sábado, 22 de outubro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Para aumentar produção, cooperativa busca mão de obra de costureiras

Daíza Lacerda


Com crescimento em vista, Coopertextil procura pessoas para integrar produção

Um galpão, máquinas, algumas costureiras e muita força de vontade. Essa é a receita que as cooperadas da Coopertextil estão decididas a transformar num prato cheio de renda garantida e muito trabalho.
"É o meu serviço. Por toda a vida costurei e também já ensinei muita gente", conta Terezinha de Araújo, 73, que há cerca de um mês integra a cooperativa. Se depender dela, seu conhecimento será passado a muito mais pessoas, no próprio local.
"Pretendemos abrir um curso de corte e costura, futuramente. Temos espaço para isso e para crescer muito mais, mas precisamos de mão de obra", ressaltam Irene Aparecida Knipl e Sônia Aparecida Rosolem, que estão à frente da cooperativa, que existe há quase três anos.
A iniciativa teve apoio da Prefeitura, por meio do Ceprosom, e começou com dinâmicas entre as primeiras interessadas, como conta Vanderléia Serrano Diogo, superintendente da autarquia. "A nossa intenção é de que a cooperativa cresça cada vez mais", declara. Valdeir Santos, funcionário do Ceprosom, atua no local em apoio às cooperadas.
O espaço de trabalho foi cedido pela Prefeitura, onde trabalham atualmente 12 costureiras, número insuficiente para a demanda. Elas costuram peças que já vêm cortadas, desde vestuário de fitness e modinha a uniformes. "Precisamos de mais costureiras para assumir mais serviço. Quanto mais pessoas, mais trabalho e maior a renda, que depende da produção", salientam as coordenadoras.
Outro objetivo é o da montagem de uma loja, com a possibilidade de produção própria da cooperativa. Entre os clientes, predominam confecções de Limeira, mas elas já fizeram serviço para empresas da região e de São Paulo.
DEMANDA
Elas trabalham com lotes que chegam a 10 mil peças, com a costura de 400 a 500 por dia. Com uma produção boa, de trabalho intenso, é possível ganhar cerca de R$ 700 mensais, ou mais, já que chegaram a fazer 12 peças num mês.
A mão de obra é eleita como principal desafio para o crescimento. Basta saber manejar uma máquina de costura, ainda que a ideia seja treinar futuras funcionárias sem experiência, que é exigida devido a urgência em dar conta da demanda neste momento.
Elas explicam que a rotatividade é grande porque muitas ingressam na cooperativa, aprendem e vão trabalhar em fábricas. Ou chegam esperando renda de altas cifras de imediato, o que não necessariamente ocorre, pois depende da produção de todas. Daí a busca de pessoas engajadas com o trabalho na cooperativa. "Temos tudo para produzir mais, inclusive apoio de empresários. Agora queremos deslanchar de uma vez", enfatizam Irene e Sônia, cuja renda depende exclusivamente da cooperativa. Elas já enfrentaram problemas como calote.
COMO PARTICIPAR
Aparecida Soares, de 36 anos, é nova no trabalho. "Eu não tinha experiência, mas estou pegando o jeito. A minha expectativa é de aprender e trabalhar", diz ela, que estava desempregada.
Além da costura, cortes, moldes e arremate fazem parte dos trabalhos. A idade mínima para ser cooperado é de 18 anos. Não há limite de idade para participar, o que é evidenciado pela predominância de idosas entre as costureiras. "Gostar, muita gente gosta, mas não são todos que se adaptam. Mas muitos precisam trabalhar, isso é o mais importante", reflete a experiente Terezinha.
O contato pode ser feito direto na Coopertextil, que fica na Avenida Sargento Pessotto, 614. O telefone é 3444-1961 e o funcinamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.



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