quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017 | By: Daíza de Carvalho

Acordo terá prazo de 1 ano para ações na Limeira-Cordeirópolis

Prefeitos de Cordeirópolis e Limeira se reuniram para debater providências

Daíza Lacerda

Pela primeira vez, as responsabilidades acerca da rodovia Dr. Cássio de Freitas Levy, a Limeira-Cordeirópolis, serão colocadas no papel em acordo entre as duas prefeituras. Esta é uma das definições do encontro entre os prefeitos Adinan Ortolan (PMDB), de Cordeirópolis, e Mario Botion (PSD), de Limeira, na tarde de terça-feira.
Adinan já havia anunciado que aguardaria prazo de seis meses a partir do início do mandato de ambos para efetivas medidas acerca da via, que acumula reclamações sobre a segurança e manutenção, não condizentes com a arrecadação do pedágio, que vai para os cofres do Executivo de Limeira. Conforme o prefeito cordeiropolense, na conversa foi definido o prazo de um ano para levantar custos de ações de itens como a duplicação. A contagem será a partir do convênio a ser firmado entre os municípios, que deve ser submetido ao Legislativo das duas cidades.
O acordo deve prever responsabilidades de Limeira enquanto detentora dos recursos do pedágio, o que nunca foi formalizado. Botion informou que as demandas colocadas devem ser avaliadas. Entre elas estão melhorias na chegada de Cordeirópolis, em intervenção que ainda será detalhada posteriormente, incluindo os custos. "Há problemas como a drenagem na rotatória da entrada. Já um projeto maior pode ser visto a longo prazo, conforme o que o diagnóstico determinar", disse, referindo-se ao levantamento que será feito pelo Executivo limeirense.
A minuta de cooperação já traz acordos em linhas gerais, mas pontos específicos da manutenção e obras emergenciais devem ser negociados entre os municípios. A expectativa é ter o convênio assinado em março.
DIAGNÓSTICO
Não há levantamento algum sobre a rodovia, o que será feito pela Prefeitura de Limeira como ponto de partida. Deve ser contratado um projeto para dimensionar tanto o tráfego quanto o custo da duplicação, além da real receita e despesa do pedágio. "Será um estudo abrangente para apontar o melhor modelo a ser adotado, se a concessão, duplicação ou parceria público-privada. É um assunto importante e deve ser tratado tecnicamente, não ficar no 'achismo'", ressaltou Botion, sobre análise que deve também se estender no âmbito jurídico.
Sobre as tentativas frustradas da gestão anterior em iniciar um projeto, Botion explicou que o processo não chegou a ser finalizado, e será retomado. Serão verificados os fatores que impediram o avanço, para os ajustes. "Não houve tempo hábil para levantamento dessa situação, mas, com essa conversa para uma solução conjunta, será buscado", informou.
ETE
O prefeito de Cordeirópolis também foi cobrado sobre a execução da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), cuja obra sofreu atrasos. Enquanto isso, o esgoto do município ainda é lançado em Limeira, no Ribeirão Tatu. Apesar da previsão de término da construção em maio, ele considera atrasos, com a conclusão mais provável até o fim do ano. "Desta forma, duas grandes pendências entre os municípios devem ser resolvidas em um ano", acredita Adinan.
O chefe do Executivo de Cordeirópolis acrescentou que também entrou em contato com o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, que acompanha a situação da rodovia no âmbito do Ministério Público, para atualização do acordo entre os municípios. "Embora a ação civil pública seja contra Limeira, Cordeirópolis vai acompanhar oficialmente", disse. Também reiterou a cooperação limeirense. "Botion foi muito positivo e receptivo. É um assunto enrolado desde 1998, e agora temos um cronograma. Estamos próximos de um final feliz desta novela".


Adinan e Botion chegaram a acordo
sobre rodovia Limeira-Cordeirópolis
(Foto: Adilson Silveira/Prefeitura de Limeira)


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