sexta-feira, 12 de março de 2010 | By: Daíza de Carvalho

O choro e o voto dos companheiros

Daíza Lacerda

Mais clichê impossível; ainda assim, infalível: quem não chora, não mama. Principalmente na fonte dos bilhões do governo. E assim fez o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, diante da aprovação de uma divisão mais igualitária dos royalties do petróleo entre os municípios brasileiros. Seus R$ 5 bi se transformariam em R$ 100 mi, uma redução de cerca de 10% no orçamento do Estado. O papelão do choro foi publicado hoje pela Folha.
Contra os mais de cinco mil municípios que seriam beneficiados com a medida, inclusive Limeira, foram 72 votos. Boa parte deles dos "companheiros", inclusive em São Paulo, onde dos 22 contrários, 10 eram da turma da estrela, entre eles José Genoíno, Ricardo Berzoini e José Mentor. A lista completa pode ser vista aqui.
É claro que certos Estados com plataformas têm mais gastos, o que até justificaria a inquietação. No entanto, o fato de o restante das cidades reivindicarem maior parte no bolo também não deixa de ser legítimo, já que se trata de "bem" e verba nacionais - e todos, igualmente, contribuem com impostos.
Mas, como tudo em Lisarb, o país ao contrário, vale o choro de quem pode mais, mesmo que represente a minoria. Democracia? Fica pra slogan de campanha. Fora das edições, imagens e sorrisos perfeitos, com trilhas sensibilizadoras, tudo continua na mesma: maioria só serve para eleger. Já para reivindicar...

0 comentários:

Postar um comentário