domingo, 24 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Construído pelo Rotary, imóvel de escola que perdeu demanda tem destino incerto

Daíza Lacerda


Vidros quebrados, teto danificado, portas e trancas arrancadas são alguns dos sinais de vandalismo na Escola do Rotary, a Emeief Sebastião Pereira, que fica no Bairro dos Pereiras, às margens da Rodovia Anhangüera.
Qualquer um pode entrar no local, já que o portão fica aberto, e, para chegar aos brinquedos do playground, é preciso andar no mato alto. O descuido não é de hoje. “Há meses foram roubados fios e tudo foi depredado. As invasões tiraram o nosso sossego”, disse um dos moradores da área rural. Seu filho chegou a estudar na escola há mais de 20 anos, mas aulas ali não acontecem há bastante tempo, que não soube estimar. “Depois dos roubos, não houve mais aula”, acredita.
O medo é de o lugar continuar servindo de refúgio de desconhecidos. “Local abandonado coisa boa é que não atrai. Já sofremos muito com roubos neste bairro”, declarou.
Segundo o morador, teria sido cogitado que o local se tornasse uma base da Polícia Militar. Procurada, a PM alegou desconhecer projetos do tipo para o local.
A Prefeitura informou, por meio da Secretaria de Comunicações, que a escola foi desativada por não haver demanda de alunos naquela região. “A Secretaria da Educação está estudando se haverá destinação para o prédio. Não há definição por enquanto”.
Não foi informado quando a escola parou de funcionar. Apesar do cenário de abandono, a pintura resistiu bem ao tempo. No local ainda há uma placa da inauguração de uma reforma, datada de setembro de 2002.

Entidade fez prédio em terreno doado por fazendeiro

A escola tem pelo menos 50 anos e a construção foi feita pelo Rotary Limeira Centro, após doação da área pelo fazendeiro que era proprietário das terras. “Ganhamos o terreno, mas chegou uma época em que ficaram raros os alunos. Estava pronto para fechar, o que tentamos combater. No fim, por não ter número suficiente de alunos, achamos justo o fechamento”, resumiu Benedito Carlos Toledo Lima, do Rotary Centro.
De acordo com ele, a área foi trocada com o município no governo de Paulo D’Andrea, em meados dos anos 1980. “Com todos os registros, como escritura, o Município assumiu a escola e nos cedeu imóvel na Rua Duque de Caxias, onde é a nossa sede”, explicou.
Sob a condição de manter o símbolo e nome do Rotary, responsável pela construção, a escola ganhou o nome do fazendeiro que doou as terras: Sebastião Pereira. (DL)

Publicado na Gazeta de Limeira



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