domingo, 30 de maio de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Bares se preparam para exibição de jogos da Copa

Daíza Lacerda

A menos de duas semanas para o início da Copa, bares e restaurantes começam a preparação para receber torcedores. Embora a produção seja grande, alguns ainda optam por assistir aos jogos em casa. A exibição foi liberada em acordo de fevereiro entre a Fifa e Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão.
O Hard Chopp III já está decorado para os jogos, que serão exibidos também no H1. “Com base na Copa de 2006, que o público compareceu em peso, estimamos mais de 500 pessoas por jogo”, diz Mariana Marini, coordenadora de eventos do local. A expectativa é ainda maior dependendo do dia de exibição e da dispensa de funcionários pelas empresas ou comércio. A cozinha permanecerá aberta, com um cardápio mais informal. “Além da exibição do jogo, haverá festa antes, no intervalo e depois, com apresentação de bandas de pagode e sertanejo”, acrescenta.
No que se refere às regras de exibição, Mariana lembra que não haverá cobrança de portaria, mas de couvert artístico, devido às atrações.
Já para o público que prefere pop e rock, o Bar da Montanha também exibirá os jogos, com promoções e bolões, com a banda Pandemya tocando nos intervalos, antes e depois dos jogos. “Encomendamos um superprojetor, que garante boas imagens mesmo de dia, além do telão e TVs que já temos no bar”, disse o proprietário Vando. Esta é a terceira Copa em que haverá transmissão no local, que já costuma exibir outros jogos, como os do Paulistão e Brasileirão. O bar terá promoções no preço dos produtos e a entrada será gratuita. “A perspectiva de público é boa, já que temos uma clientela cativa”, aposta.
A movimentação na Rua Treze de Maio, no Centro, já começou há dias. No Bar 13, a expectativa também é grande. “Como todos os anos, recebemos média de 200 pessoas, com previsão de mais ainda neste ano”, disse a proprietária Zenilda Silva Reis de Paula. Os comerciantes se preparam para a reunião durante os jogos, inclusive com torcida uniformizada. “Encomendamos cerca de 100 camisetas. Até moradores, vizinhos do comércio, quiseram, e depois do primeiro jogo a tendência é aumentar”, disse José Renato Santos, da Tabacaria.

QUEM QUER SOSSEGO
Embora a produção seja grande, a sala de casa continua sendo opção. “Vou ficar em casa mesmo, os parentes estão longe. Além disso, quero tranquilidade para assistir, sem discutir com ninguém”, diz o torneiro-mecânico José Rodrigues, 60. A dona de casa Eliane Cicotti, 39 e a amiga Cristiane Cordola, 32, operadora de loja, concordam. “Não há nada melhor do que assistir em casa, com sossego”, dizem.
O vendedor Rodrigo Ferreira, 20, está indeciso. A família não liga para futebol, assim como ele, mas os amigos gostam e vão para bares. “Não estou preocupado. Embora tenhamos que ser patriotas, eles estão ganhando e nós perdendo tempo”, opina.
Também vendedores, Alex Rodrigues, 29, e Thiago Oliveira, 20, vão assistir a algumas partidas no trabalho e outras em casa. Já a auxiliar de limpeza Leonir da Silva, 42, vai se reunir com a família para assistir em casa. No entanto, a filha Thaila, 11, não está animada para a exibição. “Faltam Neymar e Adriano”, reclama. 



Publicado na Gazeta de Limeira.

0 comentários:

Postar um comentário