domingo, 3 de julho de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Monitoramento automático do ar é previsto para Limeira

Daíza Lacerda


Iniciativa, a ser implantada pela Cetesb, faz parte de programa do DER

Limeira poderá receber uma estação de monitoramento automático do ar. O município, que já tem o monitoramento manual de fumaça desde os anos 80, e de partículas inaláveis desde 2002, é um dos seis no Estado previstos para fazer parte da expansão da rede de monitoramento de qualidade ambiental.
O projeto é um subcomponente do Programa de Transporte, Logística e Meio Ambiente do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), que prevê recuperar e ampliar a capacidade de 600 quilômetros de rodovias no Estado.
Conforme o projeto, publicado no sábado no Diário Oficial do Estado, "a Cetesb pretende adquirir, instalar e operar seis novas estações de monitoramento automático da qualidade do ar, que por seu porte, importância do parque industrial, frota de veículos, proximidade de áreas de queima de palha de cana fazem jus a um acompanhamento mais frequente da qualidade do ar".

ABRANGÊNCIA
Maria Helena Martins, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, explica que existem 42 estações automáticas no Estado, 20 na região metropolitana de São Paulo e outras 22 no litoral e interior, incluindo as cidades de Piracicaba e Americana. "A ideia é expandir para as áreas sem monitoramento. Limeira é uma das escolhidas em função da população, que passa dos 250 mil habitantes, e que contribui, por exemplo, com o aumento da frota", diz.
Além da frota significativa e em crescimento, a industrialização é outro ponto levado em conta. Na região, além de Limeira, Santa Gertrudes é uma das cotadas devido ao polo industrial de cerâmicas. Cordeirópolis também tem uma estação manual, que verifica o índice de partículas totais suspensas, entre inaladas e não inaladas.
Entre as estações previstas no projeto, uma delas é móvel, para atender cinco cidades. "A Cetesb possui duas estações móveis, mais usadas para estudos especiais, além de avaliar locais, custos e manutenção antes da instalação de unidades, já que nem tudo é possível medir manualmente".

MANUAL X AUTOMÁTICO
O monitoramento manual dos níveis de fumaça e de partículas inaláveis possibilitam mensurar a qualidade do ar, que em Limeira é regular, conforme as medições. "O parâmetro são 150 microgramas por m³ a cada 24 horas. A média de Limeira foi de 149 em 2010", informa Maria Helena. Este é o nível aceitável. Acima disso, é considerado inadequado.
O sistema manual dá origem a um relatório anual, atualizado mensalmente, para avaliar as tendências. No sistema automático, a atualização é instantânea, inclusive para consulta do público. "Há um monitor para cada poluente, que são enviados em tempo real para a central da Cetesb, para classificação e divulgação", explica. A informação em tempo real possibilita a conscientização sobre possíveis problemas, além de ações de emergência, devido ao detalhamento.
A classificação do ar em Limeira de janeiro a março foi considerada boa. Em abril e maio, caiu para regular, época em que aumentou a incidência de queimadas, além do início do tempo mais seco que antecedeu o inverno. "É um resultado determinado por vários fatores na concentração de material particulado, em que passamos a respirar mais poeira".

PRAZO E CUSTO
O custo total do programa, que é da Secretaria de Logística e Transportes do DER, é de R$ 1.190 bilhão. O subcomponente de sistemas de monitoramento e acompanhamento ambiental está orçado em R$ 70 milhões. As obras devem ser financiadas com recursos repassados pelo governo estadual, em negociação prevista para o próximo semestre. Contrato e empréstimo devem ser efetivados em 2012 e as obras devem se estender até 2014.



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