferiu na rotina do próprio Procon, que faz notificações por este meio e considerou prazos maiores para audiências ou respostas, já prevendo atrasos. Para quem já havia procurado o órgão e tem processos em andamento, é possível que audiências sejam remarcadas.



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