terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

“Heranças” das águas, crateras em vias públicas preocupam usuários

Daíza Lacerda

Passados quase um mês e meio da primeira chuva forte do ano que causou tragédias e quinze dias do segundo temporal que fechou o mês de janeiro com mais estragos, moradores do Jardim Glória e Ipiranga ainda convivem e aguardam soluções para os efeitos dos danos em vias públicas.
O asfalto que cedeu dia 31 de janeiro na Rua João de Michielli, no Jardim Glória, levou consigo nos últimos dias um senhor de bicicleta, que pedalava no local à noite a não viu a cratera, um motorista que não viu o buraco porque a sinalização foi retirada e um motociclista, que tentou travessia pela estreita passagem da calçada, único trecho que não caiu.
Essas foram as ocorrências contabilizadas por moradores como Fátima Afonso, 43. “É o único acesso entre os bairros, então está muito difícil, nesta situação. Se não for a pé, é preciso dar a volta pelo anel viário para ter acesso à escola, por exemplo”, explica ela, que mora de um lado do buraco e o filho, no bairro do lado oposto, o que o levou a deixar o carro estacionado perto do local da queda, para facilitar o retorno quando vai à casa da mãe.
Enquanto as rachaduras parecem mais acentuadas, o trânsito de motos e bicicletas no espaço que sobrou para os pedestres é frequente. Nos primeiros 10 minutos em que a reportagem esteve no local, na tarde de ontem, foram flagradas cinco motos trafegando nos dois sentidos, criando até “engarrafamento” com bicicletas, em que um veículo precisou esperar a passagem de outro. “Está perigoso e as pessoas abusam. Até crianças ficam brincando no local”, disse a moradora Adriana Paes, 40.

IPIRANGA

Se a queda do asfalto é problema no Glória, o oposto preocupa no Jardim Ipiranga, na Rua Gustavo Kuntz Busch. Desde a primeira chuva do ano, a infiltração fez o asfalto subir e se transformar em “lombadas”, que impedem a passagem de veículos, principalmente da rua para dentro das garagens das casas. Na mesma via, uma parte da calçada foi abaixo, onde uma árvore ainda resiste.
“Uma senhora já quase caiu ali há poucos dias e, para passar na rua, os carros têm que desviar”, disse a dona de casa Rosana Aparecida Raimundo, 31. A moradora Edith Balbino de Faria Antico, 51, se preocupa com a possibilidade de novas chuvas fortes. “É preciso arrumar isso logo, porque outra chuva forte irá complicar ainda mais”, teme.
De acordo com a assessoria da Prefeitura, estão sendo tomadas as providências cabíveis nas áreas que foram afetadas pelas chuvas, por meio das secretarias municipais. Nos locais citados já existem projetos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto SAAE em andamento, informa.
“A Prefeitura continua também monitorando todos os locais que foram afetados enquanto aguarda posição dos governos estadual e federal, que estão analisando a situação de emergência, para ajudar nas obras que são necessárias. Reforçamos que nos locais citados já estão em andamento os projetos, que serão executados por meio de contratação do serviço por processo licitatório, bem como para as áreas em que é necessário intervir imediatamente”.

Publicado na Gazeta de Limeira

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