terça-feira, 28 de junho de 2016 | By: Daíza de Carvalho

Após 7 anos, museu é entregue com nova praça

História e desenvolvimento de Limeira são contextualizados em três salas

Daíza Lacerda

A criançada que subiu afoita as escadarias do prédio Coronel Flamínio Ferreira de Camargo rumo às salas do museu veria pela primeira vez detalhes históricos do município em peças e representações. Com acervo longe do prédio há sete anos, sendo que a visitação já estava suspensa naquele ano de 2009, o Museu Histórico-Pedagógico Major José Levy Sobrinho foi reaberto ontem para as novas - e antigas - gerações.
É só uma parte do tesouro histórico que ficará exposta, com renovação periódica. O prédio é usado para outros departamentos como Emcea, Comicin e, futuramente, Centro de Memória, em espaço insuficiente para o acervo de mais de 5 mil peças, das quais cerca de 200 estão em exposição.
"A ideia é mudar o paradigma do museu chato para o museu em movimento, que se atenta à memória. As exposições vão mudando, além do espaço para mostras itinerantes, para as quais já há interessados", declara a secretária de Cultura, Glaucia Bilatto.
Gerente do museu, Ana Terezinha Carneiro Naleto destaca também a pinacoteca na qual foi transformado o corredor do pavimento superior do prédio, de acesso às salas, com diversas pinturas. A concepção do espaço vem desde fevereiro, com a pesquisa e seleção de materiais, até a mudança das peças, que começaram a ser transportadas há pouco mais de um mês. Além dos quadros e peças, há também reproduções, como de mapas, cujos originais pertencem ao acervo.
A primeira sala contempla a história do município, e a migração do rural para o urbano, com os ofícios que isso demandou, em peças. A segunda contempla as transformações urbanas e a importância do major José Levy Sobrinho e outras figuras para o município. A terceira sala tem o histórico do próprio museu, e desenvolvimento da cultura, lazer, educação e saúde. Além de fotos de prédios importantes antes e atualmente, a Unicamp assina espaço com o histórico da universidade, que completa 50 anos e está no município há 49.
ORIGENS
A peça mais antiga é um São José, em madeira policromada. A datação é do século 18, mas não há detalhes sobre a origem, uma das dificuldades na escolha das peças para a mostra, como explica o historiador João Paulo Berto. "Uma das dificuldades foi a catalogação das peças, na reunião de informações de quem doou e quando, qual o período. É o que será desenvolvido agora", informa.
A preocupação foi apresentar os temas da cidade, em panoramas contextualizados. Segundo Ana Terezinha, é impraticável a exposição de todo o acervo, pois nem todas as peças tem essa conexão como as atualmente expostas. A projeção é que a mostra permaneça por cerca de três anos, mas com exposições itinerantes do restante do acervo e também de outros artistas.
Por enquanto, a visitação ocorre de segunda a sexta, das 9h às 16h. Informações pelo 3441-4805.



Reforma do entorno é concluída

Quem esperava ônibus na tarde de ontem na praça Coronel Flamínio pode se distrair com as apresentações musicais e de dança que marcaram a entrega da reforma do local e a reabertura do museu.
Iniciadas em março, as obras custaram R$ 488.344,51, considerando as metragens de materiais de diferentes contratos, conforme o secretário de Obras e Serviços Públicos, Marcelo Coghi. Ele explica que foram usados contratos como o de calçadas e passeios públicos, com uso de 3.668 m². A colocação de grama é do contrato com a Forty, com 2.332 m², enquanto os bancos foram produzidos pela Famul. Os contêineres para os comércios estão em fase de licitação, com custo estimado de R$ 54 mil cada. A praça terá dois para a banca e quiosque do suco, enquanto o terceiro será destinado à área de lazer ao lado do Limeirão. Os abrigos de ônibus foram providenciados pela Viação Limeirense, enquanto a readequação da sinalização e semáforos também foram feitas em contrato para este serviço. 
O prefeito Paulo Hadich ressaltou que a renovação do espaço foi feita pensando no pedestre, com maior área de utilização das pessoas, além de valorização das árvores.
Moradores da região demonstraram preocupação com a segurança do local, principalmente à noite. Segundo o secretário de Segurança, Mauricio Miranda, a ronda da Guarda continua no Centro, inclusive à noite. Ressaltou que o uso dos espaços por grupos como de skatistas ou de rap, por exemplo, não representa risco. Já qualquer tipo de depredação do espaço é crime e deve ser denunciado, caso não seja flagrado pela GCM. A secretária de Cultura, Glaucia Bilatto, informou que o prédio do museu possui sistema de segurança integrado à Guarda. (Daíza Lacerda)


Publicada na Gazeta de Limeira.

0 comentários:

Postar um comentário