domingo, 14 de fevereiro de 2010 | By: Daíza de Carvalho

Teatro Vitória tem nova direção; reforma deve anteceder projetos

Daíza Lacerda

Desde o início deste mês, o diretor de Cultura Fábio Pentagrama, 37, está à frente do Teatro Vitória, após a saída de Carlos Jerônimo para coordenar projetos na Secretaria da Educação. Há 17 anos na Prefeitura, até então na pasta de Turismo e Eventos, Fábio afirma estar se ambientando com a situação do teatro, mas fala de projetos que devem ser trabalhados após a reforma prevista para o local, que conta com 670 lugares e cinco pessoas, além de Fábio, para gerenciar os eventos.
Um dos planos do novo diretor é ouvir grupos, academias e bandas da cidade, para saber como enxergam o teatro e o que pode ser melhorado. "É preciso uma programação que faça jus à cidade", declara. Em avaliação da programação em 2009, ele pontua como um ano atípico devido à crise e à gripe suína, que provocou muitos cancelamentos. "A ideia é manter a base que existe, mas inovar com peças diferentes. O foco é em cultura e arte, não só com peças, mas música, dança e outras manifestações", afirma.
Quanto ao orçamento reduzido da pasta, que é ainda dividido com demais frentes, como escolas de arte e música, biblioteca e demais prédios, ele diz contar com o apoio do prefeito e secretário, já que o custo das peças, ponto em que pretende inovar, seriam viabilizadas pela verba da Cultura. No entanto, prevê formas de garantir bilheteria para grandes espetáculos, o que bancariam os mesmos sem mexer no próprio orçamento.


REFORMA E PROJETOS
A prioridade do início do trabalho é a reforma do prédio, que apresenta problemas estruturais no telhado que ocasiona goteiras, além de oscilação de energia. "A partir da reforma é que poderemos dar andamento à programação. A intenção é tentar viabilizar também a pintura e troca do carpete e, quem sabe, futuramente, um café, para um atendimento mais cômodo", explica, acrescentando que irá visitar outros locais para trazer ideias e buscar parcerias.
Fábio diz que está se inteirando do processo, mas ainda não há data para a licitação das obras. "Primeiro, devem ser feitos os ajustes que não envolvam a galeria e os palcos, para não afetar a programação. Num segundo momento, se tudo der certo, seriam a pintura e troca de carpete. O processo deve ser gradativo até o ideal. Em meados de março talvez seja possível realizar algum evento, para abrir em condições, sem goteiras ou oscilações", afirma.
Enquanto isso, está nos planos o incentivo de grupos de teatro de Limeira, "para que se fortaleçam", além de levar o teatro aos bairros periodicamente. "É preciso facilitar o acesso ao teatro às pessoas que não têm condições, deixar mais abrangente", afirma. A medida seria uma forma de atrair, mesmo que a longo prazo, mais pessoas para os espetáculos teatrais. Segundo Fábio, isso deve ser ampliado para a região, já que o local recebe moradores de cidades como Cordeirópolis, Americana e Santa Gertrudes.
Outro projeto, caracterizado por Fábio como "um sonho", é a informatização da bilheteria. "A venda pela internet é uma facilidade que garantiria frequência, além de aumentar o acesso às pessoas de fora da cidade", diz.

Publicado na Gazeta de Limeira.

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