domingo, 19 de dezembro de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Cores do Natal, do ano-novo e... da vida!

Daíza Lacerda
Especial para o Jornal da Mulher


Escolhemos as cores das roupas, das paredes ou dos veículos, em opções que falam por nós em cada tom. "Nas festas, a pessoa veste o que a alma busca. As cores de tudo o que optamos tem muito a ver com o nosso estado emocional", diz a arquiteta Ana Lucia Ribeiro Monteiro, que há mais de 30 anos lida com as propriedades das cores em empresas.
Ela explica que as cores são ondas de luz que produzem efeitos fisiológicos e psicológicos diretos e podemos usá-las para influenciar nossos sentimentos e percepções. Há ainda a cromoterapia, o lado intuitivo das cores. "Cada um enxerga os tons de uma forma, vai da vibração e energia da própria pessoa. Quando permitirmos que a cor domine a nossa consciência e preencha a nossa mente, energias sutis influenciam nossos sentimentos e percepções. Normalmente, a nossa intuição escolhe a cor com as qualidades que buscamos", diz.
Não só para o carro ou para a parede, a cor tem uma importância para a nossa orientação com identificações fundamentais, como na sinalização. "As cores nunca passam batido, tudo é graficamente identificado. Cor é informação. Na mídia, a cor informa, e nas nas prateleiras do supermercado buscamos, inconscientemente, o que combina conosco".

Natal entre cores e costumes

Vermelho e branco, das cores do traje do Papai Noel, e o verde dos pinheiros. "O vermelho é a cor quente junto ao branco da neve. A neve não faz parte da nossa cultura, então temos o branco como o que resfria em nosso clima tropical", explica Ana Lucia. O vermelho é o aconchego, sempre notado, mesmo que seja em um detalhe.
O pinheiro é o símbolo da resistência ao frio, por isso o seu tom de verde remete à vitalidade e regeneração. As bolas de Natal são representadas pelos frutos vermelhos da árvore, enquanto o prata ou dourado são chamariz de riqueza.

Vestindo os tons da Virada

A tradição do branco, sobretudo pelos que costumam passar a virada na praia e também em festas religiosas, acentua o desejo de paz, assim como o rosa veste quem está em busca de amor incondicional, ao contrário da paixão do vermelho. Laranja é vitalidade; azul, proteção, e amarelo, dinheiro; ouro e prata são luxo e requinte. Reluzentes, o dourado ou prateado levam luminosidade, com a opção de serem combinados ao branco, que pode receber qualquer detalhe colorido como o azul, muito bem aceito nessas ocasiões, pontua Ana Lucia.
Um toque de limão, tom de amarelo esverdeado, tem as características de simplicidade, tranquilidade e criatividade. É uma cor que surpreende e reflete o renovado entusiasmo pela vida. "É um tom imaginativo, lúdico, otimista que pode ser usado em qualquer ambiente, mesmo sendo um tom incomum", explica ela.
No entanto, ela relembra que o segredo da combinação ideal depende de cada um. "Todas as cores combinam e podem ser usadas. O 'eu' interior dirá, basta atender a intuição. Não precisa necessariamente obedecer a moda, mas optar pela cor com a qual sente-se bem", reforça.

Vilãs ou mocinhas?

Ana Lucia explica que todas as cores tem um lado positivo e outro negativo. "Um exemplo é o vermelho que, em excesso na decoração, dá um toque pesado. É uma cor intensa, para quem todas as atenções se voltam quando usada". O verde remete à energia, embora sem a mesma intensidade do vermelho, além da esperança, mas nem todos gostam. O azul também tem seu lado frio. Tanto que, a cor, em inglês, "blue", é usada também como adjetivo: triste ou melancólico. "É uma cor que a pessoa introspectiva ou deprimida deve evitar", diz Ana Lucia.

Be-a-bá das cores

Ciano, amarelo, magenta, preto e branco: estas são as cores primárias que geram até outras 49 mil tonalidades, quando ou contraste é realçado ou suavizado. "São cores que se completam e se equilibram, mais vibrantes ou suaves dependendo da quantidade de preto ou branco, na somatória ou anulação dos tons".
É da união do amarelo e magenta que se obtém o vermelho e laranja; ciano e amarelo dão origem ao verde; ciano e magenta resultam no roxo que, com contraste acentuado gera a cor vinho. "Os tons podem ser vibrantes, aconchegantes, calmos e suaves, como o lilás", explica.



O poder das cores

Veja de que forma as cores chamam a no ssa atenão:

Branco - Sinônimo de leveza, pureza e espaço. Está ligado à iluminação e sabedoria. Roupas, flores e ambientes brancos fazem conexão direta com pureza e refinamento.
Amarelo - Dissipa a depressão. É, entre todas as cores, a de maior vibração. Brilho, verdade, vigor, riqueza, saúde, fartura, prosperidade e prestígio são qualidades do amarelo, radiante como o sol.
Laranja - Associada ao otimismo e felicidade de viver. Passa a mensagem de segurança e tem a função de irradiar energia. Acende a disposição e a sociabilidade.
Vermelho - Suscita a admiração e a reverência. Estimula a alegria de viver, a felicidade de criar e realizar. Quente e intenso, pode trazer a lembrança do desejo, como quando aparece na maçã.
Rosa - Tonalidade do afeto. Representa o amor incondicional, a paixão com espiritualidade e remete à própria felicidade. Amolece as emoções e promove uma atmosfera de equilíbrio.
Roxo - Possui propriedades curativas, além da nobreza e prosperidade como atributos. Uma das mais populares gradações do roxo, o lilás, está associado a fé, misticismo e religiosidade.
Azul - Traz clareza mental e ajuda a nos expressar. Associada ao céu e à água, símbolos de elevação espiritual a das emoções refinadas. Aciona a calma para o corpo e mente.
Verde - Acalma pensamentos caóticos, inspiram pausa para recuperar energia. O poder restaurador do verde dá o sentido de esperança, purificação e abundância.
Marrom - Inspira coragem e confiança. Evoca segurança e solidez, pois remetem à própria terra, onde repousa a fraternidade. Fonte de equilíbrio para quem encontra dificuldade em lidar com o dinheiro.
Preto - Sobriedade e requinte. O negro da noite conduz à intimidade, ao mistério. Necessita de seu oposto para ganhar força e se destacar. Usado para mostrar distinção, moral, justiça e honestidade.

Fonte: arquiteta Ana Lucia Ribeiro Monteiro


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