domingo, 10 de julho de 2016 | By: Daíza de Carvalho

Por dentro do Residencial Rubi

Bairro que receberá 900 famílias de baixa renda começa a receber infraestrutura

Daíza Lacerda

Mal cabem numa mão as chaves de apenas um dos blocos do Residencial Rubi, no qual vão morar famílias de baixa renda que participaram de extenso processo na busca por uma entre as 900 moradias próprias pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). No terreno com quase 222 mil m² estão divididos três condomínios (A, B e C), com acessos distintos e 15 prédios cada. Cada bloco tem o térreo e quatro andares, totalizando 20 apartamentos cada.
O complexo se divide entre concreto e pó, na mobilização de cerca de 200 trabalhadores atualmente. Todos os apartamentos estão praticamente concluídos, mas o novo bairro ainda recebe estruturas como a de energia elétrica, com postes que começaram a ser colocados há poucos dias. O asfalto ainda não chegou, o que mantém tortuosas as rotas de maquinários entre os blocos, na colocação das caixas que receberão os hidrômetros, além das estruturas de para-raios. As guias começaram a ser colocadas nas futuras ruas internas e serão feitas também ruas externas, com acesso a partir da avenida principal, em ligação entre os condomínios e equipamentos públicos. Cada um dos três terá sua própria portaria, salão de festas, quadra e playground.
Além da identificação com letras e números dos blocos e apartamentos, os prédios receberão um kit para portadores de necessidades especiais, considerando-se os futuros moradores nessas condições que já tiveram a unidade sorteada.
Cada unidade tem 47 m² com dois quartos, sala, banheiro e cozinha com área de serviço. Os blocos têm estrutura que permitem a colocação de elevadores, o que dependerá de providência dos moradores.
O Rubi tem previsto, ainda, 33 lotes comerciais que serão vendidos pela construtora, parte em área do outro condomínio do complexo, o Varandas do Jardim do Lago, voltado à faixa 2 do Minha Casa, Minha Vida, e que terá mais de 700 apartamentos em 11 torres,
Uma extensa área verde, que inclui uma área de preservação permanente, está entre os condomínios, além de outra área ao fundo do terreno, próxima de onde será construída uma estação elevatória. Além da estação, o projeto envolve a recuperação ambiental com 4 mil árvores.
O PROJETO
A área, com acesso pela avenida Lauro Correa da Silva, próxima dos bairros São Lourenço e Nobreville, estava destinada a outro tipo de empreendimento, como explica o secretário de Habitação, Felipe Penedo. Eram previstas de 300 a 400 casas na faixa dos R$ 300 mil, até que os negociadores aceitaram a sugestão do município de implantar um projeto de interesse social.
A estimativa inicial era de 1,5 mil unidades, mas o financiamento não cobriria o total. Delimitou-se as 900 unidades, que recebem R$ 75 milhões do governo federal e outros R$ 18 milhões do Casa Paulista, do governo estadual. Os beneficiários pagarão mensalidade de R$ 25 a R$ 80 durante 120 meses. As obras são executadas pela construtora FYP, que comercializa as unidades da Faixa 2, para famílias com renda superior a R$ 1,6 mil, com financiamento e possibilidade de subsídios pela Caixa.
Se o pó predomina no período mais seco, a chuva também atrapalhou os acessos e trabalhos, atrasando a obra em cerca de dois meses. Mas o projeto também teve atrasos de repasses da Caixa, também estimados em 60 dias, e que estão sendo normalizados, conforme o secretário. Devido a essas questões, a data certa da conclusão ainda é incerta. A projeção é para o final de setembro, mas pode ocorrer em outurbro ou novembro, já que algumas estruturas ainda não foram iniciadas.


Além de escola, creche e
posto de saúde estão previstos

Também está em construção no complexo Rubi uma escola de ensino fundamental para 800 alunos, que terá 12 salas divididas em três blocos, além de um ginásio. O equipamento será vizinho de uma praça de esportes, com campo de futebol, em espaço público de acesso livre.
O município se comprometeu a construir, no local, uma creche para 120 crianças em atendimento integral, além de um Centro de Saúde da Família (CSF) para o atendimento de 6 mil famílias por mês. Os três equipamentos devem obedecer aos padrões definidos pelo governo federal.
As construções de responsabilidade da prefeitura ainda estão em projeto, sem data definida para serem viabilizados. Orçamento prévio indicava custo de R$ 2,4 milhões para a creche e R$ 881 mil para a CSF. (Daíza Lacerda)

Fundo deve garantir duplicação
de trecho da Lauro Corrêa

Apesar dos equipamentos previstos para absorver a demanda de educação e saúde no complexo, a mudança das famílias deve impactar principalmente o trânsito na região, que já é intenso devido à densidade populacional alta no entorno.
Principal via de acesso, a avenida Lauro Correa da Silva deve ter o trecho defronte ao Rubi duplicado, em obra que já está em fase de licitação, conforme o secretário Felipe Penedo. As obras devem ser custeadas com recursos do Fundo Municipal de Habitação, mas ainda não foi informado o orçamento projetado da obra.
A extensão duplicada deve ser entre o Rubi e início do São Lourenço e Morada das Acácias, onde há divisão de ruas e faixas. Já existem projeções para que o miolo se transforme num terminal urbano, centralizando o tráfego principalmente na pista sentido Rubi e avenida do Morada das Acácias. (Daíza Lacerda)


Trabalho social iniciará
organização dos condomínios


Questões envolvendo a mudança e política da boa vizinhança, assim como as regras com animais domésticos, estão entre os assuntos a serem abordados com os contemplados no trabalaho social que será iniciado em breve. Conforme Felipe Penedo, a Caixa contratou uma empresa para desenvolver o trabalho, que consistirá também em orientar as questões de condomínio, como a administração e taxas, além dos responsáveis de cada área. (Daíza Lacerda)




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