quinta-feira, 21 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Baixa umidade do ar é alerta para cuidados com a saúde

Daíza Lacerda


Tendência é que situação fique mais crítica em agosto e setembro


O tempo seco já deixou em situação de atenção diversas cidades do Estado. A umidade relativa do ar, que está em queda, é motivo de preocupação, principalmente durante a época em que aumenta a incidência de queimadas.
Em Limeira, o índice mínimo de umidade passou da faixa de 60% no início do mês para 31% registrados anteontem, conforme medição da Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp). No entanto, chegou a 25% no dia 12. A máxima foi de 91% e 82%, respectivamente.
Diante da situação, a prevenção é o principal tratamento, alerta o otorrinolaringologista Luís Francisco de Oliveira. “O clima seco e frio é propício para desenvolver resfriados e com as mudanças bruscas as pessoas ficam mais suscetíveis”.
Ele orienta, além de manter os ambientes limpos e bem ventilados, a fazer lavagens nasais com soro fisiológico. Outra alternativa é a inalação com soro fisiológico.
Ele considera controverso o costume “caseiro” de umidificar o ar com bacias de água ou toalhas. “É válido, mas não é comprovada a eficácia”, diz. O uso exige atenção sobretudo em casas com idosos devido ao risco de tropeço e quedas.
Em relação aos aparelhos umidificadores, estes também podem oferecer riscos, dependendo do uso. “Em ambientes muito pequenos, fechados e úmidos, pode aumentar o número de fungos. Já num local amplo e aberto, não terá efeito”, explica. Por isso deve ser procurado equilíbrio e solução de acordo com o local, como deixar aberto e bem ventilado em determinadas horas do dia.
Oliveira também lembra que é importante manter-se hidratado nesta época, com a ingestão regular de água. E, em locais onde há condicionadores de ar e ventiladores, os equipamentos devem ser limpos, caso contrário podem difundir fungos e manter a poeira no ar. “O ideal é que pessoas muito alérgicas não fiquem em ambientes com ar condicionado”, orienta. Locais com aquecedores e umidificadores, na simulação de um verdadeiro verão, devem se atentar aos riscos de proliferação de fungos.

MAIS SECO

A previsão é de que a umidade relativa do ar tenha queda, sobretudo em agosto e setembro, como explica o professor Hiroshi Paulo Yoshizane, da FT. “Esta é a característica de nossa região, a época em que o estado fica mais crítico”, diz.
Embora haja a previsão da chegada de uma frente fria amanhã, Hiroshi acredita que, devido à força da massa de ar seca presente, esta frente não deve atingir a região. Portanto, a tendência é que nos próximos dias sejam como os já registrados nesta semana, com temperatura entre 14ºC e 30ºC.

Publicado na Gazeta de Limeira.



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