domingo, 17 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Obras pleiteadas no PAC 2 incluem nova rodoviária


Em programa de mobilidade são previstos ainda seis viadutos e subterminais urbanos

Daíza Lacerda

A construção de uma rodoviária intermunicipal próxima da rotatória da Taba do Brasil, nas proximidades da Via Anhanguera, é uma das obras pleiteadas pela Prefeitura ao Ministério das Cidades, pelo PAC 2 da Mobilidade Urbana.
A iniciativa prevê reduzir o tráfego de ônibus na área central e contempla ainda plataformas de embarque e desembarque para o transporte coletivo urbano, rumo à área central. No entanto, a ideia ainda é um estudo preliminar, sem projetos concretos, como explica o secretário de Planejamento, Felipe Penedo. A possibilidade de construção da rodoviária no Parque Egisto Ragazzo, que já foi considerada anteriormente, também não foi descartada.
Nenhum dos projetos, porém, têm prioridade, até o momento. No projeto remodelado enviado pela Prefeitura ao governo federal em dezembro, são previstos seis viadutos, além de subterminais urbanos. A possível contrução da rodoviária seria para uma segunda fase, caso o município seja contemplado.
Em 2012, dois projetos do município foram pré-selecionados para receber a verba. Um deles tratava da construção de subterminais urbanos e o outro, de um rodoanel para suprir o fluxo de caminhões para a Anhangüera e Bandeirantes, de forma que não precisassem trafegar na cidade. Esse segundo não se adequou ao programa e deixou de ser considerado. Já o primeiro, dos subterminais, foi remodelado com a inclusão de outras necessidades viárias.
Qualificação de vias urbanas, como recapeamento e pavimentação, é um dos pontos previstos no projeto de  reestruturação do sistema de transporte urbano, como explicam Giuliano Camargo, superintendente de captação de recursos, e Nadyr Arruda de Paula Eduardo Júnior, superintendente técnico operacional da Prefeitura.
VIADUTOS
O novo viaduto para ligar a Boa Vista ao Centro, pela rua que dá nome ao bairro até a Rua Senador Vergueiro, pode ser um dos primeiros que pode sair do papel. O projeto de ligação, previsto há anos pela Prefeitura, pode ser efetivado por meio de convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Engenheiros do órgão, acompanhados dos representantes da Superintendência de Convênios da Prefeitura, estiveram na área onde será elaborado o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). A construção deve fazer a transposição da Avenida Engenheiro Antonio Eugênio Lucato (Marginal Leste), linha férrea e Rua Capitão Bernardes.
A construção da nova passagem auxiliaria na redução do fluxo de veículos no Viaduto Jânio Quadros, na Boa Vista e no Viaduto Francisco D'Andrea, na Vila Queiroz. O estudo está orçado em R$ 246.472,41.
Por enquanto, esse é o único dos seis viadutos previstos para serem construídos com possível verba do PAC que tem projeto de viabilidade. As outras passagens seriam no Cecap, na Avenida Lauro Corrêa da Silva, duplicação do Viaduto Paulo Natal (anel viário), sobre a rotatória próxima da Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp), e na Avenida Laranjeiras (rotatória do anel viário). A justificativa é a de desafogar o trânsito do anel viário.
SUBTERMINAIS
Parte desses viadutos, como do Cecap e Lauro Corrêa, teria subterminais urbanos próximos, como pontos de transbordo. Haveria um em cada área do município: Urbano Oeste, Urbano Leste, FT/Unicamp, Urbano Laranjeiras e Nossa Senhora das Dores.
É previsto ainda um complexo viário próximo da Unicamp, além do subterminal do Parque Nossa Senhora das Dores, nas proximidades das rodovias Limeira-Iracemápolis e Bandeirantes. Ainda naquela área é prevista a duplicação da Rua Evaristo Olivatto Filho, que receberia um trevo de acesso entre a faculdade Isca e o Morro Azul.
Outra meta é a expansão do anel viário para a implantação do BRT, sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus. Ainda para o transporte coletivo deve ser estudada uma faixa exclusiva, num sistema que dê prioridade aos ônibus, além da implantação de mais pontos. Qualificação da rótula central e recapeamento de vias também são previstos, embora não esteja especificado em quais.
Sobre as medidas em prol da mobilidade em outros meios, como a criação de ciclovias, Penedo explicou que a busca de recursos pelo PAC são mais voltadas ao transporte público, em projetos priorizados pelo governo.




Secretaria quer dar foco em 
projetos para garantir convênios

A lista de necessidades viárias é grande e foi orçada em R$ 500 milhões pela gestão passada. Apesar dos objetivos, faltam, no entanto, projetos e estudos mais criteriosos para que os itens da lista passem a ser viáveis na prática. É o que explica o secretário de Planejamento, Felipe Penedo. "Essas intervenções devem ter impacto significativo diante das necessidades atuais do município. Mas, para obter apoio estadual ou federal, os projetos devem estar prontos. Só se consegue recurso com projeto estruturado".
Com a reestruturação da pasta, a intenção é de fazer estudos de caso, a partir das diretrizes viárias, num plano de mobilidade. "Precisamos definir as necessidades. Tendo um plano, partiremos para as prioridades", disse, sobre a organização necessária para que o município se prepare para pleitear verbas.
Ele lembra que as providências para a moblidade são previstas no Plano Diretor. "É algo que deveria ter sido iniciado há três anos", reforça. Agora, o trabalho deve ser no sistema oposto ao adotado até então. "O que ocorria é que os empreendedores vinham com o projeto e o município se adequava a eles. Agora, a cidade é que realizará os planos e dará as diretrizes para que, a partir delas, se desenvolvolvam as ações". (Daíza Lacerda)


Retomados, convênios 
devem ser agilizados

Mesmo garantindo verba federal ou estadual, o município não está livre de problemas, a exemplo das obras do museu e do novo Fórum. Em ambas a licitação foi desfeita e os contratos passam por revisão para novo certame. Enquanto o museu, com repasse da União, teve a reforma interrompida, o Fórum, de convênio estadual, não chegou a sair do papel.
No que se refere aos convênios, a Prefeitura pretende agilizar o que for possível. É o que garante Giuliano Camargo, superintendente de captação de recursos, e Nadyr Arruda de Paula Eduardo Júnior, superintendente técnico operacional da Prefeitura. "A continuidade depende das análises. Quando essas obras forem retomadas, daremos prioridade", disse Camargo.
O andamento obedece a trâmites, como a liberação da verba pela Caixa Econômica Federal, e fiscalização da etapa da obra em questão. Diante de problemas como repasses fora de datas ou atrasos em vistorias, Camargo avalia que deve-se criar uma rotina, e cumpri-la.
Outros convênios do município seguem normalmente. É o caso da praça de esportes no Bairro da Geada, que começou a ser construída por meio do PAC. Também é feito o projeto do Centro de Informação Turística, na Avenida Costa e Silva, custeado com verba federal por meio de emenda parlamentar. (Daíza Lacerda)

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