sábado, 3 de setembro de 2011 | By: Daíza de Carvalho

Entidade Ainda chega aos 15 anos e comemora resultados

Daíza Lacerda

Atendimento direto abrange cerca de 60 pessoas, e indireto chega a 120

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". A frase de Chico Xavier fechou ontem a apresentação de imagens do trabalho desenvolvido nos 15 anos da Associação Integrada de Deficientes e Amigos (Ainda), que serão completos dia 7.
"A entidade cresce a cada ano e procuramos dar resposta a uma demanda crescente no município. Mas a evolução está associada à sensibilidade e ao voluntariado limeirense, com ações e doações. Somos meros administradores dessa ação voluntária, de forma a mostrar que os recursos estão sendo bem empregados. Devemos isso a anônimos que fazem com que tudo aconteça, aos que têm o vírus da solidariedade", declarou José Geraldo Pena de Andrade, presidente da entidade.
Hoje o atendimento conta com fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia, além de refeições e oficinas de artesanato. Embora o foco seja olhar para frente, ampliar e melhorar o atendimento, ele lembra de agradecer aos que ajudaram a chegar até estar marca. "Além de tudo temos a parceria com o Lions Club Centro e Norte, que proporcionaram a nova sede, muito importante para ampliar o atendimento", acrescenta.

LUTA
Ligado à entidade desde fundação, o vice-presidente Joaquim Lazari também comemora, mas salienta que ainda é longo o caminho contra o preconceito e a busca pela garantia dos direitos do deficiente. "É uma luta constante para que o próprio deficiente se reconheça e se valorize, e também a sociedade a ele. É preciso quebrar as barreiras do preconceito", defende. "É preciso reconhecer que temos os mesmos direitos, como ter disponível ônibus adaptado na hora que quisermos. Vamos continuar até que tudo seja igualado. Os deficientes têm de ditar as regras, isso tem de ser encarado doa a quem doer".
Superintendente do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), Vanderléia Diogo Serrano já trabalhava na autarquia quando se tornou a primeira assistente social voluntária da Ainda. "Cresceu muito e na época não havia tantas oportunidades e espaço, principalmente com ênfase no encaminhamento profissional e inserção, de fato, na sociedade", lembra. "A inclusão sempre será a batalha", enfatizou.



A comemoração do aniversário da Ainda contou com a exposição de fotos dos atendidos
A comemoração do aniversário da Ainda contou com a exposição de fotos dos atendidos



Com injeção de ânimo, sessão
de fotos fez parte da celebração

A comemoração do aniversário da Ainda contou com a exposição de fotos dos atendidos, feitas há algumas semanas em parceria com a Faculdade de Administração e Artes de Limeira (Faal), Senac e Foto Yamashita. Alunos da faculdade fizeram as fotos, enquanto profissionais do Senac foram responsáveis pela maquiagem e a revelação foi feita pela Yamashita.
"Foi muito importante para eles. Iniciativas desse tipo, que proporcionam inclusão, os deixam muito felizes. Tanqto que nem dormir o meu irmão conseguia", disse Cleusa Ribeiro de Carvalho, 55, sobre o irmão Esli, de 45 anos, nos dias que antecederam a sessão. "Agora existem mais oportunidades do que antigamente, quando havia pouco ou nada de inclusão. Ainda falta muito, mas já existe uma participação significativa", avalia.
Sílvia Cristina da Silva, 30, que foi uma das fotografadas, gostou do resultado. Há quatro anos na entidade, ela elogia os trabalhos. "Comigo a fisioterapia teve resultados estupendos. Além disso há o atendimento psicológico e trabalho com artesanato. Gosto de tudo. São 15 anos de superação", define. (DL)




Famílias e atendidos aprovaram o resultado da Sessão Fashion
Famílias e atendidos aprovaram o resultado da Sessão Fashion

Publicado na Gazeta de Limeira, também na capa.



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