Foi realizado na manhã de ontem, na Praça do Museu, ato público em protesto ao aumento da tarifa do transporte coletivo. O movimento, liderado pelo vereador Ronei da Costa Martins (PT), coletou assinaturas para a causa, que serão levadas à Prefeitura, Câmara Municipal e empresas de transporte.
"Buscamos melhorias no setor, sem aumento de nenhum centavo na tarifa", explica o vereador. As empresas pediram à Prefeitura reajuste no valor da passagem de R$ 2,40 para R$ 2,98.
"É absurdo. Veja só o estado dos ônibus, muitos quebrados, sem contar o tempo de espera. Para ir de um ponto final ao outro na linha 6 do José Cortez, por exemplo, leva-se 1h30. Dá para chegar em São Paulo", compara o aposentado Almir Leite Barros, 67.
A dona de casa Lenilda Santos Sime, 46, aderiu ao ato com a sua assinatura. "É muita demora e muitos motoristas não respeitam o passageiro. Param fora do ponto e temos que voltar a pé", reclama.
"O salário vai quase todo só em passagem. Sem contar que há poucas opções de linhas no Bairro dos Pires, onde moro", diz a líder de faxina Maria Lúcia Martins, 63.
"As pessoas mostram a sua indignação em relação ao transporte com os conhecidos no dia a dia e esse ato permite que se expressem junto à Prefeitura e empresas", diz o professor Israel Aparecido Gonçalves, que também participa do movimento.
Ele acrescenta que a medida busca melhorias não só para o usuário, mas também aos cobradores e motoristas, que não têm banheiro ou local para almoçar. "São os dois lados que perdem pela falta de políticas públicas para o setor. Defendemos ainda a gratuidade da passagem para estudantes, principalmente de escolas públicas", afirma.
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