sábado, 10 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Meio Ambiente planeja decreto para boa convivência no Parque Cidade

Daíza Lacerda

Regras para evitar atrito se faz necessária com aumento de usuários

Cachorros soltos, pedestre na ciclovia (ou vice-versa) e prática de esportes em gramado de forma irregular são algumas das condutas que começam a se mostrar como potenciais problemas no Parque Cidade. Apesar da sinalização, o fluxo crescente de pessoas no amplo espaço motivou Domingos Furgione Filho, secretário municipal de Meio Ambiente, a formular proposta de regulamentação, que deve ser tranformada em decreto.
"São algumas sugestões enviadas à Prefeitura, que devem passar pelo Jurídico, e preveem questões sobre o uso do espaço, como estacionamento, caminhada, ciclismo, animais, uso das entradas e horários", explica.
Sem citar números, ele estima que o público do parque aumentou quatro vezes em pouco mais de um ano, principalmente nas primeiras horas da manhã e da tarde. Também são previstas diretrizes para a ocupação do espaço para eventos como quais podem ser feitos e em quais horários.
"Muita gente tem usado o parque e acontece de pedestre andar na faixa do ciclista, mesmo com sinalização", exemplifica, acrescentando que o contrário é mais raro. "Isso pode terminar em atrito entre os usuários, o que queremos evitar", justifica.

CONDUTAS
O porte de animais também é alvo de regras, devido ao risco de deixar cachorros soltos no local. Além de usar a guia para os animais, os de maior porte devem estar com focinheira. Os donos também devem andar com um saquinho e luvas, para que os animais não defequem no espaço onde os outros vão passar. "Um cachorro solto, por mais que o dono confie, pode assustar ou até derrubar uma criança. Não queremos proibir nada, apenas garantir a convivência em harmonia", frisa.
Num dos canteiros ao lado da Secretaria, dentro do parque, foi proibida a passagem de pedestres. "As pessoas começaram a jogar bola e virou terra. Depois que a grama crescer novamente, poderá ser usado, mas não para jogos".
Por enquanto sobra espaço para estacionamento e Furgione afirma que o uso para veículos da Prefeitura é mínimo, além de otimizado para deixar mais áreas livres nos finais de semana.
Furgione lembra que a manutenção do parque, que funciona diariamente das 6h às 22h, é frequente, com limpeza, segurança e pessoal. "Também estamos substituindo os brinquedos, que foram alvo de vândalos", acrescenta. Após levarem o nariz da bruxa e o braço da Branca de Neve, além dos pés de anões, os bonecos foram retirados do local e outros novos foram encomendados. Um novo cavalo de fibra já está no local.

Estagiários farão reforço na 
conscientização no parque

A previsão é de que as regras sejam formalizadas antes do final do ano e período de férias. Enquanto isso, a pasta prevê trabalho de conscientização e reforço na sinalização. "Apesar das placas do lugar do pedestre e do ciclista, teremos maior sinalização, principalmente no solo. Pode até se tornar uma poluição visual, mas pecaremos pelo excesso".
Por enquanto, dois estagiários do Horto Florestal atuarão no parque duas vezes por semana para início do trabalho de conscientização. Outros dois estão em processo de contratação e ficarão no local de quarta-feira a domingo no horário de maior fluxo, que será definido após pesquisa da Secretaria. No caso de irregularidades, os estagiários, devidamente identificados, irão abordar e orientar o usuário, trabalho que deve iniciar até o fim deste mês.
A analista de recursos humanos Vaneska Benedetti, 31, concorda com a medida para evitar conflitos de espaço. "Mas é preciso consciência e que as pessoas sejam educadas. Vai da cultura de cada um", avalia.
O carpinteiro Jesus João Cicelini, 35, frequenta o local pelo menos uma vez por semana e leva os filhos de 8 e 10 anos. "Se for para melhoria, acho válido. Embora não identifique problemas, ele cita a cena que já acompanhou. "Já vi ciclistas freando para pedestres. Mas isso é necessário por estarem caminhando no espaço errado".




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