sexta-feira, 11 de novembro de 2016 | By: Daíza de Carvalho

Chuva e licenças adiam Rubi para 2017

Nova projeção considera prazos para conclusão e liberações de órgãos para registro do empreendimento

Daíza Lacerda

Ainda não será neste ano que as 900 famílias selecionadas para o Residencial Rubi irão para a casa própria. Elas foram informadas ontem do cronograma até a conclusão da obra, em reuniões no Teatro Vitória para futuros moradores de cada um dos três condomínios. A projeção ficou para o primeiro semestre de 2017.
A estimativa atualizada leva em conta a ocorrência de chuvas que prejudicam o avanço da obra, além das licenças necessárias para a liberação, como explicou o secretário de Habitação, Felipe Penedo. A construtora Fyp estima 45 dias para a conclusão da infraestrutura externa, como término da pavimentação das ruas e rede elétrica, além da estação elevatória. No entanto, para cada dia de chuva, são necessários 8 de tempo firme para retomada. E somente depois da conclusão é que órgãos como Odebrecht e Cetesb irão emitir licenças, cujo prazo também é incerto. Depois de todas essas medidas é que poderá ser emitido o Habite-se para que a Caixa registre os imóveis em cartório. Os 900 apartamentos estão todos prontos.
"Os futuros moradores ficaram chateados com o prazo, e nós também. Mas é pouco tempo perto do quanto esperaram para ter a casa própria. Mesmo a compra de um imóvel na planta demanda ao menos dois anos, e estão selecionados há 7 meses. Ou seja, ainda estão no lucro pelo prazo, preço e tempo, além de ser um programa que não existe mais", disse, referindo-se à faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida.
Pelo extensão do projeto, a obra ocorreu de forma acelerada. Teve início em março de 2015. São 45 prédios em 250 mil m² de loteamento, com escola e ginásio. O financiamento de R$ 84 milhões para a construção, bancados pelos governos federal e estadual (que arcou com R$ 20 mil em cada uma das 900 unidades), chegou a ter quase três meses de atraso nos repasses, absorvidos pela construtora.
PRÓXIMOS PASSOS
Os futuros moradores definiram a empresa que será responsável pelo condomínio. O consenso foi da taxa de R$ 130 mensais que deve cobrir itens como portaria e manutenção, administração e limpeza, o que será revisado após 6 meses. Também estão cientes das providências para colocação de medições individuais do consumo de água e energia elétrica.
Até o fim deste mês o secretário deve se reunir no residencial com a comissão representativa dos condomínios. E até 20 de dezembro deve ser realizada outra reunião com todos os moradores.
As principais dúvidas foram acerca das mudanças de condições que interferissem na renda, como casamento ou mudança de emprego. Segundo o secretário, a Caixa considera a situação dos últimos seis meses até a época da aprovação, desde que não haja informações fraudadas. Como a Gazeta publicou, recentemente nomes foram excluídos após a comprovação de denúncias de irregularidades.
O secretário ressalta que, apesar da chateação em relação ao prazo, é importante o despertar do pertencimento. "Obras são assim mesmo, mas de certa forma tem estimulado que acompanhem até o término". 






Futuros moradores receberam atualizações
sobre o andamento da obra
(Foto: Adilson Silveira/Prefeitura de Limeira)


Publicado na Gazeta de Limeira.





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