sábado, 2 de fevereiro de 2013 | By: Daíza de Carvalho

Investimentos em segurança podem ser limitados neste ano


Questões orçamentárias podem levar medidas para segundo plano, como câmeras

Daíza Lacerda

Embora controlada onda de roubos e furtos no comércio da Boa Vista, representantes do bairro reiteraram ontem, na reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), o pedido já feito da implantação de câmeras de monitoramento no bairro.
A questão foi levada ao vice-prefeito Antônio Carlos Lima e do secretário municipal de Segurança, Maurício Miranda de Queiroz, que participaram da primeiro encontro do ano. De imediato, Queiroz considerou que para este ano é pouco provável a implantação de novas câmeras no município, devido às restrições orçamentárias. "Há necessidade de investimento para uma cidade digital, mas houve uma superestimação do orçamento para este ano", disse.
O projeto de ampliação existe, mas não deve ser idealizado neste momento. O que já teve início é a manutenção das câmeras existentes, que passam por troca e revisão. Dos 56 equipamentos, 27 estavam em funcionamento no início do ano e durante o mês passado outras sete foram reativadas. O contrato de manutenção dura até dezembro custará R$ 228.
Sobre a gestão da pasta com necessidades de investimento e restrições orçamentárias, o secretário declarou que os custos dos projetos devem ser analisados, assim como a prioridade e viabilidade. "Se for algo prioritário e viável, deve ser feito, mesmo que caro", avaliou.
A questão estrutural da secretaria, que abrange ainda a Defesa Civil será um desafio com menos dinheiro. Questionado sobre a situação das frotas da Guarda Municipal e Defesa Civil, Queiroz informou que já passa de 20 a baixa de viaturas sem condições de uso, recurso fundamental dos agentes, como reconheceu. "A estrutura como um todo está sucateada, inclusive com falta de pessoal e de equipamento". Sem viatura e sem dinheiro, o secretário disse que recorrerá à criatividade para tentar equilibrar a situação.
ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
Uma das ideias que pode ter aplicação simples é a implantação de uma estação meteorológica na Defesa Civil, para previsões de tempestades, por exemplo, o que permitirá ações prévias. Com custo estimado entre R$ 10 mil e 15 mil, o projeto deve ter estudo de viabilidade técnica e orçamentária.


Crescimento econômico é aposta 

Para não ter de cortar investimentos, a Prefeitura conta com a arrecadação municipal e bons ventos na economia que favoreçam repasses federais e estaduais.
Até que os cofres estejam garantidos, a previsão é da discussão de um plano de segurança para monitoramento, que deve envolver as polícias Militar, Civil e Guarda Civil Municipal, como explicou o vice-prefeito Antônio Carlos Lima. Reconhecendo a necessidade de investimentos, ele voltou do encontro de prefeitos em Brasília com o prefeito Paulo Hadich na dependência de crescimento econômico, para incremento nos repasses ao município.
"Entendemos que a segurança é uma questão que precisa de investimentos e para isso devemos articular ações integradas. Serão feitos, mas dependem de como será a arrecadação neste ano, além de repasses do governo federal, estadual e de tributos". (Daíza Lacerda)


Publicado na Gazeta de Limeira.


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