terça-feira, 25 de outubro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Mulheres podem se inscrever para cursos na área de construção civil

Daíza Lacerda


Projeto do Ceprosom pretende capacitar de 320 a 500 profissionais em um ano

A protagonista Griselda, da novela das 20h já conquistou o público brasileiro interpretando o "Pereirão, seu marido de aluguel". Na vida real, a presença de mulheres em ofícios predominantemente masculinos está em alta, e não só para consertos diversos, mas para construção.
É o que mostram os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Há uma década as mulheres atuantes na construção civil eram pouco mais de 83 mil, entre 1,094 milhão de pessoas empregadas pelo setor. Em 2010 elas já haviam superado as 150 mil vagas, num crescimento de 65% em dez anos.
Com a tendência do mercado aliada à necessidade de profissionalização, principalmente entre o público feminino em situação de desemprego, o Ceprosom e Fundo Social de Solidariedade lançaram ontem o projeto "Mãos à obra mulher", que disponibiliza 320 vagas para quatro cursos: revestimento de azulejo e pintura, eletricista e encanador residenciais.
As aulas começam em novembro, com 64 inscritas por meio dos centros comunitários dos bairros. O curso tem parceria com Senai, Senac e Sindicato Patronal das Indústrias da Construção e Afins de Limeira (Sincaf), que irá viabilizar o encaminhamento das alunas formadas para o RH de construtoras para aumentar a chance de inserção no mercado de trabalho.
É tudo o que querem Maria Socorro Rocha e Kelly Cristina de Souza Marques, 36, ambas desempregadas. "Sempre tive curiosidade e quero aprender bastante e poder trabalhar. Já tenho noção de pintura, mas vou fazer o curso de azulejista", revela Maria, que mora no Parque Nossa Senhora das Dores.
Sem trabalho há quatro anos, Kelly também está esperançosa. "A minha expectativa é a de aprender tudo e trabalhar na área", diz ela, que viu a chance num cartaz sobre o projeto no centro comunitário do bairro Teixeira Marques e fez a inscrição.
Cada curso tem 80 vagas e as inscrições ainda podem ser feitas no Fundo Social de Solidariedade (Rua Santa Terezinha, 15, Centro, telefone 3495-4440).
Podem ingressar nos cursos da área de construção civil residencial mulheres acima de 18 anos inseridas no mercado de trabalho informal ou situação de desemprego. Mulheres em situação de vulnerabilidade social e pessoal, além das beneficiárias de programas de transferência de renda federal, estadual ou municipal também podem inscrever-se.
As aulas serão no barracão onde funcionava o Cadastro Único, na Avenida Campinas, 172. Além das aulas, uma parceria com construtoras irá viabilizar o estágio em canteiro de obras.



0 comentários:

Postar um comentário