quarta-feira, 27 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

O presente


Hoje não fui a posto algum ou padaria para tomar um capuccino com pão de queijo, como gosto de fazer [bem acompanhada] sobre rodas. Também não pilotei na estrada para curtir o sol ou simplesmente fazer parte da paisagem.
Apesar de não ter comprado um par de luvas, botas ou capacete novo como gostaria (embora tenha recebido, coincidentemente hoje, a doação de uma jaqueta linda de couro de uma pessoa que estimo muito!), ganhei um presente e tanto neste Dia do Motociclista. No fim de um dia puxado, voltei para casa, para minha família. Sei que muitos não têm essa mesma bênção que eu e hoje, ontem (possivelmente amanhã) deixam suas famílias órfãs e com a vida tão fria quanto a estatística que todos estamos sujeitos a nos tranformar no uso da moto.
Hoje eu ganhei os parabéns da minha mãe, do meu pai, mas dei um presente pra eles. Ainda ouvi da minha mãe que só quando ela ouve o barulho da moto dobrando a esquina é que ela fica aliviada.
Gostaria que todos os malucos do trânsito pensassem mais em suas famílias, e não nos segundos que se adiantarão para chegar em seus destinos a custo do risco para eles e para os outros. É utópico, eu sei.
Não ando otimista com o trânsito. Mas também não perco a esperança.

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